19/05/2021

NUNC COEPI: Publicações em Maio 19

 



Quarta-Feira 

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

PLANO DE VIDA: (Coisas muito simples, curtas, objectivas)

 

Lembrar-me: Meu Anjo da Guarda.

 

Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

 

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Propósito: Ter em especial atenção o Anjo da minha guarda

Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?

 


Mês de Maio - Santíssima Virgem

Meditações de Maio

 

Salve Rainha, Mãe de misericórdia, Vida e doçura, Esperança nossa

 

Em ti deposito toda a minha esperança e anseios de santidade.

Não me deixes!

 

Santo Rosário - Meditação sobre o Quarto Mistério Luminoso

Transfiguração do Senhor

 

  Contemplamos neste mistério um dos acontecimentos talvez mais enigmáticos da vida de Jesus na terra.

 Percebemos que houve uma intenção clara de mostrar aos três Após­tolos uma como que antevisão da aparência de Cristo como Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Mas porquê?

  Jesus saberia, por certo, que eles não iriam entender ou sequer aperce­ber-se da realidade que lhes revelava.

  Mais ainda, quando sabemos que os proíbe de falar no assunto até de­pois da Sua Ascensão.

  O facto é que, não obstante, ficou gravado para sempre nas suas me­mórias e, por isso mesmo, consta do Evangelho.

  Seria a Transfiguração necessária para os confirmar na fé em Jesus Cristo como O Filho de Deus? Mas como… se adormecem?

  Aliás é sintomática esta reacção dos três discípulos perante o "peso" ou solenidade de situações que vivem com o Mestre.

  Na agonia em Getsémani perante o indizível sofri-mento do Senhor tam­bém são vencidos pelo sono.
Como se a realidade fosse de tal forma "chocante ou extraordinária" que a sua amizade e carinho pelo Senhor se recusam a admitir o que constatam.

  O sono é muitas vezes desculpa para muitas faltas de coragem em que é necessário mostrar solidariedade, apoio, solicitude.

  Não poucas vezes somos vencidos pelo sono, o torpor que nos leva a não considerar as realidades que não compreendemos. É como que uma "defesa" do nosso espírito recusando-se a encarar algo difícil que se nos apresenta como que fora do comum e, a verdade, é que a nossa Fé cristã necessita debruçar-se continuamente sobre os seus fundamentos num constante exame e estudo para melhor com­preender.

  Temos de vencer uma atávica tendência para a rotina que, na prática da Fé, talvez seja o pior defeito que possamos ter.

  Que a Doutrina não muda sabemo-lo bem, o que deve ser mais uma razão para que não deixemos nunca de aprofundar, esmiuçar, detalhar para alcançar a segurança que é necessária para o seu fiel cumpri­mento.

  Não cedamos ao cansaço ou modorra; são tentações que pretendem levar-nos ao abandono do dever; não deixemos para “mais tarde” o que temos de fazer agora; NUNC COEPI – agora começo -  é, deve ser, a nossa disposição permanente.

  Optar por rezar o Terço no automóvel ou transporte público não é o mais aconselhável, porque será difícil evitar as distracções involuntárias.

  Deixar a recitação do  Santo Rosário para mais tarde, antes de dormir, tem, frequentemente, como consequência que, esse Terço, será recitado de forma atabalhoada, incoerente, sem cuidado.

  Para garantir razoávelmente a recitação diária do Rosário o melhor que pudemos fazer - e os directores espirituais aconselham – é incluir no nosso Plano de Vida Diário uma hora certa em que o poderemos fazer, com tranquilidade, recolhimento e atenção.

  Rosário significa a “Coroa de Rosas” com que desejamos coroar Nossa Senhora.

  Não havemos de querer com todas as veras da nossa alma que essa “Coroa” seja bela, perfeita?

 



São José Maria textos

Nunca actueis por medo ou por rotina

Atravessas uma etapa crítica: um certo vago temor; dificuldade em adaptares o plano de vida; um trabalho angustiante, porque não te chegam as vinte e quatro horas do dia para cumprir todas as tuas obrigações... Já experimentaste seguir o conselho do Apóstolo: "Faça-se tudo com decoro e com ordem", quer dizer, na presença de Deus, com Ele, por Ele e só para Ele? (Sulco 512)

E como é que vou conseguir – parece que me perguntas – actuar sempre com esse espírito, que me leve a concluir com perfeição o meu trabalho profissional? A resposta não é minha. Vem de S. Paulo: Trabalhai varonilmente, sede fortes. Que tudo, entre vós, se realize na caridade. Fazei tudo por Amor e livremente. Nunca actueis por medo ou por rotina: servi ao Nosso Pai Deus. Gosto muito de repetir – porque tenho experimentado bem a sua mensagem – aqueles versos pouco artísticos, mas muito gráficos: Minha vida é toda amor / Se em amor sou entendido, / Foi pela força da dor, / Pois ninguém ama melhor / Que quem muito haja sofrido. Ocupa-te dos teus deveres profissionais por Amor. Faz tudo por Amor – insisto – e comprovarás as maravilhas que produz o teu trabalho, precisamente porque amas, embora tenhas de saborear a amargura da incompreensão, da injustiça, da ingratidão e até do próprio fracasso humano. Frutos saborosos, sementes de eternidade! Acontece, porém, que algumas pessoas – são boas, bondosas – afirmam por palavras que aspiram a difundir o formoso ideal da nossa fé, mas se contentam na prática com uma conduta profissional superficial e descuidada, própria de cabeças-no-ar. Se nos encontrarmos com alguns destes cristãos de fachada, temos de ajudá-los com carinho e com clareza e recorrer, quando for necessário, a esse remédio evangélico da correcção fraterna: Irmãos, se porventura alguém for surpreendido nalguma falta, vós, os espirituais, corrigi-o com espírito de mansidão; e tu, acautela-te a ti mesmo, não venhas também a cair na tentação. Levai os fardos uns dos outros e desse modo cumprireis a lei de Cristo. (Amigos de Deus, 68–69)

 



SÃO JOSÉ

Aqui está a vida interior de São José descrita como uma autêntica peregrinação na fé, em certo sentido, muito semelhante à de Santa Maria. Ambos, Maria e José, vão descobrindo aos poucos a vontade de Deus e estão fazendo sua primeira dedicação uma realidade na fidelidade com a qual se consolam. Ao mesmo tempo, no exercício da paternidade, José transmite a Jesus o seu ofício de artesão, a sua forma de trabalhar, mesmo em tantas coisas a sua visão do mundo: Mas se José aprendeu com Jesus a viver divinamente, atrevo-me a dizer que, em termos humanos, ele ensinou muitas coisas ao Filho de Deus (...) José amava a Jesus como um pai ama a seu filho, ele tratou-o dando-lhe tudo de melhor que eu tinha. José, cuidando daquele Menino, como lhe fora ordenado, fez de Jesus um artesão: ele lhe passou o ofício. Por isso os vizinhos de Nazaré falarão de Jesus, chamando-o indistintamente de  faber e fabri filius  ( Mc 6,3; Mt 13, 55): artesão e filho do artesão. Jesús trabalhou na oficina de José e ao lado de José. Como seria José, como a graça teria agido nele, para poder cumprir a tarefa de trazer o Filho de Deus no ser humano? Porque Jesus tinha que ser parecido com José: na maneira como ele trabalhava, nos seus traços de caráter, na maneira como falava. No realismo de Jesus, no seu espírito de observação, na sua forma de sentar-se à mesa e partir o pão, no seu gosto por expor a doutrina de forma concreta, a exemplo das coisas da vida quotidiana, reflecte-se o que foi a infância e juventude de Jesus e, portanto, sua relação com José.

Cf.  Na oficina de José