14/07/2016

Senhor, se quiseres podes curar-me

Não tenhas dúvidas: o coração foi criado para amar. Metamos, pois, Nosso Senhor Jesus Cristo em todos os nossos amores. Senão, o coração vazio vinga-se, e enche-se das baixezas mais desprezíveis. (Sulco, 800)

Como poderemos dirigir-nos a Ele, como falar-Lhe, como comportar-nos?

A vida cristã não está feita de normas rígidas, porque o Espírito Santo não dirige as almas massivamente, mas infundindo em cada uma delas propósitos, inspirações e afectos que ajudarão a captar e a cumprir a vontade do Pai. Penso, no entanto, que em muitas ocasiões o nervo do nosso diálogo com Cristo, na acção de graças depois da Santa Missa, pode ser a consideração de que o Senhor é para nós, Rei, Médico, Mestre e Amigo.. (...)


É Médico e cura o nosso egoísmo, se deixarmos que a sua graça penetre até ao fundo da nossa alma. Jesus disse-nos que a pior doença é a hipocrisia, o orgulho que nos faz dissimular os nossos pecados. Com o Médico, é imprescindível, pela nossa parte, uma sinceridade absoluta, explicar-lhe toda a verdade e dizer: Domine, si vis, potes me mundare, Senhor, se quiseres – e Tu queres sempre – podes curar-me. Tu conheces as minhas fraquezas, tenho estes sintomas e estas debilidades. Mostramos-lhe também com toda a simplicidade as chagas e o pus, no caso de haver pus. Senhor, Tu, que curaste tantas almas, faz com que, ao ter-Te no meu peito ou ao contemplar-Te no Sacrário, Te reconheça como Médico divino. (Cristo que passa, nn. 92–93)

Direitos humanos - carta de uma Mãe

*Carta enviada de uma mãe para outra mãe no Porto, após um telejornal da RTP1:

De mãe para mãe...

Cara Senhora, vi o seu enérgico protesto diante das câmaras de televisão contra a transferência do seu filho, presidiário, das dependências da prisão de Custóias para outra dependência prisional em Lisboa.
Vi-a a queixar-se da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que vai passar a ter para o visitar, bem como de outros inconvenientes decorrentes dessa mesma transferência.
Vi também toda a cobertura que os jornalistas e repórteres deram a este facto, assim como vi que não só você, mas também outras mães na mesma situação, contam com o apoio de Comissões, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, etc...
Eu também sou mãe e posso compreender o seu protesto. Quero com ele fazer coro, porque, como verá, também é enorme a distância que me separa do meu filho.
A trabalhar e a ganhar pouco, tenho as mesmas dificuldades e despesas para o visitar.Com muito sacrifício, só o posso fazer aos domingos porque trabalho (inclusive aos sábados) para auxiliar no sustento e educação do resto da família.

Se ainda não percebeu, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou cruelmente num assalto a uma bomba de combustível, onde ele, meu filho, trabalhava durante a noite para pagar os estudos e ajudar a família.

No próximo domingo, enquando você estiver a abraçar e beijar o seu filho, eu estarei a visitar o meu e a depositar algumas flores na sua humilde campa, num cemitério dos arredores...

Pode ficar tranquila, que o Estado se encarregará de tirar parte do meu magro salário para custear o sustento do seu filho e, de novo, o colchão que ele queimou, pela segunda vez, na cadeia onde se encontrava a cumprir pena, por ser um criminoso.
No cemitério, ou na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante dessas "Entidades" que tanto a confortam, para me dar uma só palavra de conforto ou indicar-me quais "os meus direitos".

Para terminar, ainda como mãe, peço por favor:
Façam circular este manifesto! Talvez se consiga acabar com esta inversão de valores que assola Portugal e não só...

Direitos humanos só deveriam ser para "humanos direitos"

A Vitória!

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Confesso, “prontos”, confesso que também eu rezei para que a selecção nacional ganhasse o europeu de futebol.

Andei por ali uns tempos a pensar se poderia rezar por tal intenção, e depois pensei: Se colocares a intenção segundo a vontade de Deus, porque não?

Depois, claro, pensei também porque é que Deus se haveria de meter em assuntos de futebol, e ser Sua vontade que Portugal ganhasse?

Parei para reflectir um pouco e achei que ao pedir a Deus que a selecção nacional ganhasse, não Lhe estava a pedir que alterasse o resultado, nem Lhe estava a pedir que a selecção francesa perdesse, (embora tal fosse implícito numa vitória de Portugal), mas apenas e tão só que nos concedesse essa alegria, não por mérito “religioso” algum que tivéssemos, mas pela alegria em si.

E ganhámos porque Deus quis?

Não, decididamente não!

Ganhámos, porque como muito bem diz Fernando Santos - «agradecer-Lhe por ter sido convocado e por me conceder o dom da sabedoria, perseverança e humildade para guiar esta equipa e Ele a ter iluminado e guiado.»

Deus iluminou e guiou, mas a sabedoria, a perseverança, a humildade e o trabalho, foram do homem, que se entregou a Deus.

Uma vitória, em desporto, nunca é, ou nunca deve ser, contra alguém, e a nossa selecção nacional não jogou, com certeza, “contra” a selecção francesa, mas sim para ganhar um desafio, para conquistar um prémio, conquista na qual colocou o seu trabalho, a sua perseverança, a sua humildade, na certeza de que estava a fazer tudo o que podia para ganhar.

Depois … depois, quando o homem se entrega em tudo, como que lhe compete e faz a sua parte, ganha, não porque Deus quis, mas porque se entregou, e alguém que lidera a equipa já tem no seu coração este profundo desejo: «Espero e desejo que seja para glória do Seu nome.»

«O homem põe e Deus dispõe.»

Glória a Deus em tudo e sempre!


Marinha Grande, 13 de Julho de 2016
Joaquim Mexia Alves
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Remédios de São Tomás de Aquino para acabar com a tristeza - 1

Primeiro remédio: fazer algo agradável

É como se o teólogo, há sete séculos, já tivesse intuído a ideia moderna de que o chocolate é um antidepressivo.

Pode parecer uma visão materialista, mas é evidente que um dia cheio de amarguras pode acabar bem graças a uma cerveja, um bom filme ou um jantar com seu prato favorito, por exemplo.

Este não é um materialismo incompatível com o Evangelho: sabemos que o Senhor Jesus participou com prazer de refeições e banquetes, antes e depois da ressurreição, e aproveitou muitas coisas boas da vida.

Há também um salmo que afirma que o vinho alegra o coração do homem – mas é preciso lembrar que a Bíblia condena a embriaguez, claro!


(Revisão da versão portuguesa por ama)

Lições de São João Paulo II - 4


Um jovem cristão deixa de ser jovem, e há muito não é cristão, quando se deixa enganar pelo princípio fácil e cómodo, de que “o fim justifica os meios”.


(Revisão da versão portuguesa por ama)

Leitura espiritual

Leitura Espiritual

Temas actuais do cristianismo 



São Josemaria Escrivá
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pergunta:

Como explica o imenso êxito do Opus Dei, e por que critérios mede V. Rev.ª esse êxito?

resposta:

Quando um empreendimento é sobrenatural, pouco importam o êxito ou o fracasso como vulgarmente se consideram.
Já dizia S. Paulo aos cristãos de Corinto que, na vida espiritual, o que interessa não é o juízo dos outros, nem o nosso próprio juízo, mas o juízo de Deus.

É certo que a Obra está hoje estendida a todo o mundo: pertencem a ela homens e mulheres de cerca de 70 nacionalidades.
Ao pensar neste facto, eu mesmo me surpreendo.
Não lhe encontro explicação humana, mas sim a vontade de Deus, pois o Espírito sopra onde quer, e serve-Se de quem quer para realizar a santificação dos homens.
Tudo isso é para mim ocasião de acção de graças, de humildade e de súplica a Deus para saber sempre servi-Lo.

Pergunta-me também qual o critério com que meço e ajuízo as coisas.
A resposta é muito simples: santidade, frutos de santidade.

O apostolado mais importante do Opus Dei é aquele que cada um dos seus sócios realiza através do testemunho da sua vida e com a sua palavra, no convívio diário com os amigos e companheiros de profissão.
Quem poderá medir a eficácia sobrenatural deste apostolado silencioso e humilde?
É incalculável a ajuda que representa o exemplo de um amigo leal e sincero, ou a influência de uma boa mãe no seio da família.

Mas talvez a sua pergunta se refira aos apostolados da Obra como tal, supondo que, neste caso, se poderão medir os resultados sob um ponto de vista humano, técnico: se uma escola de formação de operários consegue promover socialmente os homens que a frequentam; se uma Universidade dá aos seus estudantes uma formação profissional e cultural adequadas.
Se admitirmos que é esse o sentido da sua pergunta, dir-lhe-ei que o resultado se pode explicar em parte por se tratar de tarefas realizadas por pessoas que exercem esse trabalho como uma actividade profissional específica, para a qual se preparam como todo aquele que deseja executar um trabalho sério.
Quer isto dizer, entre outras coisas, que essas obras não se lançam segundo esquemas preconcebidos: caso por caso, estudam-se as necessidades particulares da sociedade em que se vão inserir, para se adaptarem às exigências reais.

Repito-lhe que ao Opus Dei não interessa primordialmente a eficácia humana.
O êxito ou o fracasso real desses trabalhos depende de que, estando humanamente bem feitos, sirvam ou não sirvam para que aqueles que os realizam, e também os que deles beneficiam, amem a Deus, se sintam irmãos de todos os outros homens e manifestem estes sentimentos num serviço desinteressado à humanidade.

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pergunta:

Quererá V. Rev.a dizer como e porquê fundou o Opus Dei, e que acontecimentos considera marcos mais importantes do seu desenvolvimento?

resposta:

Porquê?...
As obras que nascem da vontade de Deus não têm outra razão de ser senão o desejo divino de as utilizar como expressão da sua vontade salvífica universal.

Desde o primeiro momento, a Obra foi universal, católica.
Não nasceu para dar solução aos problemas concretos da Europa da década de 20, mas sim para dizer aos homens e mulheres de todos os países, de qualquer condição, raça, língua ou ambiente, e de qualquer estado - solteiros, casados, viúvos, sacerdotes -, que podiam amar e servir a Deus sem deixar de viver no seu trabalho habitual, com a sua família, nas suas variadas e normais relações sociais.

Como se fundou?
Sem nenhum meio humano.
Eu tinha apenas 26 anos, a graça de Deus e bom-humor.
A Obra nasceu pequena: não era mais que o empenho dum jovem sacerdote, que se esforçava por fazer o que Deus lhe pedia.

Pergunta-me por marcos do nosso caminho...
Para mim, é marco essencial na Obra qualquer momento, qualquer instante em que, através do Opus Dei, alguém se aproxima de Deus, tornando-se assim mais irmão dos homens seus irmãos.

Talvez quisesse que lhe falasse dos pontos cruciais, na ordem do tempo...
Embora não sejam estes os mais importantes, vou-lhe dar, de memória, umas datas, mais ou menos aproximadas.
Já nos primeiros meses de 1935, estava tudo preparado para começar a trabalhar em França - concretamente em Paris.
Mas vieram, primeiro, a guerra civil espanhola e, logo a seguir, a segunda guerra mundial - e foi preciso adiar a expansão da Obra. Mas, como esse desenvolvimento era necessário, o adiamento foi mínimo.
Já em 1940 se iniciava o trabalho em Portugal.
Quase coincidindo com o fim das hostilidades, embora tivesse havido já algumas viagens em anos anteriores, começou-se na Inglaterra, em França, na Itália, nos Estados Unidos, no México. Depois, a expansão tem um ritmo progressivo.
A partir de 1949 e 50: na Alemanha, Holanda, Suíça, Argentina, Canadá, Venezuela e nos restantes países europeus e americanos.
Ao mesmo tempo, o trabalho ia-se alargando a outros continentes: o Norte de África, o Japão, o Quénia e outros países da África oriental, a Austrália, as Filipinas, a Nigéria, etc.

Também sinto prazer em recordar especialmente, como datas capitais, as constantes ocasiões em que de modo mais palpável se manifestou o carinho dos Sumos Pontífices pela nossa Obra.
Resido normalmente em Roma desde 1946, e assim tive ocasião de conhecer e tratar com Pio XII, João XXIII e Paulo VI.
Em todos encontrei sempre um carinho de pai.

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pergunta:

Estaria V. Rev. de acordo com a afirmação, alguma vez feita, de que o ambiente especial de Espanha durante os últimos trinta anos facilitou o crescimento da Obra nesse país?

Resposta:

Em poucos lugares encontramos menos facilidades do que em Espanha.
É o país - custa-me dizê-lo, pois amo profundamente a minha pátria - em que deu mais trabalho e sofrimento fazer enraizar a Obra.
Mal tinha nascido, logo encontrou a oposição dos inimigos da liberdade individual, e de pessoas tão aferradas às ideias tradicionais que não podiam compreender a vida dos sócios do Opus Dei: cidadãos vulgares, que se esforçam por viver plenamente a sua vocação cristã sem deixar o mundo.

Também as obras de apostolado da própria Obra não encontraram especiais facilidades em Espanha.
Governos de países onde a maioria dos cidadãos não é católica ajudaram, com muito maior generosidade do que o Estado espanhol, as actividades docentes e beneficentes promovidas por membros da Obra.
O auxílio que esses governos concedem ou possam conceder às obras próprias do Opus Dei, como é habitual com outras obras semelhantes, não significa privilégio, mas simplesmente o reconhecimento da função social que desempenham, poupando dinheiro ao Tesouro público.

Na sua expansão internacional, o espírito do Opus Dei encontrou imediato eco e profundo acolhimento em todos os países.
Se encontrou obstáculos, foi exactamente por causa de falsidades vindas de Espanha e inventadas por espanhóis, por alguns sectores bem concretos da sociedade espanhola.
Em primeiro lugar, a organização internacional de que há pouco lhe falei; mas isso parece certo que é coisa do passado, e eu não guardo rancor a ninguém.
Depois, algumas pessoas que não compreendem o pluralismo, que adoptam atitudes de grupo, quando não caem em mentalidade estreita ou totalitária e que se servem do nome católico para fazer política. Alguns desses, não percebo porquê - talvez por falsos motivos humanos -, parecem achar um gosto especial em atacar o Opus Dei, e, como dispõem de grandes meios económicos, - o dinheiro dos contribuintes espanhóis -, os seus ataques podem ser publicados por certa imprensa.

Vejo bem que o meu amigo está à espera de me ouvir citar nomes concretos de pessoas e instituições...
Não lhos vou dar, e espero que compreenda a razão.
Nem a minha missão nem a da Obra são políticas: o meu ofício é rezar.
E não quero dizer nada que possa interpretar-se sequer como uma intervenção em Política.
Mais ainda, é-me doloroso falar destas coisas.
Estive calado durante quase 40 anos, e, se agora digo alguma coisa, é porque tenho obrigação de denunciar como absolutamente falsas as interpretações torcidas que algumas pessoas pretendem dar de uma actividade que é exclusivamente espiritual.
Por isso, se bem que até agora me tenha calado, daqui em diante falarei, e, se for necessário, cada vez com maior clareza.

Mas, voltando ao tema central da sua pergunta: se, também em Espanha, muitas pessoas de todas as classes sociais têm procurado seguir Cristo com a ajuda do Opus Dei e de acordo com o seu espírito, a explicação para isso não se pode ir buscar ao ambiente ou a outros motivos extrínsecos.
A prova do que afirmo está em que aqueles que tão levianamente o pretendem vêem diminuir os seus próprios grupos; e as causas exteriores são as mesmas para todos. Humanamente falando, talvez seja também porque esses formam grupo, e nós não tiramos a liberdade pessoal a ninguém.

Se o Opus Dei está bem desenvolvido em Espanha - como também em algumas outras nações -, pode ser condição disso o facto de a nossa tarefa espiritual aí se haver iniciado há 40 anos, e, como lhe expliquei antes, a guerra civil espanhola e, em seguida, a guerra mundial tornarem necessário o adiamento do início da Obra noutros países.
Quero declarar, no entanto, que desde há alguns anos, os espanhóis são uma minoria no Opus Dei.

Não pense, repito, que não amo a minha pátria, ou que não me alegro profundamente com o trabalho que a Obra nela realiza; mas é triste que haja quem propague equívocos acerca do Opus Dei e acerca de Espanha.

Fim da entrevista realizada por Peter Forbarth, correspondente de Time (New York), em 15 de Abril de 1967.


(cont)

Pequena agenda do cristão


Quinta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?




Evangelho e comentário


Tempo Comum

Evangelho: Mt 11, 28-30

. 28 «Vinde a Mim todos os que estais fatigados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas. 30 Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo leve».

Comentário:

Falemos então de “jugo”, essa “coleira” que antigamente os dominadores colocavam em volta do pescoço dos dominados e com que os sujeitavam e obrigavam a ir por onde não desejavam.

Falemos de “jugo” com que o vício e a sensualidade condicionam o homem.

Sim, falemos de “jugo” porque em toda a nossa vida inúmeros “jugos” nos mantêm presos a tantas coisas que, se verificar-mos bem, não nos interessam para nada não só porque elas próprias são passageiras mas também porque o bem que nos pode vir delas é efémero.

Mas existe, acaso, um “jugo”, sinónimo de submissão, distintivo do escravo, aceitável?

Sim, existe... este que o Senhor nos oferece, o Seu jugo!

Compreende-se porquê: ficamos presos por um laço de amor, que não domina mas sugere, que não compele mas inspira, que não obriga mas amavelmente indica.

Então... bem abençoado jugo! A ele me quero submeter com toda a minha vontade e potências já que, sinto, com este jugo, estarei a salvo dos outros “jugos” que querem dominar e condicionar a minha vida.

E, na verdade, esta vida não é minha, é do Senhor deste «jugo suave» que traz «descanso para as nossas almas».

(ama, cometário sobre Mt 11, 28-30, 2009.12.07)








Temas para meditar - 650

Santificação pessoal

Cada cristão há-de lutar pela santificação pessoal mas também pela santificação dos outros. 

Jesus ensina-o com as imagens expressivas do sal e da luz. 

Assim como o sal preserva da corrupção os alimentos, lhes dá sabor, os torna agradáveis e desaparece confundindo-se com eles, o cristão há-de desempenhar essas mesmas funções entre os seus se­melhantes.

(Bíblia Sagrada, Fac. Teol. Univ. Navarra, Comentário Mt 5, 13-15)