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Confesso, “prontos”, confesso que
também eu rezei para que a selecção nacional ganhasse o europeu de futebol.
Andei por ali uns tempos a pensar
se poderia rezar por tal intenção, e depois pensei: Se colocares a intenção
segundo a vontade de Deus, porque não?
Depois, claro, pensei também
porque é que Deus se haveria de meter em assuntos de futebol, e ser Sua vontade
que Portugal ganhasse?
Parei para reflectir um pouco e
achei que ao pedir a Deus que a selecção nacional ganhasse, não Lhe estava a
pedir que alterasse o resultado, nem Lhe estava a pedir que a selecção francesa
perdesse, (embora tal fosse implícito numa vitória de Portugal), mas apenas e
tão só que nos concedesse essa alegria, não por mérito “religioso” algum que
tivéssemos, mas pela alegria em si.
E ganhámos porque Deus quis?
Não, decididamente não!
Ganhámos, porque como muito bem
diz Fernando Santos - «agradecer-Lhe por ter sido convocado e por me conceder o
dom da sabedoria, perseverança e humildade para guiar esta equipa e Ele a ter
iluminado e guiado.»
Deus iluminou e guiou, mas a
sabedoria, a perseverança, a humildade e o trabalho, foram do homem, que se
entregou a Deus.
Uma vitória, em desporto, nunca
é, ou nunca deve ser, contra alguém, e a nossa selecção nacional não jogou, com
certeza, “contra” a selecção francesa, mas sim para ganhar um desafio, para
conquistar um prémio, conquista na qual colocou o seu trabalho, a sua
perseverança, a sua humildade, na certeza de que estava a fazer tudo o que
podia para ganhar.
Depois … depois, quando o homem
se entrega em tudo, como que lhe compete e faz a sua parte, ganha, não porque
Deus quis, mas porque se entregou, e alguém que lidera a equipa já tem no seu
coração este profundo desejo: «Espero e desejo que seja para glória do Seu nome.»
«O homem põe e Deus dispõe.»
Glória a Deus em tudo e sempre!
Marinha Grande, 13 de Julho de 2016
Joaquim Mexia Alves
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