10/11/2015

NUNC COEPI o que pode ver em 10 de Nov

Publicações em Nov 10

São Josemaria – Textos

Baptismo, Coment Bíblia Sagrada anot pela Fac de Teol da Univ de Navarra, Sacramentos, Temas para meditar

AMA - Comentários ao Evangelho Lc 17 7-10, Francisco Faus, Leitura espiritual - A Paciência

AT - Salmos – 10

Bento XVI - Pensamentos espirituais

Suma Teológica - Tratado da Vida de Cristo - Quest 36 - Art 5, São Tomás de Aquino – Suma Teológica

Amor, Teresa de Calcutá


Agenda Terça-Feira

Conselhos de amor da Madre Teresa de Calcutá

O amor chega a aquele que espera, ainda que o tenham decepcionado; a aquele que ainda acredita, ainda que antes tenha sido traído; a aquele que ainda precisa amar, ainda que tenha sido ferido; e a aquele que tem coragem e fé para construir a confiança novamente.

O princípio do amor é deixar que aqueles que conhecemos sejam eles mesmos, e não tentar mudá-los segundo nossa própria imagem, porque então só amaremos o reflexo de nós mesmos.

Não se deixe levar pelo exterior, porque ele pode enganar. Não se deixe levar pelas riquezas, porque ela pode ser perdida. Procure alguém que faça você sorrir, porque um sorriso é capaz de fazer um dia escuro brilhar.

Espero que você encontre aquela pessoa que lhe faça sorrir! Há momentos nos quais você sente tanta saudade da pessoa em seus sonhos, que tem vontade de tirá-la dos seus sonhos e abraçá-la com todas as suas forças.

Espero que você sonhe com esse alguém especial e que essa pessoa sonhe o que você quer sonhar. Veja por onde você quer caminhar e seja o que você quer ser, porque você só tem uma vida e uma oportunidade de fazer tudo o que você quer fazer.

Espero que você tenha felicidade suficiente para tornar-se doce; provas suficientes para tornar-se forte; dores suficientes para ser um humano autêntico; esperança suficiente para ser feliz, recordando que as pessoas mais felizes nem sempre são as que têm o melhor de tudo.

Madre Teresa de Calcutá 

Antigo testamento / Salmos

Salmo 10



1 Senhor, por que estás tão longe? Por que te escondes em tempos de angústia?

2 Em sua arrogância o ímpio persegue o pobre, que é apanhado em suas tramas.

3 Ele se gaba de sua própria cobiça e, em sua ganância, amaldiçoa e insulta o Senhor.

4 Em sua presunção o ímpio não o busca; não há lugar para Deus em nenhum dos seus planos.

5 Os seus caminhos prosperam sempre; tão acima da sua compreensão estão as tuas leis que ele faz pouco caso de todos os seus adversários,

6 pensando consigo mesmo: "Nada me abalará! Desgraça alguma me atingirá, nem a mim nem aos meus descendentes".

7 Sua boca está cheia de maldições, mentiras e ameaças; violência e maldade estão em sua língua.

8 Fica à espreita perto dos povoados; em emboscadas mata os inocentes, procurando às escondidas as suas vítimas.

9 Fica à espreita como o leão escondido; fica à espreita para apanhar o necessitado; apanha o necessitado e o arrasta para a sua rede.

10 Agachado, fica de tocaia; as suas vítimas caem em seu poder.

11 Pensa consigo mesmo: "Deus se esqueceu; escondeu o rosto e nunca verá isto".

12 Levanta-te, Senhor! Ergue a tua mão, ó Deus! Não te esqueças dos necessitados.

13 Por que o ímpio insulta a Deus, dizendo no seu íntimo: "De nada me pedirás contas!"?

14 Mas tu enxergas o sofrimento e a dor; observa-os para tomá-los em tuas mãos. A vítima deles entrega-se a ti; tu és o protetor do órfão.

15 Quebra o braço do ímpio e do perverso, pede contas de sua impiedade até que dela nada mais se ache.

16 O Senhor é rei para todo o sempre; da sua terra desapareceram os outros povos.

17 Tu, Senhor, ouves a súplica dos necessitados; tu os reanimas e atendes ao seu clamor.


18 Defendes o órfão e o oprimido, a fim de que o homem, que é pó, já não cause terror.

Não basta seres bom; tens de parecê-lo

Não basta seres bom; tens de parecê-lo. Que dirias tu de uma roseira que não produzisse senão espinhos? (Sulco, 735)

Compreendeste o sentido da amizade quando te sentiste como pastor de um pequeno rebanho, que tinhas abandonado, e que procuras agora reunir novamente, disposto a servir cada um. (Sulco, 730)

Não podes ser um elemento passivo. Tens de converter-te em verdadeiro amigo dos teus amigos: ajudá-los! Primeiro, com o exemplo da tua conduta. E, depois, com o teu conselho e com o ascendente que a intimidade dá. (Sulco, 731)

Pensa bem nisto, e age em conformidade: essas pessoas, que te acham antipático, deixarão de pensar assim quando repararem que as amas deveras. Depende de ti. (Sulco, 734)

Consideras-te amigo porque não dizes uma palavra má. É verdade; mas também não vejo em ti uma obra boa de exemplo, de serviço...


– Estes são os piores amigos. (Sulco, 740)

Evangelho, comentário, L. espiritual

 

Tempo comum XXXII Semana

São Leão Magno – Doutor da Igreja

Evangelho: Lc 17, 7-10

7 «Quem de vós, tendo um servo a lavrar ou a guardar gado, lhe dirá quando ele voltar do campo: Vem depressa, põe-te à mesa? 8 Não lhe dirá antes: Prepara-me a ceia, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois comerás tu e beberás? 9 Porventura, fica o senhor obrigado àquele servo, por ter feito o que lhe tinha mandado? 10 Assim também vós, depois de terdes feito tudo o que vos foi mandado, dizei: Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer».

Comentário:

Servir é a condição para ganhar o pão de cada dia; servir bem ė fundamental para ganhar a confiança de quem nos garante esse salário.

O Senhor pagará com extrema generosidade os bons serviços que lhe prestemos, mesmo que,  aparentemente, insignificantes ou de escasso relevo.

(ama, comentário sobre Lc 17 7-10 2011.11.11)


Leitura espiritual



A PACIÊNCIA
…/2

O ESTOJO DO MUNDO
OS BELOS ESTOJOS

O leitor há-de concordar comigo em que uma das coisas mais belas do mundo é um bom estojo. Ainda há poucos dias, ficava eu extasiado diante do estojo deslumbrante de uma caneta alemã. É verdade que era dez vezes maior do que a caneta, mas seus brilhos nacarados, sua patina ambarina, e sobretudo o veludo roxo azulado – macio e aristocrático – do interior, onde a caneta dourada se encaixava à perfeição, eram de deixar de queixo caído.

Todos nós já admiramos, provavelmente, a beleza e o ajuste preciso do estojo de um relógio novo, de uma flauta reluzente, de uma joia... Haveria matéria para escrever um livro inteiro sobre as maravilhas dos estojos. E, como é lógico, nesse livro não poderia faltar, por contraste, um capítulo dedicado aos maus estojos.
Como é desagradável um estojo ruim, em que o objecto guardado dança, chocalha com um barulho irritante e acaba por estragar-se a si mesmo e estragar os nossos nervos.

Mas todas estas digressões sobre estojos, que têm a ver com a paciência?

– Desculpe – haveria de responder a quem fizesse essa pergunta –, talvez eu tenha posto o carro à frente dos bois. Só um pouco de paciência e daqui a nada vamos ver que estojo e paciência são duas coisas muito relacionadas.

Para isso, basta que pensemos se não é verdade que um dos nossos desejos mais íntimos é que o mundo (a vida, as coisas, os acontecimentos e as pessoas) funcione como um estojo aveludado e perfeitamente modelado, em que se encaixem sempre suavemente, sem colisões nem atritos, os nossos sonhos, os nossos desejos, os nossos caprichos, as nossas manias e até mesmo os nossos defeitos.

Ah, se tudo na vida fosse assim!

Para o meu mau humor, o estojo de cetim da compreensão dos outros;
para a minha doença, o estojo de seda de um serviço público de saúde com a aparelhagem funcionando e sem filas;
para o meu trabalho, o estojo adamascado de chefes que me louvem e subordinados que em tudo me obedeçam;
e, lá em casa, o veludo amabilíssimo dos filhos dóceis e agradecidos, sempre prontos a sussurrar com um sorriso carinhoso: – ‘a Mãezinha e Paizinho têm razão’, e o de um marido ou uma mulher que, sem pensarem em problemas e cansaços pessoais, só saibam dizer, com o olhar mais terno: – ‘Meu amor, que gostaria de fazer hoje?’

Que fantástico um mundo-estojo assim!
É melhor nem pensar nele porque, depois, ao abrirmos os olhos à realidade, ficaríamos magoados.
De qualquer modo, é indiscutível que, se o mundo fosse o nosso suave, ajustadinho e macio estojo sob medida (incluindo-se nessa “medida” também os auxílios imediatos de um Deus tão “bom” que nos fizesse sempre as vontades), a impaciência desapareceria do mapa e deveria ser apagada dos dicionários.

ESTOJOS DESAJUSTADOS

Mas, uma vez que não vivemos no País das Maravilhas, como Alice, e sim na Terra dos Homens de que falava Saint-Exupéry, forçoso é que reconheçamos que a toda a hora o estojo do mundo falha, machuca, não abre, não fecha e se desajusta ou se desengonça.
E então a impaciência começa a brotar, a crescer, e a dar os seus, digamos, “frutos” (os já referidos lamentos, tristezas, reclamações e quejandos).

As formas de desajuste e inadaptação ao estojo da realidade, isto é, as impaciências do dia-a-dia, são tão ricas em número como as espécies de insetos num livro de entomologia.
Bastaria observar com um pouquinho de atenção retalhos de um único dia na vida de qualquer família normal para podermos elaborar um volumoso dicionário de impaciências.
Lembremos algumas das mais corriqueiras, a título de exemplo e só para mencionar o que Nelson Rodrigues chamaria o “óbvio ululante”.

O Pai acorda mais cedo e vai preparar o café (ofício cada dia mais masculino).
Primeira contrariedade naquela hora de olhar estremunhado e nervos mal temperados: da torneira não sai um pingo de água, porque é dia de corte devido à estiagem;
e o pior é que o jornal tinha avisado, e já é a quarta vez que se esquece disso num mês.
Segunda contrariedade a menina, após a explosão de um estrondoso rádio-despertador e mais três séries de violentas batidas da mãe na porta do quarto, continua a dormir, e o pobre progenitor de emprego ameaçado, que já está atrasado para o serviço, vai ter que deixá-la antes, a ela e ao Rodrigo, na escola.
Ó estojo mal ajustado!
O dia já começa, como diria Guimarães Rosa, com “o mundo à revelia”!

Mas o que começa, continua.
Quando o aflito Pai ia ligar para o escritório, avisando que uma emergência o impediria de participar da primeira reunião, o imprescindível telefone, tão necessário, está ocupado.
Por quem?
Pela filha mais velha, é lógico, que já leva vinte minutos na sua primeira conversa do dia com o namorado.

‘É sempre assim!’, desabafa o pobre pai.

Mas a bronca não elimina quinze minutos mais, mínimo regulamentar para completar o horário do matutino namoro.
O estojo continua sem funcionar.

E quando por fim o homem, esfalfado antes de ter começado a trabalhar, consegue sair à rua com o velho carro usado, adquirido a preço de amigo a um colega, os olhos batem instantaneamente no guarda-lamas amachucado..., e a última que pegou no carro foi a mulher. – ‘Mais uma vez, outra vez!’, exclama o nosso protagonista, praticando sem o saber um acto teologicamente perfeito de impaciência.

Será, porventura, preciso acrescentar que, ao conseguir entrar na avenida, com um barulhinho no motor que deixa o coração em sobressalto, o trânsito está parado?
O engarrafamento é monumental, fora do comum – que é comum mesmo –, devido a uma carreta que se incrustou de frente no canteiro central e está atravessada na pista.
– ‘Mais essa! E depois dizem que não existe a lei de Murphy!’

Se quiséssemos continuar pintando esse quadro escuro de contrariedades quotidianas, não poderia faltar uma referência aos comentários mordazes dos colegas de escritório, porque a equipa dele “mais uma vez” perdeu, nem faltaria a queixa contra o infernal barulho da rua que tanto dificulta trabalhar; e assim, após inúmeros aborrecimentos, veríamos o nosso homem chegar a casa num tal estado de ânimo que qualquer pergunta da mulher lhe pareceria uma ofensa.

Poderíamos, sim, pintar este quadro, mas – ainda que tivesse um fundo realista – seria completamente falso.
A verdade é que, salvo em raros dias que são excepção, a vida não se compõe de uma sequência ininterrupta de contrariedades.
Graças a Deus, há também muitas satisfações e muitas alegrias e, normalmente, para quem não estiver cego, o mais justo é terminar o dia fazendo uma enorme lista de bênçãos recebidas de Deus, de males e perigos evitados, de protecções “descaradas” dos Anjos da Guarda, além de muitos detalhes simpáticos do próximo, de modo que o coração sinta a necessidade de elevar uma emocionada acção de graças.
Se fôssemos sinceros, veríamos que o elenco das bênçãos – tão belas como habituais – é normalmente bem superior ao das contradições.

(cont.)

FRANCISCO FAUS, [i] A PACIÊNCIA, 2ª edição, QUADRANTE, São Paulo 1998

(Revisão da versão portuguesa por ama)






[i] Francisco Faus é licenciado em Direito pela Universidade de Barcelona e Doutor em Direito Canônico pela Universidade de São Tomás de Aquino de Roma. Ordenado sacerdote em 1955, reside em São Paulo, onde exerce uma intensa atividade de atenção espiritual entre estudantes universitários e profissionais. Autor de diversas obras literárias, algumas delas premiadas, já publicou na coleção Temas Cristãos, entre outros, os títulos O valor das dificuldades, O homem bom, Lágrimas de Cristo, lágrimas dos homens, Maria, a mãe de Jesus, A voz da consciência e A paz na família.

Pequena agenda do cristão


TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?



Tratado da vida de Cristo 49

Questão 36: Da manifestação de Cristo nascido
Art. 5 — Se a natividade de Cristo devia manifestar-se pelos anjos e pela estrela.

O quinto discute-se assim. — Parece que a natividade de Cristo não devia manifestar-se pelos anjos nem pela estrela 

1. — Pois, os anjos são substâncias espirituais, segundo a Escritura: Que faz os seus anjos espíritos. Ora, a natividade de Cristo era segundo a carne, e não segundo a sua substância espiritual. Logo, não devia ser manifestada pelos anjos.

2. Demais. — Maior é a afinidade dos justos com os anjos do que com quaisquer outros, segundo a Escritura: O anjo do Senhor andará à roda dos que o temem e os livrará. Ora aos justos Simeão e Ana a natividade de Cristo não se manifestou pelos anjos. Logo, nem aos pastores devia ter-se manifestado pelos anjos. Item. - Parece que também aos Magos não devia ter-se manifestado pela estrela.

3. — Pois, o facto de o ter seria ocasião de engano para os que pensam que os astros influem no nascimento dos homens. Ora, aos homens devem poupar-se-lhes as ocasiões de pecar. Logo, não era conveniente que a natividade de Cristo fosse manifestada por uma estrela.

4. Demais. — Um sinal há-de ser segura manifestação de uma realidade determinada. Ora, unia estrela não é sinal certo da natividade. Logo, a natividade de Cristo manifestar-se por uma estrela era inconveniente.

Mas, em contrário, a Escritura: As obras de Deus são perfeitas. Ora, a referida manifestação foi obra divina. Logo, realizou-se pelos sinais convenientes.

Assim como a demonstração silogística nós a fazemos partindo do que nos é mais conhecido, assim o que se nos manifesta por sinais deve apoiar-se em sinais, que nos sejam mais familiares. Ora, é claro que aos varões justos é familiar e habitual serem ensinados pela inspiração interna do Espírito Santo, sem manifestação de sinais sensíveis, ou seja, pelo espírito de profecia. Ao contrário, os dados às causas corpóreas são conduzidos ao inteligível pelo sensível. Ora, os Judeus estavam habituados a receber as determinações divinas por ministério dos anjos, mediante os quais também receberam a lei, segundo a Escritura: Recebestes a lei por ministério dos anjos. Ao passo que os gentios, e sobretudo os astrólogos, estavam habituados a observar o curso dos astros. Por isso aos justos Simeão e Ana, manifestou-se a natividade de Cristo por inspiração interior do Espírito Santo, segundo o Evangelho: Havia recebido resposta do Espírito santo, que ele não veria a morte sem ver primeiro ao Cristo do Senhor. Mas aos pastores e aos Magos, como dados as causas materiais, a natividade de Cristo manifestou-se por aparições visíveis. E como a sua um sinal. E assim como o Senhor, quando lá falava, o anunciaram, aos gentios, pregadores, por meio da palavra, assim, enquanto ainda não falava foi anunciado pelos elementos mudos. ­ Mas Agostinho dá ainda a razão seguinte: A Abraão foi-lhe prometida uma sucessão inumerável, que devia ser gerada, não por via seminal, mas pela fecundidade da fé. Por isso foi comparada à multidão das estrelas, para que fosse esperada uma progénie celeste. E eis porque os gentios designados pelas estrelas, são advertidos, pelo nascimento de um novo astro, a se darem a Cristo, que os tornará filhos de Abraão.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — Precisa de manifestação o que em si mesmo é oculto, mas não o que já por si é manifesto. Ora, ao passo que o corpo de Cristo se tornou manifesto pela sua natividade, a sua divindade permanecia oculta. Por isso foi convenientemente manifestada a sua natividade pelos anjos, que são os ministros de Deus. Donde o anjo ter aparecido resplendente de luz, para mostrar que quem tinha nascido era o esplendor da glória paterna, no dizer do Apóstolo.

RESPOSTA À SEGUNDA. — Os justos não precisavam de nenhuma aparição visível dos anjos, mas bastava-lhes a inspiração interior do Espírito Santo, para a sua perfeição.

RESPOSTA À TERCEIRA. — A estrela, que manifestou a natividade de Cristo, não deu lugar a nenhuma ocasião de erro. Pois, como diz Agostinho, nenhum astrólogo jamais ensinou que o destino dos homens, ao nascerem, estivesse de tal modo dependente das estrelas, que por ocasião do nascimento de um deles, ela abandonasse o seu curso normal, para projectar-se sobre o recém-nascido, como se deu com a estrela que manifestou o nascimento de Cristo. O que, pois, não vinha confirmar o erro daqueles que pensam depender a sorte dos que nascem ao curso dos astros, mas não creem que podem mudar o seu curso, para anunciar a natividade de um homem. – E semelhantemente como diz Crisóstomo, não é a função da Astronomia saber, por meio das estrelas, quais os recém-nascidos, mas, predizer o futuro desde, hora da natividade. Ora, os Magos não conheceram o tempo da natividade para, partindo daí, desvendarem o futuro pelo movimento das estrelas; mas antes, ao contrário.

RESPOSTA À QUARTA. — Como refere Crisóstomo, em algumas escrituras apócrifas lê-se que um certo povo do extremo Oriente, nas margens do Oceano, possuía um escrito, com a assinatura de Set, referindo-se à estrela, de que tratamos, e aos dons que deviam ser oferecidos ao recém-nascido. E esse povo, esperando atentamente o momento do nascer a estrela, tendo destacado, para o saber, doze observadores, que, em tempos determinados, subiam indefectivelmente a um monte, do Alto do qual enfim a descobriram, deixando de aparecer como a figura de um menino e, acima, a semelhança de uma cruz. Ou devemos dizer com um autor: Os referidos Magos seguiam a tradição de Balaão, que disse - A estrela nascerá de Jacob. Por isso vendo eles uma estrela extraordinária entenderam ser essa a que Balaão profetizou que haveria de anunciar a vinda do Rei dos Judeus. Ou podemos dizer, com S. Agostinho, por alguma advertência dos anjos, concernente à revelação, os Magos souberam que uma estrela: havia de manifestar o nascimento de Cristo. E provavelmente, dos bons anjos, pois, o adorarem a Cristo já lhes redundava em benefício sua da salvação. Ou, como ensina Leão Papa, além daquela aparição que lhes feria a visão corpórea, o raio mais refulgente da verdade enriqueceu-lhes os corações com a iluminação da fé.


Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.



Temas para meditar - 534

Baptismo

O Baptismo cristão é o sacramento de iniciação que perdoa os pecados e dá a graça santificante.
A eficácia do sacramento do Baptismo cristão exprime-se na doutrina católica dizendo que infunde a graça ex opere operato: quer dizer, não pelos méritos do ministro que confere o sacramento, nem pelos méritos do que o recebe, mas pela virtude de Cristo que actua no sacramento.


(Bíblia Sagrada, anotada pela Faculdade de Teologia, Universidade de Navarra, Comentário sobre Mt 3, 11) 

Bento XVI – Pensamentos espirituais - 77

A busca da felicidade


Como é fácil contentar-se com os pra­zeres superficiais que a existência quotidia­na oferece!

Como é fácil viver só para si mesmo, aparentemente gozando a vida! 
Mas, mais cedo ou mais tarde, damo-nos conta de que não se trata de verdadeira felicidade, porque esta só pode ser encontrada num ní­vel muito mais profundo: em Jesus.

Mensagem aos jovens holandeses (21,Nov.05)

(in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)