por El Reto del amor
Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
28/02/2019
OS SETE DOMINGOS DE SÃO JOSÉ
DEVOÇÃO
A S. JOSÉ
OS SETE DOMINGOS
ou 7 Dores e Alegrias de S. José
V
- A quinta dor e alegria de S. José:
A sua dor quando teve de fugir para
o Egipto com o Menino Jesus e Maria; a sua alegria em estar sempre com Jesus e
Maria.
"Ele
levantou-se, tomou, de noite, o Menino e Sua Mãe e retirou-se para o Egipto,
onde ficou até à morte de Herodes."[i]
“José abandonou-se sem reservas nas
mãos de Deus mas nunca deixou de reflectir sobre os acontecimentos, e assim
recebeu do Senhor a inteligência das obras de Deus, que é a verdadeira
sabedoria. Deste modo, aprendeu a pouco e pouco, que os planos sobrenaturais têm
uma coerência divina, que às vezes está em contradição com os planos
humanos."[ii]
Evangelho e comentário
Evangelho: Mc 9, 41-50
41 Sim, seja quem for que vos der a
beber um copo de água por serdes de Cristo, em verdade vos digo que não perderá
a sua recompensa.» 42 «E se alguém escandalizar um destes pequeninos que crêem
em mim, melhor seria para ele atarem-lhe ao pescoço uma dessas mós que são
giradas pelos jumentos, e lançarem-no ao mar. 43 Se a tua mão é para ti ocasião
de queda, corta-a; mais vale entrares mutilado na vida, do que, com as duas
mãos, ires para a Geena, para o fogo que não se apaga, 44 onde o verme não
morre e o fogo não se apaga.45 Se o teu pé é para ti ocasião de queda, corta-o;
mais vale entrares coxo na vida, do que, com os dois pés, seres lançado à Geena,
46 onde o verme não morre e o fogo não se apaga. 47 E se um dos teus olhos é
para ti ocasião de queda, arranca-o; mais vale entrares com um só no Reino de
Deus, do que, com os dois olhos, seres lançado à Geena, 48 onde o verme não
morre e o fogo não se apaga. 49 Todos serão salgados com fogo. 50 O sal é coisa
boa; mas, se o sal ficar insosso, com que haveis de o temperar? Tende sal em
vós mesmos e vivei em paz uns com os outros.»
Comentário:
Embora
as palavras de Jesus sejam – sempre – para serem tomadas em séria consideração
há que ter o bom senso para saber interpretar o seu sentido.
O
Senhor não nos quer mutilados que cortemos mãos ou arranquemos olhos.
Se
assim fora deveria, antes aconselhar que nos matasse-mos porque o pecado tem
origem no coração, no intelecto e os membros do corpo não têm qualquer
responsabilidade própria.
Então
este discurso tem de ser entendido como um aviso muito sério sobre a gravidade
do pecado que conduz sempre ao afastamento de Deus.
Afastado
de Deus o homem está como que morto para a vida e nada o pode fazer voltar a
ela senão o arrependimento sincero e o perdão sacramental.
(AMA, comentário sobre Mc 9, 41-50, 24.05.2018)
Temas para reflectir e meditar
Morte
O Senhor entendeu chamar o
Pedro.
O meu querido sobrinho
Pedro!
No atordoamento Que se
segue, divido-me entre a angústia e a certeza - absoluta - que Ele faz tudo
para bem.
Quem sou eu para julgar ou
aferir?
Nas minhas memórias o
Pedro está presente de uma forma tão real e positiva que nem sequer me lembro
dele como se não estivesse aqui.
Desde pequeno me habituei
à sua presença quando o João no enviava para Santo Tirso e, depois para Carvide
ou Arcozelo.
Mesmo quando fazia
disparates - como andar pelos telhados - nunca lhe ralhei apenas lhe dizia se
gostaria que eu dissesse ao Pai que tinha partido uma perna ao cair do telhado.
Em Carvide, uma vez, tive
de tomar uma atitude drástica. Entendeu o Pedro ir dar uma voltinha na
camionete das Termas.
Teve um percalço ao fazer
marcha atrás embateu num dos poiais da porta e aquilo veio tudo por ali abaixo.
Não se matou nem nada
apenas no seu orgulho ferido.
Fui falar com o Zézinho e
logo de manhã tudo estava arranjado.
Claro que o meu Pai ao
regressar no dia seguinte de Lisboa deu-se conta das obras, mas não se
manifestou.
Então eu disse ao Pedro:
Agora vens comigo a Monte
Real falar com o Avô!
O Pedro protestou que não
queria ir etc e tal. Mas eu fui inflexível.
Lá fui ter com o meu Pai
ao escritório no hotel e disse:
Pai, está aqui o Pedro que
tem u m a coisa para lhe dizer.
Abri a porta e disse:
Pedro, avança!
E o Pedro avançou e num
jacto contou tudo.
O meu querido Pai, olhou
para ele e perguntou:
‘Atão e tu? Estás bem? Não
te aleijados nem nada?’
E o Pedro meio zonzo com a
reacção do meu Pai, respondeu:
‘Nada, Avô, estou
porreiro. O Avô desculpe!’
‘Pois’... disse o meu Pai.
‘Vê se te serve de lição!’
De regresso a Carvide
desabafa o Pedro:
‘Oh Tio... o Avô é um porreiro!’
Aproveitei para dar a
lição:
‘Olha
Pedro, o teu Avô é um “porreiro” porque só podia ser com a atitude que tomaste!
Enfrentaste a coisa, não inventaste subterfúgios, foste verdadeiro, assumiste a
responsabilidade do que fizeste,
Mas, súbita, nua e crua vem a: A Morte
Ela aí está, presente,
indiscutível, definitiva!
A morte é, assim, o acabar
a vida, o terminar de sonhos e esperanças, projectos e planeamentos o não se
"vai passar mais nada"!
A Morte!
Choca, faz estremecer,
sobretudo os vivos, os que ficam e que subitamente se dão conta que ela chegou
e levou consigo quem tanto queríamos, de quem tanto gostávamos.
Um travo amargo de perda
irreparável, de algo sem remédio nem solução e ficamos como que tontos
pensando: como é - como foi - possível?
Mas foi! E é! A morte está
presente desde o dia em que nascemos e que, pela primeira vez fomos uma pessoa.
Sim, quando perguntamos
por alguém cuja situação é grave e respondemos: está entre a vida e a morte
esquecemos que esta resposta deve ser a de sempre, desde que vimos pela
primeira vez a luz do dia.
A Morte faz parte da
condição humana, esta é a verdade e, mais, súbita ou expectável, sucede sempre.
O que podemos fazer, nós
que amámos tanto a pessoa que morreu?
Nada, absolutamente nada!
Guardamos como tesouro
genuíno as lembranças todas. De repente, como por milagre, só nos lembramos das
coisas boas.
Quem morreu deixou, de
repente, de ter defeitos, fraquezas, coisas que nos desiludiram ou magoaram.
A Morte tem esse efeito
regenerador, converte a pessoa em excelente criatura que fez muito bem e,
sobretudo, nos faz muita falta.
O que fazer?
Para um cristão esta é,
deve ser, uma consolação, um lenitivo para a dor da ausência física para passar
a ser uma certeza de que a memória permanece talvez mais viva e actuante que
nunca.
(AMA, na morte do meu
querido sobrinho Pedro, 03.11.201)
Jesus, em teu nome procurarei almas
"Duc in altum" – Ao largo! – Repele
o pessimismo que te torna cobarde. "Et
laxate retia vestra in capturam” – e lança as redes para pescar. Não vês que
podes dizer, como Pedro: "In nomine
tuo, laxabo rete". – Jesus, em teu nome procurarei almas? (Caminho,
792)
Acompanhemos
Jesus nesta pesca divina. Jesus está junto do lago de Genesaré e as pessoas
comprimem-se à sua volta, ansiosas por ouvirem a palavra de Deus. Tal como
hoje! Não estais a ver? Estão desejando ouvir a mensagem de Deus, embora o
dissimulem exteriormente. Talvez alguns se tenham esquecido da doutrina de
Cristo; talvez outros, sem culpa sua, nunca a tenham aprendido e olhem para a
religião como coisa estranha... Mas convencei-vos de uma realidade sempre
actual: chega sempre um momento em que a alma não pode mais; em que não lhe
bastam as explicações vulgares; em que não a satisfazem as mentiras dos falsos
profetas. E, mesmo que nem então o admitam, essas pessoas sentem fome, desejam
saciar a sua inquietação com os ensinamentos do Senhor. (Amigos
de Deus, nn. 260)
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Participar na Santa Missa.
Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.
Lembrar-me:
Comunhões espirituais.
Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
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