24/01/2013

Evangelho diário e comentário


   

T. Comum – II Semana







S. Francisco de Sales – Doutor da Igreja

Evangelho: Mc 3, 7-12

7 Jesus retirou-Se com Seus discípulos para o mar, e segiu-O uma grande multidão do povo da Galileia; também da Judeia, 8 de Jerusalém, da Idumeia, da Transjordânia e das vizinhanças de Tiro e de Sidónia, tendo ouvido as coisas que fazia, foram em grande multidão ter com Ele. 9 Mandou aos Seus discípulos que Lhe aprontassem uma barca para que a multidão não O apertasse. 10 Porque, como curava muitos, todos os que padeciam algum mal lançavam-se sobre Ele para O tocarem. 11 E os espíritos imundos, quando O viam, prostravam-se diante d'Ele e gritavam: «Tu és o Filho de Deus». 12 Mas Ele ordenava-lhes com severidade que não O manifestassem.

Comentário:

De facto devia ser algo extraordinário ver as multidões seguir Jesus no Seu constante deambular pelas terras de Israel. Sabemos, por abundante documentação e não apenas pelos Evangelhos, que os israelitas viviam épocas de grande instabilidade, preocupações e, sobretudo, desnorte quanto ao que fazer e como fazer.
As próprias autoridades judaicas, mais preocupadas com as relações com o ocupante romano que com o bem-estar do povo, promulgavam leis e preceitos impossíveis de cumprir mantendo um jugo insuportável sobre as populações.

Vêm em Cristo alguém que evidencia poderes extraordinários e, além disso, tem um discurso completamente diferente do que estão habituados a ouvir.

Fala de amor entre todos, de compreensão, de boas práticas, de perdão de ofensas, de são critério e, sobretudo, de arrependimento, fé e paz.

Quantas vezes diz: «A tua fé te salvou. Vai em paz»!

Talvez, grande parte não compreenda bem a Sua mensagem, mas Jesus fala de tal forma, com exemplos (parábolas) tão fáceis de entender que, aos poucos a atracção pelo Mestre já não se fica apenas pela necessidade física mas, também, pelos anseios espirituais.

As Suas mãos curam aquelas, as Suas palavras sossegam estes.

(AMA Comentário sobre Mc 3, 7-12, 2012.12.21)

A tarefa dos pais de família é importantíssima

Admira a bondade do nosso Pai Deus: não te enche de alegria a certeza de que o teu lar, a tua família, o teu país, que amas com loucura, são matéria de santidade? (Forja, 689)

Comove-me que o Apóstolo qualifique o matrimónio cristão como "sacramentum magnum", sacramento grande. Também daqui deduzo que o trabalho dos pais de família é importantíssimo.

– Participais do poder criador de Deus e, por isso, o amor humano é santo, nobre e bom: uma alegria do coração, à qual Nosso Senhor, na sua providência amorosa, quer que outros livremente renunciemos.

Cada filho que Deus vos concede é uma grande bênção divina: não tenhais medo aos filhos! (Forja, 691)

Nas minhas conversas com tantos casais, insisto em que, enquanto eles viverem e os filhos também viverem, devem ajudá-los a ser santos, sabendo que na terra ninguém será santo. Não faremos mais que lutar, lutar e lutar.

E acrescento: – Vós, mães e pais cristãos, sois um grande motor espiritual, que manda aos vossos filhos fortaleza de Deus para essa luta, para vencer, para que sejam santos. Não os defraudeis! (Forja, 692)

Não tenhas medo de querer bem às almas, por Ele; e não te importes de amar ainda mais aos teus, sempre que, querendo-lhes muito, o ames a Ele milhões de vezes mais. (Sulco, 693)

Pela tua intimidade com Cristo, estás obrigado a dar fruto: Fruto que sacie a fome das almas, quando se aproximarem de ti, no trabalho, no convívio, no ambiente familiar... (Forja, 981)

Carta do Prelado do Opus Dei por ocasião do Ano da Fé. 35


Aprofundar na doutrina da fé

35. Se pretendemos conhecer e amar a Deus, se desejamos que os outros O conheçam e amem, é essencial que a doutrina católica informe cada vez mais o nosso entendimento e a nossa vontade. Agora, além disso, perante uma cultura dominante que tende a afastar-se de Deus, esse dever torna-se particularmente premente.

Daí a importância fundamental que tem a urgência de nos prepararmos doutrinalmente, sem soluções de continuidade. Não abandoneis nunca o estudo e, mais concretamente, o dedicado à teologia, cada um segundo as suas possibilidades, para adquirir esse intelléctus fídei de que vos falava. Devemos sentir, vigorosa e gozosa, a tensão íntima da fé “fides quærens intelléctum” [65]: a da inteligência informada pela fé, que impulsiona a saber cada vez mais profundamente aquilo em que se acredita. O estudo da teologia, não rotineiro nem simplesmente memorizador, mas vital, ajuda em grande medida a que as verdades da nossa fé cheguem a ser plenamente conaturais à inteligência e a aprender a pensar na fé e a partir da fé. Só assim se está em condições de apreciar as múltiplas questões, por vezes complexas, suscitadas pelas ocupações profissionais e pelo desenvolvimento da sociedade no seu conjunto. Precisamente porque sois livres, minhas filhas e filhos, porque cada um decide e atua com plena e total autonomia, esforçai-vos dando particular atenção à necessidade de formar bem a vossa inteligência e a vossa consciência, para contar com o cúmulo de conhecimentos, não só das ciências humanas, mas também da ciência teológica, que vos permitam pensar, julgar e agir como corresponde a um cristão.

Havemos de nos enriquecer intelectualmente para enfrentar com seriedade aqueles temas da doutrina católica que são particularmente importantes no campo da própria profissão, ou que gozam de especial actualidade no país. Serão diferentes dum sítio para outro, mas há alguns que, nos momentos atuais, são válidos em toda parte: os relacionados com o casamento e a família, a educação, a bioética, etc.

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Nota: Publicação devidamente autorizada

Tratado dos actos humanos 12


Art. 3 ― Se as circunstâncias estão convenientemente enumeradas no terceiro livro das Éticas de Aristóteles.


(IV Sent., dist. XVI, q. 3, a . 1, q ª 2, 3, De Malo, q. 2, a . 6, III Ethic., let. III).



O terceiro discute-se assim. — Parece que as circunstâncias estão inconvenientemente enumeradas no terceiro livro das Éticas de Aristóteles.