11/08/2011

800º Aniversário

Santa Clara de Assis
Simone Martini, 1312-13020
Basílica de São Francisco em Assis
Santa Clara de Assis (em italiano, Santa Chiara d'Assisi) nascida como Chiara d'Offreducci em Assis (Itália), no dia 16 de Julho de 1193, e falecida em Assis, no dia 11 de Agosto de 1253, foi a fundadora do ramo feminino da Ordem Franciscana.

Segundo a tradição, o seu nome vem de uma inspiração dada à sua religiosa mãe, de que haveria de ter uma filha que iluminaria o mundo.

Pertencia a uma nobre família e era dotada de grande beleza. Destacou-se desde cedo pela sua caridade e respeito para com os pequenos, tanto que, ao deparar-se com a pobreza evangélica vivida por São Francisco de Assis, foi tomada pela irresistível tendência religiosa de segui-lo.

Enfrentando a oposição da família, que pretendia arranjar-lhe um casamento vantajoso, aos dezoito anos Clara abandonou o seu lar para seguir Jesus mais radicalmente. Para isto foi ao encontro de São Francisco de Assis na Porciúncula e fundou o ramo feminino da Ordem Franciscana, também conhecido por "Damas Pobres" ou Clarissas. Viveu na prática e no amor da mais estrita pobreza.

O seu primeiro milagre foi em vida, demonstrando a sua grande fé. Conta-se que uma das irmãs da sua congregação havia saído para pedir esmolas para os pobres que iam ao mosteiro. Como não conseguiu quase nada, voltou desanimada e foi consolada por Santa Clara que lhe disse: "Confia em Deus!". Quando a santa se afastou, a outra freira foi pegar no embrulho que trouxera e não conseguiu levantá-lo, pois tudo havia se multiplicado.



Noutra ocasião, aquando da invasão de Assis pelos sarracenos, Santa Clara apanhou o cálice com hóstias consagradas e enfrentou o chefe deles, dizendo que Jesus Cristo era mais forte que eles. Os agressores, tomados de repente por inexplicável pânico, fugiram. Por este milagre é que Santa Clara segura o cálice na mão.


                     

Basílica de Santa Clara
 Assis
Um ano antes de sua morte em 1253, Santa Clara assistiu a Celebração da Eucaristia sem precisar sair do seu leito. Neste sentido é que é aclamada como protectora da televisão.

Os eventos importantes da vida de Santa Clara de Assis

1193 - Nascimento de Santa Clara, na casa paterna da praça de São Rufino, em Assis. Filha mais velha de Hortolana e Bernardino.

1200 - Estabelecimento da Comuna de Assis. A família de Clara, nobre, refugia-se em Corozano, por causa de uma revolução popular. Depois vai para Perugia onde permanece até 1204.

1210 - Francisco prega na Catedral de São Rufino, Clara pode estar presente. Neste ano eles podem Ter tido diversas entrevistas.

1211 - Encontros com Francisco, Clara têm 17 anos e ele 29.

1212 - 18 de Março – Domingo de Ramos - Clara sai de casa e se consagra a Deus na Porciúncula. No dia 19, vai para o mosteiro de São Paulo das Abadessas. Pouco depois vai para ermida de Santo Ângelo de Panço. 4 ou 5 de Abril - Inês, irmã de Clara, se junta a ela em Santo Ângelo de Panço. Pouco tempo depois, Francisco leva-as para São Damião. Em Agosto entra Pacífica de Guelfúcio, já em São Damião. Francisco dá as irmãs sua primeira forma de vida.

1216 - Por conselho de Francisco Clara aceita a regra de São Bento e o título de abadessa. Mas consegue o "privilégio da pobreza" de Inocêncio III.

1218 - O papa, Honório III, concede ao Cardeal Hugolino plenos poderes para cuidar das irmãs pobres.

1219 - Frei Felipe Longo de Atri torna-se visitador das Irmãs pobres.

1220 - Clara recebe a carta do Cardeal Hugolino, logo após a Páscoa, em que ele a chama de “Mãe da minha Salvação”.

1224 - Clara começa a estar habitualmente bastante doente.

1225 - As monjas de Santo Apolinário adoptam a forma de vida de São Damião.

1226 - Francisco compõe o Audite Poverelle.

1227 - Sai a Bula "Quoties Cordis” que põe as Clarissas aos cuidados dos frades.

1228 - 18 de Julho - O cardeal Reinaldo elenca oficialmente 24 mosteiros.

1234 - Inês de Praga entra na Ordem. Clara escreve-lhe a primeira carta.

1235 - O papa, pela carta 'Cum relicata saeculi"quer que Inês aceite propriedades. O que motiva a segunda carta de Clara.

1237 - Com a bula "Omnipotens Deus" o Papa Gregório IX revoga a "Cum relicata Saeculi"

1238 - Clara escreve a terceira carta a Inês. E o papa concede o privilégio da pobreza a Inês.

1240 - Com a oração diante do Santíssimo, Clara defende a cidade de Assis do ataque dos sarracenos.

1247 - 6 de Agosto - o Papa Inocêncio IV concede as Clarissas a regra de São Francisco, mas ela devia. Clara pode ter começado a escrever seu testamento. Ser seguida, só serve de base jurídica.

1248  - 17 de Julho - Uma bula confirma Reinaldo de Segni como Cardeal protector das Damas Pobres e dos menores

1250 - Agrava-se o estado de saúde de Santa Clara. Ela começa a escrever sua forma de vida definitiva, na redacção que conhecemos.

1252 - 16 de Setembro - o Cardeal Reinaldo aprova a forma de vida de Santa Clara.

1253 - Clara escreve sua última carta a Santa Inês de Praga. Após uma visita a Clara moribunda, Papa Inocêncio IV manda apressar a aprovação de sua regra pela bula "Solete Anuere", válida só para São Damião.

10 de Agosto - A Bula da provação é levada para Clara em seu leito de morte. 11 de Agosto passagem de Santa Clara.

1255 - 15 de Agosto - Canonização de Santa Clara, na Catedral de Anagni. Publicação de sua legenda, escrita por Tomás de Celano. Publicação da bula de Canonização "Clara claris Perclara".

1257 - Mudança das Irmãs de São Damião para o proto-mosteiro, junto do corpo de Santa Clara. (Ou em 1260?).

1258 - São Boaventura de Bagnoregio é eleito ministro geral.

1259 - Aprovação da Regra de Isabel de Longchamp.

Carta de São Boaventura às Irmãs de São Damião.

1260 - 3 de Outubro - O corpo de Santa Clara é solenemente trasladado para a basílica que está sendo construída em sua honra ao lado da igreja de São Jorge. Um decreto do capítulo geral de Barcelona manda frades e Irmãs celebrarem a festa da trasladação de Santa Clara, no dia 2 de Outubro.

1263 - 18 de Outubro - Papa Urbano IV promulga uma nova Regra para as Clarissas (nome pelo qual passam a ser conhecidas as “damianitas”), correcção da Regra de Isabel de Longchamp. O capítulo geral dos Frades Menores reconhece como biografia oficial de São Francisco a Legenda Maior, mandando queimar as outras.

1296 - A bula "Quasdam litteras", de Papa Bonifácio VIII, põe fim às dificuldades de relacionamento, impondo aos Frades Menores que assumam a responsabilidade pelas Clarissas.

1850 - 30 de Agosto - é descoberto o sarcófago com o corpo de Santa Clara.

23 de Setembro - abertura solene do sarcófago.

1872 - 30 de Outubro - O corpo de Santa Clara é levado para a nova cripta da sua Basílica e exposto aos fiéis.

1893 - Descoberta do original da Regra de Santa Clara no meio de suas roupas.

1915 - Descoberta das Cartas de Clara a Santa Inês de Praga, na biblioteca de Milão.

1920 - Descoberta de uma cópia do Processo de Canonização de Santa Clara, na Biblioteca Landau, em Florença.

1958 - 14 de Fevereiro - Papa Pio XII proclama Santa Clara padroeira da televisão.

1976 - Descoberta do cântico “Audite Poverelle”, composto por São Francisco para Clara e suas Irmãs.

Convento de Stª Clara e do Santíssimo Sacramento
Monte Real




























João Paulo II - Nós amamos-te!

John Paul II, WE LOVE YOU




selecção ALS

Contemplação

Reflectindo
Contemplação

A pessoa permanece ali diante da Custódia, sem dizer nada ou simplesmente repetindo algumas palavras de amor, em contemplação profunda, com os olhos fixos na Hóstia Santa, sem se cansar de a mirar. Parece-Lhe que Jesus penetra pelos seus olhos até ao mais profundo dela mesma.

(a. riaud, La acción del Espirítu Santo en las almas, Palabra, 4ª ed., Madrid 1983, pg. 82, trad ama)

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“O descanso não é não fazer nada”

Todos os pecados – disseste-me – parece que estão à espera do primeiro momento de ócio. O próprio ócio já deve ser um pecado! – Quem se entrega a trabalhar por Cristo não há-de ter um momento livre, porque o descanso não é não fazer nada; é distrair-se em actividades que exigem menos esforço. (Caminho, 357)

Hás-de ser um carvão ardente que pegue fogo por toda a parte. E, onde o ambiente for incapaz de arder, hás-de aumentar a sua temperatura espiritual.
Se não, estás a perder o tempo miseravelmente e a fazê-lo perder aos que te rodeiam. (Sulco, 194)

Tudo o que se acaba e não contenta Deus, é nada e menos que nada. Compreendem porque é que uma alma deixa de saborear a paz e a serenidade quando se afasta do seu fim, quando se esquece de que Deus a criou para a santidade? Esforcem-se por nunca perder este ponto de mira sobrenatural, nem sequer nos momentos de diversão ou de descanso, tão necessários como o trabalho na vida de cada um. (Amigos de Deus, 10)      


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Evangelho do dia e comentário

Stª Clara de Assis






T. Comum– XIX Semana




Evangelho: Mt 18, 21 – 19, 1

21 Então, aproximando-se d'Ele Pedro, disse: «Senhor, até quantas vezes poderá pecar meu irmão contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?». 22 Jesus respondeu-lhe: «Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23 «Por isso, o Reino dos Céus é comparável a um rei que quis fazer as contas com os seus servos. 24 Tendo começado a fazer as contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos. 25 Como não tivesse com que pagar, o seu senhor mandou que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo o que tinha, e se saldasse a dívida. 26 Porém, o servo, lançando-se-lhe aos pés, suplicou-lhe: “Tem paciência comigo, eu te pagarei tudo”. 27 E o senhor, compadecido daquele servo, deixou-o ir livre e perdoou-lhe a dívida. 28 «Mas este servo, tendo saído, encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários e, lançando-lhe a mão, sufocava-o dizendo: “Paga o que me deves”. 29 O companheiro, lançando-se-lhe aos pés, suplicou-lhe: “Tem paciência comigo, eu te pagarei”. 30 Porém ele recusou e foi mandá-lo meter na prisão, até pagar a dívida. 31 «Os outros servos seus companheiros, vendo isto, ficaram muito contristados e foram referir ao seu senhor tudo o que tinha acontecido. 32 Então o senhor chamou-o e disse-lhe: “Servo mau, eu perdoei-te a dívida toda, porque me suplicaste. 33 Não devias tu também compadecer-te do teu companheiro, como eu me compadeci de ti?”. 34 E o seu senhor, irado, entregou-o aos guardas, até que pagasse toda a dívida. 35 «Assim também vos fará Meu Pai celestial, se cada um não perdoar do íntimo do seu coração ao seu irmão»
19 1 Tendo Jesus acabado estes discursos, partiu da Galileia e foi para o território da Judeia, além Jordão.

Comentário:

Mas…se um talento equivale a uns vinte quilos de prata… a dívida perdoada tinha um valor extraordinário!
E, a dívida exigida era de cem talentos, o correspondente ao salário de cem dias de trabalho!


Como pode este homem ser tão cego, insensível, mesquinho avaro?


Claro que pode…porque é um homem sem misericórdia, sem coração, cego e empedernido.


Quantos talentos devemos nós – cada um de nós – a Deus Nosso Senhor?


E, não é verdade que, constantemente, Ele nos perdoa a dívida sempre crescente?


Então?

(ama, comentário sobre Mt 18, 21; 19, 1)