20/11/2015

NUNC COEPI o que pode ver em 20 de Nov

Publicações em Nov 20

São Josemaria – Textos

Beato Álvaro del Portillo, Escritos sobre el sacerdocio Beato Álvaro del Portillo), Fortaleza, Temas para meditar - Santidade, Virtudes

AMA - Comentários ao Evangelho Lc 19 45-48, Leit. Espiritual (Resumos da Fé cristã - Tema 10)

AT - Salmos – 20

Leitura espiritual


Agenda Sexta-Feira

Sobre Leitura espiritual - 6

Como fazer a leitura espiritual?

3. É muito bom ter o desejo de conhecer (de ler) as obras clássicas de espiritualidade, que têm ajudado inúmeras pessoas a se aproximarem de Deus e a melhorar. Como diz São Josemaria: «A leitura tem feito muitos santos» [i]. Para ter ideia de que tipo de livros estou falando, vou citar alguns, apenas alguns, dentre os mais conhecidos:

tomás de kempis: A imitação de Cristo

são francisco de sales: Introdução à vida devota (também chamado Filotéia), Tratado do Amor de Deus (mais “teológico”)

santo afonso maria de ligório: A oração, A prática do amor a Jesus Cristo, As glórias de Maria

santa teresa de lisieux (Santa Teresinha): História de uma alma (também chamado Manuscritos autobiográficos)

santa teresa de ávila: O livro da vida, Caminho de perfeição

santa catarina de sena: O diálogo

E muitos outros, que agora seria impossível citar, além de numerosas obras excelentes de autores antigos e contemporâneos, que podem fazer um bem imenso à nossa alma. Pesquise, pergunte, consulte a quem lhe puder dar um bom conselho. Acredite na leitura espiritual. A ela se pode aplicar perfeitamente o dito de Jesus: Pelos seus frutos os conhecereis [ii].

(cont)




[i] Caminho, n. 116
[ii] Mt 7,16

Antigo testamento / Salmos

Salmo 20




1 Que o Senhor te responda no tempo da angústia; o nome do Deus de Jacob te proteja!
2 Do santuário te envie auxílio e de Sião te dê apoio.
3 Lembre-se de todas as tuas ofertas e aceite os teus holocaustos. Pausa
4 Conceda-te o desejo do teu coração e leve a efeito todos os teus planos.
5 Saudaremos a tua vitória com gritos de alegria e ergueremos as nossas bandeiras em nome do nosso Deus. Que o Senhor atenda a todos os teus pedidos!
6 Agora sei que o Senhor dará vitória ao seu ungido; dos seus santos céus lhe responde com o poder salvador da sua mão direita.
7 Alguns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós confiamos no nome do Senhor, o nosso Deus.
8 Eles vacilam e caem, mas nós nos erguemos e estamos firmes.

9 Senhor, concede vitória ao rei! Responde-nos quando clamamos!

Evangelho, comentário, L. espiritual




Tempo comum XXXIII Semana


Evangelho: Lc 19, 45-48

45 Tendo entrado no templo, começou a expulsar os vendedores, 46 dizendo-lhes: «Está escrito: “A Minha casa é casa de oração; e vós fizestes dela um covil de ladrões”». 47 Todos os dias ensinava no templo. Mas os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os chefes do povo procuravam perdê-l'O; 48 porém, não sabiam como proceder, porque todo o povo estava suspenso quando O ouvia.

Comentário:

Alguém poderá ser tentado a pensar que hoje em dia este Evangelho não se aplica: não se exploram negócios nas Igrejas.

Não?

Ir à Igreja para “ser visto”, para marcar uma posição social conveniente não é um “negócio”, pior ainda, não é “defraudar o dono da casa” que espera que O visitem com recta intenção?


(ama, comentário sobre Lc 19, 45-48, 2014.11.22)


Leitura espiritual



RESUMOS DA FÉ CRISTÃ

TEMA 10. A Paixão e Morte na Cruz
…/2

b) Eliminou o pecado com a sua entrega.

Concretamente a Cruz revela a misericórdia e a justiça de Deus:

a)          A misericórdia.

A Sagrada Escritura refere com frequência que o Pai entregou o seu Filho nas mãos dos pecadores [i], que não poupou o seu próprio Filho. Pela unidade das Pessoas divinas na Trindade, em Jesus Cristo, Verbo encarnado, está sempre presente o Pai que O envia.
Por este motivo, depois da decisão livre de Jesus de entregar a sua vida por nós, está a entrega que o Pai nos faz do seu Filho amado, entregando-O aos pecadores.
Esta entrega manifesta, mais do qualquer outro gesto da história da salvação, o amor do Pai para com os homens e a Sua misericórdia.

b)          A Cruz revela-nos também a justiça de Deus.

Esta não consiste tanto em fazer pagar o homem pelo pecado, mas antes em conduzir o homem ao caminho da verdade e do bem, restaurando os bens que o pecado destruiu.
A fidelidade, a obediência e o amor de Cristo ao seu Pai Deus; a generosidade, a caridade e o perdão de Jesus aos seus irmãos os homens; a sua veracidade, a sua justiça e inocência, mantidas e afirmadas na hora da paixão e morte, cumprem esta função: esvaziam o pecado da sua força condenatória e abrem os nossos corações à santidade e à justiça, pois entrega-Se por nós. Deus livra-nos dos nossos pecados pela via da justiça, pela justiça de Cristo.

Como fruto do sacrifício de Cristo e pela presença da sua força salvadora, podemos sempre comportar-nos como filhos de Deus, em qualquer situação por que passemos.

Jesus conheceu, desde o princípio e do modo adequado, o progresso da sua missão e da sua consciência humana, que o rumo da sua vida o conduziria à Cruz.
E aceitou-o plenamente; veio cumprir a vontade do Pai até aos últimos pormenores [ii] e esse cumprimento levou-O a «dar a sua vida para redenção de todos»[iii].

Na realização da tarefa que o Pai Lhe tinha encomendado, encontrou a oposição das autoridades religiosas de Israel, que consideravam Jesus um impostor.
De modo que «alguns chefes de Israel acusaram Jesus de agir contra a Lei, contra o Templo de Jerusalém, e em particular, contra a fé no Deus único, porque Ele se proclamava Filho de Deus.
Por isso, O entregaram a Pilatos, para que o condenasse à morte»[iv].

Os que condenaram Jesus pecaram ao recusar a Verdade que é Cristo.
Na realidade, todo o pecado é uma recusa de Jesus e da verdade que Ele nos trouxe da parte de Deus.
Neste sentido, todo o pecado encontra lugar na Paixão de Jesus.
«A paixão e a morte de Jesus não podem ser imputadas indistintamente ao conjunto dos judeus então vivos, nem aos outros judeus que depois viveram no tempo e no espaço. Cada pecador, ou seja, cada homem, é realmente causa e instrumento dos sofrimentos do Redentor e culpa maior têm aqueles, sobretudo se são cristãos, que mais frequentemente caem no pecado e se deleitam nos vícios» [v].

Jesus morreu pelos nossos pecados [vi] para nos livrar deles e nos resgatar da escravidão que o pecado introduz na vida humana.

A Sagrada Escritura diz que a paixão e morte de Cristo é:
a) Sacrifício de aliança,
b) Sacrifício de expiação,
c) Sacrifício de propiciação e de reparação pelos pecados,
d) Acto de redenção e libertação dos homens.

a)          Jesus, oferecendo a sua vida a Deus na Cruz, instituiu a Nova Aliança, quer dizer, a nova forma de união de Deus com os homens que tinha sido profetizada por Isaías [vii], Jeremias [viii].
O novo Pacto é a aliança selada no corpo de Cristo entregue e no seu sangue derramado por nós [ix].

b) O sacrifício de Cristo na Cruz tem um valor de expiação, quer dizer, de limpeza e purificação do pecado [x].

b)          A Cruz é sacrifício de propiciação e de reparação pelo pecado[xi].
Cristo manifestou ao Pai o amor e a obediência que os homens Lhe tínhamos negado com os nossos pecados.
A sua entrega fez justiça e satisfez o amor paterno de Deus, que tínhamos recusado desde a origem da história.

c)           A Cruz de Cristo é acto de redenção e de libertação do homem.
Jesus pagou a nossa liberdade com o preço do seu sangue, quer dizer, dos seus sofrimentos e da sua morte [xii].
Mereceu com a sua entrega a nossa salvação para nos incorporar no reino dos céus: «Ele livrou-nos do poder das trevas e transferiu-nos para o Reino do Seu muito amado Filho, no Qual temos a redenção, a remissão dos pecados» [xiii].

Principal efeito da Cruz é eliminar o pecado e tudo o que se opõe à união do homem com Deus.

A Cruz, além de eliminar os pecados, livra-nos também do diabo, que dirige ocultamente a trama do pecado e da morte eterna.
O diabo não pode nada contra quem está unido a Cristo [xiv] e a morte deixa de ser separação eterna de Deus e fica apenas como porta de acesso ao último destino[xv].

Removidos todos estes obstáculos, a Cruz abre a via da salvação para a humanidade, a possibilidade universal da graça.

Juntamente com a Ressurreição e a gloriosa Exaltação, a Cruz é causa da justificação do homem, quer dizer, não só da eliminação do pecado e dos outros obstáculos, mas também da infusão da vida nova (a graça de Cristo que santifica a alma).
Cada sacramento é um modo diverso de participar na Páscoa de Cristo e de se apropriar da salvação que dela provém.
Concretamente, o Baptismo livra-nos da morte introduzida pelo pecado original e permite-nos viver a vida nova do Ressuscitado.

Jesus é a causa única e universal da salvação humana, o único mediador entre Deus e os homens.
Toda a graça de salvação dada aos homens provém da sua vida e, em particular, do seu mistério pascal.

Como acabamos de dizer, a Redenção operada por Cristo na Cruz é universal, estende-se a todo o género humano.
Mas é preciso que chegue a aplicar-se a cada um o fruto e os méritos da Paixão e Morte de Cristo, principalmente por meio da fé e dos Sacramentos.

Nosso Senhor Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e os homens [xvi].
Mas Deus Pai quis que fôssemos, não só redimidos, mas também co-redentores [xvii].
Chama-nos a tomar a sua Cruz e a segui-Lo[xviii], porque Ele «sofreu por nós deixando-nos exemplo para que sigamos as Suas pegadas» [xix].

São Paulo escreve:

a) «Estou pregado com Cristo na Cruz; vivo, mas já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim»[xx]; para alcançar a identificação com Cristo há que abraçar a Cruz;

b) «Completo na minha carne o que falta à Paixão de Cristo, pelo seu Corpo que é a Igreja»[xxi]; podemos ser corredentores com Cristo.

Deus não nos quis livrar de todas as adversidades desta vida, para que, aceitando-as, nos identifiquemos com Cristo, mereçamos a vida eterna e cooperemos na tarefa de levar aos outros os frutos da Redenção.
A doença e a dor, oferecidas a Deus em união com Cristo, obtêm grande valor redentor, como também a mortificação corporal praticada com o mesmo espírito com que Cristo padeceu, livre e voluntariamente, na sua Paixão por amor a fim de nos redimir expiando pelos nossos pecados.
Na Cruz, Jesus Cristo dá-nos exemplo de todas as virtudes:

a)          De caridade:
«Não há maior amor do que dar a própria vida pelos seus amigos»[xxii];

b)          De obediência:
Fez-se «obediente até à morte, e morte de Cruz» [xxiii];

c)           De humildade , mansidão, paciência:
Suportou os sofrimentos sem os evitar nem os suavizar, como manso cordeiro[xxiv];

d)          De desprendimento das coisas terrenas:
O Rei dos Reis e Senhor dos que dominam aparece na Cruz nu, zombado, cuspido, açoitado e coroado de espinhos, tudo por Amor.

O Senhor quis associar a sua Mãe, mais intimamente do que ninguém, ao mistério do Seu sofrimento redentor [xxv].
Nossa Senhora ensina-nos a estar junto da Cruz do seu Filho [xxvi].

antonio ducay

Bibliografia básica:
Catecismo da Igreja Católica, 599-618.
Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, 112-124.
João Paulo II, O Valor redentor da Paixão de Cristo, Catequese: 7-IX-1988, 8-IX-1988, 5-X-1988, 19-X-1988, 26-X-1988.
João Paulo II, A Morte de Cristo: o seu carácter redentor, Catequese: 14-XII-88, 11-I-89.
Leituras recomendadas:
São Josemaria, Homilia «A morte de Cristo vida do cristão», em Cristo que Passa, 95-101.
Diccionario de Teología, C. Izquierdo et al. (ed.), vozes: Jesucristo (IV) e Cruz, Eunsa, Pamplona 2006.




[i] cf. Mt 26,54
[ii] cf. Jo 19,28-30
[iii] Mc 10,45
[iv] Compêndio, 113
[v] Compêndio, 117
[vi] cf. Rm 4,25
[vii] cf. Is 42,6
[viii] cf. Jr 31, 31-33 e Ezequiel cf. Ez 37,26
[ix] cf. Mt 26,27-28
[x] cf. Rm 3,25; Hb 1,3; 1 Jo 2,2; 4,10
[xi] cf. Rm 3,25; Heb 1,3; 1 Jo 2,2; 4,10
[xii] cf. 1 P 1,18
[xiii] Cl 1,13-14
[xiv] cf. Rm 8,31-39
[xv] cf. 1 Cor 15, 55-56
[xvi] cf. 1 Tm 2,5
[xvii] cf. Catecismo, 618
[xviii] cf. Mt 16,24
[xix] 1 Pe 2,21
[xx] Gl 2,20
[xxi] Cl 1,24
[xxii] cf. Jo 15,13
[xxiii] Fl 2,8
[xxiv] cf. Jr 11,19
[xxv] cf. Lc 2,35; Catecismo, 618
[xxvi] Cf. São Josemaria, Caminho, 508

Quem ama a Deus dá-se a si mesmo

O tempo é o nosso tesouro, o "dinheiro" para comprarmos a eternidade. (Sulco 882)


Que pena viver tendo como ocupação matar o tempo, que é um tesouro de Deus! Não há desculpas para justificar essa actuação. Que ninguém diga: só tenho um talento, não posso ganhar nada. Também com um só talento podes agir de modo meritório. Que tristeza não tirar partido, autêntico rendimento de todas as faculdades, poucas ou muitas, que Deus concede ao homem para que se dedique a servir as almas e a sociedade!


Quando o cristão mata o seu tempo na Terra, coloca-se em perigo de matar o seu Céu, se, pelo seu egoísmo, se retrai, se esconde, se despreocupa. Quem ama a Deus, não entrega só o que tem, o que é, ao serviço de Deus: dá-se a si mesmo. Não vê – em perspectiva rasteira – o seu eu na saúde, no nome, na carreira. (Amigos de Deus, 46).

Pequena agenda do cristão



Sexta-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?



Temas para meditar - 539

Santidade


Não é possível acreditar na santidade dos que falham nas virtudes humanas mais elementares.

Ainda que a graça possa transformar por si mesma as pessoas, o normal é que requeira as virtudes humanas, pois, como poderia enraizar-se, por exemplo, a virtude cardeal da fortaleza num cristão que não se vencesse em pequenos hábitos de comodidade ou de preguiça, que estivesse excessivamente preocupado com o calor ou com o frio, que se deixasse levar habitualmente pelos estados de ânimo, que estivesse dependente de si mesmo e da sua comodidade? 


(beato álvaro del portilloEscritos sobre el sacerdocio, Madrid, Epalsa, 4ª ed., nr. 28, trad AMA)