Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
05/06/2020
São José, um homem normal
Falámos hoje da vida de oração e do afã de
apostolado. Queremos porventura melhor mestre nesta matéria do que São José? Se
quereis que vos dê um conselho, dir-vos-ei – com palavras que venho a repetir
incansavelmente desde há muitos anos: Ite ad Joseph, recorrei a S. José; ele
vos mostrará caminhos concretos e meios humanos e divinos para chegar a Jesus.
E em breve ousareis, tal como ele, segurar nos braços, beijar, vestir e cuidar
deste Menino Deus que nasceu para nós. Em sinal de veneração, os Magos
ofereceram a Jesus ouro, incenso e mirra; José deu-lhe plenamente o coração
jovem, cheio de amor. (Cristo que passa,
38)
José era um artesão da Galileia, um homem como
tantos outros. E que pode esperar da vida um habitante de uma aldeia perdida,
como era Nazaré? Apenas trabalho, todos os dias, sempre com o mesmo esforço. E,
no fim da jornada, uma casa pobre e pequena, para recuperar as forças e
recomeçar o trabalho no dia seguinte.
José era efectivamente um homem corrente, em quem
Deus confiou para realizar coisas grandes. Soube viver exactamente como o
Senhor queria todos e cada um dos acontecimentos que compuseram a sua vida. Por
isso, a Sagrada Escritura louva José, afirmando que era justo. E, na língua
hebraica, justo quer dizer piedoso, servidor irrepreensível de Deus, cumpridor
da vontade divina ; outras vezes significa bom e caritativo para com o próximo.
(Cristo que passa, 40)
O nosso Pai e Senhor São José é Mestre da vida
interior. – Põe-te sob o seu patrocínio e sentirás a eficácia do seu poder. (Caminho, 560)
De São José diz Santa Teresa, no livro da sua vida:
«Quem não achar Mestre que lhe ensine a orar, tome este glorioso Santo por
mestre, e não errará no caminho». – O conselho vem de uma alma experimentada.
Segue-o. (Caminho, 561)
Temas para reflectir e meditar
A beleza do perdão - 3
É de suma importância o exame prévio feito com simples objectividade até porque algumas vezes nos esquecermos dos pecados de omissão, isto é, o que deveríamos ter feito e não fizemos, ou seja as faltas de cumprimento do dever.
E não nos fiquemos por generalidades mas sim dizer concretamente: ’não fiz isto, não fiz aquilo' que era minha obrigação fazer.
Ao demónio não lhe interessa nada que
nos confessemos e usará de todas as artimanhas da vasta panóplia de que dispõe
para nos levar a desistir da Confissão Sacramental.
Uma das mais comuns talvez seja o respeito humano de não nos confessarmos com o Sacerdote habitual. Tal ocorre principalmente quando temos uma falta que nos envergonha particularmente.
Não ceder a esta tentação acrescenta aos méritos da Confissão o vencimento próprio, a humilhação, a simplicidade, o domínio do orgulho.
(cont)
(ama, reflexões,
2015.04.19)
São Pio de Petrelcina
São Pio
de Petrelcina
O grande
amor de Deus
Eu
não sou como o Senhor me fez, mas sinto que tenho de me esforçar muito mais
para cometer um acto de soberba que um acto de humildade. Isto porque a
humildade é a verdade e a verdade é que eu sou nada. Tudo o que de bom existe em mim, tudo o que possuo é de Deus.
E mesmo sabendo isso, quantas vezes desperdiçamos ou estragamos até o que o
bom Deus colocou em nós?!
(365
dias com São Pio de Petrelcina)
LEITURA ESPIRITUAL
São Marcos
Cap. XIV
1 Dali a dois dias era a Páscoa e os Ázimos; os príncipes dos
sacerdotes e os escribas andavam buscando o modo de O prender à traição, para O
matar.2 Porém, diziam: «Não convém que isto se faça no dia da festa,
para que não se levante nenhum motim entre o povo».3 Estando Jesus
em Betânia, em casa de Simão o leproso, enquanto estava à mesa, veio uma mulher
trazendo um frasco de alabastro cheio de um perfume feito de verdadeiro nardo,
de um grande valor e, quebrando o frasco, derramou-Lho sobre a cabeça.4
Alguns dos que estavam presentes indignaram-se e diziam entre si: «Para que foi
este desperdício de perfume? 5 Pois podia-se vender por mais de
trezentos denários e dá-los aos pobres». E irritavam-se contra ela. 6
Mas Jesus disse: «Deixai-a. Porque a molestais? Ela fez-Me uma boa obra, 7
porque pobres sempre os tereis convosco, e quando quiserdes, podeis fazer-lhes
bem; porém a Mim, não Me tereis sempre. 8 Ela fez o que podia: ungiu
com antecipação o Meu corpo para a sepultura. 9 Em verdade vos digo:
Onde quer que for pregado este Evangelho por todo o mundo, será também contado,
para sua memória, o que ela fez». 10 Então, Judas Iscariotes, um dos
doze, foi ter com os príncipes dos sacerdotes para lhes entregar Jesus. 11
Eles ouvindo-o, alegraram-se e prometeram dar-lhe dinheiro. E ele procurava
ocasião oportuna para O entregar.12 No primeiro dia dos Ázimos,
quando imolavam a Páscoa, os discípulos perguntaram-Lhe: «Onde queres que vamos
preparar-Te a refeição da Páscoa?». 13 Então, Ele enviou dois dos
Seus discípulos e disse-lhes: «Ide à cidade e encontrareis um homem levando uma
bilha de água; ide atrás dele, 14 e, onde entrar, dizei ao dono da
casa: “O Mestre manda dizer: Onde está a Minha sala onde hei-de comer a Páscoa
com os Meus discípulos?”. 15 E ele vos mostrará uma sala superior,
grande, mobilada e já pronta. Preparai-nos lá o que é preciso». 16
Os discípulos partiram e chegaram à cidade; encontraram tudo como Ele lhes
tinha dito, e prepararam a Páscoa. 17 Chegada a tarde, foi Jesus com
os doze. 18 Quando estavam à mesa e comiam, disse Jesus: «Em verdade
vos digo que um de vós, que come comigo, Me há-de entregar». 19
Então começaram a entristecer-se, e a dizer-Lhe um por um: «Porventura sou
eu?». 20 Ele disse-lhes: «É um dos doze que se serve comigo do mesmo
prato. 21 O Filho do Homem vai, segundo está escrito d'Ele, mas, ai
daquele homem por quem for entregue o Filho do Homem! Melhor fora a esse homem
não ter nascido». 22 Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, depois de
pronunciada a bênção, partiu-o, deu-lho e disse: «Tomai, isto é o Meu corpo». 23
Em seguida, tendo tomado o cálice, dando graças, deu-lho, e todos beberam dele.
24 E disse-lhes: «Isto é o Meu sangue, o sangue da Aliança, que é
derramado por todos. 25 Em verdade vos digo que não beberei mais do
fruto da videira, até àquele dia em que o beberei novo no reino de Deus». 26
Cantados os salmos, foram para o monte das Oliveiras. 27 Então
Jesus, disse-lhes: «Todos vós vos escandalizareis, pois está escrito: “Ferirei
o pastor, e as ovelhas se dispersarão”. 28 Mas, depois de Eu
ressuscitar, preceder-vos-ei na Galileia». 29 Pedro, porém,
disse-Lhe: «Ainda que todos se escandalizem a Teu respeito, eu não». 30
Jesus disse-lhe: «Em verdade te digo que hoje, nesta mesma noite, antes que o
galo cante a segunda vez, Me negarás três vezes». 31 Porém, ele
insistia ainda mais: «Ainda que seja preciso morrer contigo, não Te negarei». E
todos diziam o mesmo. 32 Chegando a uma herdade, chamada Getsemani,
Jesus disse aos Seus discípulos: «Sentai-vos aqui enquanto vou orar». 33
Levou consigo Pedro, Tiago e João; e começou a sentir pavor e angústia. 34
E disse-lhes: «A Minha alma está numa tristeza mortal; ficai aqui e vigiai». 35
Tendo-Se adiantado um pouco, prostrou-Se por terra e pedia que, se era
possível, se afastasse d'Ele aquela hora.36 Dizia: «Abba, Pai, todas
as coisas Te são possíveis; afasta de Mim este cálice; porém, não se faça o que
Eu quero, mas o que Tu queres». 37 Depois, voltou e encontrou-os a
dormir, e disse a Pedro: «Simão, dormes? Não pudeste vigiar uma hora? 38
Vigiai e orai, para não cairdes em tentação. O espírito, na verdade, está
pronto mas a carne é fraca». 39 Tendo-Se retirado novamente, pôs-Se
a orar, repetindo as mesmas palavras. 40 Voltando, encontrou-os
outra vez a dormir, porque tinham os olhos pesados pelo sono. Não sabiam que
responder-Lhe. 41 Voltou terceira vez, e disse-lhes: «Dormi agora e
descansai. Basta!, é chegada a hora; eis que o Filho do Homem vai ser entregue
nas mãos dos pecadores. 42 Levantai-vos, vamos; eis que se aproxima
o que Me há-de entregar». 43 Ainda falava, quando chega Judas
Iscariotes, um dos doze, e com ele muita gente armada de espadas e varapaus,
enviada pelos príncipes dos sacerdotes, pelos escribas e pelos anciãos. 44
O traidor tinha-lhes dado um sinal dizendo: «Aquele a quem eu beijar, é esse;
prendei-O e levai-O com cuidado». 45 Logo que chegou, aproximando-se
imediatamente de Jesus, disse-Lhe: «Mestre!», e beijou-O. 46 Então
eles lançaram-Lhe as mãos e prenderam-n'O. 47 Um dos presentes,
tirando a espada, feriu um servo do sumo sacerdote e cortou-lhe uma orelha. 48
Jesus tomando a palavra, disse-lhes: «Como se Eu fosse um ladrão viestes
prender-Me com espadas e varapaus? 49 Todos os dias estava entre vós
ensinando no templo e não Me prendestes. Mas isto acontece para que se cumpram
as Escrituras». 50 Então, os discípulos, abandonando-O, fugiram
todos. 51 Um jovem seguia Jesus coberto somente com um lençol e
prenderam-no. 52 Mas ele, largando o lençol, escapou-se-lhes nu. 53
Levaram Jesus ao sumo sacerdote e juntaram-se todos os príncipes dos
sacerdotes, os anciãos e os escribas. 54 Pedro foi-O seguindo de
longe, até dentro do pátio do sumo sacerdote. Estava sentado ao fogo com os
criados, e aquecia-se. 55 Os príncipes dos sacerdotes e todo o
conselho buscavam algum testemunho contra Jesus, para O fazerem morrer, e não o
encontravam. 56 Muitos depunham falsamente contra Ele, mas não
concordavam os seus depoimentos. 57 Levantaram-se uns que depunham
falsamente contra Ele, dizendo: 58 «Nós ouvimo-l'O dizer:
“Destruirei este templo, feito pela mão do homem, e em três dias edificarei
outro, que não será feito pela mão do homem”». 59 Porém, nem estes
testemunhos eram concordes. 60 Então, levantando-se do meio da
assembleia o sumo sacerdote, interrogou Jesus, dizendo: «Não respondes nada ao
que estes depõem contra Ti?». 61 Ele, porém, estava em silêncio e
nada respondeu. Interrogou-O de novo o sumo sacerdote e disse-Lhe: «És Tu o
Cristo, o Filho de Deus bendito?». 62 Jesus respondeu: «Eu sou, e
vereis o Filho do Homem sentado à direita do poder de Deus, e vir sobre as
nuvens do céu». 63 Então, o sumo sacerdote, rasgando as suas vestes,
disse: «Que necessidade temos de mais testemunhas? 64 Ouvistes a
blasfémia. Que vos parece?». E todos O condenaram como réu de morte. 65
Então começaram alguns a cuspir-Lhe, a cobrir-Lhe o rosto e a dar-Lhe murros,
dizendo-Lhe: «Profetiza!». Os criados receberam-n'O a bofetadas. 66
Entretanto, estando Pedro em baixo no átrio, chegou uma das criadas do sumo
sacerdote. 67 Vendo Pedro, que se aquecia, encarando-o disse: «Tu
também estavas com Jesus Nazareno». 68 Mas ele negou: «Não sei, nem
compreendo o que dizes». E saiu para fora, para a entrada do pátio, e o galo
cantou. 69 Tendo-o visto a criada, começou novamente a dizer aos que
estavam presentes: «Este é daqueles». 70 Mas ele o negou de novo.
Pouco depois, os que ali estavam presentes diziam de novo a Pedro:
«Verdadeiramente tu és um deles, porque também és galileu». 71 Ele
começou a fazer imprecações e a jurar: «Não conheço esse homem de quem falais».
72 Imediatamente cantou o galo segunda vez. Pedro lembrou-se da
palavra que Jesus tinha dito: «Antes que o galo cante duas vezes, Me negarás
três». E começou a chorar.
Comentários:
Está absolutamente
definido: para Deus, o mais importante é o AMOR. Foi e é, o Amor, que moveu e
continua movendo, Deus, como Criador, como Pai, como Dono e Senhor de quanto
existe. Ama o homem por aquilo que ele é: uma criatura fruto do Seu amor. Não
se pode amar o que não se conhece e, Deus, conhece-nos intimamente com todos
os nossos defeitos e fraquezas e, também, as nossas virtudes e boas acções. Mesmo
quando nos afastamos dele continua a amar-nos porque o Seu amor por nós não é
condicionado pelo nosso amor por Ele.
Levanta-se uma questão
a respeito deste trecho do Evangelho: “Quem não ama Deus não ama o próximo, ou,
se se ama o próximo tem de se amar a Deus?” Parece óbvio que o amor é um só: o
amor de Deus pelos homens! De facto Deus não só criou o homem por amor mas
criou-o para amar. Sendo verdade que Deus ama todos os homens e que estes são o
reflexo, a própria imagem de Deus, não será possível haver como que uma
“divisão” do amor entre o amor a Deus e o amor ao próximo. Assim, aquele que
ama o próximo, ama de facto a Deus embora, por qualquer razão, possa não O
conhecer. Por isso é tão importante o apostolado, que mais não é que um serviço
para que todos conheçam Deus.
São Marcos descreve o que ouviu de São
Pedro com a riqueza de detalhes que nos garante um relato fidedigno do que se
passou. Jesus Cristo é um "adivinho"? Não!
Jesus Cristo sendo Deus conhece o passado o actual e o futuro, aliás, para Ele, tudo é presente.
Jesus Cristo sendo Deus conhece o passado o actual e o futuro, aliás, para Ele, tudo é presente.
A prudência é uma virtude
importantíssima na vida cristã. sobretudo nas tarefas de apostolado deve ter-se
muito em conta que agir imprudentemente pode não só deitar a perder o esforço
já feito como até fazer ou dizer algo que não seja de todo conveniente. O homem
prudente é avisado, não age nem por impulso nem por entusiasmo. Prepara
convenientemente a sua acção tomando conselho apropriado de quem melhor o poderá
guiar. Nosso Senhor dá-nos, neste trecho de São Marcos, uma autêntica lição de
prudência ficando claríssimo que não se trata nem de medo ou receio mas, de
agir em conformidade com o que é aconselhável.
Jesus
Cristo quer que tudo se cumpra como está determinado nos planos da Redenção,
por isso mesmo, usa a precaução que se impõe para que não se saiba onde vai
celebrar a Páscoa com os Doze. Convém até que, um dos Doze, não saiba de
antemão, onde será. Todos os factos, episódios e acontecimentos que antecedem a
Paixão são importantes mas, neles, avulta a Última Ceia porque, justamente será
durante a mesma, que Cristo, depois da saída de Judas, instituirá o Sacerdócio
ao dar aos Seus Apóstolos a faculdade de repetirem para todo o sempre o milagre
da Consagração Eucarística. De facto, é onde O Senhor decide, com uma
generosidade e humildade que nos espanta, ficar para sempre connosco para ser o
nosso alimento, o Viático para a Vida Eterna.
Uma
vez mais, Jesus, mostra-nos como é necessária prudência nas coisas que a Ele
respeitam. Prudência que não tem que ver nem com medo ou cobardia mas, tão só,
não desprezar as medidas e atitudes que as circunstâncias aconselhem. Ao enviar
dois discípulos com instruções algo “misteriosas” para escolherem a sala onde
iriam comer a Páscoa, Jesus quer pôr a recato a possibilidade de Judas, que
sabia, o iria trair, se poder adiantar no seu torpe desígnio. Assim, ninguém
saberia, de antemão, onde Se encontraria Jesus e os Seus discípulos antes da
hora que, desde sempre, estava destinada a ser a hora da prisão, no Getzemani.
O
poder da Fé! Assim se poderia titular este trecho de São Marcos. Os exemplos
dados são propositadamente exagerados e até estranhos - ninguém mandará um
monte plantar-se no mar - para que fique bem claro que Deus pode tudo e a
oração pode obter tudo. O que pedirmos não deixará de ser atendido se o pedido
for conveniente segundo os critérios divinos.
A honestidade intelectual é algo que
muitos desdenham e, no entanto, ela é fundamental para agir com verdade e são
critério. Procurar razões onde não existem, perguntas capciosas e mal
intencionadas, isto é o que fazem muitos que se propõem a eles próprios como
mestres e guias. Mas, o pior é que haverá sempre quem os ouça e siga, iludidos
e enganados na sua busca da verdade. É a verdade é só uma: Jesus Cristo: Ele É
a Verdade!
Virtudes 7
Aquele que
perseverar até ao fim, será salvo (Mt 10, 22)
A paciência está em
estreita correspondência com a perseverança. Esta costuma ser definida como a
persistência no exercício de obras virtuosas apesar da dificuldade e do cansaço
derivado de sua demora no tempo. Mais precisamente costuma-se falar de
constância quando se trata de vencer a tentação de abandonar o esforço perante
o aparecimento de um obstáculo concreto; enquanto se fala de perseverança
quando o obstáculo é apenas o prolongar no tempo desse esforço (Cf. Ángel
Rodríguez Luño, Scelti in Cristo per essere santi III. Morale speciale, EDUSC,
Roma 2008, p. 298).
Não se trata
somente de uma qualidade humana, necessária para alcançar objetivos mais ou
menos ambiciosos. A perseverança, à imitação de Cristo, que foi obediente ao
desígnio do Pai até o final (Cf. Fl. 2, 8), é necessária para a salvação, segundo as palavras evangélicas: «mas
aquele que perseverar até o fim será salvo» (Mt 10, 22). Entende-se então
a verdade da afirmação de (São Josemaria: “Começar é de todos; perseverar,
de santos” ((São Josemaria, Caminho, n. 983)
Daí o amor que este sacerdote santo revelava
pelo trabalho bem acabado, que descrevia como um saber colocar as “últimas
pedras” em cada trabalho realizado (“Gosto das últimas [pedras], que supõem o termo de um longo e paciente
esforço” ((São Josemaria, Entrevista para “El Cruzado Aragonés”, 3 de Maio
de 1969, n. 16).
“Toda a
fidelidade deve passar pela prova mais exigente: o tempo […]. É fácil ser
coerente por um dia, ou por alguns dias […]. Só pode chamar-se fidelidade a uma
coerência que dura toda uma vida” (João Paulo II, Homilia na Catedral Metropolitana, México, 26 de janeiro de
1979). Estas palavras de
São João Paulo II ajudam a compreender a perseverança sob uma luz mais
profunda, não como mero persistir, mas antes de tudo como autêntica coerência
de vida; uma fidelidade que acaba por merecer o louvor do Senhor da parábola
dos talentos, e que pode considerar-se como uma fórmula evangélica de
canonização: «Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te
confiarei muito. Vem regozijar-se com o teu senhor» (Mt 25, 23).
Pequena agenda do cristão
PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Contenção; alguma privação; ser humilde.
Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.
Lembrar-me:
Filiação divina.
Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
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