04/02/2011

Breve História da Humanidade 3

Observando
Continuação

Olhando a seu redor sob essa luz única, tão solitário como a chama que literalmente só ele acendeu, esse semideus ou demónio do mundo visível torna esse mundo visível. Ele vê ao seu redor um mundo de certo estilo ou tipo, que parece proceder seguindo certas normas ou pelo menos repetições. Ele observa a arquitectura verde que se constrói a si mesma sem mãos visíveis, mas se ergue formando um plano ou padrão muito exacto, semelhante a um desenho já traçado no ar por um dedo invisível. Não se trata, como agora vagamente se sugere, de alguma coisa vaga. Não é um crescer ou um tactear de vida às cegas. Cada coisa procura um fim, um fim glorioso e radiante, até mesmo no caso de cada margarida ou dente-de-leão que vemos observando a superfície de um campo qualquer.

(G. K. Chesterton,  O Homem Eterno, Ed. Mundo Cristão, 1ª ed. colig. e adap. por ama)
Cont/

Diálogos apostólicos


Diálogos


Pareces-me muito satisfeito com o que já conseguiste e...tens razão, foi um passo muito importante no bom sentido.

Mas...vais ficar por aqui?

Olha que, nas coisas de Deus, parar é morrer. 

E, nota bem, não sou eu quem o diz mas o grande Santo Agostinho.


(ama, 2011.02.04)

Bagão Félix - Mais nascimentos

Observando


Em política, a miopia é uma doença endémica. Os governos não enxergam para além das eleições seguintes e só de soslaio olham para as próximas gerações. Por exemplo, o desequilíbrio demográfico é assunto de somenos, que não dá azo a mediáticas conferências às horas dos telejornais.

Vem isto a propósito de uma medida, acordada em Espanha, que vai permitir às mulheres que interrompam o seu trabalho para se dedicar aos filhos somarem, por cada um, mais 9 meses de tempo para a reforma.
Uma medida simbólica. Mas importante. O Estado Social depende de mais vidas nascentes.
Aliás, os pais com mais de dois filhos deveriam ter um ‘prémio’ por, deste modo, já contribuírem para a sustentabilidade do sistema de pensões: uma bonificação na contagem dos anos para a reforma ou, pelo menos, a não penalização que agora existe (o chamado factor de sustentabilidade).
Custaria algum dinheiro? Claro que sim, mas muito menos do que vai custar no futuro a insolvência do sistema.
Medidas como estas estavam definidas na lei da Segurança Social de 2002, mas foram revogadas por José Sócrates. Quem nos governa despreza estes assuntos. Pior, agrava-os: o cheque-bebé abortou e o abono de família é agora uma excepção.

(bagão félix, cmjornal)


Pensamentos inspirados

À procura de Deus





Como o "bom ladrão", não nos devemos calar, quando Jesus é insultado, desprezado, na nossa presença.

jma, 2011 

Rex tremandae maiestatis

Rex tremandae maiestatis:




Rex tremandae maiestatis, qui salvandos salvas gratis, salva me, fons pietatis.

Medo do demónio - 4

Duc in altum



Vale a pena seguir estes escritos sobre o Demónio. Doutrina segura e esclarecedora











para ver clicar no link em baixo

http://queeaverdade.blogspot.com/2011/02/o-medo-do-demonio-4.html

Ave-Maria - Origens e explicação

Duc in altum



Ave-Maria, cheia de graça o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Ámen.

Como nasceu e qual é sua harmónica estrutura. A Ave-Maria consta de três partes: a primeira é tomada da saudação angélica: Ave, cheia de graça o Senhor é convosco (Lc 1,28). A segunda está formada pelas palavras de louvor que Isabel, parente da Virgem, e esposa de Zacarias, dirige a Maria ao entrar na sua casita de Ain karim: Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre (Lc 1,42). A terceira parte é una invocação da Igreja, de origem muito posterior: Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte. Ámen.

A primeira coisa a advertir é que esta oração tem origem divina e origem eclesiástica. O Anjo e Isabel foram as personagens inspiradas por Deus. A Igreja, assistida pelo Espírito Santo, completou a primeira oração a Nossa Senhora.

A estrutura íntegra da Ave-Maria necessitou um milénio - do século VI ao século XVI - para alcançar a sua formulação actual. A sua história assemelha-se a um pequeno arroio que pouco a pouco vai adquirindo volume até formar um caudal amazónico, expressão do grandioso sentido da fé.

No entanto, podem fixar-se alguns dados de indubitável certeza. A vinculação da saudação de Gabriel com o louvor de Isabel se deve a Severo de Antioquia, (+ 538). Numa vasilha de barro encontrada em Luxor (Egipto) já se lêem estas palavras unidas. São João Damasceno, (+ 749), comenta-as nas suas homilias. A Igreja acrescentou os nomes de «Maria» no começo e de «Jesus» no fim, sendo Urbano IV no século XIII, seu afortunado autor. O último acrescento: «agora e na hora da nossa morte», aparece num breviário dos cartuxos de 1350, sendo assumido posteriormente pelos Trinitários e Camaldulenses ([i].

No ano 1525 encontra-se já nos catecismos populares. Pode afirmar-se que a fórmula definitiva que chegou até nós foi fixada por Pio V em 1568, por ocasião da Reforma litúrgica. Faz, pois, 432 anos que os católicos rezam na sua forma actual esta incomparável oração mariana, metade hino de louvor, metade súplica filial. E não nos cansamos de repeti-la pelo seu irresistível encanto sobrenatural.

         Que nos sirva sempre para ser melhores discípulos de Jesus.

(Fonte: Devocionário, Ver também: "Catecismo da Igreja Católica", nn. 2676-2677)





[i] Congregação Camuldalense da Ordem de São Bento  (latim: Ordo Sancti Benedicti Camaldulensis) (OSB Cam), ou Ordem religiosa dos Camaldulenses, é uma ordem religiosa pertencente à família dos Beneditinos, fundada por São Bento de Núrsia no século VI. O ramo Camaldulense estabeleceu-se graças aos esforços do monge italiano São Romualdo, no início do segundo milénio, no Sagrado Ermitério de Camaldoli, no cimo das montanhas centrais de Itália, perto de Arezzo. A sua reforma pretendia renovar e reintegrar a dimensão solitária da vida monástica sendo, por isso, uma Ordem essencialmente contemplativa. De origem italiana, espalha-se, actualmente, por todo o país. O mosteiro mais antigo da Ordem, ainda em funções, fica no centro de Roma e foi fundado por Gregório Magno no século VI.
A Ordem está, actualmente, dividida em duas congregações autónomas. Uma tem sede nas montanhas de Camaldoli, englobando diversos mosteiros e ermitérios. A outra, a Congregação de Monte Corona, foi fundada pelo reformador renascentista São Paulo Gustiniani, e compõe-se de grupos muito reduzidos de monges ou mesmo de monges que vivem isolados em ermitérios.
Existem monges Camaldulenses nos Estados Unidos da América  (a partir de 1958),  BrasilÍndiaFrançaPolóniaEspanha (Miranda de Ebro -Burgos), Colômbia (Monte Corona) e na Tanzânia.

Papas Camaldulenses
Pascoal II, 13 de Agosto de 1099 a 21 de Janeiro de 1118       

Evangelho do dia e comentário

Tempo comum - IV Semana


Evangelho: Mc 6, 14-29

14 Ora o rei Herodes ouviu falar de Jesus, cujo nome se tinha tornado célebre. Uns diziam: «João Baptista ressuscitou de entre os mortos; é por isso que o poder de fazer milagres se manifesta n'Ele.» 15 Outros, porém, diziam: «É Elias». E outros afirmavam: «É um profeta, como um dos antigos profetas». 16 Herodes, porém, ouvindo isto, dizia: «É João, a quem eu degolei, que ressuscitou». 17 Porque Herodes tinha mandado prender João, e teve-o a ferros numa prisão por causa de Herodíades, mulher de Filipe, seu irmão, com a qual tinha casado. 18 Porque João dizia a Herodes: «Não te é lícito ter a mulher de teu irmão». 19 Herodíades odiava-o e queria fazê-lo morrer; porém, não podia, 20 porque Herodes, sabendo que João era varão justo e santo, olhava-o com respeito, protegia-o e quando o ouvia ficava muito perplexo, mas escutava-o com agrado. 21 Chegou, porém, um dia oportuno, quando Herodes, no seu aniversário natalício, deu um banquete aos grandes da corte, aos tribunos e aos principais da Galileia. 22 Tendo entrado na sala a filha da mesma Herodíades, dançou e agradou a Herodes e aos seus convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que quiseres e eu to darei». 23 E jurou-lhe: «Tudo o que me pedires te darei, ainda que seja metade do meu reino». 24 Ela, tendo saído, perguntou à mãe: «Que hei-de pedir?». Ela respondeu-lhe: «A cabeça de João Baptista». 25 Tornando logo a entrar apressadamente junto do rei, fez este pedido: «Quero que me dês imediatamente num prato a cabeça de João Baptista». 26 O rei entristeceu-se, mas, por causa do juramento e dos convidados, não quis desgostá-la. 27 Imediatamente mandou um guarda com ordem de trazer a cabeça de João. Ele foi degolá-lo no cárcere, 28 levou a sua cabeça num prato, deu-a à jovem, e esta deu-a à mãe. 29 Tendo sabido isto os seus discípulos, foram, tomaram o corpo e o depuseram num sepulcro.

Comentário:


Doutrina

«RERUM NOVARUM»

24. Daqui vem, como consequência, a necessidade do repouso festivo. Isto, porém, não quer dizer que se deve estar em ócio por mais largo espaço de tempo, e muito menos significa uma inacção total, como muitos desejam, e que é a fonte de vícios e ocasião de dissipação; mas um repouso consagrado à religião. Unido à religião, o repouso tira o homem dos trabalhos e das ocupações da vida ordinária para o chamar ao pensamento dos bens celestes e ao culto devido à Majestade divina. Eis aqui a principal natureza e fim do repouso festivo que Deus, com lei especial, prescreveu ao homem no Antigo Testamento, dizendo-lhe: «Recorda-te de santificar o sábado» ([i]); e que ensinou com o Seu exemplo, quando no sétimo dia, depois de criado o homem, repousou: «Repousou no sétimo dia .de todas as Suas obras que tinha feito» ([ii]).

2011.02.04


[i] Ex 20,8.
[ii] Gn 2,2.

Purgatório

Tema para breve reflexão




A menor pena do Purgatório excede a maior pena desta vida.

(S. Tomás de aquino, Scriptum super libros Sententiarum, Dist. 21, quet. 1, art. 1, sol. 3 III, 46, 6, 3)