07/07/2021

PUBLICAÇÕES NUNC COEPI – Em Julho 7

 


PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO

Quarta-Feira 

 

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

 

Propósito: Simplicidade e modéstia.

Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.

Lembrar-me: Do meu Anjo da Guarda.

Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de corres-pondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos. 

Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?

 


LEITURA ESPIRITUAL

 

Evangelho

Mt II, 16-23

 

Matança dos inocentes

16 Então Herodes, ao ver que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irado e mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o seu território, da idade de dois anos para baixo, conforme o tempo que, diligentemente, tinha inquirido dos magos. 17 Cumpriu-se, então, o que o profeta Jeremias dissera: 18 Ouviu-se uma voz em Ramá, uma lamentação e um grande pranto: É Raquel que chora os seus filhos e não quer ser consolada, porque já não existem. 19 Morto Herodes, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, no Egipto, 20 e disse-lhe: «Levanta-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel, porque morreram os que atentavam contra a vida do menino.» 21 Levantando-se, ele tomou o menino e sua mãe e voltou para a terra de Israel. 22 Porém, tendo ouvido dizer que Arquelau reinava na Judeia, em lugar de Herodes, seu pai, teve medo de ir para lá. Advertido em sonhos, retirou-se para a região da Galileia 23 e foi morar numa cidade chamada Nazaré; assim se cumpriu o que foi anunciado pelos profetas: Ele será chamado Nazareno.

 

Comentário:

 

Tendo ocorrido - um facto histórico - há dois mil anos, a matança dos inocentes continua infelizmente bem presente nos dias de hoje.

 

Não queremos que nasça, não desejamos que de alguma forma venha complicar-nos a vida, estas, são as razões (sem razão) mais comuns hoje em dia, feitas por gente egoísta insensível que não hesita em matar um inocente antes que veja a luz do mundo.

 

Tudo isto vem de uma teoria errada que um filho é um direito, uma posse, uma pessoa que nos pertence e da qual podemos dispor à vontade.

 

Se matar inocentes nos serve, como a Herodes, para ‘proteger’ um direito, um capricho, resolver um problema, disfarçar um medo, então qual é a diferença entre as monstruosidades e quem as pratica?

 

(ama, 28.12.2012)

 

 


ANJO DA GUARDA

Sancti Angeli Custodes nostri defendite nos in proelio ut non pereamus in tremendo iudicio

 


SÃO JOSEMARIA – textos

 

O perigo é a rotina

"Nonne cor nostrum ardens erat in nobis, dum loqueretur in via?". – Não é verdade que sentíamos abrasar-se-nos o coração, quando nos falava caminho? Se és apóstolo, estas palavras dos discípulos de Emaús deviam sair espontaneamente dos lábios dos teus companheiros de profissão, depois de te encontrarem a ti no caminho da vida. (Caminho, 917)

Agrada-me falar de caminho, porque somos caminhantes, dirigimo-nos para a casa do Céu, para a nossa Pátria. Mas reparemos que um caminho, mesmo que um ou outro trecho apresente dificuldades especiais, mesmo que alguma vez nos obrigue a passar a vau um rio ou a atravessar um pequeno bosque quase impenetrável, habitualmente é simples, sem surpresas. O perigo é a rotina: supor que nisto, no que temos de fazer em cada instante, não está Deus, porque é tão simples, tão vulgar!

Iam os dois discípulos para Emaús. O seu caminhar era normal, como o de tantas outras pessoas que transitavam por aquelas paragens. E aí, com naturalidade, aparece-lhes Jesus e vai com eles, com uma conversa que diminui a fadiga. Imagino a cena: já bem adiantada a tarde. Sopra uma brisa suave. De um lado e de outro, campos semeados de trigo já crescido e as velhas oliveiras com os ramos prateados pela luz indecisa... Jesus, no caminho! Senhor, que grande és Tu sempre! Mas comoves-me quando te rebaixas para nos acompanhares, para nos procurares na nossa lida diária. Senhor, concede-nos a ingenuidade de espírito, o olhar limpo, a mente clara, que permitem entender-Te, quando vens sem nenhum sinal externo da Tua glória.

Termina o trajecto ao chegar à aldeia e aqueles dois que – sem o saberem – tinham sido feridos no fundo do coração pela palavra e pelo amor do Deus feito homem, têm pena de que Ele se vá embora. Porque Jesus despede-se como quem vai para mais longe. Nosso Senhor nunca se impõe. Quer que O chamemos livremente, desde que entrevimos a pureza do Amor que nos meteu na alma. (Amigos de Deus, 313–314)