29/03/2017

Carvidex


https://ontiano.blogspot.pt/2017/03/noites-em-que-te-conheci.html

Fátima: Centenário - Oração Jubilar de consagração


Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.

Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.

Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.

Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.

E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.


Ámen.

Bento XVI – Pensamentos espirituais 138

Um todo

Jesus coloca-Se perante o homem na sua integralidade, para o curar completamente no corpo, na psique e no espírito.

Com efeito, a pessoa humana é um todo e as suas diversas dimensões podem ser distinguidas, mas não separadas.

Discurso aos doentes,  (ll.Fev.06)


(in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Leitura espiritual

A Cidade Deus
A CIDADE DE DEUS


Vol. 2

LIVRO XI

CAPÍTULO V

Não se deve imaginar uma extensão infinita de tempos antes do Mundo, nem também uma extensão infinita de lugares fora do Mundo, porque antes do Mundo não há tempos nem fora dele há lugares.

Quanto àqueles que admitem connosco que Deus é o autor do Mundo, mas nos põem a objecção do tempo do Mundo, vejamos o que esses mesmos respondem acerca do lugar do Mundo. Porque da mesma forma que nos perguntam: — porque o fez Ele em tal momento em vez de o ter feito em tal outro?, assim também se lhes pode perguntar: — porque o fez aí em vez de o ter feito noutro sítio? Efectivamente, se imaginam antes do Mundo extensões infinitas de tempos no decurso das quais, parece-lhes, Deus não podia ficar inactivo, — pois imaginem também, fora do Mundo, extensões infinitas de lugares. E se disserem que também aí o Omnipotente não se pode manter inactivo, não serão eles obrigados a sonhar, como Epicuro, com inúmeros mundos (com a única diferença de que em vez de, como ele, atribuírem a sua formação e dissolução aos movimentos fortuitos dos átomos, dirão que foram criados por Deus)? Não será o que se conclui, se não admitirem que Deus se mantém inactivo na imensidade sem limites desses lugares que se estendem por todos os lados à volta do Mundo, nem será o que se conclui, se não admitirem que esses mundos não poderão ser destruídos por causa alguma, como eles pensam também do nosso Mundo? Lidamos com os que pensam, como nós, que Deus é um ser incorpóreo, criador de todas as naturezas distintas da sua. Quanto aos outros, seria demasiado indigno admiti-los nesta discussão acerca da religião; principalmente porque, àqueles que crêem que se deve prestar culto a uma multidão de deuses, estes filósofos os superam em nobreza e autoridade e por isso, por muito afastados que pareçam estar da verdade, estão, todavia, dela mais próximos que todos os outros.

A respeito da substância de Deus, que não incluem num lugar, nem nele a delimitam, nem fora dele a deixam, mas antes, como convém pensar acerca de Deus, reconhecem que ela está inteiram ente toda com um a presença incorpórea em toda a parte — acaso dirão que ela está ausente desses espaços tamanhos que se estendem para fora do Mundo? Acaso dirão que ela ocupa unicamente o lugar deste Mundo tão exíguo em comparação dos espaços infinitos? Não creio que cheguem a cair em tal palavriado. Reconhecem, pois, que não há senão um Mundo, formando sem dúvida uma massa corpórea imensa, mas limitada e circunscrita no seu lugar e que é obra de Deus. O que
eles respondem a propósito dos espaços que se estendem sem limites para fora do Mundo quando perguntam: porque é que Deus nada fez aí? que o digam a si próprios a propósito dos tempos ilimitados decorridos antes do Mundo, quando perguntam: porque é que Deus nada fez então? Se Deus estabeleceu o Mundo no lugar onde está e não noutro, quando nesses espaços infinitos todos os lugares tinham os mesmos direitos de serem escolhidos, — não se segue por certo que Ele o fez por acaso e não por uma razão divina, embora esta razão escape a toda a inteligência humana. Pela mesma razão não é lógico atribuir a uma decisão fortuita que Deus criou o Mundo em tal tempo em vez de em tal outro, mesmo que no passado tenha havido uma infinidade de tempos igualmente anteriores sem diferença algum a para ser preferido um tempo a outro.

Se dizem que são vãos os pensamentos dos homens que imaginam espaços infinitos, pois que não há lugar algum fora do Mundo, responder-se-lhes-á que também é vão imaginar tempos passados em que Deus nada fazia, já que tempo não há antes do Mundo.

CAPÍTULO VI

Para o Mundo como para os tempos o começo é o mesmo: um não precede o outro.

Se, de facto, a verdadeira diferença entre a eternidade e o tempo consiste em que não há tempo sem mudança sucessiva, ao passo que a eternidade não admite mudança alguma, — quem não verá que o empo não teria existido, se não tivesse sido feita uma criatura que desloca tal ou tal coisa por um qualquer movimento? Essa mudança, esse movimento cedem o seu lugar e sucedem-se, e, não podendo existir ao mesmo tempo em intervalos mais curtos ou prolongados de espaço, dão origem ao tempo. Pois que Deus, cuja eternidade exclui a menor mudança, é o criador e o ordenador dos tempos, como é que se poderá dizer que Ele criou o Mundo depois dos espaços de tempo? Eu não o vejo — a não ser que se diga que antes do Mundo já existia uma criatura cujos movimentos teriam determinado o curso dos tempos. Mas as Sagradas Escrituras, absolutamente verídicas, afirmam que «no princípio fez Deus o Céu e a Terra» (Gén. I, 1), para nos darem a entender que Ele nada tinha feito antes; porque, se tivesse feito alguma coisa antes de tudo o que fez, seria dessa coisa que estaria escrito «no princípio Deus fê-la». Está, pois, fora de dúvida que o Mundo foi feito, não no tempo, mas com o tempo. O que efectivamente se faz
no tempo, faz-se depois de algum tempo e antes de outro — depois do que foi (praeteritum), antes do que será (juturum). Mas não poderia haver passado algum, porque não havia criatura alguma capaz, pelos seus movimentos sucessivos de realizar o tempo. Foi, pois, com o tempo que o Mundo foi feito pois que, ao criar o Mundo, Deus criou nele o movimento sucessivo. Assim o demonstra a própria ordem dos seis ou sete primeiros dias: estão lá nomeadas uma manhã e uma tarde, até que, acabadas todas as obras de Deus no sexto dia, o sétimo nos descobre, num grande mistério, o repouso de Deus. Mas de que dias se trata — é difícil, impossível mesmo, fazer disso uma ideia, quanto mais exprimi-la.

CAPÍTULO VII

Natureza dos primeiros dias que, segundo a tradição, tiveram manhã e tarde ainda antes da criação do Sol.

Com o, efectivamente, vemos, os dias, com o os conhecemos, têm tarde porque há um ocaso, e têm manhã porque há nascer do Sol. Mas os três primeiros dias decorreram sem Sol, feito, segundo a Escritura, ao quarto dia. É certo que ela nos conta que a luz foi feita em primeiro lugar pela palavra de Deus e que Deus a separou das trevas chamando dia à luz e noite às trevas. Mas que luz era esta e por que movimento alternante fazia ela a tarde e a manhã, é coisa que escapa aos nossos sentidos e não podemos compreender o que seja. Todavia, devemo-lo crer sem hesitação. De facto, ou é um a luz corpórea situada longe dos nossos olhares nas regiões superiores do mundo — um fogo de que mais tarde se iluminou o Sol; ou a palavra luz designa a Cidade Santa dos anjos e dos espíritos bem-aventurados de que fala o Apóstolo:

Ela é a Jerusalém do alto, nossa mãe eterna nos céus.[i]

e noutro lugar:

Vós sois todos filhos da luz e filhos do dia; nós não
somos filhos da noite nem das trevas,
[ii]

se é que nós podemos compreender a tarde e a manhã desse dia.

Comparada à ciência do Criador, a ciência da criatura é semelhante a um crepúsculo; também ela começa a clarear e a tornar-se com o que manhã, quando é dirigida ao louvor e ao amor do Criador. E não pende para a noite senão quando abandona o Criador para amar a criatura. Enfim, a Escritura, quando enumera aqueles dias pela sua ordem, em parte nenhum a intercala a palavra noite. Efectivamente, em parte nenhum a diz: a noite foi feita, mas sim:

Fez-se uma tarde, fez-se uma manhã: é um dia.[iii]

E da mesma maneira, do segundo e dos outros dias. Na verdade, a ciência da criatura em si mesma é, por assim dizer, mais descolorida do que quando se conhece na Sabedoria de Deus com o no modelo de que ela procede. Por isso, o nome de tarde convém melhor do que o de noite. Todavia, com o disse, quando essa ciência se dirige ao louvor e ao amor do Criador, torna-se manhã,
quando a ciência se realiza no conhecimento de si própria, isto é o primeiro dia;
quando ela se realiza no conhecimento do firmamento, que, situado entre as águas do alto e de baixo, se chama Céu, é o segundo dia;
quando se realiza no conhecimento da terra e do mar e de todos os seres que se reproduzem, que se continuam através das raízes da terra, é o terceiro dia;
quando se realiza no conhecimento dos luzeiros maior e menor e dos astros, é o quarto dia;
quando se realiza no dos animais que nadam nas águas e voam, é o quinto dia;
e quando se realiza no dos animais terrestres e do próprio homem, é o sexto dia.

(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[1] Gál., IV, 6.
[1] 1 Tessal., V, 5
[1] Gen., I, 5.

Epístolas de São Paulo – 29

1ª Epístola de São Paulo aos Coríntios

III. RESPOSTA A QUESTÕES CONCRETAS (7,1-11,1)

Capítulo 11

1Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo.


IV. A ASSEMBLEIA LITÚRGICA (11,2-34)

2Felicito-vos porque em tudo vos lembrais de mim e guardais as tradições, conforme eu vo-las transmiti. 3Mas quero que saibais que a cabeça de todo o homem é Cristo, a cabeça da mulher é o homem, e a cabeça de Cristo é Deus.

O véu das mulheres

4Todo o homem que reza ou profetiza, de cabeça coberta, desonra a sua cabeça. 5Mas toda a mulher que reza ou profetiza, de cabeça descoberta, desonra a sua cabeça; é como se estivesse com a cabeça rapada. 6Se a mulher não usa véu, mande cortar os cabelos! Mas se é vergonhoso para uma mulher cortar os cabelos ou rapar a cabeça, então cubra-se com um véu.
7O homem não deve cobrir a cabeça, porque é imagem e glória de Deus; mas a mulher é glória do homem. 8Pois não foi o homem que foi tirado da mulher, mas a mulher do homem. 9E o homem não foi criado para a mulher, mas a mulher para o homem. 10Por isso, a mulher deve trazer sobre a cabeça o sinal da autoridade, por causa dos anjos. 11Todavia, nem a mulher é separável do homem, nem o homem da mulher, diante do Senhor. 12Pois, se a mulher foi tirada do homem, o homem nasce da mulher, e tudo provém de Deus.
13Julgai por vós mesmos: será decoroso que a mulher reze a Deus de cabeça descoberta? 14E não é a própria natureza que vos ensina que é uma desonra para o homem trazer cabelos compridos, 15ao passo que, para a mulher, deixá-los crescer é uma glória, porque a cabeleira lhe foi dada como um véu?
16Mas, se alguém quiser contestar, nós não temos esse costume, nem tão-pouco as igrejas de Deus.

A Ceia do Senhor

17Feitas estas advertências, não posso louvar-vos: reunis-vos, não para vosso proveito, mas para vosso dano. 18Em primeiro lugar, ouço dizer que, quando vos reunis em assembleia, há divisões entre vós, e em parte eu acredito. 19É mesmo necessário que haja divisões entre vós, para que se tornem conhecidos aqueles que de entre vós resistem a esta provação.
20Quando, pois, vos reunis, não é a ceia do Senhor que comeis, 21pois cada um se apressa a tomar a sua própria ceia; e enquanto um passa fome, outro fica embriagado. 22Porventura não tendes casas para comer e beber? Ou desprezais a Igreja de Deus e quereis envergonhar aqueles que nada têm? Que vos direi? Hei-de louvar-vos? Nisto, não vos louvo.
23Com efeito, eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: o Senhor Jesus na noite em que era entregue, tomou pão 24e, tendo dado graças, partiu-o e disse: «Isto é o meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória de mim». 25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou o cálice e disse: «Este cálice é a nova Aliança no meu sangue; fazei isto sempre que o beberdes, em memória de mim.» 26Porque, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha.
27Assim, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor. 28Portanto, examine-se cada um a si próprio e só então coma deste pão e beba deste vinho; 29pois aquele que come e bebe, sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a própria condenação. 30Por isso, há entre vós muitos débeis e enfermos e muitos morrem. 31Se nos examinássemos a nós mesmos, não seríamos julgados; 32mas, quando somos julgados pelo Senhor, Ele corrige-nos, para não sermos condenados com o mundo.

33Por isso, meus irmãos, quando vos reunirdes para comer, esperai uns pelos outros. 34Se algum tem fome, coma em casa, a fim de não vos reunirdes para vossa condenação. Quanto a outros assuntos, hei-de resolvê-los quando chegar.

Eutanásia: o que está em causa? Contributos para um diálogo sereno e humanizador

Nota Pastoral do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, 14 de Março de 2016

7. Em nome da autonomia, os que defendem a legalização da eutanásia e do suicídio assistido não chegam, por ora, ao ponto de pretender a legalização do homicídio a pedido e do auxílio ao suicídio em quaisquer circunstâncias. Pretendem apenas reconhecer a licitude da supressão da vida, quando consentida, em situações de sofrimento intolerável ou em fases terminais. Desta forma, atentam contra o princípio de que a vida humana tem sempre a mesma dignidade, em todas as suas fases e independentemente das condições externas que a rodeiam. A dignidade da vida humana deixa de ser uma qualidade intrínseca, passa a variar em grau e a depender de alguma dessas condições externas. Haveria, pois, situações em que a vida já não merece protecção (a protecção que merece na generalidade das situações), por perder dignidade.


(cont)

Evangelho e comentário

Tempo da Quaresma


Evangelho: Jo 5, 17-30

17 Mas Jesus respondeu-lhes: «Meu Pai não cessa de trabalhar, e Eu trabalho também». 18 Por isso, os judeus procuravam com maior ardor matá-l'O, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era Seu Pai, fazendo-Se igual a Deus. Jesus respondeu e disse-lhes: 19 «Em verdade, em verdade vos digo: O Filho não pode por Si mesmo fazer coisa alguma, mas somente o que vir fazer ao Pai; porque tudo o que fizer o Pai o faz igualmente o Filho. 20 Porque o Pai ama o Filho e mostra-Lhe tudo o que faz; e Lhe mostrará maiores obras do que estas, até ao ponto de vós ficardes admirados. 21 Porque assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim também o Filho dá vida àqueles que quer. 22 O Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho o poder de julgar 23 a fim de que todos honrem o Filho como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que O enviou. 24 Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a Minha palavra e crê n'Aquele que Me enviou tem a vida eterna e não incorre na sentença de condenação, mas passou da morte para a vida. 25 Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão. 26 Com efeito, assim como o Pai tem a vida em Si mesmo, assim deu ao Filho ter vida em Si mesmo; 27 e deu-Lhe o poder de julgar, porque é o Filho do Homem. 28 Não vos admireis disso, porque virá tempo em que todos os que se encontram nos sepulcros ouvirão a Sua voz, 29 e os que tiverem feito obras boas sairão para a ressurreição da vida, mas os que tiverem feito obras más sairão ressuscitados para a condenação. 30 Não posso por Mim mesmo fazer coisa alguma. Julgo segundo o que ouço, e o Meu juízo é justo, porque não busco a Minha vontade, mas a d'Aquele que Me enviou.

Comentário:

Em toda a Sua Majestade Divina, Jesus apresenta-se aos que O inter­rogam.

Esclarece todos os pontos essenciais da Fé não deixando dúvi­das sobre a Sua figura e o Seu papel na história da Redenção humana.

Ele tem, de facto, todo o poder e os atributos de Deus Pai, Criador e Senhor de todas as coisas.

Impressiona-me, particularmente, o último versículo «Não posso por Mim mesmo fazer coisa alguma. Julgo se­gundo o que ouço, e o Meu juízo é justo, porque não busco a Minha vontade, mas a d'Aquele que Me enviou», porque, realmente, declara o Seu supremo respeito pela liberdade do homem que é, em última análise, quem escolhe o seu destino na Vida Eterna.

Dá-me vontade de Lhe pedir - se fosse possível - que me coarcte essa liberdade e me coaja a ser santo; que não me deixe, a mim, a opção, porque, eu, pobre de mim, sou fraco e débil para fazer as escolhas correctas.

Então digo-lhe, com o coração nas mãos: "Docere me facere volunta­tem Tuam quia Deus meus es Tu».

Assim e só assim, estarei seguro e a salvo de mim mesmo.

(ama, comentário sobre Jo 5, 17-30, 12.07.2005)



Nunca amarás bastante

Os verdadeiros obstáculos que te separam de Cristo – a soberba, a sensualidade... – superam-se com oração e penitência. E rezar e mortificar-se é também ocupar-se dos outros e esquecer-se de si próprio. Se viveres assim, verás como a maior parte dos contratempos que tens, desaparecem. (Via Sacra, Estação X. n. 4).


Falas e não te escutam. E, se te escutam, não te entendem. És um incompreendido!... De acordo. De qualquer forma para que a tua cruz tenha todo o relevo da Cruz de Cristo, é preciso que trabalhes agora assim, sem te ligarem importância. Outros te entenderão. (Via Sacra, Estação III. n. 4).


Quantos, com a soberba e a imaginação, se metem nuns calvários que não são de Cristo!

A Cruz que deves levar é divina. Não queiras levar nenhuma cruz humana. Se alguma vez caíres nessa armadilha, rectifica imediatamente: bastar-se-á pensar que Ele sofreu infinitamente mais por nosso amor. (Via Sacra, Estação III. n. 5).

Por muito que ames, nunca amarás bastante.

O coração humano tem um coeficiente de dilatação enorme. Quando ama, dilata-se num crescendo de carinho que supera todas as barreiras.


Se amas o Senhor, não haverá criatura que não encontre lugar no teu coração. (Via Sacra, Estação VIII. n. 5).

Doutrina - 253

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

O CREDO

Credo Niceno-Constantinopolitano

Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso;
Criador do Céu e da Terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis.

Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigénito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E por nós homens e para nossa salvação desceu dos Céus.
E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado.

Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras; e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai.
De novo há-de vir em sua glória para julgar os vivos e os mortos; e o seu Reino não terá fim.

Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos profetas.

Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica.
Professo um só Baptismo para a remissão dos pecados.

E espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há-de vir. Ámen.

Pequena agenda do cristão

Quarta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)






Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?