Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
17/07/2017
Evangelho e comentário
Evangelho:
Mt 10, 34 -11, 1
34 Não penseis que vim trazer a paz à
terra; não vim trazer a paz, mas a espada. 35 Porque vim separar o filho do seu
pai, a filha da sua mãe e a nora da sua sogra; 36 de tal modo que os inimigos do
homem serão os seus familiares. 37 Quem amar o pai ou a mãe mais do que a mim,
não é digno de mim. Quem amar o filho ou filha mais do que a mim, não é digno
de mim. 38 Quem não tomar a sua cruz para me seguir, não é digno de mim.
39 Aquele que conservar a vida para si, há-de perdê-la; aquele que perder a sua
vida por causa de mim, há-de salvá-la.» 40 «Quem vos recebe, a mim recebe; e
quem me recebe, recebe aquele que me enviou. 41 Quem recebe um profeta por ele
ser profeta, receberá recompensa de profeta; e quem recebe um justo, por ele
ser justo, receberá recompensa de justo. 42 E quem der de beber a um destes
pequeninos, ainda que seja somente um copo de água fresca, por ser meu
discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa.»
11 -
1Quando Jesus acabou de dar estas instruções aos doze discípulos, partiu dali,
a fim de ir ensinar e pregar nas suas cidades.
Comentário:
Jesus Cristo não poupa os
avisos sobre as dificuldades que, os que O seguirem, hão-de encontrar.
Dificuldades e obstáculos de toda a ordem muitas vezes parecendo impossíveis de
superar.
E, de facto, são-no para nós
que nada podemos, mas, Ele não nos faltará nunca para que possamos.
Este Senhor, Todo-Poderoso, promete
uma recompensa por um simples copo de água dado em Seu Nome!
Vale a pena, pois, perseverar
e lutar sem descanso com confiança absoluta naquele que tudo pode.
(AMA,
comentário sobre Mt 10, 34 -11, 1, 16.03.2017)
Fátima: Centenário - Oração diária
Senhora de Fátima:
Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.
Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.
Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.
Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:
“Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.
Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.
AMA, Fevereiro, 2017
Se alguém não luta...
A alegria é um bem cristão, que possuímos
enquanto lutarmos, porque é consequência da paz. A paz é fruto de ter vencido a
guerra, e a vida do homem sobre a terra, lemos na Escritura Santa, é luta. (Forja, 105)
A tradição da Igreja sempre se referiu aos cristãos como milites
Christi, soldados de Cristo; soldados que dão serenidade aos outros enquanto
combatem continuamente contra as suas próprias más inclinações. Às vezes, por
falta de sentido sobrenatural, por uma descrença prática, não querem
compreender de forma alguma como milícia a vida na Terra. Insinuam
maliciosamente que, se nos consideramos milites Christi, há o perigo de
utilizarmos a fé para fins temporais de violência, de sedições. Esse modo de
pensar é um triste e pouco lógico simplismo, que costuma andar unido ao
comodismo e à cobardia.
Nada há de mais estranho à fé católica do que o fanatismo. Este
conduz a estranhas confusões, com os mais diversos matizes, entre o que é
profano e o que é espiritual. Tal perigo não existe, se a luta se entende como
Cristo no-la ensinou, isto é, como guerra de cada um consigo mesmo, como
esforço sempre renovado por amar mais a Deus, por desterrar o egoísmo, por
servir todos os homens. Renunciar a esta contenda, seja com que desculpa for, é
declarar-se de antemão derrotado, aniquilado, sem fé, com a alma caída e
dissipada em complacências mesquinhas.
Para o cristão, o combate espiritual diante de Deus e de todos os
irmãos na fé é uma necessidade, uma consequência da sua condição. Por isso, se
alguém não luta, está a trair Jesus Cristo e todo o Corpo Místico, que é a
Igreja. (Cristo que passa, 74)
Diálogos apostólicos
Pergunto:
4. Como será o juízo particular?
Respondo:
Sobre isto sabe-se muito pouco.
Pode ser algo assim:
Depois da morte, a alma ainda não vê Deus, mas, se encontra
com a majestade divina, o seu amor, justiça e misericórdia.
Então há três reacções possíveis:
Se alguém morre sem se ter arrependido dos seus pecados
graves, é incapaz de aceitar o amor divino e fica condenado ao inferno para sempre.
Quando alguém morre em graça, mas, sem ter feito a
penitencia que os seus pecados reclamavam, sente a chamada do amor divino e aceita-a
para sempre, mas, vê a necessidade de purificar-se antes de poder ver a Deus, e
dirige-se temporalmente ao purgatório. Isto sucede com a maioria da gente.
Algumas pessoas muito santas são levadas directamente à
visão de Deus para sempre.
Bento XVI – Pensamentos espirituais 153
É preciso agradecer às mães,
sobretudo porque tiveram a coragem de dar a vida.
E temos de lhes pedir que
completem este seu dom da vida dando a amizade com Jesus.
Encontro com o clero
da diocese de Roma, (2.Mar.06)
(in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”,
Lucerna 2006)
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.
Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.
Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.
Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.
Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.
Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.
Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
Fátima: Centenário - Vida de Maria - 28
A voz dos santos
«Muitíssimo
dano, amadíssimos, nos causaram um homem e uma mulher; mas graças a Deus,
igualmente por um homem e uma mulher tudo foi restaurado. E com grandíssimo
aumento de graças. Porque o dom não foi como tinha sido o delito, mas a
grandeza do benefício excede o dano».
«Assim,
o prudentíssimo e clementíssimo Artífice não quebrou o que estava rachado,
antes o refez mais utilmente por todos os modos, formando um novo Adão a partir
do velho e trocando Eva por Maria».
«Certamente,
podia bastar Cristo, pois toda a nossa suficiência nos vem d’Ele; mas não era
bom para nós que o homem estivesse sozinho [i]. Muito mais conveniente era que ambos os sexos
participassem na nossa reparação, já que ambos contribuíram para a nossa
corrupção. Jesus Cristo Homem, é fiel e poderoso Mediador entre Deus e os
homens, mas os homens veneram n’Ele a majestade divina. N’Ele a humanidade
pareceria absorvida na divindade, não por a natureza humana já não ser tal, mas
por estar divinizada. D’Ele se canta a misericórdia, mas igualmente a justiça,
porque embora, pelo que sofreu, tenha aprendido a compaixão e a misericórdia [ii], tem simultaneamente o poder de juiz. Enfim, a exigência
do nosso Deus é como um fogo ardente, de modo que o pecador não temeria
chegar-se a Ele, com medo de morrer diante da sua presença, como se derrete a
cera?»
«Assim,
pois, a mulher bendita entre todas as mulheres não está a mais. Vê-se
claramente o papel que desempenha na obra da nossa reconciliação, porque
precisávamos de um mediador próximo deste Mediador e ninguém pode desempenhar
este ofício melhor que Maria. Eva tinha sido uma mediadora demasiado cruel, por
quem a serpente antiga infundiu no homem o veneno mortífero. Mas fiel é Maria,
que ofereceu aos homens e às mulheres o antídoto salvador. Eva foi instrumento
da tentação, Maria do perdão; aquela induziu a pecar, esta trouxe a redenção.
Que receio teria a fragilidade humana de se chegar a Maria? N’Ela nada é
austero, nada é terrível; tudo é suave, oferecendo a todos leite e lã».
«Estuda
com cuidado toda a história evangélica e se encontras em Maria algo de dureza,
de repreensão desabrida, ou algum sinal de indignação, ainda que leve, poderias
desconfiar e ter receio de te chegares a Ela. Mas se, pelo contrário, como
acontece de facto, descobres que tudo o que a Ela pertence está cheio de
piedade e de misericórdia, de mansidão e de graça, agradece-o ao Senhor que,
com a sua benigníssima misericórdia, providenciou para ti uma mediadora tão
maravilhosa, pois nada pode haver na Virgem que inspire temor. Ela fez-se toda
para todos; tornou-se devedora de sábios e de ignorantes, com imensíssimo amor.
A todos abre o regaço da misericórdia, para que todos recebam da sua plenitude:
o cativo redenção, o enfermo cura, o aflito consolo, o pecador perdão, o justo
graça, o anjo alegria; enfim, toda a Trindade recebe glória; e a própria Pessoa
do Filho recebe d’Ela a substância da carne humana, a fim de que não haja quem
se esconda da sua ternura».
São
Bernardo (século XII), Sermão no Domingo da oitava anterior à Assunção, 1-2.
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