20/08/2018

Que sejais muito crianças!


Aconselho-te que tentes voltar de vez em quando... ao começo da tua "primeira conversão", o que, se não é fazer-se como criança, é coisa muito parecida: na vida espiritual é preciso deixar-se levar com inteira confiança, sem medos nem duplicidades; tem de se falar com absoluta clareza do que se tem na cabeça e na alma. (Sulco, 145)


Que sejais, espiritualmente, muito crianças! Quanto mais, melhor. Di-lo a experiência deste sacerdote que teve de se levantar muitas vezes, ao longo destes trinta e seis anos (que longos e ao mesmo tempo, que curtos me parecem!) em que tem procurado cumprir uma Vontade precisa de Deus. Houve uma coisa que sempre me ajudou: ser sempre criança e meter-me continuamente no regaço de minha Mãe e no Coração de Cristo, meu Senhor.

As grandes quedas, as que causam destroços sérios na alma, e às vezes com resultados quase irremediáveis, procedem sempre da soberba de nos crermos adultos, auto-suficientes. Nesses casos, torna-se predominante na pessoa uma espécie de incapacidade de pedir ajuda a quem a pode dar: não só a Deus, mas também ao amigo ou ao sacerdote. E aquela pobre alma, isolada na sua desgraça, afunda-se na desorientação e no descaminho. (Amigos de Deus, 147)

Temas para reflectir e meditar


Formação humana e cristã - 38

Da nossa parte é indispensável a boa disposição da alma e do coração a docilidade e abertura de espírito para receber estas ajudas do Senhor.

Sobretudo pormo-nos nas Suas mãos em atitude de entrega completa e sem condições.

DOMINE, QUID ME VIS FACERE? Senhor, que queres que faça?

Esta atitude de entrega confiada saída do fundo da alma não deixará o Senhor indiferente.

Vemos bem que se trata de algo muito diferente de dizer, por exemplo, Senhor faz-me isto ou concede-me aquilo.

Aqui pedimos que o Senhor faça o que queremos, antes desejamos fazer o que o Senhor quiser.

(AMA, reflexões)

Pequena agenda do cristão

SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?







Evangelho e comentário


 
São Bernardo – Doutor da Igreja

Evangelho: Mt 19, 16-22

16 Aproximou-se dele um jovem e disse-lhe: «Mestre, que hei-de fazer de bom, para alcançar a vida eterna?» 17 Jesus respondeu-lhe: «Porque me interrogas sobre o que é bom? Bom é um só. Mas, se queres entrar na vida eterna, cumpre os mandamentos.» 18 «Quais?» - perguntou ele. Retorquiu Jesus: Não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, 19 honra teu pai e tua mãe; e ainda: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. 20 Disse-lhe o jovem: «Tenho cumprido tudo isto; que me falta ainda?» 21 Jesus respondeu: «Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-me.» 22 Ao ouvir isto, o jovem retirou-se contristado, porque possuía muitos bens

Comentário:

Jesus Cristo conhece perfeitamente todos os homens, o que são, o que fazem, os seus desejos mais íntimos, as fragilidades e defeitos.

Assim, na resposta que dá ao jovem vai "direito" ao "nervo" da questão.

De facto, poderia ter respondido simplesmente à pergunta 'o que me falta':

'Falta-te desprendimento’.

Ter muito ou ter pouco não interessa, o que vale é que isso não seja nem prisão nem condicionante da nossa vida, do nosso querer.


(AMA comentário sobre Mt 19, 16-22, 2015.08.17)