01/02/2017

Não tenhas pena de seres nada

Não te apoquentes por verem as tuas faltas. A ofensa a Deus e a desedificação que podes ocasionar, isso é que te deve doer. – De resto, que saibam como és e te desprezem. – Não tenhas pena de seres nada, porque assim Jesus tem que pôr tudo em ti. (Caminho, 596)

Escreve o evangelista S. João: ninguém jamais viu Deus; o Filho Unigénito que está no seio do Pai é que o deu a conhecer, comparecendo ante o olhar atónito dos homens: primeiro, como um recém-nascido, em Belém; depois, como um menino igual aos outros; mais tarde, no Templo, como um adolescente, inteligente e vivo; e, por fim, com aquela figura amável e atraente do Mestre que movia os corações das multidões que o acompanhavam entusiasmadas.

Bastam algumas provas do Amor de Deus que se encarna para que a sua generosidade nos toque a alma, nos incendeie, nos mova com suavidade a uma dor contrita pelo nosso comportamento, em tantas ocasiões mesquinho e egoísta. Jesus não tem inconveniente em rebaixar-se, para nos elevar da miséria à dignidade de filhos de Deus, de irmãos seus. Pelo contrário, tu e eu muitas vezes enchemo-nos nesciamente de orgulho pelos dons e talentos recebidos, até ao ponto de os converter em pedestal para nos impormos aos outros, como se o mérito de algumas acções, acabadas com relativa perfeição, dependesse exclusivamente de nós: Que possuis tu que não tenhas recebido de Deus? E se o recebeste, porque te glorias como se o não tivesses recebido?


Ao considerar a entrega de Deus e o seu aniquilamento – falo para que o meditemos, pensando cada um em si mesmo –, a vanglória, a presunção do soberbo revela-se um pecado horrendo, precisamente porque coloca a pessoa no extremo oposto ao modelo que Jesus nos assinalou com a sua conduta. Pensai nisto devagar: Ele humilhou-se, sendo Deus. O homem, cheio do seu próprio eu, pretende enaltecer-se a todo o custo, sem reconhecer que está feito de barro e barro de má qualidade. (Amigos de Deus, nn. 111–112)

Evangelho e comentário

Tempo comum


Evangelho: Mc 6, 1-6

1 Tendo Jesus partido dali, foi para a Sua terra; e seguiram-n'O os discípulos.2 Chegado o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Os Seus numerosos ouvintes admiravam-se e diziam: «Donde vêm a Este todas estas coisas que diz? Que sabedoria é esta que Lhe foi dada? E como se operam tais maravilhas pelas Suas mãos?3 Não é Este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nós as Suas irmãs?».4 E estavam perplexos a Seu respeito.5 Mas Jesus dizia-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua terra, entre os seus parentes e na sua própria casa». E não pôde fazer ali milagre algum; apenas curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos.6 E admirava-Se da incredulidade deles. Depois, andava ensinando pelas aldeias circunvizinhas.

Comentário:

São Marcos diz expressamente que Jesus se admirava com a incredulidade dos Seus conterrâneos, não obstante ter por certo que "um profeta não ser bem aceite na sua terra".

As pessoas preconceituosas têm este costume reprovável: mais facilmente dão crédito a um estranho que a alguém conhecido!

Porquê?

Porque vêm nesse alguém incapaz de outra coisa que não seja a ideia que fazem dele: um carpinteiro, na sua opinião, só terá aptidões de carpinteiro...


(ama, comentário sobre Mc 6, 1-6, 2016.11.14)

Leitura espiritual

 A CIDADE DE DEUS

Vol. 1

LIVRO V

CAPÍTULO XII

…/2

O mesmo Salústio elogia dois grandes e ilustres varões da sua época: Marco Catão e Caio César. Diz ele que durante muito tempo não teve a república ninguém de alta virtude, mas que, no seu tempo, estes dois, aliás de carácter diferente, foram de elevado valor. Elogia César porque muito desejava um grande comando militar, um exército e uma nova guerra onde o seu talento pudesse brilhar. Assim, acontecia que nas intenções destes homens grandes pela coragem estava Belona a excitar à guerra míseros povos e a atiçá-los com o seu sangrento azor­rague, para lhes dar ocasião de que brilhasse o seu talento. Era a isto que conduzia, sem dúvida, a avidez do louvor e a paixão da glória.

Foi, pois, primeiro por amor da liberdade, depois pelo amor do domínio e pela paixão dos louvores e da glória que eles realizaram tantas façanhas. Das duas coisas dá testemunho o seu insigne poeta. Efectivamente, diz:

Porsena ordenava que recebessem o banido Tarquínio e mantinha a cidade sob a pressão de um temível cerco; mas os descendentes de Eneias, por amor à liberdade, voavam ao combate [i].

Para eles, nesse tempo, a grandeza consistia em morrerem corajosamente ou livremente viverem. Mas, quando a liberdade foi conquistada, surgiu neles tamanha paixão de glória, que já a liberdade só lhes parecia de pouca monta se se não lhe acrescesse a ânsia de domínio. Para eles, era tido em grande conta o que o mesmo poeta diz, pondo-o na boca de Júpiter:

Mais ainda: a intratável Juno, que agora mantém pelo medo o mar e a terra e o céu, mudará para melhor os seus propósitos e comigo favorecerá o povo togado, os Romanos  senhores do mundo. Assim me aprouve. Virá um tempo em que, com o passar dos lustros, a casa de Assáraco oprimirá pela escravidão Ftia e a ilustre Micenas e dominará sobre Argos vencida [ii].

Na verdade, o que Vergílio põe na boca de Júpiter predizendo o futuro, eram factos que ele próprio recordava e que discernia perfeitamente como se fossem presentes. Mas eu quis recordá-los para mostrar que os Romanos, depois da liberdade, tinham em tal conta a vontade de domínio, que desta fizeram o objecto dos seus maiores louvores. É por isso que o mesmo poeta põe acima das artes dos outros povos as artes próprias dos Romanos — de reinar e de comandar, de subjugar e de conquistar pelas armas os povos. Diz ele:

Outros forjarão com habilidade o bronze, até lhe darem alento, concedo; e arrancarão ao mármore rostos com vida, Defenderão causas com mais eloquência, Traçarão com o compasso os caminhos do céu, E falarão do nascimento dos astros: Mas tu, Romano, atenta em governar os povos com o teu domínio, Estas serão as tuas artes: impor as normas da paz, Perdoar aos vencidos e domar os soberbos... [iii]

Estas artes exerciam-nas os Romanos com tanta maior mestria quanto menor era a sua entrega à volúpia, ao enervamento da alma e do corpo pela ânsia de adquirir e de aumentar riquezas, por estas corrompendo os costumes, espoliando os cidadãos pobres e presenteando torpes histriões.

Aliás, esses que, quando isto narrava Salústio e Vergílio cantava, já ultrapassavam os antigos pela corrupção dos costumes e mergulhavam na abundância, já não era pelas ditas artes mas por fraudes e mentiras que procuravam as honras e as glórias. Por isso é que o mesmo historiador diz:

Primitivamente, a cupidez trabalhava menos o coração dos homens do que a ambição — vício aliás mais próximo da virtude. Na verdade, tanto o homem bom como o indolente anseiam igualmente pela glória, pelas honras e pelo poder. Mas aquele tenta-o pelo verdadeiro caminho, ao passo que o segundo, desprovido de meios honestos, procura lá chegar pela astúcia e pela mentira [iv].

Estas é que são as boas artes: era por meio da virtude e não por meio de uma astuta ambição que se chegava às honras, à glória, ao poder — que tanto o bom como o fraco, sem restrição desejam para si; mas aquele, ou seja, o bom, esforça-se por seguir pelo verdadeiro caminho. A virtude é o caminho pelo qual se avança para atingir o seu fim, ou seja, a glória, a honra, o poder.

Que os Romanos tinham isto bem arreigado no seu íntimo, indicam-no os templos dos deuses levantados muito perto um do outro à Virtude e à Honra, tomando por deuses os dons de Deus. Donde se pode de­duzir que fim queriam eles que fosse o da virtude e para onde a orientavam os que eram bons, ou seja: para a honra; porque os maus nem sequer a possuíam, embora desejassem possuir honras que se esforçavam por adquirir, mas por malas artes, isto é, pela manha e pela mentira.

Melhor do que César foi Catão elogiado por Salústio. Com efeito, diz dele:

Quanto menos desejava a glória, mais ela o seguia [v].

Efectivamente a glória, pela qual ardem de desejo, é um juízo de homens que têm de outros homens uma alta opinião. E por isso é melhor a virtude que não se satisfaz com o testemunho humano mas com o da sua consciência. Daí o que diz o Apóstolo:

Para nós, a nossa glória é o testemunho da nossa consciência [vi].
e noutra passagem:

Examine cada um a sua obra — e então em si mesmo somente e não em outrem terá a glória [vii].

Portanto, a glória, a honra e o poder que os Romanos para si tanto desejavam e a que os bons se esforçam por chegar por meios honestos — não é a virtude que os deve seguir, mas eles à virtude. É que não é verdadeira virtude senão aquela que tende para um fim onde se en­contre o bem do homem, melhor do que o qual nada há. Por isso Catão não devia pedir as honras que pediu, a cidade é que lhas devia conceder em atenção à sua virtude sem ele as pedir.

Mas, se César e Catão são dois romanos desse tempo grandes pela virtude, a virtude de Catão parece muito mais próxima da verdade do que a de César. Que é que a cidade valia nessa época e que é que ela valia antes, vejamo-lo segundo o parecer de Catão. Diz ele:

Livrai-vos de julgar que os nossos antepassados de um pequeno fizeram um grande estado pela força das armas. Se assim fosse, tê-lo-íamos hoje muito mais belo. De facto, dispomos de maior cópia de aliados e de cidadãos e também de mais armas e cavalos do que eles. Mas foram outros os meios que os tomaram grandes e que nós não temos: na pátria, dedicação ao trabalho, no exterior, uma autoridade justa; nas deliberações, ânimo livre, não culpado de crime ou de paixão. Em vez destes, temos a luxúria e a avareza, no Estado a miséria, entre os particulares a opulência. Louvamos as riquezas e adoptamos a preguiça; nenhuma distinção entre os bons e os maus; a ambição possui todos os prémios da virtude. Nem admira: quando cada um de vós toma as decisões por sua conta. Em cada casa sois escravos do prazer e, em público, do dinheiro e do favor, depois do que todos se atiram ao Estado como se fosse coisa abandonada [viii].

Quem ouvir estas palavras de Catão (ou de Salústio) laudatórias dos velhos Romanos, julgará que todos ou a maioria deles mereciam tais elogios. Mas não é assim. De outro modo não seria verdadeiro o que ele mesmo escreveu e eu citei no segundo livro desta obra. Relata ele lá que, desde o princípio, as injustiças dos mais fortes ocasionaram a separação da plebe e dos patrícios;

que no interior houve outras dissensões publicam;

que se não viveu sob um direito justo e bem aplicado senão depois da expulsão dos reis, enquanto se manteve o medo a Tarquínio e até que acabasse a pesada guerra que se teve de sustentar, por causa dele, com a Etrúria;

que posteriormente, porém, os patrícios sujeitaram a plebe a um poder escravizante, açoitaram-na à maneira dos reis, expulsaram-na de suas terras, e, arredados os outros, exerceram o poder sozinhos;

que o fim de tais discórdias (em que eles pretendiam dominar e a plebe se recusava a servir) só se verificou com a Segunda Guerra Púnica, porque de novo um grande medo começou a pesar sobre os Romanos, a desviar estas almas inquietas das suas agitações devido a um cui­dado maior, e a reconduzi-los à concórdia cívica. Mas por intermédio de alguns poucos, bons à sua maneira, começaram as grandes causas a ser administradas — e foi graças à previdência destes poucos bons que, suportadas e dominadas as provações, a república começou a desenvolver-se.

O mesmo historiador diz que, ao ouvir e ao ler muitas destas narrativas sobre os magníficos empreendimentos do povo romano na paz e na guerra, em terra e no mar, se comprouve em investigar o que é que tinha principalmente permitido aguentar o peso de tamanhas empresas. Sabia que muitas vezes com um punhado de homens os Romanos tinham enfrentado grandes legiões de inimigos, e tinha conhecimento de que haviam conduzido a guerra com poucas tropas contra reis opulentos. Depois de muitas reflexões disse que chegara à convicção de que tudo isto se devia à egrégia virtude de uns poucos cidadãos e que assim a pobreza vencera a opulência e um grupo reduzido vencera a multidão. E prossegue:

Mas desde que a cidade se corrompeu pelo luxo e pela ociosidade, foi a vez de a república sustentar pela sua magnanimidade os vícios dos seus generais e dos seus magistrados [ix].

Foi, pois, a virtude de uns poucos que se esforçaram por chegar pelo verdadeiro caminho à glória, à honra, ao poder, isto é, pela própria virtude, que foi louvada por Catão. Daí que, dentro da pátria, houvesse essa dedicação ao trabalho que Catão recorda, de forma que o erário fosse opulento e os negócios privados moderados. Mas o vício, depois de corrompidos os costumes, pôs as coisas do avesso: no Estado, a pobreza, — entre os particulares, a opulência.


(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)




[i] Vergílio, Eneida, VIII, 646-648.
[ii] Vergílio, Eneida I, 279-285.
[iii] Vergílio, Eneida, I, 847-853.
[iv] Salústio, Catil., XI, 1 e segs.
[v] Salústio, Catii, LIV, 6.
[vi] II Cor., I, 12.
[vii] Gál., VI, 4.
[viii] Salústio, Catil., LII, 19-24.
[ix] Salústio, Hist. fragn., 1 ,11.

Actos dos Apóstolos

Actos dos Apóstolos

III. MISSÕES DE PAULO [i]

Capítulo 16

2.ª Viagem Missionária: [ii]

Paulo e Silas na Macedónia

1Paulo chegou em seguida a Derbe e, depois, a Listra.
Havia ali um discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia crente e de pai grego, 2que era muito estimado pelos irmãos de Listra e de Icónio. 3Paulo resolveu levá-lo consigo e, tomando-o, circuncidou-o, por causa dos judeus existentes naquelas regiões, pois todos sabiam que o pai dele era grego. 4Nas cidades por onde passavam, transmitiam e recomendavam aos irmãos que cumprissem as decisões tomadas pelos Apóstolos e pelos Anciãos de Jerusalém.

5Dessa forma, as igrejas eram confirmadas na fé e cresciam em número, de dia para dia.

6Paulo e Silas atravessaram a Frígia e o território da Galácia, pois o Espírito Santo impediu-os de anunciar a Palavra na Ásia. 7Chegando à fronteira da Mísia, tentaram dirigir-se à Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu. 8Atravessaram, então, a Mísia e desceram para Tróade.

9Ora, durante a noite, Paulo teve uma visão: um macedónio estava de pé diante dele e fazia-lhe este pedido: «Passa à Macedónia e vem ajudar-nos!» 10Logo que Paulo teve esta visão, procurámos partir para a Macedónia, persuadidos de que Deus nos chamava, para aí anunciar a Boa-Nova.



[i] (13,1-28,31)
[ii] 15,35-18,22

La eutanasia causa inquietud en Canadá

La eutanasia causa inquietud en Canadá: «No pensaba que fuera tan fácil matar con esta nueva ley»
La amplitud de la norma canadiense ya está produciendo los primeros abusos: personas a quienes se condiciona para que consientan en su muerte.
La ley canadiense que promueve la eutanasia es aún más permisiva que las leyes belga u holandesa, hasta el punto de que el inicio de su aplicación se ha traducido en un número elevadísimo de muertes. Así lo analiza Leone Grotti en Tempi:

La eutanasia en Canadá fue legalizada en junio de 2016 y por lo menos 744 personas ya han muerto con la inyección letal. Los datos, difundidos por CTV News, son altísimos, pero según la doctora de Vancouver Ellen Wiebe, que ha declarado que este año ha matado por lo menos a 40 pacientes, «los números aumentarán, estoy segura de ello. Creo que alcanzaremos a Holanda y Bélgica porque tenemos leyes similares. Esto significa que la eutanasia representará el 5% de las muertes del país».

Ellen Wiebe ha aplicado la ley a cuarenta personas en medio año. Basta con que ella haya creído que sus pacientes cumplían los criterios legales.

La ley
La doctora se equivoca, porque la ley canadiense es mucho menos restrictiva que las de Bélgica y Holanda. De hecho, según la ley C-14, para que te maten hay que tener una enfermedad incurable para la cual "la muerte natural es razonablemente previsible". El problema es que la enfermedad incurable y su razonable previsibilidad no son establecidos por datos médicos objetivos; basta que "el personal médico o de enfermería crea que la persona cumple todos los criterios". No es necesario, por lo tanto, que la ley sea respetada; basta que el médico piense que lo es.

Inmunidad total
La diferencia es importante, sobre todo porque la ley especifica que un médico no puede ser acusado de homicidio ni siquiera cuando su opinión sobre el respeto de los criterios de la ley se revele "equivocada". Por último, el texto de la ley garantiza una inédita inmunidad a "todo" el que "haga algo" para proporcionar la muerte de un tercero que la haya pedido.

Matar a los deprimidos
¿Cómo se pueden impedir abusos de cualquier tipo? No se puede. De hecho, tras apenas seis meses ya hay testimonios dramáticos. Will Johnston es un médico de familia de Vancouver y desde hace meses relata casos en los que la ley ha sido violada, sin que el gobierno o el sistema judicial de Canadá se sientan en la obligación de intervenir de algún modo.

El doctor Will Johnston, contrario a la legalización de la eutanasia, relata la existencia de distintos casos de abusos amparados por la amplitud de la norma.

Uno de estos casos atañe a un hombre, cuyo nombre ha sido omitido por cuestión de privacidad, con una enfermedad neurológica que le dejó parcialmente inválido. El hombre "al que yo visité y que estaba muy lejos de morir, tenía una fuerte depresión. Ya no salía de casa, había perdido la esperanza y sentía que su vida no tenía sentido. Por esto quería morir".

"Es tan fácil..."
Ahora bien, escribe Johnston, "a cualquier otra persona no inválida se le habría ofrecido ayuda psicológica parar salir de esta difícil situación". En cambio, este hombre fue muerto por eutanasia a manos de una doctora de Vancouver, que por teléfono le dijo a la esposa que "se le puede dar la vuelta a la ley declarando que en cualquier momento puede morir a causa de una infección por lo que su muerte, en consecuencia, es 'razonablemente previsible'". Johnston volvió a ver a la esposa de este hombre después de que fuera matado con la inyección letal y ésta le dijo: "No pensaba que fuera tan fácil" matar "con la nueva ley".

"Estamos un poco preocupados"
Ante estos casos las palabras de un docente de la Universidad de Toronto, Trudo Lemmens, recogidas por CTV News, parecen casi un eufemismo: "Estamos un poco preocupados porque personas vulnerables o que se encuentran en situación de vulnerabilidad -o por motivos económicos o porque la ayuda médica solicitada no está disponible- podrían ser presionadas consciente o inconscientemente para elegir la asistencia médica de la muerte".

El profesor Lemmens señala el riesgo de que los pacientes sean presionados para pedir que los maten.

La verdadera "opresión"
Según el texto de la ley, el gobierno tendrá que redactar un informe oficial sobre el desarrollo de la ley sólo cinco años después de su aprobación, es decir, en el año 2021.

Mientras tanto, se podrá llevar a cabo todo tipo de abuso en la ilegalidad más total, desde el momento que los casos de eutanasia deben ser denunciados por los propios médicos, pero en el caso de que no quieran hacerlo por cualquier motivo ningún órgano ha sido predispuesto para el control. Mientras tanto, médicos como Ellen Wiebe están muy preocupados por todos los hospitales y clínicas religiosas que no quieren permitir la eutanasia en las propias estructuras por razones de conciencia: "Tenemos muchos centros que ni siquiera permiten discutir los temas del final de la vida. Creo que ésta es una verdadera forma de opresión".

ReL9 enero 2017

Traducción de Helena Faccia Serrano (diócesis de Alcalá de Henares).

«TIRE O DEDO DA LENTE!»

No Sábado publiquei no facebook uma fotografia do Santuário de Fátima, onde estava a fazer a recolecção anual dos Ministros Extraordinários da Comunhão da Diocese de Leiria-Fátima.
Com o meu “particular jeito” para a fotografia, a mesma saiu com uma falha, a qual o Pe Patrício, Vigário Paroquial da “minha” Paróquia da Marinha Grande, meu amigo e meu vizinho, companheiro de muitas orações, logo notou, e com o seu particular humor, que eu muito aprecio, comentou: «Tire o dedo da lente.»

E eu, como sempre, fui rindo e pensando se poderia retirar alguma lição do acontecido para a minha vivência cristã.

Ora bem, o dedo na lente não permitiu, não permite, que a grandeza e beleza do Santuário de Fátima seja vista na sua totalidade, ou seja, retira, mesmo que pouco, a dimensão, (não só de espaço, mas também espiritual), que afinal a fotografia queria mostrar/dar a outros.

Também nós temos vários “dedos” que, colocados nas nossas vidas, não nos deixam “ver” Deus em toda a sua dimensão de amor, não nos deixam, por isso mesmo, viver o nosso Deus que a todos se oferece inteira e continuamente, e não aos “bocados” ou só em certos momentos, como esses “dedos” acabam por provocar.

É o “dedo” do orgulho, o “dedo” da vaidade, o “dedo” da indiferença, o “dedo” da falta de perdão, o “dedo” do medo da mudança, o “dedo” das nossas “certezas”, o “dedo” das nossas vergonhas, e tantos mais “dedos” que cada um, com certeza, reconhece na sua vida.

Então, chegamos à conclusão que esses “dedos” nos retiram a “possibilidade” de “ver Deus por “inteiro”, de viver Deus em todo o seu amor, de comungar Deus em toda a sua entrega, e tal como Pe Patrício comentou, deveremos dizer a nós próprios e aos outros também: «Tira os “dedos” da tua vida … para poderes ver e viver Deus que se faz presente para ti.»


JOAQUIM MEXIA ALVES, Marinha Grande, 23 de Janeiro de 2017


Enseñar a los niños las mentiras de la ideología de género les dificultará forjar su personalidad

Este experto con 24 años de experiencia con niños tilda a la ideología de género como una "mentira"

Con una dilatada experiencia de más de dos décadas atendiendo niños y siendo un experto en educación, el neuropsicólogo infantil Nacho Calderón ya ha explicado en la primera parte de una entrevista con Religión en Libertad los terribles efectos que dispositivos como las tablets o los móviles pueden tener en los niños. En la segunda parte que hoy publicamos, este prestigioso experto aborda otros temas polémicos como la ideología de género y qué consecuencias puede tener en los más pequeños el ser adoctrinados en ella.

El director del Instituto de Neuropsicología y Psicopedagogía Aplicadas (INPA) de Madrid habla también de la importancia de la vida espiritual y los beneficios que tiene en los hijos y de los grandes sufrimientos con los que se encuentra en la consulta atendiendo a niños con graves discapacidades y donde la fe puede ayudar sin duda a sobrellevarlos. Por último, aborda el tema del aborto en las personas con discapcidad y las presiones que reciben sus madres para que no den a luz a estos niños.

- Su libro La educación de 0 a 6 años habla de sexualidad pero precisamente exaltando la diferencia niño-niña, algo que choca frontalmente con la ideología de género que se va imponiendo en la sociedad…
- El mismo nombre nos lo explica. Es una ideología. Las ideologías vienen y se van pero los animales sexuados somos machos y hembras desde hace 10.000 millones de años. La ideología de género no puede decir que es una verdad pero yo sí puedo decir que es una verdad que al igual que hay animales machos y animales hembras, el ser humano solo es un animal y solo hay machos y hembras.

-¿Qué efectos puede tener educar a los niños bajo estos parámetros?
- El efecto que puede tener es el de la educación en la mentira. Si educas a un niño imponiéndole algo que es cuestionable como una verdad absoluta y sin capacidad de cuestionarlo entonces le vas a generar un desarrollo de la verdad inadecuado.

Me molesta decirlo pero hay que irnos al caso más reciente, que es el comunismo. Lo que se ha enseñado durante muchos años en regímenes comunistas eran auténticas falsedades. Cuando el comunismo cayó toda esa gente que había sido educada en una falsedad se quedó sin una herramienta adecuada de trabajo. Y hay que ver lo que es el postcomunismo en esos países.

Si educas a los niños en una ideología que es perfectamente cuestionable pero les enseñas algo y les dices que no es cuestionable le dejas sin herramientas. Y mi idea es educar con sentido crítico. Tienes que permitir el cuestionamiento. Les estás enseñando además una ideología que es muy cuestionable y sobre la cual tienen que forjar su personalidad. Si eso que enseña la ideología de género es mentira, y yo digo que es mentira, entonces van a tener dificultades a la hora de forjar su personalidad.

- Hace poco en ReL nos infiltramos en una charla de transexualidad en un colegio y decían que a los cuatro años los niños ya saben cuál es su “identidad de género”…
- Sí te diré que un niño promedio de cuatro años tiene claro cuál es su sexo. Tiene claro si es niño o niña y no sólo lo tiene claro en sí mismo sino que es capaz de diferenciarlo en otra persona. Es decir, es capaz de ver a otra persona de 4 años y saber si es niño o niña estando vestida, sin necesidad de estar desnudo. Solamente con el aspecto físico, con los caracteres sexuales secundarios, con el aspecto físico de la cara va a saber responder adecuadamente.

Ahora, decir que hay niños con vulva o niñas con pene es una contradicción en términos. Es como decir que hay un calvo muy peludo o decir que hay un enanito que es muy alto. Estamos generando confusión.

(Fragmento de la charla de transexualidad impartida en un colegio público de la Comunidad de Madrid)

- El último objetivo de los ideólogos de género son los niños con autismo y síndrome de Asperger pues dicen que existen en su personalidad “rasgos transexuales”. ¿Qué opinión le merece?
- Las personas con autismo y con síndrome de Asperger tienen muchas dificultades en el establecimiento de relaciones sociales dentro de unos parámetros que nosotros consideramos normales. Es difícil para ellos establecer una relación personal tal y como nosotros la establecemos. Si a esa relación personal le añadimos la sexualidad les complicamos enormemente la vida.

Le pongo un caso muy conocido en este ámbito que es Temple Grandin. Es una persona con autismo que ha escrito varios libros, da conferencias y es una referencia mundial. En cierta ocasión le preguntaron en una conferencia cómo era su vida sexual y ella dijo una frase que es muy clara para estas personas: “bastante me cuesta relacionarme con el resto de personas como para que encima interfiera la sexualidad. Yo elegí el celibato por mantenerme coherente.”

No quiero ni pensar con las dificultades que ellos tienen, el meter la sexualidad de por medio si no es una sexualidad libremente elegida por ellos. En el conocimiento que yo tengo después de 24 años con personas con autismo y con síndrome de Asperger conozco muchos de ellos que tienen atracción por personas de otro sexo. En mi experiencia no he conocido ninguna persona con estos síndromes que se hayan mostrado con tendencia hacia personas del mismo sexo. Para mi es algo completamente desconocido.

- Cambiando completamente de tercio. En su libro habla igualmente de la vida espiritual en la educación de los hijos. ¿En qué ayuda esta vida espiritual?
- La dimensión espiritual es consustancial al ser humano. No estoy hablando de la religión sino de la dimensión espiritual, es decir, todo ser humano tiene conciencia a partir de los cuatro o cinco años de que nuestra vida en esta tierra es finita, y que tenemos una trascendencia.

Esta trascendencia hay quien la entiende como la trascendencia al cielo, hay quien la entiende en transformarse en otro ser vivo, o en dar la vida a otros seres vivos. Pero eso es lo que conforma nuestra dimensión espiritual y no se puede negar.

Si intentamos negar la dimensión espiritual del ser humano en la educación de los niños estamos cercenando una parte de nuestra naturaleza. Y por tanto van a crecer en cierto modo como si estuvieran ‘cortados’, como si les faltara una parte. Es fundamental que los niños tengan conciencia de la dimensión espiritual y la van a tener a través de sus padres. Por eso es muy importante que los padres sepan transmitirla. Naturalmente, cuanta más rica sea su espiritualidad más enriquecen la vida de sus hijos y más plena va a ser la vida de sus niños cuando sean adultos.

- Entonces, ¿se podría decir que los niños cuyos padres tienen esta espiritualidad pueden ser más felices?
- La calidad de vida desde mi punto de vista depende de tres cosas, solo de tres cosas. Imprescindibles dos y una es accesoria.  La calidad de vida depende de las relaciones que tenga conmigo mismo, si me llevo bien conmigo mismo o no me soporto y hay gente que no se soporta. Segundo, de la calidad de la relación que tengo con las demás personas, si yo me llevo bien con el mundo o si considero que el mundo es agresivo hacia mí.

Si yo tengo una buena relación conmigo mismo y una buena relación con las personas mi calidad de vida es buena y voy a tener lo que la gente llama un buen nivel de felicidad, independientemente de que sea rico o sea pobre, si tiene salud o tenga enfermedad.

Si yo me llevo bien conmigo mismo y me llevo bien con el resto del mundo aunque sea pobre o aunque tenga enfermedad voy a tener una buena calidad de vida. Si me llevo mal conmigo mismo y me llevo mal con los demás aunque sea rico y aunque este bien de salud voy a tener una pobre calidad de vida.

Si a eso le sumamos, es un sumatorio, una buena calidad de relación con Dios, si mi relación con Dios es buena entonces no es que pueda ser feliz es que esto es ya la bomba.

Lo que quiero decir: sí puedes tener una buena calidad de vida y unos buenos niveles de felicidad aun sin tener una buena relación con Dios o aun sin tener una relación con Dios. Ahora, si tienes una relación con Dios y encima es buena entonces es ya impresionante.

Lo que quiero dejar fuera es la idea de que si no tienes a Dios en tu vida ésta es un desastre. No estoy de acuerdo. Esa idea genera mucho dolor en los que no tienen fe, y me duele mucho generar dolor en ellos. Hay que decirles que pueden tener una vida plena sin Dios porque Dios es mucho más que pleno, está por encima de la vida plena…

- Siguiendo con la dimensión espiritual, usted ve el sufrimiento de muchas familias que llegan a usted con sus hijos con graves enfermedades y discapacidades. ¿Qué papel tiene la fe tanto en usted como en estas familias?
- El sufrimiento es de nuevo consustancial al ser humano. No podemos tener una vida sin sufrimiento. Cuando se dice a las personas con síndrome de Down que hubiera sido mejor que su madre abortara porque ese niño va a sufrir mucho en la vida es una idea absurda porque todas las personas sufrimos en el mundo.

Si el ser humano hubiera querido acabar con los sufrimientos de los hijos, Adán y Eva no hubieran debido tener a nadie. Hay que ver lo mal que lo pasó Caín, que tuvo que vagar por todo el mundo huyendo de su pena y el pobre Abel, que lo pasó bastante peor.

El sufrimiento empezó con los primeros hijos. El sufrimiento es consustancial al ser humano. ¿Que nos aporta la fe? Nos aporta un sentido a ese sufrimiento. El entender que el sufrimiento lo vamos a tener, con fe o sin fe, pero que cuando lo vivimos con fe lo podemos unir al sufrimiento  de Jesucristo en la cruz y por tanto nuestro sufrimiento, el sufrimiento de nuestro hijo que no hay nada peor en el mundo, es corredentor. No te quita sufrimiento pero te da paz.

Nacho Calderón afirma convencido y desde la experiencia que el mundo de la discapacidad es "extremadamente enriquecedor"

- Tras haber atendido a miles de niños con discapacidad, ¿qué diría a esas familias que tras haberles anunciado que su bebé tiene una supuesta discapacidad están pensando en abortar? ¿Y a los políticos que realizan las políticas eugenésicas que están acabando con estos niños?
- Estoy convencido que las personas que están a favor del aborto no tienen contacto, no tienen conocimiento de personas, quizás de una o de dos, pero no tienen conocimiento del mundo de la discapacidad. No tienen un conocimiento del mundo del síndrome de Down…

Cuando conoces el mundo de la discapacidad comprendes que es extremadamente enriquecedor. Las personas con discapacidad son tan enriquecedoras como cualquier otra. Entonces decidir que una persona que por tener una determinada característica puede o no puede tener derecho vivir es absolutamente absurdo. Si medimos a alguien por las capacidades que tiene, habría que medir por la capacidad de dar, aportar algo al mundo. Y no  hay nadie que no pueda aportar mucho al mundo.

Son personas que van a sufrir, el discapacitado va a sufrir, como voy a sufrir yo y va a sufrir cualquier otro. La vida es consustancial al sufrimiento.

Y esta carrera eugenésica de acabar con todo aquel que no cumpla unos parámetros determinados lo único que está haciendo es limitar la capacidad de enriquecer el mundo a través de la discapacidad. Quitar una parte de enriquecimiento del mundo es grave y es tan grave como eliminar el enriquecimiento de la cultura mundial que nos aportan los gitanos. Sería como abolir a los gitanos. Esto está haciendo un daño terrible, mientras se siga permitiendo y promoviendo el aborto vamos a tener que sufrir muchos más males asociados a él que provoca la dureza de corazón que hay que tener para estar a favor del aborto.

- Por ejemplo, en Francia han prohibido un anuncio con niños con síndrome de Down en el que decían que eran felices porque las autoridades consideran que presiona a las mujeres para que no aborten…
- Claro que se oculta. La ideología eugenística que hay detrás del aborto es una maquinaria enorme de hacer dinero. Y naturalmente se quiere evitar y limitar la exposición de personas con discapacidad y de su vida normal porque entonces estaríamos demostrando que podrían ser igualmente felices, que pueden aportar a la sociedad y se vendría abajo un negocio enorme. Esto es lo que las personas que están a favor de la eugenesia quieren evitar.

Lo que debemos denunciar es que la madre embarazada de la cual se sospecha que su hijo tiene una discapacidad está sometida a unos niveles de presión tan absolutamente brutales que serían denunciables pero no se está diciendo. Esa presión merece muchos reportajes.

Javier Lozano / ReL4 enero 2017



Pequena agenda do cristão

Quarta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?