Tu, pensas, tens muita
personalidade: os teus estudos (os teus trabalhos de investigação, as tuas
publicações), a tua posição social (os teus apelidos), as tuas actividades
políticas (os cargos que ocupas), o teu património..., a tua idade – já não és
nenhuma criança!... Precisamente por tudo isso, necessitas, mais do que outros,
de um Director para a tua alma. (Caminho,
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A santidade da esposa de
Cristo sempre se provou – e continua a provar-se actualmente – pela abundância
de bons pastores. Mas a fé cristã, que nos ensina a ser simples, não nos leva a
ser ingénuos. Há mercenários que se calam e há mercenários que pregam uma
doutrina que não é de Cristo. Por isso, se porventura o Senhor permite que
fiquemos às escuras, inclusivamente em coisas de pormenor, se sentimos falta de
firmeza na fé, recorramos ao bom pastor, àquele que – dando a vida pelos outros
– quer ser, na palavra e na conduta, uma alma movida pelo amor – àquele que
talvez seja também um pecador, mas que confia sempre no perdão e na
misericórdia de Cristo.
Se a vossa consciência vos
reprova por alguma falta – embora não vos pareça uma falta grave – se tendes
uma dúvida a esse respeito, recorrei ao sacramento da Penitência. Ide ao
sacerdote que vos atende, ao que sabe exigir de vós firmeza na fé, delicadeza
de alma, verdadeira fortaleza cristã. Na Igreja existe a mais completa liberdade
para nos confessarmos com qualquer sacerdote que possua as necessárias licenças
eclesiásticas; mas um cristão de vida limpa recorrerá – com liberdade! – àquele
que reconhece como bom pastor, que o pode ajudar a erguer a vista para voltar a
ver no céu a estrela do Senhor. (Cristo
que passa, 34)