Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
21/12/2020
Natal
Não deixes de rezar, eu escuto-te
Os santos, anormais?... Chegou a hora de acabar com esse preconceito! Havemos de ensinar, com a naturalidade sobrenatural da ascética cristã, que nem sequer os fenómenos místicos são anormais; têm a naturalidade própria desses fenómenos, tal como outros processos psíquicos ou fisiológicos têm a sua. (Sulco, 559)
Eu falo
da vida interior de cristãos normais e correntes, que habitualmente se
encontram em plena rua, ao ar livre; e que na rua, no trabalho, na família e
nos momentos de diversão estão unidos a Jesus todo o dia. E o que é isto senão
vida de oração contínua? Não é verdade que compreendeste a necessidade de ser
alma de oração, numa intimidade com Deus que te leva a endeusar-te? (...) A
princípio custará. É preciso esforçarmo-nos por nos dirigir ao Senhor, por lhe
agradecermos a sua piedade paternal e concreta para connosco. A pouco e pouco o
amor de Deus torna-se palpável - embora isto não seja coisa de sentimentos -
como uma estocada na alma. É Cristo que nos persegue amorosamente: Eis que
estou à porta e chamo. Como anda a tua vida de oração? Não sentes às vezes,
durante o dia, desejos de falar mais devagar com Ele? Não Lhe dizes: logo vou
contar-te isto e aquilo; logo vou conversar sobre isso contigo? Nos momentos
dedicados expressamente a esse colóquio com o Senhor o coração expande-se, a
vontade fortalece-se, a inteligência - ajudada pela graça - enche a realidade
humana com a realidade sobrenatural. E, como fruto, sairão sempre propósitos
claros, práticos, de melhorares a tua conduta, de tratares delicadamente, com
caridade, todos os homens, de te empenhares a fundo - com o empenho dos bons
desportistas - nesta luta cristã de amor e de paz. A oração torna-se contínua
como o bater do coração, como as pulsações. Sem essa presença de Deus não há vida
contemplativa. E sem vida contemplativa de pouco vale trabalhar por Cristo,
porque em vão se esforçam os que constroem se Deus não sustenta a casa. (Cristo que passa, 8)
LEITURA ESPIRITUAL Dez 21
Evangelho
Mt
XIII, 24 – 43
O joio
24
Jesus propôs-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é comparável a um homem que
semeou boa semente no seu campo. 25 Ora, enquanto os seus homens dormiam, veio
o inimigo, semeou joio no meio do trigo e afastou-se. 26 Quando a haste cresceu
e deu fruto, apareceu também o joio. 27 Os servos do dono da casa foram ter com
ele e disseram-lhe: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem,
pois, o joio?’ 28 ‘Foi algum inimigo meu que fez isto’ - respondeu ele.
Disseram-lhe os servos: ‘Queres que vamos arrancá-lo?’ 29 Ele respondeu: ‘Não,
para que não suceda que, ao apanhardes o joio, arranqueis o trigo ao mesmo
tempo. 30 Deixai um e outro crescer juntos, até à ceifa; e, na altura da ceifa,
direi aos ceifeiros: Apanhai primeiro o joio e atai-o em feixes para ser
queimado; e recolhei o trigo no meu celeiro.’»
O grão de mostarda
31 Jesus propôs-lhes outra parábola: «O Reino
do Céu é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu
campo. 32 É a mais pequena de todas as sementes; mas, depois de crescer,
torna-se a maior planta do horto e transforma-se numa árvore, a ponto de virem
as aves do céu abrigar-se nos seus ramos.»
O fermento
33
Jesus disse-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante ao fermento que
uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que tudo fique
fermentado.» 34 Tudo isto disse Jesus, em parábolas, à multidão, e nada lhes
dizia sem ser em parábolas. 35 Deste modo cumpria-se o que fora anunciado pelo
profeta: Abrirei a minha boca em parábolas e proclamarei coisas ocultas desde a
criação do mundo.
Explicação da parábola do joio
36
Afastando-se, então, das multidões, Jesus foi para casa. E os seus discípulos,
aproximando-se dele, disseram-lhe: «Explica-nos a parábola do joio no campo.»
37 Ele, respondendo, disse-lhes: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho do
Homem; 38 o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do Reino; o joio são
os filhos do maligno; 39 o inimigo que a semeou é o diabo; a ceifa é o fim do
mundo e os ceifeiros são os anjos. 40 Assim, pois, como o joio é colhido e
queimado no fogo, assim será no fim do mundo: 41 o Filho do Homem enviará os
seus anjos, que hão-de tirar do seu Reino todos os escandalosos e todos quantos
praticam a iniquidade, 42 e lançá-los na fornalha ardente; ali haverá choro e
ranger de dentes. 43 Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu
Pai. Aquele que tem ouvidos, oiça!»
JESUS CRISTO NOSSO SALVADOR
Iniciação à Cristologia
Capítulo VI
OUTRAS CARACTERÍSTICAS QUE COMPLETAM A FIGURA DE
JESUS CRISTO ENQUANTO HOMEM
O
concílio III de Constantinopla
(ano 681). Quando mudou a situação politico-religiosa do império convocou-se um
concílio ecuménico. Este concílio, sexto ecuménico y III de Constantinopla,
condenou o monotelismo e o monoergismo, e definiu solenemente que se «dão n’Ele
(Cristo) duas vontades naturais e duas operações naturais, sem divisão, sem
mudança, sem separação, sem confusão»[1]
Em Constantinopla ficou claro que não é suficiente
a confissão da integridade da natureza humana de Cristo se se a considerar só
como elemento passivo e inerte nas mãos do Verbo, como uma simples fachada
humana do Filho de Deus.
Este concílio também ensinou que essas duas
vontades e operações de Cristo não se contrapõem, mas que se dão unidas: o
humano está sujeito e segue o divino.
Vicente Ferrer Barriendos
(Tradução
do castelhano por ama)
Reflexão
Paz
A
paz não é um pacifismo mole, nem um egoísmo gozador, nem indiferença ou
desinteresse perante as necessidades de outrem. É o fruto de um esforço concreto, contínuo e unânime para
a construção de uma comunidade local e universal, funda na solidariedade humana
e na busca do bem comum. (…)
Os
esforços consagrados ao armamento deveriam aplicar-se aos países em vias de
desenvolvimento e à melhoria das condições no mundo do trabalho.
A
lógica do ateísmo conduz à guerra total; a lógica da fé, à paz.
(Diálogos
com São Paulo VI, Jean Guiton)