Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
20/02/2020
Deus e Audácia!
Não sejais almas de via reduzida, homens ou mulheres menores de
idade, de vistas curtas, incapazes de abrangerem o nosso horizonte sobrenatural
cristão de filhos de Deus. Deus e Audácia! (Sulco, 96)
Ao longo dos anos, apresentar-se-ão – talvez mais depressa do que
pensamos – situações particularmente custosas, que vão exigir de cada um muito
espírito de sacrifício e um maior esquecimento de si mesmo. Fomenta então a
virtude da esperança e, com audácia, faz teu o grito do Apóstolo: Eu estimo,
efectivamente, que os sofrimentos do tempo presente não têm proporção alguma
com a glória que há-de revelar-se em nós. Medita com segurança e com paz: como
será o amor infinito derramado sobre esta pobre criatura?
Chegou a hora de, no meio das tuas ocupações habituais,
exercitares a fé, despertares a esperança, avivares o amor. Quer dizer: de
activar as três virtudes teologais que nos impelem a desterrar imediatamente,
sem dissimulações, sem rebuço, sem rodeios, os equívocos da nossa vida
profissional e da nossa vida interior. (Amigos de Deus, 71)
THALITA KUM 107
(Cfr. Lc 8, 49-56)
Chegam a casa de
Jairo.
«Ao chegarem a casa do príncipe da sinagoga,
vê o reboliço e a gente desfeita em prantos e alaridos; e, entrando,
disse-lhes: Porquê todo esse reboliço e esses prantos? A criança não morreu,
mas dorme. E riam-se dele.» [1]
A multidão não cabe
no pátio já de si cheio de serventes e vizinhos que, tendo sabido o que se
passava com a sua filha, se reuniam já há tempo, esperando o regresso de Jairo.
Alguns já teriam ouvido falar de Jesus, esse homem cuja fama corria pelas
cidades e aldeias com histórias de curas e feitos extraordinários. Talvez,
algum dos presentes, tivesse comido dos pães e dos peixes que o Senhor
multiplicara para uma enorme multidão. Podem ter sido alguns desses que recomendaram
ao pai aflito que procurasse o Rabi que tinha levado a cabo obra tão
prodigiosa. Consultados os chefes da sinagoga, estes terão contribuído para a
decisão de Jairo procurar Jesus.
Revelaram-se
pessoas de critério e atitude correctas, sem preconceitos nem falsas razões.
Alguém que faz o que Jesus fazia, não pode ser má pessoa nem alvo de
desconfiança.
Se todos os
responsáveis tivessem procedido assim?
Jesus tinha
ordenado a todos que esperassem no local do Seu encontro com a hemorroíssa. Aos
Seus discípulos mais próximos talvez tenha recomendado que orassem e que,
sobretudo, permanecessem junto da multidão tentando serenar os ânimos com
palavras de confiança e fé.
Agora, acompanhado unicamente
daqueles que tinha trazido consigo, entra no pátio.
A mãe, destroçada pelo desgosto,
aproxima-se do marido e interroga-o.
Jairo, brevemente, conta-lhe o que o
Mestre lhe dissera e garante-lhe e transmite-lhe a sua confiança.
Jesus, constatando
«o reboliço e a gente desfeita em prantos
e alaridos» no típico “choro” dos orientais quando morre alguém muito querido,
pergunta: «Porquê todo esse reboliço e
esses prantos?
Todos, à uma,
tentam confirmar o que acontecera: que a menina tinha morrido.
Interrogam Jesus:
‘Então, não enviámos emissários dar
a notícia? Porque perguntas o motivo do nosso choro e consternação?’
O Senhor não faz a
pergunta sem um motivo.
Nada faz sem um
objectivo concreto.
Neste caso, era
como se dissesse:
‘Parem com esse
choro e essas lamentações. Não vêm que estou aqui? Não sabeis que Eu posso
tudo?’
E ainda lhes diz: «A criança não morreu, mas dorme.»
Numa primeira
reacção, ficam atónitos. Como pode este homem afirmar tal coisa? Será, afinal,
um louco?
E, como era hábito
naquele tempo, os loucos são motivo de troça;
por isso «riam-se d'Ele.»
Jesus não espera mais, constata que
aquela gente não tem nem confiança nem fé. Prende com mais firmeza o braço de
Jairo e olha-o nos olhos.
Por entre as lágrimas o pobre pai
devolve-lhe o olhar, triste, mas confiante, como se dissesse: ‘Senhor, eu,
acredito’.
É tudo quanto Jesus
quer, que, pelo menos um, e, neste caso, o mais importante, o pai da menina,
acredite e confie nele.
Jesus é um homem de
multidões, sem dúvida, mas procura sempre o homem individual.
Quer-nos um a um na
intimidade.
O Seu Coração
procura sempre o coração de cada homem para nele instilar a Sua Graça,
moldando-o conforme convém à salvação de cada um.
Este coração de
carne, que é o nosso, com todos os defeitos e misérias, mas também, com as
virtudes e bons propósitos que, ao longo da vida, vamos formulando e realizando.
(AMA, reflexões).
Evangelho e comentário
Santos
Francisco e Jacinta Marto
Evangelho: Mt 18, 1-5. 10
Naquele tempo, os discípulos
aproximaram-se de Jesus e perguntaram-Lhe: «Quem é o maior no reino dos Céus?».
Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse-lhes: «Em verdade vos
digo: Se não vos converterdes e não vos tornardes como as crianças, não
entrareis no reino dos Céus. Quem for humilde como esta criança esse será o
maior no reino dos Céus. E quem acolher em meu nome uma criança como esta
acolhe-Me a Mim. Vede bem. Não desprezeis um só destes pequeninos. Eu vos digo
que os seus Anjos vêem continuamente o rosto de meu Pai que está nos Céus».
Comentário:
Neste trecho de São Mateus Jesus mostra a Sua
predilecção pelas crianças, ou, melhor, por aquilo que as crianças representam:
A inocência, a simplicidade!
Pessoas, adultas como nós, têm muita dificuldade em
assumir esta posição porque, nomeadamente, a inocência é algo de tão extraordinária
grandeza que, atingi-la – ou recuperá-la – será tarefa de uma vida inteira.
Já a simplicidade poderá estar mais ao nosso alcance se
formos honestos intelectualmente, se correctos no comportamento, se moderados
nos desejos e necessidades.
Por nós próprios, nunca conseguiremos sequer uma pálida
“imitação” da inocência e simplicidade de uma criança, mas, com a ajuda do Anjo
da Nossa Guarda - que hoje celebramos - daremos passos importantes nesse
sentido.
Leitura espiritual
Cartas de São Paulo
Carta a Tito
Tito foi, juntamente com
Timóteo, um dos principais colaboradores de Paulo. De origem grega, aderiu à
fé, provavelmente através de Paulo, durante a primeira viagem missionária
deste. Certo é que o acompanhou a Jerusalém, para a assembleia apostólica,
constituindo um exemplo vivo da decisão tomada de não impor os costumes
judaicos aos cristãos oriundos do mundo pagão, pois, embora sendo grego, não
foi obrigado a circuncidar-se (Gl 2,1.3).
ACÇÃO DE TITO
Na sua colaboração com
Paulo, foram-lhe confiadas tarefas delicadas como a organização da colecta em
favor das igrejas da Judeia (2 Cor 8,6-17) e, provavelmente, a pacificação da
comunidade de Corinto e a reconciliação entre esta e o próprio Paulo (2 Cor
2,1-13). Paulo refere-se a ele sempre em termos muito elogiosos (2 Cor
7,6-7.13-16; 12,18). Segundo 2 Tm 4,10, foi-lhe ainda confiada uma missão na
Dalmácia. A presente Carta dá-o como “bispo” de Creta (Tt 1,5), onde, segundo a
tradição, exerceu o ministério até ao fim dos seus dias. É estranho que os
Actos dos Apóstolos, que mencionam várias vezes Timóteo, não façam nenhuma
referência a Tito. Nunca foi apresentada uma explicação convincente para o
facto, sugerindo alguns que Tito é o redactor das passagens “nós” dos Actos
(Act 16,10-17; 20,5-21,18; 27,1-28,16).
AUTENTICIDADE
A maioria dos exegetas
contesta a autenticidade paulina da Carta a Tito, quer pelo vocabulário
utilizado, que se afasta bastante do que encontramos nas autênticas Cartas de
Paulo, quer pelos problemas tratados, que fazem supor uma fase de
desenvolvimento da Igreja posterior à época apostólica.
Além disso, a Carta
encontra-se redigida num tom muito impessoal, com excepção do título de «meu
verdadeiro filho» que se encontra na saudação (1,4), longe, pois, das
afectuosas referências de Paulo a Tito noutras Cartas.
DIVISÃO E CONTEÚDO
A Carta pode estruturar-se
do modo seguinte:
Saudação inicial (1,1-4);
Orientações a Tito sobre
os critérios de escolha dos responsáveis das comunidades (1,5-9);
Aviso contra os falsos
mestres (1,10-16);
Ensinamentos sobre o modo
de comportamento de várias categorias de crentes (2,1-15);
Elenco de deveres sociais
(3,1-11);
Recomendações de carácter
pessoal (3,12-14);
Saudação final (3,15).
Acontecimento extraordinário
O que aconteceu
hoje não pode ter outra qualificação: extraordinário!
Pelas 17.00
resolvi ir beber uma cerveja ao restaurante onde é gerente a minha Filha Marta.
Em si, este
facto, nada tem de especial a não ser, considerar que não é meu hábito ir beber
seja o que for a qualquer lado; sozinho ou acompanhado.
O ambiente
estava fantástico, a esplanada do restaurante em cima do Rio Douro, com o Sol a
mergulhar na lonjura do mar, num cenário de beleza e tranquilidade enormes.
A Marta
arranjou-me, a custo, uma mesa ao pé de um casal que falava inglês.
Com toda a
naturalidade começámos a conversar, o habitual:
‘Your first time in Portugal; are u
enjoying the stay… e assim por diante.
Seguiram-se as
apresentações:
- I’m António;
- We, Claudia and Joe Bradick.
Um casal muito
simpático, talvez nos cinquenta anos, ele professor na Universidade, ela médica
ORL, vivem na Carolina do Norte, nos EUA, e assim por diante.
Pelo meio fui
dizendo sobre a minha família, as minhas Filhas, os meus nove Netos, os tempos
difíceis depois da morte da Fernandinha… enfim… mas como era feliz com uma vida
tranquila sem grandes sobressaltos.
Praticamente
contei-lhes toda a minha vida.
O que fazia
agora?
E eu disse-lhes
que desde há uns anos me dedico fundamentalmente a construir o Blogue NUNC
COEPI.
Quiseram saber
que era, o que significava e, eu, expliquei e mostrei no telemóvel, o Blogue.
Claro que, o
Joe, manobrava o meu aparelho como um expert e logo descobriu fotografias da
família, as orações diárias, as reflexões… sei lá… que eu ia traduzindo.
No fim,
devolveu-me o aparelho e disse:
‘António! You are blessed!’
Respondi: ‘What you mean?’
‘You know what I mean! You are bessed!’
Claro que a conversa
seguiu um rumo apostólico: falei da Fé Cristã, de Deus, da vida de um casal que
se ama e respeita… enfim… mais de quatro horas de conversa, aliás, de perguntas
e de respostas.
De vez em quando
o Joe repetia: ‘You are blessed!’
Comemos juntos
umas fatias de piza e eles despediram-se.
O Joe, voltou a
trás para dizer: ‘Do not Forget: You are blessed!’
Quando cheguei a
casa já tinha um mail do Joe, agradecendo a conversa, garantindo que ele e a
Claudia iriam ver com interesse o blogue, que iriam manter o contacto e, claro,
terminando com a mesma frase: ‘Do not Forget: You are blessed!’
Tenho por hábito
falar – concretamente… falar – com o meu Anjo da Guarda, numa intimidade de
verdadeiros amigos e, às vezes, digo-lhe:
Tu, sabes que me
chamo António, estiveste presente no meu Baptizado, tens estado presente todos
os dias e momentos destes setenta e sete anos que levo de vida; gostaria de
saber o teu nome!
Pois, fiquei com
uma certeza: no Domingo o meu Anjo da Guarda chamava-se Joe!
Como sei – absolutamente
– que nada acontece por acaso, fiquei a pensar nas oportunidades que ao longo
da minha vida não aproveitei para conhecer os outros nomes do meu Anjo da
Guarda, porque, não dei atenção aquela pessoa que, talvez esperasse ou tivesse
necessidade de falar um pouco – nem que fosse sobre coisas sem importância –
porque estava demasiado centrado em mim, nos meus pseudo-problemas, as minhas
dores de saudades, os meus anseios de melhoria, os meus desejos insatisfeitos:
Eu… Eu… Eu…
Pois bem! Tive
forçosamente de concordar com o Joe:
Sou, de facto
abençoado porque, sem qualquer mérito da minha parte, o Senhor me vai dando
estes “rebuçados” que me adoçam a amargura, me temperam o génio, me colocam no
Caminho que Ele quer que eu ande.
Só me ocorre
dizer sem parar: Gratias Tibi! Gratias Tibi! Gracias Tibi!
(AMA,
02.07.2017)
Acontece – tem acontecido – que temos mantido o contacto via
e-mail. Noto uma crescente intimidade desejo de saber mais e mais.
Ainda hoje ignoro se são cristãos – católicos – ou não, mas, tenho
a certeza que são estupendas pessoas.
Há dias recebi um mail dizendo-me que estavam outra vez em viagem
pela Europa, desta vez, estavam em Paris.
Quase… me garantiram que no Outono estariam no Porto deixando
entrever que talvez se demorassem uns tempos largos.
O que dizer? Vou rezando por eles seguro que, como lhe chamei
“acontecimento extraordinário” não foi de todo descabido.
O Senhor sabe muito bem o que faz e, eu, pobre tonto, fico
maravilhado que se sirva deste pobre instrumento que sou para um desígnio que
não sei qual seja mas, tenho a certeza, será algo muito importante.
Assim eu esteja à altura!
Só me ocorre
dizer sem parar: Gratias Tibi! Gratias Tibi! Gracias Tibi!
02.07.2018
E os contactos, trocas de E-mail, têm continuado…
20.02.2020
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Participar na Santa Missa.
Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.
Lembrar-me:
Comunhões espirituais.
Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
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