SEMANA SANTA – QUARTA-FEIRA
(Re Mt Jo XIV …)
A passos largos aproxima-se a consumação da missão que trouxe Jesus Cristo ao mundo. Ele sabe muito bem o que O espera nos próximos dias. Talvez hoje tenha decidido despedit-Se dos Seus amigos mais íntimos e fosse visitar Lázaro e as suas irmãs, comendo com eles talvez dormindo na sua casa. Nem o constante afluxo de pessoas que acoŕrem para ver Lázaro ressuscitado, perturba aqueles momentos de convívio entranhável de conversa íntima e tranquila. Jesus sente-Se bem e o aperto que sente no coração vai abrandando.
Penso que aquele que pode contar com amigos sejam quais forem as circunstâncias que se apresentem têm um bem inestimável.
É muito provável que lhes tenha revelado, pelo menos em parte, o que vai suceder nos próximos dias. Quer que estejam preparados.
Também eu, Senhor, me preparo embora, confesso, sinta uma revolta tão viva que me dói.
Como é possível?
De facto, a aceitação voluntária da Tua Paixão é um mistério insondável só explicável pelo Teu Amor incomensurável pelos homens, por mim.
Ajuda-me Senhor, a tentar o possível para retribuir um pouco que seja.
Ajuda-me a amar-Te mais.
Imagino-me presente naquela
barca e vejo Jesus que Se aproxima caminhando sobre as águas do mar revolto.
Olho em volta e constato o pavor dos discípulos que não compreendem como tal é
possível.
Eu, porém, estou tranquilo
porque sei que é O Senhor porque, graças ao Divino Espírito Santo o evangelista
assim me relata.
Quero, como Pedro, ir ter
com Ele sem qualquer receio de perecer no mar tempestuoso porque sei que, como
a Pedro, Ele me estenderá a Sua mão e me sustentará.
No mar, por vezes revolto
pelas minhas faltas e pecados, o Senhor estende-me sempre a Sua Mão para me
arrancar do abismo, só espera que eu Lhe peça: Senhor, salva-me.
A Cruz, a Santa Cruz
onde Cristo nos mereceu a Salvação Eterna é o símbolo da nossa Fé mas, é
também, o sinal mais difundido em toda a terra.
Foi levada a todos os
lugares por homens e mulheres intrépidos que arrostando com toda a sorte de
dificuldades, obstáculos, perseguições impiedosas não desistiam da missão que
tinham como encargo.
Este símbolo que
levamos ao peito não deve ser um objecto de decoração ou “para dar sorte”, mas uma
afirmação gozosa de que nos identificamos com o Salvador da humanidade e, ao
fazê-lo, damos testemunho que acreditamos que a Cruz de Cristo foi o
instrumento que nos reconduziu à verdadeira vida.
A mortificação passiva é algo que surge inopinadamente e que me "cai
bem" neste tempo de Quaresma.
Bom... não me "cai tão bem" quanto isso... hoje fiquei sem
NET, sem televisão; claro... ofereci gostosamente este incómodo para alcançar
os méritos que possa ter e que tanto preciso, mas... secretamente desejando que
a minha "oferta" tivesse como consequência a solução do problema.
Ah!!! Pobre homem que sou!
Dou com uma mão mas estendo logo a outra para receber!!