02/01/2017

Depois da morte vos receberá o Amor

Agora compreendes quanto fizeste sofrer Jesus, e enches-te de dor: como lhe pedes perdão, deveras e choras pelas tuas traições passadas! Não te cabem no peito as ânsias de reparar! Bem. Mas não esqueças que o espírito de penitência está principalmente em cumprir, custe o que custar, o dever de cada instante. (Via Sacra, 9ª Estação, n. 5)


Como será maravilhoso quando o nosso Pai nos disser: servo bom e fiel, porque foste fiel nas coisas pequenas, eu te confiarei as grandes: entra no gozo do teu Senhor!. Esperançados! Esse é o prodígio da alma contemplativa. Vivemos de Fé, de Esperança e de Amor; e a Esperança torna-nos poderosos. Recordais-vos de S. João? Eu vos escrevo, jovens, porque sois valentes e a palavra de Deus permanece em vós e vencestes o maligno. Deus urge-nos, para a juventude eterna da Igreja e de toda a humanidade. Podeis transformar em divino todo o humano, como o rei Midas convertia em ouro tudo o que tocava!

Nunca esqueçais que depois da morte vos receberá o Amor. E no amor de Deus encontrareis, além do mais, todos os amores limpos que tenhais tido na terra. O Senhor dispôs que passemos esta breve jornada da nossa existência, trabalhando e, como o seu Unigénito, fazendo o bem. Entretanto, temos de estar alerta, à escuta daquelas chamadas que Santo Inácio de Antioquia notava na sua alma, ao aproximar-se a hora do martírio: vem para junto do Pai, vem para o teu Pai que te espera ansioso (Amigos de Deus, n. 221)

Evangelho e comentário

Tempo do Natal

São Basílio Magno – São Gregório Nazianzo -Doutores da Igreja

Evangelho: Jo 1, 19-28

19 Eis o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas a perguntar-lhe: «Quem és tu?».20 Ele confessou a verdade, não a negou; e confessou: «Eu não sou o Cristo». 21 Eles perguntaram-lhe: «Quem és, pois? És tu Elias?». Ele respondeu: «Não sou». «És tu o profeta?». Respondeu: «Não». 22 Disseram-lhe então: «Quem és, pois, para que possamos dar resposta aos que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo?». 23 Disse-lhes então: «”Eu sou a voz do que clama no deserto. Endireitai o caminho do Senhor”, como disse o profeta Isaías». 24 Ora os que tinham sido enviados eram fariseus. 25 Interrogaram-no, dizendo: «Como baptizas, pois, se não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?». 26 João respondeu-lhes: «Eu baptizo em água, mas no meio de vós está Quem vós não conheceis. 27 Esse é O que há-de vir depois de mim, e eu não sou digno de desatar-Lhe as correias das sandálias». 28 Estas coisas passaram-se em Betânia, além Jordão, onde João estava a baptizar.

Comentário:

João não pode dizer outra coisa que a verdade.

O que é um facto é que, dada a sua importância e prestigio crescentes entre os judeus, poderia ter-se outorgado qualidades e méritos sem levantar a menor suspeita.

Não o fez, porém, dando-nos um exemplo do que deve ser a nossa postura a de qualquer homem, mas, sobretudo, a de um cristão - perante a vida, a sociedade, os outros:

Não nos outorgarmos algo que de facto não somos nem possuímos sejam quais forem as circunstâncias. Ser-mos o que somos e dar testemunho disso mesmo.

(ama, comentário sobre Jo 1, 19-28, 2013.11.03)






Leitura espiritual

Leitura espiritual



A Cidade de Deus 


Vol. 1

LIVRO II

CAPÍTULO V

Obscenidades com que os seus adoradores honravam a mãe dos deuses.

De forma nenhuma eu quereria ter por juízes nesta matéria os que mais procuram divertir-se do que lutar contra os vícios de um comportamento depravadíssimo, — mas o próprio Cipião Nasica, eleito pelo Senado como o melhor dos cidadãos, que recebeu nas suas mãos a imagem desse demónio e a introduziu em Roma. Ele é que nos diria se concordava em que à sua mãe, como recompensa dos seus méritos por parte do Estado, se lhe prestassem honras divinas — como consta que os Gregos, os Romanos e outros povos as tinham decretado em honra de alguns mortais cujos benefícios tinham em alta estima e julgavam que com isso os tornavam imortais e contados no número dos deuses [1]. Com certeza que Cipião havia de desejar para sua mãe a maior das felicidades possíveis. Mas se em seguida lhe perguntassem se queria que entre as honras divinas se celebrassem aquelas torpezas, — não clamaria ele que preferia ver sua mãe prostrada sem sentidos, morta, a vê-la viva para, como deusa, ter de ouvir complacentemente tais coisas? Longe vá o pensamento de que um senador do Povo Romano dotado de uma mentalidade tal que proibiu a construção de um teatro nesta cidade de varões fortes, quisesse para sua mãe um culto em que ela aceitaria benevolamente, como deusa, sacrifícios cujos ritos a ofenderiam como matrona. De maneira nenhuma ele acreditaria que a divinização transformaria em seu contrário o pudor de uma mulher digna de louvor a ponto de os seus adoradores a invocarem com honras quejandas. Porque, para as não ouvir quando proferidas não interessa contra quem, no tempo em que ela vivia entre os homens, teria tapado os ouvidos e pôr-se-ia em fuga sob pena de fazer corar com vergonha dela os seus vizinhos, o seu marido e os seus filhos.

E, assim, tal mãe dos deuses, a quem o homem mais perverso teria vergonha de ter por mãe, escolheu o melhor varão, não para o ajudar e aconselhar mas para o enganar com disfarces à maneira da mulher da qual está escrito «Mas a mulher apodera-se das preciosas almas dos homens [2]; o que ela quis foi que aquela alma de tão elevado carácter, arrastada por um pretenso testemunho divino, e na verdade a si mesma se considerando como a melhor, não procurasse a piedade e a religião verdadeiras sem as quais a soberba esvazia e derruba todo o génio, mesmo o mais digno de louvor. Como pois escolheria essa deusa tão bom varão senão insidiosamente, quando procurava para os seus ritos sagrados obscenidades tais que os melhores homens evitavam que fossem mostradas aos seus convidados?

CAPÍTULO VI

Os deuses pagãos nunca estabeleceram normas de conduta.

Pelo mesmo motivo não tiveram esses deuses a menor preocupação com a vida e os costumes das nações e suas gentes que os veneravam, mas, pelo contrário, permitiram, sem proferirem qualquer das suas terríveis proibi­ções, que fossem atingidas por tão horrendos e detestáveis males, não só nos seus campos e vinhas, nas suas casas e bens pecuniários e, por fim no seu próprio corpo que está submetido à alma, mas também que fossem atingidas na própria alma, e permitiram mesmo que elas se afundassem nesses males e se tomassem na pior gente. Mas se o proibiam — pois que no-lo mostrem, que no-lo provem, e não nos venham cochichar aos ouvidos não sei que débeis sussurros de pouquíssimos acerca de uma misteriosa religião recebida dos antepassados em que se aprendia a rectidão de vida e a guarda da castidade. Mostrem-nos os lugares e digam-nos quando foram consagrados para essas reuniões;
— onde se não pratiquem cenas com palavras e gestos obscenos dos histriões;
— onde se não celebrem os Fugalia [3] em que a toda a casta de torpezas é concedida permissão (e, na verdade, Fugalia são— mas «fuga» do pudor e da honestidade);
— onde estão os lugares destinados a ouvir os preceitos dos seus deuses para reprimirem a avareza, destruírem a ambição;
— onde os povos ouçam o que os deuses preceituam acerca da repressão da avareza, da destruição da ambição, do refreamento da luxúria;
— onde os desgraçados aprendam o que se deve saber como tão estrondosamente o proclamou o vosso Pérsio ao dizer:
Aprendei ó míseros, e tomai conhecimento das causas das coisas:
Que somos nós? nascemos para ter que vida?
Que lugar nos é concedido? e por que suave viragem dobramos?
Desde que ponto e por onde o nosso caminho dobrará suavemente o marco da meta?
Que medida impor ao dinheiro? que é lícito desejar?
Qual a utilidade da moeda acabada de fazer?
Quanto se deve dar à pátria e aos amados parentes?
Que homem te ordena Deus que sejas? Qual o teu lugar na humanidade [4]?

Digam em que locais costumavam os deuses ensinar esses preceitos e por que povos seus adoradores eram habitualmente ouvidos — tal qual como nós, que mostramos as igrejas para isso construídas por onde quer que se difunda a religião cristã.

CAPÍTULO VII

Sem a autoridade divina, são inúteis as descobertas filosóficas: o que os deuses fazem arrasta muito mais facilmente os homens ao vício do que o que os homens discutem.

Será que eles nos vão lembrar as escolas e as discussões dos filósofos? Primeiro que tudo — elas não são romanas mas gregas. Ou então são já romanas porque a Grécia se tornou província romana. De facto, não se ensinam lá os preceitos de Deus, mas as descobertas de homens dotados de agudíssimo engenho, que se aplicaram a descobrir pelo raciocínio:
o que estava escondido na natureza das coisas;
o que se deve desejar e o que se deve evitar nos costumes;
o que, como certeza, se tira por conexão das pró­prias regras do raciocínio, ou o que não é consequente, ou ainda o que repugnará.

E alguns deles, na medida em que foram ajudados por Deus, descobriram coisas importantes. Mas, na medida em que foram, como homens, limitados, erraram: principalmente quando a divina Providência resistia justamente à sua soberba, querendo mostrar, pelo seu exemplo, que o caminho da piedade parte da humildade para se elevar às alturas. Surge daqui uma questão que teremos ocasião de, mais tarde, aprofundarmos e discutirmos se Deus, o verdadeiro Senhor, o quiser.

Mas se os filósofos descobriram alguma coisa que pode ser útil para levarmos uma vida digna e conseguirmos a felicidade — quanto mais justo não seria que a eles atribuissem honras divinas! Quanto melhor e mais honesto não seria que no templo de Platão se lessem os seus livros do que nos templos dos demónios se castrassem os Galos [5] se consagrassem os invertidos, se mutilassem os loucos, e se assistisse a tudo o que há de mais cruel e vergonhoso, de vergonhosamente cruel ou cruelmente vergonhoso que é costume celebrar-se nas cerimónias de tais deuses!

Quão preferível seria que, para se instruírem suficientemente os jovens na justiça, se recitassem em público as leis dos deuses em vez de se louvarem em vão as leis e as instituições dos antepassados. Na verdade, todos os adoradores de tais deuses, logo que são tocados pela paixão, como diz Pérsio,
impregnados de ardente veneno [6],
apegam-se mais aos feitos de Júpiter do que aos ensinamentos de Platão ou às censuras de Catão. Mostra-o aquele adolescente viciado, referido nas obras de Terêncio, que olha para um certo quadro pintado numa parede
onde estava representado Júpiter, dizem, a despejar no seio de Danae utrn como que chuva de ouro [7].
e ele, encostando-se a uma tão alta autoridade, gaba-se de, na sua torpeza, imitar esse deus: Mas que Deus!

aquele que sacode as abóbodas do céu com soberano trovão! Eu, um homenzito, não faria isso? Pois já o fiz e com que ganas [8].

CAPÍTULO VIII

Jogos cénicos pelos quais os deuses se aplacam em vez de se ofenderem com as representações das suas torpezas.

Na realidade estas coisas não são proferidas nas cerimónias dos deuses mas nas fábulas dos poetas. Não quero afirmar que esses mistérios sejam mais vergonhosos do que as representações teatrais. O que digo é que os Romanos não introduziram esses mesmos jogos, em que reinam as ficções dos poetas, nas solenidades dos seus deuses em virtude de um ingénuo dever (— é a história que convence quem isto nega) — mas têm sido os próprios deuses que têm exigido severamente, e até de certo modo sob coacção, que se celebrem e se consagrem em sua honra. No primeiro livro toquei de passagem neste assunto em breve referência. Efectivamente nos primórdios, tendo- -se agravado uma peste, foram decretados jogos cénicos em Roma por decisão dos pontífices. Quem é que na verdade, ao ordenar a sua vida, não escolhe para si as acções representadas em cena com garantia da autoridade divina, de preferência às normas amiúde escritas nas leis promulgadas pelo génio humano?

Se os poetas mentirosamente nos apresentaram um Júpiter adúltero, os deuses, se por ventura castos, deveriam irritar-se e vingar-se, não pela negligência na representação mas por os humanos terem representado tais atrocidades que eram pura ficção. E as mais toleráveis destas representações cénicas são as comédias e as tragédias, isto é, as fábulas dos poetas para serem representadas nos espectáculos com muitas cenas vergonhosas — mas pelo menos sem as frases obscenas de muitas outras composi­ções como as que fazem parte dos estudos chamados honestos e liberais que os meninos são obrigados pelos velhos a ler e a aprender.


(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)



[1] Segundo o filósofo grego Evémero, os deuses mais não são que poderosos reis que os seus súbditos divinizaram após a morte por lisonja ou por reconhecimento para com os seus méri­tos. É possível que Santo Agostinho tenha tomado conhecimento do Evemerismo através de Cícero que aceita esta explicação historicista do fenómeno mítico pelo menos em relação a Hércules, Castor, Pallus e Liber (v. De natura deorum, II, 24). Embora esta explicação não encontrasse aceitação entre os gregos (Calímaco, Eratóstenes, Estrabão, Plutarco), foi, porém defendida pelos romanos (Énio, Evhemerus, sive Sacra Historia) e pelos apologistas judeus (Livro da Sabedoria XIV, 15 segs.) e cristãos (Lactânio Div. Inst. XI, 45-48 e 63-65. Santo Agostinho. De Civ. Dei, IV, 27; VIII, 26; XVIII, 5, 14, 19). V. A. Mandouze, Saint Augustin et la religion romaine in Rech. Augustin. J. Paris, 1958, p. 157 e segs; G. Nemety, Evhemeri reliquiae, Budap., 1889.
[2] Mulier autem virorum pretiosas animas captat. Prov., VI, 26.
[3] Fugalia era o nome que se dava às festas comemorativas da expulsão dos reis, a seguir às Terminalia, ambas em Fevereiro. O nome deriva na realidade do verbo fugio, com o significado de fugir, de raiz comum com o verbo grego φεύγω e o subst. φυγή (fuga).
[4] Discite, o tniseri, et causas agnoscite rerum, Quid sumus, et quidnam victuri gignimur, ordo Quis datus, aut metae qua mollis flexus et unde, Quis modus argenti, quid fas optare, quid asper Utile nummus habet, patriae carisque propinquis Quantum largiri deceat; quem te Deus esse Jussit, et humana qua parte locatus es in re. Persio, Sat. Ill, 66-72 (in Perse Satires, Texte établi et traduit par A. Castault, Belles-Lettres Paris, 1920
[5] Os Galos eram sacerdotes de Cibele que se mutilavam no decorrer das cerimónias orgiásticas. Eram combatidos tanto pelos satíricos pagãos (Pérsio, Juvenal, Marcial) como pelos apologetas cristãos (Justino Apol. I, 27; Minúcio Félix — Oct. X X IV , 4; Lactâncio — Div.Just. I, 21, 16; Jerónimo — In Oseam I, 4).
[6] ferventi tincta veneno. Pérsio, Sat., III, 37.
[7] ubi inerant pictura haec, Jovem quo pacto Danaae misisse aiunt quondam in gremium im­brem aureum. Terêncio, Eunuq, 584-585.
[8] A t quem deum! qui templa caeli summo sonitu concutit. Ego homuncio id non facerem? Eço vero illud feci ac libens. Id. Ib. 590.

Diálogos apostólicos

Diálogos apostólicos II Parte
25 - [1]

Começou um novo ano e “passando em revista” os diálogos que vimos mantendo todas as Segundas-Feiras, de facto, um longo percurso, quero propor-te começar este ano por falar na Doutrina Social da Igreja porque me parece muito importante ter bem esclarecidas as ideias a respeito do que a Igreja pensa e recomenda sobre a Sociedade Humana e o seu comportamento.

Que te parece?

Respondo:

A mim parece-me muito bem e terei muito gosto em abordar o tema que é – como podes calcular – vastíssimo.

Vou, portanto, utilizar, principalmente, o próprio documento.

Comecemos:

Diria que a Igreja sempre se preocupou com a sociedade, o comportamento humano, o que é natural já a Igreja está inserida na sociedade que, desde a sua fundação por Jesus Cristo, sempre a influenciou.

Através de inúmeros documentos do Magistério e por outras intervenções nomeadamente dos Papas, foi recomendando, sugerindo regras e condutas de forma a que a mesma sociedade se dirija por caminhos correctos para dois objectivos principais: o bem comum e o cumprimento da Vontade de Deus (único meio de salvação).

Mas, no alvorecer do Terceiro Milénio, - 2001 - São João Paul II publicou um documento importantíssimo sobre o tema:

A Carta Apostólica Novo millennio ineunte, que veio estabelecer de uma forma muito clara o seu pensamento sobre o HUMANISMO INTEGRAL E SOLIDÁRIO.

Foi com base neste documento que o Magistério veio a lume com um Compêndio Doutrinal ao qual atribuiu o nome de Doutrina Social da Igreja.

É, portanto, este documento que iremos considerar nos nossos próximos encontros.




[1] Nota: Normalmente, estes “Diálogos apostólicos”, são publicados sob a forma de resumos e excertos de conversas semanais. Hoje, porém, dado o assunto, pareceu-me de interesse publicar quase na íntegra.

Actos dos Apóstolos

Actos dos Apóstolos

II. EXPANSÃO DA IGREJA FORA DE JERUSALÉM [i]

Capítulo 8

Filipe leva o Evangelho à Samaria

4Os que tinham sido dispersos foram de aldeia em aldeia, anunciando a palavra da Boa-Nova. 5Foi assim que Filipe desceu a uma cidade da Samaria e aí começou a pregar Cristo. 6Ao ouvi-lo falar e ao vê-lo realizar milagres, as multidões aderiam unanimemente à pregação de Filipe. 7De facto, de muitos possessos saíam espíritos malignos, soltando grandes gritos, e numerosos paralíticos e coxos foram curados. 8E houve grande alegria naquela cidade.

9Encontrava-se na cidade um homem chamado Simão, que praticava a magia e assombrava o povo de Samaria, dizendo ser ele próprio algo de grande. 10Do mais pequeno ao maior, todos acreditavam nele. «Este homem, diziam, é a Força de Deus, chamada a grande.» 11Acreditavam nele porque, havia bastante tempo, tinham-se deixado entusiasmar pelas suas habilidades mágicas. 12Mas, quando acreditaram em Filipe, que lhes anunciava a Boa-Nova do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, homens e mulheres começaram a receber o baptismo. 13O próprio Simão também acreditou e, depois de baptizado, andava sempre com Filipe; e, ao ver os grandes milagres e portentos que ele fazia, ficava assombrado.



[i] (6,8-12,25)

Bento XVI – Pensamentos espirituais 126

Falar e calar

[Quem realiza a caridade] sabe que o amor, na sua pureza e gratuidade, é o melhor testemunho do Deus em que acreditamos e que nos impele a amar.

O cristão sabe quando é tempo de falar de Deus e quando é justo não o fazer, deixando falar somente o amor. Sabe que Deus é amor [i] e torna-Se presente precisamente nos momentos em que nada mais se faz a não ser amar.


Encíclica Deus Caritas Est, n.a 31, c, (Fevereiro de 2006)

(in “Bento XVI, Pensamentos Espirituais”, Lucerna 2006)



[i] (cfr. l Jo 4, 8)

Milagro de San Juan Pablo II

Nijolė Sadūnaitė

Nació en Dotnuva, Lituania septentrional, el 22 de julio de 1938. Desde pequeña tiene un carácter fuerte y exuberante, ama y practica el deporte. Sus padres tienen una fe viva “encarnada en virtudes como la lealtad, el valor, la alegría, la pasión por el trabajo y la gratuidad hacia los pobres”. Le transmiten la fe – rezan cada noche de rodillas todos juntos – que es muy difícil de vivir abiertamente durante la ocupación soviética, pero no para Nijolė, que va a la iglesia y no deja de santiguarse en lugares públicos.

Arresto y cárcel
El 27 de agosto de 1974 fue arrestada por el KGB en su casa: la des­cubrieron mientras mecanografiaba el n. 11 de la revista clandestina “Crónica de la Iglesia católica en Lituania”, periódico que desde unos años estaba dando voz al movimiento popular por la libertad de conciencia y religiosa.

Registraron su apartamento, y luego siguió el interrogatorio en la sede del KGB para hacerle revelar los nombres de otros colaboradores de la revista. Ella no cede y la encierran durante 17 días en una celda de aislamiento. Pasa el tiempo rezando y cantando himnos, dando gracias a Dios por no haber implicado a otros en su arresto. Empieza a perder peso y el pelo, después de la independencia del país en 1990 descubriría que su celda estaba junto a una sala con material radiactivo.

En la celda, más feliz que nunca
Después, Nijolė permaneció presa en la cárcel de Vilna durante diez meses, que recuerda de forma sorprendente como “los más bellos de mi vida, porque nunca había sentido a Dios tan cerca”.

Fue procesada ilegalmente y sin testigos el 16-17 de junio de 1975, renuncia a la asistencia de un abogado, y esta fue su autodefensa:

“Quiero comenzar diciendo que os amo a todos como a mis hermanos y hermanas, y que si fuera el caso, no dudaría en dar la vida por cada uno de vosotros (…) Este es el día más feliz de mi vida. Yo soy juzgada por la Crónica de la Iglesia católica en Lituania, que lucha contra la tiranía física y espiritual sobre los hombres. ¡Esto significa que hoy soy procesada a causa de la verdad y del amor a los hombres!

Su “delito” le valió seis años de condena, tres de ellos en Siberia, en durísimas condiciones físicas.



El milagro de Juan Pablo II
Nijolė Sadūnaitė sufrió varios trastornos a causa de esas radiaciones, entre ellos una gravísima anemia. Pero, el 19 y 20 agosto 1989 en Santiago de Compostela, durante la Jornada Mundial de la Juventud, el Santo Padre Juan Pablo II– que, conociendo la historia de la mujer, quiso recibirla – le impone las manos y la cura: los siguientes análisis muestran una sangre totalmente regenerada, como si se los hubieran hecho a otra persona”.

Nijolė vive aún, y como relata Paola Ida Orlandi lo que más impresiona es su mirada “libre de odio”, libre de la obsesión por el pasado y lleno de gratitud:

“Una mirada tan abierta y profunda hace surgir la belleza en la realidad más dura: en el enemigo sabe ver a un hermano, y en el campo de concentración, un lugar de amistad”.

ReL11 diciembre 2016

Pequena agenda do cristão


SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça ‘boa cara’, que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?