1.
A Igreja na história 12
5.
A Idade Contemporânea (a partir de 1789) 2
O catolicismo no séc. XIX
perdeu, em quase todas as nações, a protecção do Estado que, pelo contrário,
passou a ter uma atitude adversa; e em 1870 terminou o poder temporal dos
papas, com a conquista italiana dos Estados Pontifícios e a unificação da
península. No entanto, ao mesmo tempo, a Igreja soube retirar vantagens desta
crise para fortalecer a união de todos os católicos à volta da Santa Sé, e para
se libertar das intromissões dos estados no governo interno da Igreja, actuação
diferente da que sucedeu no período das monarquias confessionais da Idade
Moderna. O clímax deste fenómeno foi a solene declaração, em 1870, do dogma da
infalibilidade do Papa pelo Concílio Vaticano I, celebrado durante o
pontificado de Pio IX (1846-1878). Além disso, neste século a vida da Igreja
caracterizou-se por uma grande expansão missionária (em África, Ásia e
Oceânia), por um grande florescimento de fundações de congregações religiosas
femininas de vida activa e pela organização de um vasto apostolado laical.
No séc. XX, a Igreja
enfrentou numerosos desafios, Pio X teve que reprimir as tendências teológicas
modernistas dentro do próprio corpo eclesiástico. Estas correntes
caracterizavam-se, nas suas manifestações mais radicais, por um imanentismo
religioso que, embora mantivesse as formulações tradicionais da fé, na
realidade as esvaziava de conteúdo. Bento XV enfrentou a tempestade da Primeira
Guerra Mundial, conseguindo manter uma política de imparcialidade entre os
contendores e desenvolvendo uma actividade humanitária a favor dos prisioneiros
de guerra e da população afectada pela catástrofe bélica. Pio XI opôs-se aos
totalitarismos de diverso tipo, que perseguiram, de um modo mais ou menos
aberto, a Igreja durante o seu pontificado, o comunista na União Soviética e em
Espanha, o nacional-socialista na Alemanha, o fascista em Itália, o de
inspiração maçónica no México; além disso, este Papa desenvolveu uma grande
promoção do clero e do episcopado local nas terras de missão africanas e asiáticas
que, continuada depois pelo seu sucessor, Pio XII, permitiu à Igreja
apresentar-se diante do fenómeno da descolonização como elemento autóctone e
não estrangeiro.
carlo
pioppi
Bibliografia básica
J. Orlandis, História
Breve do Cristianismo, Rei dos Livros, 1993.
M. Clemente, A Igreja no
tempo, Grifo, 2000.
A. Torresani, Breve storia
della Chiesa, Ares, Milano 1989.
(Resumos
da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)