27/09/2016

Senhor, tantas almas longe de Ti!

Vejo a tua Cruz, meu Jesus, e alegro-me com a tua graça, porque o prémio do teu Calvário foi para nós o Espírito Santo... E dás-te a mim, cada dia, amoroso – louco! – na Hóstia Santíssima... E fizeste-me filho de Deus e deste-me a tua Mãe! Não me basta a acção de graças; vai-se-me o pensamento: – Senhor, Senhor, tantas almas longe de Ti! Fomenta na tua vida as ânsias de apostolado, para que o conheçam..., e o amem..., e se sintam amados! (Forja, 27)

Que respeito, que veneração, que carinho temos de sentir por uma só alma, ante a realidade de que Deus a ama como algo seu! (Forja, 34)

Ante a aparente esterilidade do apostolado, assaltam-te as cristas de uma onda de desalento, que a tua fé repele com firmeza... Mas reparas que necessitas de mais fé, humilde, viva e operativa.
– Tu, que desejas a salvação das almas, grita como o pai daquele rapaz doente, possesso: "Domine, adiuva incredulitatem meam!" – Senhor, ajuda a minha incredulidade!
Não duvides: o milagre repetir-se-á. (Forja, 257)



Evangelho e comentário


Tempo Comum

Evangelho: Lc 9, 51-56

51Aconteceu que, aproximando-se o tempo da Sua partida deste mundo, dirigiu-Se resolutamente para Jerusalém, 52 e enviou adiante de Si mensageiros, que entraram numa aldeia de samaritanos para Lhe prepararem pousada. 53 Não O receberam, por dar mostras de que ia para Jerusalém. 54Vendo isto, os Seus discípulos Tiago e João disseram: «Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu que os consuma?». 55 Ele, porém, voltando-Se para eles, repreendeu-os. 56 E foram para outra povoação.

Comentário:

Por vezes no apostolado temos a tentação de não só abandonar o trabalho como, de certa forma, pôr de lado quem nos rejeita ou recusa ouvir-nos.

Isto acontece, principalmente, quando a tarefa de apostolado é levada a cabo como se fosse coisa nossa quando não deve ser senão trabalho de Deus e para Deus.

(ama, comentário sobre LC 9 41-46 2014.09.30)







Leitura espiritual

Leitura Espiritual


Amigos de Deus



São Josemaria Escrivá

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Se consentires que Deus seja o senhor da tua nave, que Ele seja o amo, que segurança!..., mesmo quando a tempestade se levanta no meio das trevas mais escuras e parece que Ele se ausenta, que está a dormir, que não se preocupa.

S. Marcos relata que os Apóstolos se encontravam nessas circunstâncias; e Jesus, vendo-os cansados de remar (porque o vento lhes era contrário), cerca da quarta vigília da noite foi ter com eles, andando sobre o mar...
Tende confiança, sou eu, não temais.
E subiu para a barca, para junto deles e cessou o vento.

Meus filhos, acontecem tantas coisas na terra...!

Podia pôr-me a falar de penas, de sofrimentos, de maus tratos, de martírios - não tiro nem uma letra -, do heroísmo de muitas almas.
Aos nossos olhos, na nossa inteligência, surge às vezes a impressão de que Jesus dorme, de que não nos ouve; mas S. Lucas narra como Nosso Senhor se comporta com os seus:
Enquanto iam navegando, Jesus adormeceu e levantou-se uma tempestade de vento sobre o lago e a barca enchia-se de água e estavam em perigo.
Aproximando-se dele, despertaram-no dizendo: Mestre, nós perecemos!
Ele, levantando-se, increpou o vento e as ondas, que acalmaram e veio a bonança.
Então disse-lhes: onde está a vossa fé?

Se nos dermos, Ele dá-se-nos.
Temos de confiar plenamente no Mestre, temos de nos abandonar nas suas mãos sem mesquinhez; de lhe manifestar, com as nossas obras, que a barca é dele, que queremos que disponha à vontade de tudo o que nos pertence.

Termino, recorrendo à intercessão de Santa Maria, com estes propósitos: viver de fé; perseverar com esperança; permanecer unidos a Jesus Cristo, amá-lo de verdade, de verdade, de verdade; percorrer e saborear a nossa aventura de Amor, pois estamos apaixonados por Deus; deixar que Cristo entre na nossa pobre barca e tome posse da nossa alma como Dono e Senhor; manifestar-lhe com sinceridade que havemos de nos esforçar por nos mantermos sempre na sua presença, de dia e de noite, porque Ele nos chamou à fé: ecce ego quia vocasti me! e que vimos ao seu redil atraídos pela sua voz e pelos seus assobios de Bom Pastor, com a certeza de que só à sua sombra encontraremos a verdadeira felicidade temporal e eterna.

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Tenho recordado com frequência aquela cena comovedora que o Evangelho nos relata: Jesus está na barca de Pedro, de onde tinha falado ao povo.
Essa multidão que o seguia moveu o afã de almas que consome o seu Coração e o Divino Mestre quer que os discípulos participem quanto antes desse zelo. Depois de lhes dizer que se façam ao largo - duc in altum! - sugere a Pedro que lance as redes para pescar.

Não me vou demorar agora nos pormenores, tão instrutivos, desses momentos.
Desejo que consideremos a reacção do Príncipe dos Apóstolos perante o milagre: afasta-te de mim, Senhor, que sou um homem pecador. É uma verdade - disso não tenho dúvidas - que se ajusta perfeitamente à situação pessoal de todos.
No entanto, asseguro-vos que, ao tropeçar durante a minha vida com tantos prodígios da graça, realizados através de mãos humanas, tenho-me sentido inclinado, diariamente cada vez mais inclinado, a gritar: Senhor, não te afastes de mim, pois sem Ti não posso fazer nada de bom.

Precisamente por isso, percebo muito bem aquelas palavras do Bispo de Hipona, que soam como um cântico maravilhoso à liberdade: Deus, que te criou sem ti, não te salvará sem ti, porque cada um de nós, tu, eu, temos sempre a possibilidade - a triste desventura - de nos levantarmos contra Deus, de rejeitá-lo - talvez só com a nossa conduta - ou de exclamar: não queremos que reine sobre nós.



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Escolher a vida

Agradecidos por nos apercebermos da felicidade a que estamos chamados, aprendemos que todas as criaturas foram tiradas do nada por Deus e para Deus: as racionais, os homens, apesar de tão frequentemente perdermos a razão; e as irracionais, as que percorrem a superfície da terra, ou habitam as entranhas do mundo, ou cruzam o azul do céu, algumas delas até fitarem o Sol. Mas, no meio desta maravilhosa variedade, só nós, homens -não falo aqui dos anjos - nos unimos ao Criador pelo exercício da nossa liberdade, podendo prestar ou negar a Nosso Senhor a glória que lhe corresponde como Autor de tudo o que existe.

Essa possibilidade é a principal componente do claro-escuro da liberdade humana.
Nosso Senhor convida-nos e anima-nos a escolher o bem, porque nos ama profundamente.
Considera que ponho hoje diante de ti, dum lado, a vida e o bem, do outro, a morte e o mal.
Recomendo-te que ames o Senhor teu Deus, que andes nos seus caminhos, que guardes os seus preceitos, as suas leis e os seus decretos.
Se assim fizeres, viverás...
Escolhe, pois, a vida para que vivas.

Queres pensar - pela minha parte também farei o meu exame - se manténs imutável e firme a tua escolha da Vida?

Se, ao ouvires essa voz de Deus, amabilíssima, que te estimula à santidade, respondes livremente que sim?

Dirijamos o olhar para o nosso Jesus, quando falava às multidões pelas cidades e campos da Palestina.
Não pretende impor-se.
Se queres ser perfeito..., diz ao jovem rico.
Aquele rapaz rejeitou o convite e o Evangelho conta que abiit tristis , que se retirou entristecido.
Por isso, alguma vez lhe chamei a ave triste: perdeu a alegria, porque se negou a entregar a liberdade a Deus.

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Consideremos agora o momento sublime em que o Arcanjo São Gabriel anuncia a Santa Maria o desígnio do Altíssimo.

A nossa Mãe ouve e interroga para compreender melhor aquilo que Nosso Senhor lhe pede; depois, surge a resposta firme: Fiat! - faça-se em mim segundo a tua palavra! -, o fruto da melhor liberdade: a de se decidir por Deus.

Em todos os mistérios da nossa fé católica paira esse cântico à liberdade.

A Santíssima Trindade tira do nada o mundo e o homem, num livre esbanjamento de amor.
O Verbo desce do Céu e assume a nossa carne com este selo maravilhoso da liberdade na submissão: eis que venho, segundo está escrito de mim no princípio do livro, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Quando chega a hora marcada por Deus para salvar a humanidade da escravidão do pecado, contemplamos Jesus Cristo em Getsémani, sofrendo terrivelmente até derramar um suor de sangue e aceitando rendida e espontaneamente o sacrifício que o Pai lhe reclama: como cordeiro levado ao matadouro, como ovelha muda diante dos tosquiadores.
Já o tinha anunciado aos seus, numa daquelas conversas em que abria o Coração, com a finalidade de que aqueles que o amam conheçam que Ele é o Caminho - não há outro - para se aproximarem do Pai: por isso o meu Pai me ama, porque dou a minha vida para outra vez a assumir. Ninguém ma tira, mas Eu é que a dou por minha própria vontade e tenho o poder de a dar e o poder de a recobrar.


(cont)


Jesus Cristo e a Igreja – 129

Celibato eclesiástico: História e fundamentos teológicos

IV. O CELIBATO NA DISCIPLINA DAS IGREJAS ORIENTAIS


A fragmentação do sistema disciplinar no Oriente
A Legislação do II Concílio Trullano.

…/3

Dessas disposições conciliares resulta o seguinte: o Oriente conhece bem a disciplina celibatária do Ocidente. Apela, como no Ocidente, como apoio à prática diferente, a uma tradição que remontaria até os Apóstolos. De fato, a Igreja Bizantina concorda na legislação trullana com a Igreja Latina nos seguintes pontos, que como no Ocidente, se fundamenta nos textos sagrados do Novo Testamento: o casamento antes da sagrada Ordenação deve ter ser apenas um, e não com uma viúva ou com outras mulheres que a lei exclui. Não é legítimo um primeiro ou sucessivo casamento após a Ordenação. Os bispos não podem mais ter convivência matrimonial com a esposa, mas devem viver em plena continência, e por isso as mulheres não podem viver com eles, mas devem ser mantidas pela Igreja. O Oriente exige ainda o ingresso das esposas num mosteiro ou a ordenação dessas como diaconisas.

A diferença substancial da prática da Igreja Oriental se refere só aos graus da Ordem sagrado inferiores ao episcopado. Para estes, a abstenção do uso do matrimónio se exige somente durante o tempo do serviço efetivo no altar, que então estava limitado ao domingo ou a outro dia da semana.

Encontramos aqui, portanto, uma volta à pratica vigente no Antigo Testamento que a Igreja havia rejeitado sempre explicitamente com razões claras. Pelo contrário, a convivência e o uso do matrimónio durante o tempo livre do serviço direto não somente é defendido aqui com grande resolução, mas que qualquer atitude contrária é castigada com gravíssimas sanções. A compreensível exceção para os sacerdotes que residem na Igreja latina é declarada como uma dispensa que se concede só por causa da evidente debilidade humana de tais sacerdotes e pelas dificuldades que provém do ambiente, entre as quais está certamente o fato da geral prática de continência do clero ocidental.

Tratado da vida de Cristo 126

Questão 50: A morte de Cristo

Em seguida devemos tratar da morte de Cristo. E nesta questão discutem-se seis artigos:

Art. 1 — Se foi conveniente que Cristo morresse.
Art. 2 — Se na morte de Cristo a divindade se separou da carne.
Art. 3 — Se na morte de Cristo houve separação entre a divindade e a alma.
Art. 4 — Se Cristo, no tríduo da morte, cessou de ser homem.
Art. 5 — Se o corpo de Cristo foi identicamente o mesmo quando vivo e quando morto.
Art. 6 — Se a morte de Cristo produziu algum efeito para a nossa salvação.

Art. 1 — Se foi conveniente que Cristo morresse.

 O primeiro discute-se assim. — Parece que não foi conveniente que Cristo morresse.

1. — Pois, o primeiro princípio, num género, não pode ser subordinado ao que é contrário a esse género; assim o fogo, princípio do calor, nunca pode ser frio. Ora, o Filho de Deus é a fonte e o princípio de toda a vida, segundo a Escritura: Em ti está a fonte da vida. Logo, parece que não foi conveniente que Cristo morresse.

2. Demais. — Maior miséria é a morte que a doença, por que por esta se chega àquela. Ora, não era conveniente que Cristo sofresse nenhuma doença, como diz Crisóstomo. Logo, também não o era que morresse.

3. O Senhor diz: Eu vim para terem vida e para a terem em maior abundância. Ora, um contrário não conduz a outro. Logo, parece que não era conveniente que Cristo morresse.

Mas, em contrário, o Evangelho: Convém-vos que morra um homem pelo povo e que não pereça toda a nação.

Foi conveniente que Cristo morresse. — Primeiro, para satisfazer pelo género humano, que tinha sido condenado à morte por causa do pecado, segundo a Escritura: Em qualquer dia que comeres dele, morrerás de morte. Ora, o modo conveniente de satisfazermos por outrem é nos sujeitarmos à pena que ele merecia. Por isso Cristo quis morrer a fim de morrendo, satisfazer por nós, segundo a Escritura: Cristo uma vez morreu pelos nossos pecados. — Segundo, para mostrar que assumiu verdadeiramente a natureza humana. Pois, como diz Eusébio, se Cristo, depois de ter vivido no meio dos homens, houvesse, para evitar a morte, desaparecido inopinadamente, ocultando-se-lhes aos olhos, todos os teriam julgado um fantasma. — Terceiro, a fim de morrendo, livrar-nos do temor da morte. Donde o dizer o Apóstolo: Ele participou igualmente da carne e do sangue, para destruir pela sua morte ao que tinha o império da morte, isto é, ao diabo; e para livrar aqueles que pelo temor da morte estavam em escravidão toda a vida. — Quarto, a fim de que, morrendo corporalmente, à semelhança do pecado, isto é, da pena, nos desse exemplo de morrer espiritualmente para o pecado. Donde o dizer o Apóstolo: Porque, enquanto a ele morrer pelo pecado, morreu uma só vez; mas, quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós considerai-vos como estando mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Nosso Senhor Jesus Cristo. — Quinto, a fim de, ressurgindo dos mortos, mostrasse ao mesmo tempo o seu poder, pelo qual venceu a morte, e nos desse a esperança de ressurgir dos mortos. Donde o dizer o Apóstolo: Se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós outros que não há ressurreição de mortos?

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — Cristo é a fonte da vida, como Deus, mas não como homem. Ora, morreu como homem e não como Deus. Donde o dizer Agostinho: Longe de nós pensar que Cristo, sendo ele próprio a vida, morreu perdendo-a; pois, se tal tivesse acontecido, a fonte da vida teria secado. Mas, padeceu a morte enquanto participante da fraqueza humana, que assumira espontaneamente, sem contudo perder o poder da sua natureza, pelo qual tudo vivifica.

RESPOSTA À SEGUNDA. — Cristo não sofreu a morte originada por nenhuma doença, para que não se pensasse que morreu por enfermidade imposta pela natureza. Mas sim, a morte que lhe foi infligida exteriormente, a que espontaneamente se submeteu para mostrar que era morte voluntária.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Um contrário não conduz a outro, essencialmente falando; mas tal pode dar-se por acidente, como quando, por exemplo, o frio aquece acidentalmente. E deste modo Cristo, pela sua morte, nos conduziu à vida, destruindo a nossa morte como a sua, assim como quem sofre uma pena por outrem, torna-o livre dela.

Nota: Revisão da versão portuguesa por ama.





Ideología de género: una nueva dictadura

La ideología de género es un instrumento de destrucción. No aporta nada positivo al ser humano. Su propuesta de crear una agenda de discriminación positiva sobre las personas LGTB se vuelve en contra de ellas.

Llevan muchos años tratando de imponernos la denominada ideología de género y lo van consiguiendo. Se trata de una agenda de carácter internacional muy bien llevada, gestionada y manipulada para que aparezca como cabal. ¿Cuál es la fuerza de este movimiento al que sucumben gobiernos nacionales, instituciones y organismos internacionales, parlamentos, cámaras de representación internacional? Se diría que pueden con todo y con todos. Ideología de género que afecta al modo de entender la vida, la familia, el matrimonio, la muerte… Todo bañado con el edulcorado recurso a los derechos humanos y la culpable negligencia, cuando no acción descarada,  de gobiernos e instituciones internacionales que deberían velar por el bien común de sus ciudadanos en lugar de promover políticas que no tienen el aval científico y que están empezando a crear problemas de convivencia y de reducción de libertades.
La ideología de género es un instrumento de destrucción. No aporta nada positivo al ser humano. Su propuesta de crear una agenda de discriminación positiva sobre las personas LGTB se vuelve en contra de ellas. Confunde, conscientemente, la biología con la antropología, los derechos del hombre y la naturaleza de la persona en su sentido racional y animal. Pretenden obligarnos a aceptar que la diferencia de sexos es una construcción social, que la elección y cambio de sexo no corresponde a la naturaleza de la persona sino a su voluntad. ¿Qué pretende esta ideología? Lo primero, destruir a la familia. Posteriormente, una vez destruida la familia como institución social –esperemos que no lo consigan–, tener individuos aislados que ante su soledad queden a merced del Estado, creando una dependencia absoluta del mismo y perdiendo con ello su libertad individual.

Desde la American College of Pediatricians (Colegio de Pediatras de EE.UU.) subrayan que “nadie nace con un género: todos nacen con un sexo biológico”. El género, la percepción de sentirse como hembra o varón, es un concepto psicológico y sociológico, no un concepto biológico objetivo.Los profesores Lawrence y Mayer acaban de un Informe sobre las consecuencias que está teniendo estas políticas, que nos aportan interesantes y, a la vez, preocupantes datos. 

Mientras tanto, en nuestro país vamos aprobando leyes, en el ámbito de las Comunidades Autónomas, que persiguen toda manifestación contraria a los postulados de la ideología de género. Ya se ha dado algún caso denuncia (el de Elena Lorenzo, coach profesional, por ejemplo). Parece que hay que hilar muy fino para no herir la sensibilidad de algunos. Seremos testigos de más casos. Aquel grito que inundó nuestras calles al comienzo de la democracia: "Libertad, libertad" va camino de volver al exilio. Son los demócratas de nuevo cuño.

Una nueva dictadura, en toda regla. Hablamos continuamente de libertad, de derechos y se intenta, a través de los defensores de esta ideología, crear mordazas utilizando las leyes  de reciente cuño. Posiblemente estemos ante uno de los mayores atentados a la libertad del hombre que se haya producido en la historia. Hay que detenerse a considerar, tal como reflejamos al inicio de este artículo, quiénes son sus más feroces defensores (la ONU, el gobierno americano, el Parlamento Europeo…). Las presiones son máximas y, o se tiene la suficiente fortaleza y las  ideas claras, o lo fácil es sucumbir. Ese es el caso de nuestros gobiernos, que prefieren estar al lado del malo pero fuerte, en vez de liderar posiciones claras, nítidas y ajustadas a la dignidad del hombre, aunque sea a riesgo de no recibir tantos parabienes. Luego nos lamentamos de que exista una desafección con la política, gobiernos e instituciones internacionales. El ejemplo más próximo y claro lo tenemos en el Brexit. ¿Cuántas nuevas salidas veremos los próximos años? Hay países que desean permanecer en la Unión Europea, pero reclaman recuperar soberanía. Tengamos los ojos abiertos y veamos lo que ocurre.

Ángel Pintado, 26 septiembre 2016

Publicado en Valores y Sociedad.

Ángel Pintado fue senador del PP por Huesca (2011-2015).