09/11/2012

Leitura espiritual para 09 Nov 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.


Para ver, clicar SFF.

Viagem no oceano da fé 7


Na Bíblia, a imagem do caminho tornou-se motivo condutor. O caminho da fé feito por Abraão, à procura da terra para onde Deus o mandava… O caminho de libertação, feito pelo povo de Israel sob a liderança de Moisés… O caminho de Babilónia para Jerusalém, de volta à pátria perdida do Israel exilado… O caminho feito por Jesus, da Galileia até Jerusalém, onde realizou a obra da salvação humana… O caminho dos discípulos para Emaús, em que “Jesus se pôs a caminho com eles”, suscitando o regresso a Jerusalém: o caminho da desesperança para a alegria, da desolação para a vida nova… A imagem do Caminho é uma constante da história da salvação bíblica para expressar a busca de Deus pela fé. É uma categoria hermenêutica para interpretar a história de cada crente à procura das realidades definitivas.
Os místicos cristãos usaram a metáfora do caminho para exprimir a convicção de que a vida humana faz sentido enquanto caminha para a transcendência e para a união com Deus. Entre eles, distinguiu-se Teresa de Jesus com o Caminho de perfeição. A metáfora era conhecida no seu tempo para falar da vida espiritual por etapas. Mas esses antecedentes literários e espirituais na pena da santa dissolvem-se num feixe de alusões que entreabrem as suas intuições.

Com o título Caminho de perfeição ela significava muito do que as literaturas clássicas e bíblica queriam significar. Um fio linear tece o tema da oração mental e contemplativa. Quer ajudar a empreender um caminho orante. Não perde a ideia do progresso a fazer na via “das muitas coisas que é preciso olhar para começar esta viagem divina, que é caminho real para o céu. Ganha-se, indo por ele, um grande tesouro” (C 21,1). “Importa muito ter uma grande e muito determinada determinação de não parar até chegar a ele, venha o que vier, suceda o que suceder, trabalhe-se o que se trabalhar, murmure quem murmurar, quer lá se chegue, quer se morra no caminho” (C 21, 2).
A imagem do Caminho, omnipresente no escrito, revela o magistério espiritual da mãe e da mestra, oferecendo uma pedagogia psicológica e teológica que predispõe para a perfeição na oração. É o caminho do evangelho, das bem-aventuranças. Ponto de partida do Caminho espiritual é a alma humana, a sua capacidade, a sua vocação de transcendência. Ponto de chegada é a comunhão pessoal com Deus, com a sua vontade.

O Caminho de Perfeição orienta o orante para um encontro com marcação, feita por Jesus: “vinde a mim todos” (Mt 11,28). Não leva a um deus domesticado e compreensível na justiça equitativa. Termina no encontro com o Deus amor libertador.

“Não vos fiqueis no caminho, mas pelejai… E indo sempre com esta determinação de antes morrer que deixar de chegar ao fim do caminho… [o Senhor] vos dará de beber com toda a abundância” (C 20,1-2). “Esta oração evangélica [do pai-nosso]… encerra em si todo o caminho espiritual, desde o princípio até Deus engolfar a alma e lhe dar abundantemente a beber da fonte da água viva, que eu vos disse estar ao fim do caminho” (C 42,5).

Caminho de perfeição é um Caminho de salvação através da oração e do amor fraterno. Tem como objetivo construir um tipo de pessoa, configurada pela libertação de todas as peias e pondo o afeto em Jesus e no próximo, no mundo em crise. A pessoa que então emerge a caminho é um ser transcendido e incarnado, simples e inquebrantável.

armindo dos santos vaz, ocd, Semana de Espiritualidade 2012, Avessadas, © SNPC | 11.10.12
Card. gianfranco ravasi, Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, In L'Osservatore Romano (26.7.2012), © SNPC (trad.) | 11.10.12

ANO DA FÉ COM S. JOSEMARIA 1


Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo, e lançai as redes para pescar». Respondeu-Lhe Simão: «Mestre, tendo trabalhado toda a noite, não apanhámos nada; porém, sobre a Tua palavra, lançarei as redes». Tendo feito isto, apanharam tão grande quantidade de peixes, que as redes se rompiam (Lc 5, 4-6).

Duc in altum

«Elevar o mundo a Deus e transformá-lo a partir de dentro:  eis o ideal que o Santo Fundador vos indica, queridos Irmãos e Irmãs (dizia João Paulo II na Homilia da Canonização de S. Josemaria, 6 de Outubro de 2002). Ele continua a recordar-vos a necessidade de não vos deixar amedrontar por uma cultura materialista, que ameaça dissolver a identidade mais genuína dos discípulos de Cristo. Ele gostava de repetir, com determinação, que a fé cristã se opõe ao  conformismo e  à  inércia interior.
Seguindo os seus passos difundi na sociedade, sem distinção de raça, de classe, de cultura ou de idade, a consciência de que todos nós somos chamados à santidade. Esforçai-vos por ser santos, em primeiro lugar vós mesmos, cultivando um estilo evangélico de humildade, de serviço, de abandono na Providência e de escuta constante da voz do Espírito. Desta forma, sereis o "sal da terra" (cf. Mt 5, 13) e "a vossa luz brilhará diante dos homens, para que eles vejam as boas obras que fazeis e louvem o vosso Pai que está nos céus" (Ibid., v. 16).
Assim, foi sem hesitação que acolheu o convite dirigido por Jesus ao Apóstolo Pedro, e que acaba de ressoar nesta Praça: "Duc in altum!"... No dia de hoje, este convite alarga-se a todos nós: "Avança para águas mais profundas, diz-nos o Mestre divino e lança as redes para a pesca" (Lc 5, 4)».

Homilia, Sé de Viseu, 26 de Junho de 2012

Meditação: tempo fixo e a hora fixa

                                                             
Textos de S. Josemaria Escrivá

 http://www.opusdei.pt/art.php?p=13979     © Gabinete de Inform. do Opus Dei na Internet

Meditação: tempo fixo e a hora fixa. Se não, adapta-se à nossa comodidade; e isso é falta de mortificação. E a oração sem mortificação é pouco eficaz. (Sulco, 446)


Vencei, se por acaso disso vos apercebeis, a preguiça, o falso critério segundo o qual a oração pode esperar. Nunca atrasemos esta fonte de graças para amanhã. Agora é o tempo oportuno. Deus, que é amoroso espectador de todo o nosso dia, preside à nossa íntima prece. E tu e eu – volto a assegurar – temos de nos confiar a Ele como se confia num irmão, num amigo, num pai. Diz-lhe – eu faço assim – que Ele é toda a Grandeza, toda a Bondade, toda a Misericórdia. E acrescenta: por isso, quero apaixonar-me por Ti, apesar da rudeza das minhas maneiras, destas minhas pobres mãos, marcadas e maltratadas pelo pó das veredas da terra.

(…) Que não faltem no nosso dia alguns momentos dedicados especialmente a travar intimidade com Deus, elevando até Ele o nosso pensamento, sem que as palavras tenham necessidade de vir aos lábios, porque cantam no coração. Dediquemos a esta norma de piedade um tempo suficiente, a hora fixa, se possível. Ao lado do Sacrário, acompanhando Aquele que ali ficou por Amor. Se não houver outro remédio, em qualquer lugar, porque o nosso Deus está de modo inefável na nossa alma em graça. (Amigos de Deus, nn. 246. 249)

Mártires de Espanha 73

Rainha dos Mártires

Tarde del 9 de noviembre, 



Tratado sobre a conservação e o governo das coisas 48



Questão 113: Da guarda dos bons anjos.

Art. 7 — Se os anjos se contristam com os males dos que guardam.



(II Sent., dist., XI, part. I, a. 5).

O sétimo discute-se assim. — Parece que os anjos se contristam com os males dos que guardam.


Tristeza

agrad. ALS

Poemas da minha vida: Impuro

P o e m a s  d a  m i n h a  v i d a



Pobre
e nu
fui.

Rico
de pobreza
continuo
impuro
e só.

Lisboa,   61

Evangelho do dia e comentário






   T. Comum – XXXI Semana





Evangelho: Jo 2, 13-22

13 Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. 14 Encontrou no templo vendedores de bois, ovelhas e pombas, e os cambistas sentados às suas mesas. 15 Tendo feito um chicote de cordas, expulsou-os a todos do templo, e com eles as ovelhas e os bois, deitou por terra o dinheiro dos cambistas e derrubou as suas mesas. 16 Aos que vendiam pombas disse: «Tirai isto daqui, não façais da casa de Meu Pai casa de comércio». 17 Então lembraram-se os Seus discípulos do que está escrito: “O zelo da Tua casa Me consome”. 18 Tomaram então a palavra os judeus e disseram-Lhe: Que sinal nos mostras para assim procederes?». 19 Jesus respondeu-lhes: «Destruí este templo e o reedificarei em três dias». 20 Replicaram os judeus: «Este templo foi edificado em quarenta e seis anos, e Tu o reedificarás em três dias?». 21 Ora Ele falava do templo do Seu corpo. 22 Quando, pois, ressuscitou dos mortos os Seus discípulos lembraram-se do que Ele dissera e acreditaram na Escritura e nas palavras que Jesus tinha dito.

Comentário:

Não precisas que Te digam o que for de mim porque me conheces muito melhor que eu próprio me conheço.
Aliás, este 'conhecermo-nos', é uma das grandes lutas das nossas vidas de cristãos. Saber de forma segura, completa quem somos e, sobretudo, como somos. As nossas acções são o reflexo dessas facetas do nosso carácter da idiossincrasia de cada um. As boas acções que desejamos praticar só podem ter origem num carácter são, escorreito, onde não cabem nem a vaidade pessoal ou desejos de proeminência ou protagonismo, ou o apego aos bens, aos outros, a nós próprios, ou a sensibilidade aos agravos e a susceptibilidade 'à flor da pele' ou, ainda, essa falsa ilusão de nos julgarmos melhores que os outros, mais justos, mais dignos.

Daqui que nada nos convém mais que pedir ao Senhor que nos faça pequenos, pequeninos, para nos ser mais fácil, sem a astúcia dos adultos e com a inocência das crianças, fazermos esse exame sério, concreto, completo.

(ama, comentário sobre Jo 2, 13-22, 2012.03.11)