A Confissão Sacramental é o que a Igreja Católica aconselha aos seus filhos como condição, única, para que a situação fique, definitivamente resolvida. O bem alcançado é superior ao mal praticado e, até no foro íntimo pessoal, a satisfação sentida ultrapassa o sentimento de culpa que possa ter-se.
“Eu confesso-me a Deus”, ouve-se dizer, querendo com isto significar que o Sacramento tal como instituído por Cristo, não é necessário para alcançar o perdão. Mas o que quer dizer-se, realmente, é: não encontro vantagem ou necessidade na Confissão Sacramental, basta-me o reconhecimento pessoal do erro e a pena de o ter cometido ou consentido nele.
É um engano e um engano que pode acarretar graves consequências.
Em primeiro lugar porque se pretende que a Confissão Sacramental não é um acto formal exigido por Jesus Cristo que, ao dar o poder de perdoar os pecados aos Seus Apóstolos – e, consequentemente, aos Seus sucessores através do tempos – ([i]) especifica de forma clara como se obtêm o perdão de Deus para as faltas confessadas.
Não se encontra no Evangelho nenhuma passagem que atribua esta faculdade a mais ninguém e, nem sequer, ao arrependido.
Porquê?
Será que Deus – tal como acredito – que me vê e ouve – não conhece o meu arrependimento e está disposto a perdoar-me?
È evidente que sim. Se voltamos atrás, Cristo não deseja condenar ninguém mas sim salvar e redimir. Escolhe, de forma clara, a forma de obter o perdão divino e não cabe ao homem discutir se esta escolha está ou não correcta.
Quem usa a Confissão Sacramental com regularidade encontrará sempre um benefício íntimo e, até, satisfação, que levarão à sua alma uma alegria e bem-estar insuspeitados. É a confirmação do que anotámos acima ([ii]).
Quem tem por costume a Confissão frequente e regular encontra uma forma eficaz de combater os defeitos e sinais concretos para progredir na melhoria pessoal, já que, o Sacramento não tem apenas o efeito de perdoar as faltas praticadas mas, também de dar forças e meios para evitar as futuras.
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