Sábado
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
PLANO DE VIDA
Propósito: Honrar a
Santíssima Virgem.
A minha alma glorifica
o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos
na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas
as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu
Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder
do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos
famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel
Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua
descendência para sempre.
Lembrar-me: Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.
Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que
isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que
me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector,
guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.
Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?
LEITURA ESPIRITUAL
Evangelho
Jo
III, 1-36
Jesus e Nicodemos
1 Entre os fariseus havia um homem
chamado Nicodemos, um chefe dos judeus. 2 Veio ter com Jesus de noite e
disse-lhe: ‘Rabi, nós sabemos que Tu vieste da parte de Deus, como Mestre,
porque ninguém pode realizar os sinais portentosos que Tu fazes, se Deus não
estiver com ele.’ 3 Em resposta, Jesus declarou-lhe: Em verdade, em verdade te
digo: quem não nascer do Alto não pode ver o Reino de Deus. 4 Perguntou-lhe
Nicodemos: ‘Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura poderá entrar no
ventre de sua mãe outra vez, e nascer?’ 5 Jesus respondeu-lhe: Em verdade, em
verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino
de Deus. 6 Aquilo que nasce da carne é carne, e aquilo que nasce do Espírito é
espírito. 7 Não te admires por Eu te ter dito: Vós tendes de nascer do Alto. 8
O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem
para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito. 9
Nicodemos interveio e disse-lhe: ‘Como pode ser isso?’ 10 Jesus respondeu-lhe:
Tu és mestre em Israel e não sabes estas coisas? 11 Em verdade, em verdade te
digo: nós falamos do que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas vós não
aceitais o nosso testemunho. 12 Se vos falei das coisas da terra e não credes,
como é que haveis de crer quando vos falar das coisas do Céu? 13 Pois ninguém
subiu ao Céu a não ser aquele que desceu do Céu, o Filho do Homem. 14 Assim
como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho
do Homem seja erguido ao alto, 15 a fim de que todo o que nele crê tenha a vida
eterna. 16 Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a
fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna. 17 De
facto, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que
o mundo seja salvo por Ele. 18 Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê
já está condenado, por não crer no Filho Unigénito de Deus. 19 E a condenação
está nisto: a Luz veio ao mundo, e os homens preferiram as trevas à Luz, porque
as suas obras eram más. 20 De facto, quem pratica o mal odeia a Luz e não se
aproxima da Luz para que as suas acções não sejam desmascaradas. 21 Mas quem
pratica a verdade aproxima-se da Luz, de modo a tornar-se claro que os seus
actos são feitos segundo Deus.
Jesus na Judeia. Último
testemunho de João Baptista
22 Depois disto, Jesus foi com os seus
discípulos para a região da Judeia e ali convivia com eles e baptizava. 23
Também João estava a baptizar em Enon, perto de Salim, porque havia ali águas
abundantes e vinha gente para ser baptizada. 24 João, de facto, ainda não tinha
sido lançado na prisão. 25 Então levantou-se uma discussão entre os discípulos
de João e um judeu, acerca dos ritos de purificação. 26 Foram ter com João e disseram-lhe:
‘Rabi, aquele que estava contigo na margem de além-Jordão, aquele de quem deste
testemunho, está a baptizar, e toda a gente vai ter com Ele.’ 27 João declarou:
Um homem não pode tomar nada como próprio, se isso não lhe for dado do Céu. 28
Vós mesmos sois testemunhas de que eu disse: ‘Eu não sou o Messias, mas apenas
o enviado à sua frente.’ 29 O esposo é aquele a quem pertence a esposa; mas o
amigo do esposo, que está ao seu lado e o escuta, sente muita alegria com a voz
do esposo. Pois esta é a minha alegria! E tornou-se completa! 30 Ele é que deve
crescer, e eu diminuir. 31 Aquele que vem do Alto está acima de tudo. Quem é da
terra à terra pertence e fala da terra. Aquele que vem do Céu está acima de
tudo 32 e dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu
testemunho. 33 Quem aceita o seu testemunho reconhece que Deus é verdadeiro; 34
pois aquele que Deus enviou transmite as palavras de Deus, porque dá o Espírito
sem medida. 35 O Pai ama o Filho e tudo põe na sua mão. 36 Quem crê no Filho
tem a vida eterna; quem se nega a crer no Filho não verá a vida, mas sobre ele
pesa a ira de Deus.
Comentário
O Evangelista, neste Capítulo III do Evangelho, põe
o Baptista a falar sobre a Pessoa e a Missão de Jesus Cristo.
Seguramente é um relato do que ele próprio ouviu da
boca do Baptista de quem, sabemos, era discípulo.
As palavras do Percursor colocam quanto respeita ao
Salvador claro e sem dúvidas.
Ninguém melhor que ele o poderá fazer.
Na sua longa estadia no deserto, cerca de Trinta
Anos, foi recebendo as inspirações necessárias para levar a cabo a sua Missão:
preparar o caminho do Senhor!
(AMA, 2021)
SANTÍSSIMA VIRGEM
REDEMPTORIS
MATER
DO
SUMO PONTÍFICE
JOÃO
PAULO II
SOBRE
A BEM-AVENTURADA
VIRGEM
MARIA
NA
VIDA DA IGREJA
QUE
ESTÁ A CAMINHO
Veneráveis Irmãos, caríssimos
Filhos e Filhas: saúde e Bênção Apostólica!
INTRODUÇÃO
5.
O Concílio Vaticano II, apresentando Maria no mistério de Cristo, encontra
desse modo o caminho para aprofundar também o conhecimento do mistério da
Igreja. Maria, de facto, como Mãe de Cristo, está unida de modo especial com a
Igreja, «que o Senhor constituiu como seu corpo». O texto conciliar põe bem
próximas uma da outra, significativamente, esta verdade sobre a Igreja como
corpo de Cristo (segundo o ensinamento das Cartas de São Paulo) e a verdade de
que o Filho de Deus “por obra do Espírito Santo nasceu da Virgem Maria”.
A realidade da Encarnação encontra como que um prolongamento no mistério da
Igreja ― corpo de Cristo. E não se pode pensar na mesma realidade da Encarnação
sem fazer referência a Maria ― Mãe do Verbo Incarnado.
Nas
reflexões que passo a apresentar, porém, quero referir-me principalmente àquela
“peregrinação da fé”, na qual “a Bem-aventurada Virgem Maria avançou”,
conservando fielmente a união com Cristo. Deste modo, aquele dúplice vínculo,
que une a Mãe de Deus com Cristo e com a Igreja, reveste-se de um significado
histórico. E não se trata aqui simplesmente da história da Virgem Maria, do seu
itinerário pessoal de fé e da “melhor parte” que ela tem no mistério da
salvação; trata-se também da história de todo o Povo de Deus, de todos aqueles
que tomam parte na mesma peregrinação da fé. É isto o que exprime o Concílio,
ao declarar, numa outra passagem, que a Virgem Maria “precedeu”,
tornando-se “a figura da Igreja, na ordem da fé, da caridade e da perfeita
união com Cristo”. Este seu “preceder”, como figura ou modelo,
refere-se ao próprio mistério íntimo da Igreja, a qual cumpre a própria missão
salvífica unindo em si ― à semelhança de Maria ― as qualidades de mãe e de
virgem. É virgem que “guarda fidelidade total e pura ao seu esposo” e “torna-se,
também ela própria, mãe ... pois gera para vida nova e imortal os filhos
concebidos por acção do Espírito Santo e nascidos de Deus”.
SÃO JOSEMARIA – textos
Veio
revelar-nos o amor
Cristo, que subiu à Cruz com
os braços abertos de par em par, com gesto de Sacerdote Eterno, quer contar
connosco - que não somos nada! - para levar a "todos" os homens os
frutos da sua Redenção. (Forja, 4)
Porque a vida corrente e
ordinária, a vida de cada homem entre os seus concidadãos e seus iguais, não é
coisa baixa e sem relevo; é precisamente nessas circunstâncias que o Senhor
quer que se santifique a imensa maioria dos seus filhos. É necessário repetir
uma e mais vezes que Jesus não se dirigiu a um grupo de privilegiados, mas veio
revelar-nos o amor universal de Deus. Todos os homens são amados por Deus; de
todos eles espera amor, de todos, quaisquer que sejam a sua condição, a sua
posição social, a sua profissão ou oficio. A vida corrente e ordinária não é
coisa de pouco valor; todos os caminhos da Terra podem ser uma ocasião de
encontro com Cristo, que nos chama a identificar-nos com Ele, para realizarmos
- no lugar onde estamos - a sua missão divina. Deus chama-nos através dos
incidentes da vida de cada dia, no sofrimento e na alegria das pessoas com quem
convivemos, nas preocupações dos nossos companheiros, nas pequenas coisas da
vida familiar. Deus também nos chama através dos grandes problemas, conflitos e
ideais que definem cada época histórica, atraindo o esforço e o entusiasmo de
grande parte da Humanidade. (Cristo que passa, 110)