11/09/2021

NUNC COEPI Publicações em Setembro 11

  


Sábado 

Pequena agenda do cristão

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

 

PLANO DE VIDA

 

Propósito: Honrar a Santíssima Virgem.

 

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me: Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.

Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?



LEITURA ESPIRITUAL

 

Evangelho

 

Jo III, 1-36

 

Jesus e Nicodemos

1 Entre os fariseus havia um homem chamado Nicodemos, um chefe dos judeus. 2 Veio ter com Jesus de noite e disse-lhe: ‘Rabi, nós sabemos que Tu vieste da parte de Deus, como Mestre, porque ninguém pode realizar os sinais portentosos que Tu fazes, se Deus não estiver com ele.’ 3 Em resposta, Jesus declarou-lhe: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer do Alto não pode ver o Reino de Deus. 4 Perguntou-lhe Nicodemos: ‘Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura poderá entrar no ventre de sua mãe outra vez, e nascer?’ 5 Jesus respondeu-lhe: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. 6 Aquilo que nasce da carne é carne, e aquilo que nasce do Espírito é espírito. 7 Não te admires por Eu te ter dito: Vós tendes de nascer do Alto. 8 O vento sopra onde quer e tu ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todo aquele que nasceu do Espírito. 9 Nicodemos interveio e disse-lhe: ‘Como pode ser isso?’ 10 Jesus respondeu-lhe: Tu és mestre em Israel e não sabes estas coisas? 11 Em verdade, em verdade te digo: nós falamos do que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas vós não aceitais o nosso testemunho. 12 Se vos falei das coisas da terra e não credes, como é que haveis de crer quando vos falar das coisas do Céu? 13 Pois ninguém subiu ao Céu a não ser aquele que desceu do Céu, o Filho do Homem. 14 Assim como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do Homem seja erguido ao alto, 15 a fim de que todo o que nele crê tenha a vida eterna. 16 Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna. 17 De facto, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. 18 Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no Filho Unigénito de Deus. 19 E a condenação está nisto: a Luz veio ao mundo, e os homens preferiram as trevas à Luz, porque as suas obras eram más. 20 De facto, quem pratica o mal odeia a Luz e não se aproxima da Luz para que as suas acções não sejam desmascaradas. 21 Mas quem pratica a verdade aproxima-se da Luz, de modo a tornar-se claro que os seus actos são feitos segundo Deus.

Jesus na Judeia. Último testemunho de João Baptista

22 Depois disto, Jesus foi com os seus discípulos para a região da Judeia e ali convivia com eles e baptizava. 23 Também João estava a baptizar em Enon, perto de Salim, porque havia ali águas abundantes e vinha gente para ser baptizada. 24 João, de facto, ainda não tinha sido lançado na prisão. 25 Então levantou-se uma discussão entre os discípulos de João e um judeu, acerca dos ritos de purificação. 26 Foram ter com João e disseram-lhe: ‘Rabi, aquele que estava contigo na margem de além-Jordão, aquele de quem deste testemunho, está a baptizar, e toda a gente vai ter com Ele.’ 27 João declarou: Um homem não pode tomar nada como próprio, se isso não lhe for dado do Céu. 28 Vós mesmos sois testemunhas de que eu disse: ‘Eu não sou o Messias, mas apenas o enviado à sua frente.’ 29 O esposo é aquele a quem pertence a esposa; mas o amigo do esposo, que está ao seu lado e o escuta, sente muita alegria com a voz do esposo. Pois esta é a minha alegria! E tornou-se completa! 30 Ele é que deve crescer, e eu diminuir. 31 Aquele que vem do Alto está acima de tudo. Quem é da terra à terra pertence e fala da terra. Aquele que vem do Céu está acima de tudo 32 e dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu testemunho. 33 Quem aceita o seu testemunho reconhece que Deus é verdadeiro; 34 pois aquele que Deus enviou transmite as palavras de Deus, porque dá o Espírito sem medida. 35 O Pai ama o Filho e tudo põe na sua mão. 36 Quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se nega a crer no Filho não verá a vida, mas sobre ele pesa a ira de Deus.

 

Comentário

 

O Evangelista, neste Capítulo III do Evangelho, põe o Baptista a falar sobre a Pessoa e a Missão de Jesus Cristo.

Seguramente é um relato do que ele próprio ouviu da boca do Baptista de quem, sabemos, era discípulo.

As palavras do Percursor colocam quanto respeita ao Salvador claro e sem dúvidas.

Ninguém melhor que ele o poderá fazer.

Na sua longa estadia no deserto, cerca de Trinta Anos, foi recebendo as inspirações necessárias para levar a cabo a sua Missão: preparar o caminho do Senhor!

 

(AMA, 2021)

 


 

SANTÍSSIMA VIRGEM

 

 

CARTA ENCÍCLICA

REDEMPTORIS MATER

DO SUMO PONTÍFICE

JOÃO PAULO II

SOBRE A BEM-AVENTURADA

VIRGEM MARIA

NA VIDA DA IGREJA

QUE ESTÁ A CAMINHO

 

 

Veneráveis Irmãos, caríssimos Filhos e Filhas: saúde e Bênção Apostólica!

 

INTRODUÇÃO

 

 

5. O Concílio Vaticano II, apresentando Maria no mistério de Cristo, encontra desse modo o caminho para aprofundar também o conhecimento do mistério da Igreja. Maria, de facto, como Mãe de Cristo, está unida de modo especial com a Igreja, «que o Senhor constituiu como seu corpo». O texto conciliar põe bem próximas uma da outra, significativamente, esta verdade sobre a Igreja como corpo de Cristo (segundo o ensinamento das Cartas de São Paulo) e a verdade de que o Filho de Deus “por obra do Espírito Santo nasceu da Virgem Maria”. A realidade da Encarnação encontra como que um prolongamento no mistério da Igreja ― corpo de Cristo. E não se pode pensar na mesma realidade da Encarnação sem fazer referência a Maria ― Mãe do Verbo Incarnado.

Nas reflexões que passo a apresentar, porém, quero referir-me principalmente àquela “peregrinação da fé”, na qual “a Bem-aventurada Virgem Maria avançou”, conservando fielmente a união com Cristo. Deste modo, aquele dúplice vínculo, que une a Mãe de Deus com Cristo e com a Igreja, reveste-se de um significado histórico. E não se trata aqui simplesmente da história da Virgem Maria, do seu itinerário pessoal de fé e da “melhor parte” que ela tem no mistério da salvação; trata-se também da história de todo o Povo de Deus, de todos aqueles que tomam parte na mesma peregrinação da fé. É isto o que exprime o Concílio, ao declarar, numa outra passagem, que a Virgem Maria “precedeu”, tornando-se “a figura da Igreja, na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo”. Este seu “preceder”, como figura ou modelo, refere-se ao próprio mistério íntimo da Igreja, a qual cumpre a própria missão salvífica unindo em si ― à semelhança de Maria ― as qualidades de mãe e de virgem. É virgem que “guarda fidelidade total e pura ao seu esposo” e “torna-se, também ela própria, mãe ... pois gera para vida nova e imortal os filhos concebidos por acção do Espírito Santo e nascidos de Deus”.

 



SÃO JOSEMARIA – textos

 

 

Veio revelar-nos o amor

Cristo, que subiu à Cruz com os braços abertos de par em par, com gesto de Sacerdote Eterno, quer contar connosco - que não somos nada! - para levar a "todos" os homens os frutos da sua Redenção. (Forja, 4)

Porque a vida corrente e ordinária, a vida de cada homem entre os seus concidadãos e seus iguais, não é coisa baixa e sem relevo; é precisamente nessas circunstâncias que o Senhor quer que se santifique a imensa maioria dos seus filhos. É necessário repetir uma e mais vezes que Jesus não se dirigiu a um grupo de privilegiados, mas veio revelar-nos o amor universal de Deus. Todos os homens são amados por Deus; de todos eles espera amor, de todos, quaisquer que sejam a sua condição, a sua posição social, a sua profissão ou oficio. A vida corrente e ordinária não é coisa de pouco valor; todos os caminhos da Terra podem ser uma ocasião de encontro com Cristo, que nos chama a identificar-nos com Ele, para realizarmos - no lugar onde estamos - a sua missão divina. Deus chama-nos através dos incidentes da vida de cada dia, no sofrimento e na alegria das pessoas com quem convivemos, nas preocupações dos nossos companheiros, nas pequenas coisas da vida familiar. Deus também nos chama através dos grandes problemas, conflitos e ideais que definem cada época histórica, atraindo o esforço e o entusiasmo de grande parte da Humanidade. (Cristo que passa, 110)