02/06/2013

Evangelho do dia e comentário

Tempo comum
IX Semana


Corpo de Deus
Evangelho: Lc 9, 11-17

11 Sabendo isto, as multidões foram-n'O seguindo. E as recebeu, falou-lhes do reino de Deus e curou os que necessitavam de cura. 12 Ora o dia começava a declinar. Aproximando-se d'Ele os doze, disseram-Lhe: «Despede as multidões, para que, indo pelas aldeias e herdades circunvizinhas, se alberguem e encontrem que comer, porque aqui estamos num lugar deserto». 13 Ele respondeu-lhes: «Dai-lhes vós de comer». Eles disseram: «Não temos mais do que cinco pães e dois peixes, a não ser que vamos comprar mantimento para toda esta multidão». 14 Pois eram quase cinco mil homens. Então disse aos discípulos: «Mandai-os sentar divididos em grupos de cinquenta». 15 Eles assim fizeram, e mandaram-nos sentar a todos. 16 Tendo tomado os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, pronunciou sobre eles a bênção, partiu-os e distribuiu-os aos Seus discípulos, para que os servissem à multidão. 17 Comeram todos e ficaram saciados. E recolheram do que sobrou doze cestos de fragmentos.

Comentário:

Nada mais adequado á Festa de hoje, que este trecho de S. Lucas: dia do Corpo de Deus!
Este mistério extraordinário que por ser tão comum pode tender para a banalização: o Corpo de Deus! A Santíssima Eucaristia!
O Senhor passou pelas ruas de muitas cidades espalhadas por esse mundo! Foi ao encontro das gentes. Mostrou-se a todos humildissimamente escondido na Hóstia Consagrada, como que dizendo: Heis-me aqui! Tomai e comei que Sou o verdadeiro alimento para as vossas almas; olhai e vede que, Eu, que sou o Senhor, venho ao vosso encontro!

Ó hóstia salutar, Pão dos Anjos, benvinda sejas, recebe a minha grata admiração e a rendição de todo o meu ser à magnificência da Tua Majestade. Como o mais humilde dos Teus súbditos, eu Te imploro: vem, Senhor Jesus.

(ama, comentário sobre Lc 9, 11-17, dia do Corpo de Deus, 2010.06.05)

Leitura espiritual para 02 Jun



Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.

Tu podes chamar-te filho de Deus


Dá muitas graças a Jesus, porque por Ele, com Ele e n'Ele, tu podes chamar-te filho de Deus. (Forja, 265)

Se nos sentimos filhos predilectos do nosso Pai dos Céus – é o que somos! –, como é que não estamos sempre alegres? Pensa bem nisto. (Forja, 266)

Que bonita é a nossa vocação de cristãos – de filhos de Deus! –, que nos dá na terra a alegria e a paz que o mundo não pode dar! (Forja, 269)

Ut in gratiarum semper actione maneamus! Meu Deus, obrigado, obrigado por tudo: pelo que me contraria, pelo que não entendo, pelo que me faz sofrer.

Os golpes são necessários, para arrancar o que sobra do grande bloco de mármore. Assim esculpe Deus nas almas a imagem do Seu Filho. Agradece ao Senhor essas delicadezas! (Via Sacra, Estação VI, n. 4)

Quando os cristãos passam maus bocados, é porque não dão a esta vida todo o seu sentido divino.

Onde a mão sente a picadela dos espinhos, os olhos descobrem um ramo de rosas esplêndidas, cheias de aroma. (Via Sacra, Estação VI, n. 5)

Resumos da Fé cristã


TEMA 31. O Decálogo. O primeiro mandamento

2. O primeiro mandamento

O primeiro mandamento é duplo: o amor a Deus e o amor ao próximo por amor de Deus. «”Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?” Jesus disse-lhe: “Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas”» (Mt 22,36-40).

Este amor chama-se caridade. Com este termo também se designa a virtude teologal cujo acto é o amor a Deus e aos outros por Deus. A caridade é um dom que o Espírito Santo infunde naqueles que são filhos adoptivos de Deus (cf. Rm 5,5). A caridade há-de crescer ao longo da vida nesta terra por acção do Espírito Santo e com a nossa cooperação: crescer em santidade é crescer na caridade. A santidade não é outra coisa senão a plenitude da filiação divina e da caridade. Esta pode diminuir pelo pecado venial e mesmo perder-se pelo pecado mortal. A caridade tem uma ordem: Deus, os outros (por amor de Deus) e nós mesmos (por amor de Deus).

O amor de Deus

Amar a Deus como filhos significa:

a) Escolhê-Lo como o fim último de tudo o que fazemos. Actuar em tudo por amor e para a sua glória: «Quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus» (1 Cor 10,31). «Deo omnis gloria. - Para Deus toda a glória» 3. Não deve haver um fim mais elevado do que este. Nenhum amor se pode colocar acima do amor de Deus: «Quem amar o pai ou a mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem amar o filho ou filha mais do que a mim, não é digno de mim» (Mt 10,37). «Não há amor, senão o Amor!» 4. Não pode existir um verdadeiro amor que exclua ou postergue o amor de Deus.

b) Cumprir a vontade de Deus com obras: «Nem todo o que me diz: ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu» (Mt 7,21). A vontade de Deus é que sejamos santos (cf. 1 Ts 4,3), que sigamos Cristo (cf. Mt 17,5), cumprindo os seus mandamentos (cf. Jo 14,21). «Queres deveras ser santo? – Cumpre o pequeno dever de cada momento faz o que deves e está no que fazes» 5. Cumpri-la também quando exige sacrifício: «Não se faça a minha vontade, mas a tua» (Lc 22,42).

c) Corresponder ao seu amor por nós. Ele amou-nos primeiro, criou-nos livres e fez-nos seus filhos (cf. 1 Jo 4,19). O pecado é rejeitar o amor de Deus (cf. Catecismo, 2094); todavia Ele perdoa sempre, entrega-se continuamente a cada um de nós. «É nisto que está o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele mesmo que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados» (1 Jo 4,10; cf. Jo 3,16). Ele «amou-me e a si mesmo entregou-se por mim» (Gl 2,20). «Para corresponder a tanto amor, é preciso que haja da nossa parte uma entrega total do corpo e da alma» 6. Não se trata de um sentimento, mas de uma determinação da vontade que pode estar ou não acompanhada de afectos.

O amor a Deus leva-nos a procurar o diálogo pessoal com Ele. Esse diálogo é oração que por sua vez é amor. Pode revestir diversas formas 7:

a) «A adoração é a primeira atitude do homem que se reconhece criatura diante do seu Criador (Catecismo, 2628). É a atitude mais fundamental da religião (cf. Catecismo, 2095). «Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele prestarás culto» (Mt 4,10). A adoração a Deus liberta-nos das diversas formas de idolatria que conduzem à escravidão. «Que a tua oração seja sempre um sincero e real acto de adoração a Deus» 8.

b) A acção de graças (cf. Catecismo, 2638), porque tudo o que temos e somos, d’Ele o recebemos para Lhe dar glória: «Que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, porque te glorias, como se não o tivesses recebido?» (1 Cor 4,7).

c) A petição, a qual tem dois modos: o pedido de perdão pelo que nos separa de Deus (o pecado) e o pedido de ajuda para nós mesmos e para os outros, bem como para toda a Igreja e a humanidade inteira. Estas duas formas de petição manifestam-se no Pai Nosso: «…o pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas…». A petição do cristão está cheia de segurança, porque «foi na esperança que fomos salvos» (Rm 8,24) e porque é um rogo filial, por meio de Cristo: «se pedirdes alguma coisa ao Pai em meu nome, Ele vo-la dará» (Jo 16,23; cf. 1 Jo  5,14-15).

O amor manifesta-se também com o sacrifício, inseparável da oração: «a oração valoriza-se com o sacrifício» 9. O sacrifício é o oferecimento a Deus de um bem sensível, em sua homenagem, como expressão da entrega interior da própria vontade, quer dizer, da obediência a Cristo. Cristo redimiu-nos pelo Sacrifício da Cruz, que manifesta a sua perfeita obediência até à morte (cf. Fl 2,8). Os cristãos como membros de Cristo, podem co-redimir com Ele, unindo os nossos sacrifícios aos seus na Santa Missa (cf. Catecismo, 2100).

A oração e o sacrifício constituem o culto a Deus. Chama-se culto de latria ou adoração, para o distinguir do culto aos anjos e aos santos, que é de dulia ou veneração, e do culto com que se honra Nossa Senhora, chamado hiperdulia (cf. Catecismo, 971). O acto de culto por excelência é a Santa Missa, prenúncio da liturgia celeste. O amor de Deus deve manifestar-se na dignidade do culto: observância das prescrições da Igreja, «urbanidade da piedade» 10, cuidado e limpeza dos objectos. «Aquela mulher que, em casa de Simão o leproso, em Betânia, unge com rico perfume a cabeça do Mestre, recorda-nos o dever de sermos magnânimos no culto de Deus. – Todo o luxo, majestade e beleza me parecem pouco» 11.

javier lópez

Bibliografia básica:
Catecismo da Igreja Católica, 2064-2132.

Leituras recomendadas:
Bento XVI, Enc. Deus Caritas est, 1-18, 25-XII-2005.
Bento XVI, Enc. Spe Salvi, 30-XI-2007.
S. Josemaria, Homilias «Vida de Fé», «A Esperança do cristão», «Com a força do amor», em Amigos de Deus.

(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)
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Notas:
3 S. Josemaria, Caminho, 780.
4 Ibidem, 417.
5 Ibidem, 815; cf. Ibidem 933.
6 S. Josemaria, Cristo que Passa, 87.
7 Cf. S. Josemaria, Caminho, 91.
8 S. Josemaria, Forja, 263.
9 S. Josemaria, Caminho, 81.
10 Ibidem, 541.
11 Ibidem, 527; cf. Mt 26, 6-13.

Tratado das paixões da alma 45



Questão 31: Do prazer em si mesmo.

Art. 5 ― Se os prazeres corpóreos e sensíveis são maiores que os espirituais e intelectuais.

(IV Sent., dist. XLIX, q. 3, a . 5, qª 1, In Psalm., XVIII, I Ethic., lect. XIII, XII Metaph., lect. VIII).


O quinto discute-se assim. ― Parece que os prazeres corpóreos e sensíveis são maiores que os espirituais e intelectuais.


Pequena agenda do cristão



Domingo

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

Propósito: Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me: Cultivar a Fé.

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame: Cumpri o propósito e lembrei-me do que me propus ontem?