(Nota: Seguindo a
recomendação de São Josemaria Escrivá procurarei viver o Evangelho como um
personagem mais. Para tal seguirei fielmente os textos pronto a fazer as
considerações que me ocorrerem.)
Dentro do Evangelho - Lc - X-25
Imagino-me
à porta do meu estabelecimento onde recebo hóspedes, normalmente viajantes que
percorrem os caminhos poeirentos e agrestes da Palestina e que procuram um
lugar onde tomar uma refeição, descansar um pouco ou passar a noite com um
mínimo de conforto.
Estando
ali, no meu posto de trabalho, deparo-me com uma cena estranha: Um homem que se
aproxima a pé, conduzindo a sua cavalgadura pela arreata e, mal se mantendo
direito em cima desta, um outro homem com os vestidos em farrapos, cheio de
feridas, num estado lastimoso.
Apresso-me
a ir ao seu encontro e tenho logo uma primeira reacção de enorme dúvida: quem
conduz o ferido é um Samaritano!
O
que faz um Samaritano dirigir-se ao meu estabelecimento?
Sim,
eu, que sou judeu, não “morro de amores” pelos samaritanos que, aliás, me pagam
na mesma moeda.
Um
antagonismo ancestral – que ninguém sabe exactamente quando começou e porquê –
divide os filhos de Israel: Samaritanos e Judeus.
Surpreendentemente, o Samaritano aproxima-se de mim e diz-me:
- Encontrei este teu irmão estendido
na vera do caminho porque «caiu nas mãos dos ladrões, que o despojaram, o
espancaram e retiraram-se, deixando-o meio morto». Tentei prestar-lhe o
auxílio possível ligando-lhe «as feridas, deitando nelas azeite e vinho»,
mas não podia deixá-lo ali naquele estado por isso pu-lo sobre minha
cavalgadura e trouxe-o até esta estalagem para melhor cuidar dele. Ajuda-me a
levá-lo para dentro e encontra uma acomodação confortável onde o possamos
fazer.
Reflectindo
Projectos e compromissos.
Penso que já reflecti sobre este assunto. Mas não me
coíbo de o fazer outra vez...
Grandes "priojectos" ou, até, compromissos
de melhoria nisto ou naquilo, quase sempre ficam por isso mesmo: projectos...
compromissos.
A única forma realmente válida é ir passo a passo:
amanhã vou fazer assim...
E, se acaso o não fiz, examinar porquê e, depois ou
corrigir ou manter o compromisso.
Que pode interessar ter um bem elaborado programa de
"coisas" a fazer se não o cumpro?
Parece-me que o óbvio será fazer "um
programa" que possa cumprir com as minhas capacidades e competências mas,
e sobretudo, com a assistência do Divino Espírito Santo.
... Senhor amanhã penso fazer "isto e
aquilo" mas se for da Tua Amabilíssima Vontade, por mim, só, não serei
capaz mas com a Tua ajuda conseguirei.
E... pronto... fico em paz...
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