14/07/2010

Textos de Reflexão para 14 de Julho

Evangelho: Mt 11, 25-27

25 Então Jesus, falando novamente, disse: «Eu Te louvo ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e aos prudentes, e as revelaste aos pequeninos. 26 Assim é, ó Pai, porque assim foi do Teu agrado. 27 «Todas as coisas Me foram entregues por Meu Pai; e ninguém conhece o Filho senão o Pai; nem ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.

Comentário:

De facto, só é possível conhecer Cristo e acreditar nele com a humildade e a simplicidade dos humildes. Quem pensa que, a sua sabedoria, inteligência e ilustração são suficientes para compreender a mensagem do Evangelho engana-se redondamente. Os olhos dos simples lêem com facilidade as palavras da Vida. O espírito aberto e solícito descobre facilmente as verdades que Jesus quer revelar. A inteligência serena e sem preconceitos apreende a doutrina de Cristo. O resto… é fruto da Fé que Deus dá aos que lha pedem com humildade e confiança. 

(ama, comentário sobre Mt 11, 25-27, Abril de 2009)

Tema: Revelação e Amor

Toda a nossa religião é uma revelação da bondade, da misericórdia, do amor de Deus por nós. "Deus é amor" (Cfr Jo 4, 16), isto é, amor que se difunde e se prodigaliza; e tudo se resume nesta grande verdade que tudo explica e tudo ilumina. É necessário ver a história de Jesus a esta luz

(paulo VI, Homília do Corpus Christi, Roma, 13.06.1975) (citado por ama)

Doutrina: CCIC – 338: Para que fins instituiu Deus o Matrimónio?
                       CIC – 1659-1660

A união matrimonial do homem e da mulher, fundada e dotada de leis próprias pelo Criador, está por sua natureza ordenada à comunhão e ao bem dos cônjuges e à geração e bem dos filhos. Segundo o desígnio originário de Deus, a união matrimonial é indissolúvel, como afirma Jesus Cristo: «O que Deus uniu não o separe o homem» (Mc 10,9).

NOBREZA HUMANA

Possivelmente já ouviu ao menos falar sobre os três tenores. O italiano Luciano Pavarotti, os espanhóis Plácido Domingo e José Carreras.
É possível mesmo que os tenha assistido pela TV, abrilhantando eventos como a Taça do Mundo de futebol.
O que talvez você não saiba é que Plácido Domingo é madrileno e José Carreras é catalão. E há uma grande rivalidade entre madrilenos e catalães.
Plácido e Carreras não fugiram à regra.
Em 1984, por questões políticas, tornaram-se inimigos.
Sempre muito requisitados em todo o mundo, ambos faziam constar em seus contratos que só se apresentariam se o desafecto não fosse convidado.
Em 1987, Carreras ganhou um inimigo mais implacável que Plácido Domingo.
Foi surpreendido por um terrível diagnóstico de leucemia. Submeteu-se a vários tratamentos, como auto transplante de medula óssea e trocas de sangue. Por isso, era obrigado a viajar mensalmente aos Estados Unidos.
Claro que sem condições para trabalhar, e com o alto custo das viagens e do tratamento, logo sua razoável fortuna acabou.
Sem condições financeiras para prosseguir o tratamento, Carreras tomou conhecimento de uma instituição em Madrid, denominada Fundación Hermosa. Fora criada com a finalidade única de apoiar a recuperação de pessoas com leucemia.
Graças ao apoio dessa fundação, ele venceu a doença.
E voltou a cantar.
Tornando a receber altos “cachés”, tratou de se associar à fundação.
Foi então que, lendo os estatutos, descobriu que o fundador, maior colaborador e presidente era Plácido Domingo.
Mais do que isso.
Descobriu que a fundação fora criada, em princípio, para o atender a ele, Carreras. E que Plácido se mantinha no anonimato para não o constranger por ter que aceitar auxílio de um inimigo.
Momento extraordinário, e muito comovente aconteceu durante uma apresentação de Plácido, em Madrid.
De forma imprevista, Carreras interrompeu o evento e ajoelhou-se a seus pés. Pediu-lhe desculpas. Depois, publicamente agradeceu-lhe o benefício de seu restabelecimento.
Mais tarde, quando concedia uma entrevista na capital espanhola, uma repórter perguntou a Plácido Domingo por que ele criara a Fundación Hermosa.
Afinal, além de beneficiar um inimigo, ele concedera a oportunidade de reviver a um dos poucos artistas que poderiam fazer-lhe alguma concorrência.
A resposta de Plácido Domingo foi curta e definitiva: "porque uma voz como essa não se podia perder." Fazer o bem sem ostentação é grande mérito.
Ainda mais meritório é ocultar a mão que dá.
Constitui marca de grande superioridade moral.
Não saber a mão esquerda o que dá a mão direita é uma imagem que caracteriza admiravelmente esse tipo de benefício.
Quando, ao demais, o benefício tem por objectivo maior atender um eventual desafecto, torna-se ainda mais meritório.
A criatura demonstra, com tal atitude, estar acima do comum da humanidade.
Que essa história não caia no esquecimento.
E, tanto quanto possível, nos sirva de inspiração e exemplo.

(In Net, 2006.04.05)