26/04/2017

Fátima: Centenário - Poemas

VIRGEM DIGNA DE LOUVOR



Deus exaltou-a acima do Universo,
qual a mais nobre e digna criatura:
por isso, o Céu e a terra, em prosa e verso,
rendem-lhe a devoção mais pura.

Da beleza é também o ideal mais terso,
no seu perfil de esplêndida candura,
e, em êxtases de amor e encanto imerso,
o mundo a aclama com filial ternura.

Alma sem jaça, toda luz e neve,
Coração de Mãe a quem tudo deve
a raça humana que ela redimiu,

- quem não admira, quem não ama e canta
a Jóia que extasia, a Flor que encanta,
o Astro mais belo que jamais se viu?!...

Visconde de Montelo, Paráfrase da Ladainha Lauretana, 1956 [i]



[i] Cónego Manuel Nunes Formigão
1883 - Manuel Nunes Formigão nasce em Tomar, a 1 de Janeiro. 1908 - É ordenado presbítero a 4 de Abril em Roma. 1909 - É laureado em Teologia e Direito Canónico pela Universidade Gregoriana de Roma. 1909 - No Santuário de Lourdes, compromete-se a divulgar a devoção mariana em Portugal. 1917 - Nossa Senhora aceita o seu compromisso e ele entrega-se à causa de Fátima. 1917 / 1919 - Interroga, acompanha e apoia com carinho os Pastorinhos. - Jacinta deixa-lhe uma mensagem de Nossa senhora, ao morrer. 1921 - Escreve o livro: "Os Episódios Maravilhosos de Fátima". 1922 - Integra a comissão do processo canónico de investigação às aparições. 1922 - Colabora e põe de pé o periódico "Voz de Fátima". 1924 - A sua experiência de servita de Nossa Senhora em Lurdes, leva-o a implementar idêntica actividade em Fátima. 1928 - Escreve a obra mais importante: "As Grandes Maravilhas de Fátima". 1928 - Assiste à primeira profissão religiosa da Irmã Lúcia, em Tuy. Ela comunica-lhe a devoção dos primeiros sábados e pede-lhe que a divulgue. 1930 - Escreve "Fátima, o Paraíso na Terra". 1931 - Escreve "A Pérola de Portugal". 1936 - Escreve " Fé e Pátria". 1937 - Funda a revista "Stella". 1940 - Funda o jornal "Mensageiro de Bragança". 1943 - Funda o Almanaque de Nossa Senhora de Fátima. 1954 – Muda-se para Fátima a pedido do bispo de Leiria-Fátima 1956 - Escreve sonetos compilados na "Ladainha Lauretana". 1958 – Morre em Fátima. 06/01/1926 - Funda a congregação das Religiosas Reparadoras de Nossa Senhora das Dores de Fátima. 11/04/1949 – A congregação por ele fundada é reconhecida por direito diocesano. 22/08/1949 – Primeiras profissões canónicas das Religiosas. 16/11/2000 - A Conferência Episcopal Portuguesa concede a anuência por unanimidade, para a introdução da causa de beatificação e canonização deste apóstolo de Fátima. 15/09/2001 - Festa de Nossa Senhora das Dores, padroeira da congregação - É oficialmente aberto o processo de canonização do padre Formigão. 16/04/2005 – É oficialmente encerrado e lacrado o processso de canonização do padre Formigão.
Fátima, 28 Jan 2017 (Ecclesia) – Decorreu hoje a cerimónia de trasladação dos restos mortais do padre Manuel Nunes Formigão, conhecido como 'o apóstolo de Fátima, do cemitério local para um mausoléu construído na Casa de Nossa Senhora das Dores.
A celebração de trasladação deste sacerdote e servo de Deus começou com uma concentração, rua Francisco Marto, 203, com centenas de pessoas, seguida de saída para o cemitério da Freguesia de Fátima.
Na eucaristia inserida neste evento, na Basílica da Santíssima Trindade, do Santuário de Fátima, D. António Marto destacou uma figura que "se rendeu ao mistério e à revelação do amor de Deus, da beleza da sua santidade tal como brilhou aos pastorinhos de Fátima".
O bispo de Leiria-Fátima recordou ainda o padre Manuel Formigão como alguém que "captou de uma maneira admirável para o seu tempo, a dimensão reparadora da vivência da fé tão sublinhada na mensagem de Fátima".

Nota de AMA:
Este livro de Sonetos foi por sua expressa vontade, depois da sua morte, devidamente autografado, entregue a meu Pai. Guardo o exemplar como autêntica relíquia.

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Fátima: Centenário - Oração Jubilar de Consagração


Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.

Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.

Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.

Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.

E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.


Ámen.

Hoy el reto del amor es que compartas eso que te pesa en el corazón

SI TE ROMPES...

El viernes se me rompió el rosario que llevamos colgado del cinturón. Con el peso de las cuentas, el cordón se ha ido desgastando y se rompió, quedando colgando por distintos sitos.

La cosa es que sor Amada se encarga de hacer y arreglar los rosarios, y, como era viernes, no quise molestarla, y lo apañe enganchando lo que caía con el cinturón.

El sábado, al ponerme el cinturón, tuve que volver a apañarlo, y tampoco me pareció oportuno decirlo... molestar en sábado... mejor esperar. Pero pasé a un "plan B", y uní los dos extremos del cordón con celo, ¡vueltas y más vueltas! Remiendo del siglo XXI que funcionó hasta el día siguiente, momento en que, en medio de la Liturgia, se desmontó entero.

Y, total, que era domingo y... ¿cómo molestar en domingo?

Me dirigí al Noviciado y, por detrás, una mano me tocó el hombro.

-Tengo ahora un rato; dame el rosario que te lo hago -me giré y vi a sor Amada, que me tendía la mano para cogerlo con una sonrisa.

Al rato me encontré el rosario perfectamente arreglado colgando del pomo de la puerta del Noviciado.

Muchas veces el peso del día, de lo que tenemos en nuestro interior, termina rompiéndonos por dentro. Poco a poco, la tristeza nos invade, y no sabemos por dónde salir. Intentamos enrollar nuestros pensamientos con actividad para que no toquen el suelo, pero terminan cayendo tarde o temprano. Otras veces los apañamos con celo, pensando que con nuestras mañanas nos podemos reconstruir solos. ¿Para qué contar lo que tenemos dentro? ¿Para qué molestar?

Cristo nos regala hermanos, y Él pone a nuestro lado a la persona que nos ayudará a reconstruirnos. No estás solo, los hermanos te los ha puesto el Señor no para que les muestres "lo que vales" o "lo perfecto" que puedes llegar a ser. Simplemente compartiendo aquello que te pesa, en muchos momentos se van los fantasmas, se pone cada cosa en su sitio. Cuando una voz te diga: "No lo cuentes", "Sal tú solo de ésta", "¿Para qué molestar?"... ¡cuéntalo!

Hoy el reto del amor es que compartas eso que te pesa en el corazón con la persona que Cristo ha puesto a tu lado en la Iglesia. Dale gracias al Señor por esa dirección o acompañamiento espiritual que la Iglesia te regala en sacerdotes, consagrados o laicos. Si hoy algo te pesa o te paraliza el corazón, no dudes en contarlo.


VIVE DE CRISTO

Sabendo-me pescador de homens... não pesco?

O Senhor quer de ti um apostolado concreto, como o da pesca daqueles cento e cinquenta e três grandes peixes apanhados à direita da barca, e não outros. E perguntas-me: "Como é que, sabendo-me pescador de homens, vivendo em contacto com muitos companheiros e podendo discernir a quem deve ser dirigido o meu apostolado específico, afinal não pesco?... Falta-me amor? Falta-me vida interior?". Escuta a resposta dos lábios de Pedro, naquela outra pesca milagrosa: – "Mestre, cansámo-nos de trabalhar toda a noite, e não apanhámos nada; apesar disso, sob a Tua palavra, lançarei a rede". Em nome de Jesus, começa de novo. Revigorado. – Fora com essa moleza! (Sulco, 377)

O apostolado, essa ânsia que vibra no íntimo do cristão, não é coisa separada da vida de todos os dias; confunde-se com o próprio trabalho, convertido em ocasião de encontro pessoal com Cristo. Nesse trabalho, ombro a ombro com os nossos colegas, com os nossos amigos, com os nossos parentes, lutando pelos mesmos interesses, podemos ajudá-los a chegar a Cristo, que nos espera na margem do lago... Antes de ser apóstolo, pescador. Também, pescador depois de ser apóstolo. Antes e depois, a mesma profissão. (…)

Passa ao lado dos seus Apóstolos, junto daquelas almas que se lhe entregaram... E eles não se dão conta disso!. (…)Lançai a rede para o lado direito da barca e encontrareis. Lançaram a rede e já não a podiam tirar por causa da grande quantidade de peixes. Agora compreendem. Recordam o que tinham ouvido tantas vezes dos lábios do Mestre: pescadores de homens, apóstolos!... E compreendem que tudo é possível, porque é Ele quem dirige a pesca. (…)


Os outros discípulos foram com a barca, porque não estavam distantes de terra, senão duzentos côvados, tirando a rede cheia de peixes. Em seguida põem a pesca aos pés do Senhor, porque é sua, para que aprendamos que as almas são de Deus, que ninguém nesta terra pode atribuir a si mesmo essa propriedade, que o apostolado da Igreja – a palavra e a realidade da salvação – não se baseia no prestígio de algumas pessoas, mas na graça divina. (Amigos de Deus, nn. 264–267)

Evangelho e comentário

Tempo de Páscoa


Evangelho: Jo 3, 16-21

16 «Porque Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu Seu Filho Unigénito, para que todo aquele que crê n'Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. 17 Porque Deus não enviou Seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. 18 Quem n'Ele acredita, não é condenado, mas quem não acredita, já está condenado, porque não acredita no nome do Filho Unigénito de Deus. 19 A condenação é por isto: A luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. 20 Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de que não sejam reprovadas as suas obras; 21 mas aquele que procede segundo a verdade, chega-se para a luz, a fim de que seja manifesto que as suas obras são feitas segundo Deus».

Comentário:

A atracção autêntica, real que a Cruz exerce sobre a humanidade torna-se irresistível quando está presente o Amor.

Sim, o amor autêntico tal como o do próprio Deus Criador que quis salvar-nos de nós próprios dando-nos o Seu Próprio Filho como garantia desse mesmo Amor.

E o Filho levou ainda mais longe – se assim se pode dizer – esse Amor ao oferecer em holocausto a Sua Vida na Cruz.

Por mais que alguns tentem fugir-lhe ou negá-la, a Cruz de Cristo está sempre presente e assim permanecerá até ao final dos tempos.

(ama, comentário sobre Jo 3, 16-21, 2015.03.15)



Leitura espiritual

A Cidade Deus
A CIDADE DE DEUS 

Vol. 2


LIVRO XII

CAPÍTULO X

Opinião segundo a qual o género humano, tal como o próprio Mundo, sempre existiu.

Omitamos, pois, as conjecturas dos homens que falam da natureza ou da instituição do género humano, sem saberem do que falam. Crêem ’uns que, tal como o próprio Mundo, sempre houve homens. Por isso é que Apuleio descreveu o género humano dos vivos:

Um por um são mortais, mas no seu conjunto esta raça é eterna.[i]


Se o género humano é eterno, até que ponto são verdadeiras as vossas narrativas, segundo as quais se assegura quem e de que coisas foram os inventores, quais os primeiros criadores das disciplinas liberais e de outras artes, quais os primeiros habitantes de tal região ou parte da Terra, quando é que tal ou tal ilha começou a ser povoada? Responderão: «dilúvios e conflagrações têm devastado, de tempos a tempos, se não todas, pelo menos a maior parte das terras, de tal forma que os homens ficam reduzidos a um pequeno número, de cuja descendência novamente se refaz a antiga multidão; desta forma tudo se descobria e criava com o se fosse pela primeira vez — quando, na realidade, o que se fazia era restaurar o que tinha sido interrompido e extinto pelas ditas imensas devastações. Aliás, o homem não pode provir senão do homem». Mas o que eles dizem é o que pensam e não o que sabem.


CAPÍTULO XI

Falsidade da história que atribui muitos milénios aos tempos passados.

Também alguns escritos eivados de mentira os enganam. Citam esses escritos em seu apoio e dizem que a história tem já muitos milhares de anos. Todavia, segundo a Sagrada Escritura, nem sequer contamos ainda com seis milénios completos desde a criação do homem. Sem me alongar em refutar o infundado desses escritos em que se mencionam milhares de anos, para arruinar a sua autoridade nesta questão, lembremos a carta de Alexandre Magno a Olímpia, sua mãe. Conta ela a história de um sacerdote egípcio, insinuando que foi extraída dos escritos sagrados daquele país. Contém também as monarquias bem conhecidas na história grega. Segundo essa carta, o império assírio ultrapassou cinco mil anos, ao passo que a história grega lhe atribui cerca de mil e trezentos anos a partir de Belo que o sacerdote egípcio reconhece também como primeiro rei da Assíria. Segundo este sacerdote os impérios persa e macedónio teriam durado até Alexandre, a quem ele se dirige, mais de oito mil anos. Mas, segundo os Gregos, o dos Macedónios contou, até à morte de Alexandre, quatrocentos e oitenta e cinco anos; e ó dos Persas, até à sua queda pela vitória do mesmo Alexandre, durou duzentos e trinta e três anos. Estes números de anos são, pois, bem menores que os dos egípcios. Nem multiplicados por três lhes ficariam iguais. De facto, conta-se que os egípcios tinham outrora anos tão curtos que acabavam em quatro meses. Daí que um ano pleno e real, como o que agora vigora tanto entre nós como entre eles, compreende três dos antigos anos deles. Mas nem mesmo assim, com o já disse, a história grega concorda com a do Egipto na contagem dos tempos. E, portanto, à dos Gregos que é preciso prestar fé, porque não excede o número de anos m arcados pelas nossas verídicas e Sagradas Escrituras.

Se esta carta de Alexandre, que tão célebre se tornou, se afasta tão exageradamente, no cálculo dos tempos, da provável fidelidade dos acontecimentos — muito menos dignos de fé são aqueles escritos cheios de velhas fábulas que eles pretenderam opor à autoridade dos tão conhecidos livros sagrados. Estes predisseram que se lhes havia de dar crédito em todo o Mundo e todo o Mundo, com o fora predito, neles acreditou. A veracidade das suas narrativas sobre factos passados fica bem demonstrada pela exactidão com que se cumprem as suas predições futuras.


CAPÍTULO XII

Dos que julgam que este Mundo não é efectivamente eterno, mas são de opinião de que, ou se tem de admitir inúmeros m undos, ou então que se trata do mesmo que, num ciclo de séculos sempre está a nascer e a extinguir-se.

Outros que não consideram este Mundo eterno, pensam que ele não é o único que existe mas que existem inúmeros mundos,

ou que há um só, mas passa por inúmeras alternativas de nascimentos e de mortes com determinados intervalos de séculos.


Estes têm que admitir que o género humano existiu no princípio sem ter havido homens que o gerassem. Não se trata, como julgam os anteriores, de dilúvios e incêndios da T erra que não atingiram o Mundo inteiro, mas pouparam alguns sobreviventes destinados a reconstituir o seu anterior número. Não podem admitir que, uma vez destruído o Mundo, no Mundo ainda fiquem alguns homens. Mas com o admitem que o Mundo renasce da sua matéria, assim, na sua opinião, o género hum ano renasceria dos elementos — e depois, com o nos outros animais, geração multiplicaria a raça dos mortais.


(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[i] Apuleio, De deo Socratis, VI, p. 10

Epístolas de São Paulo – 57

Carta aos Efésios

Capítulo 2

Apresentação

1Paulo, Apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, aos santos e fiéis em Cristo Jesus que estão em Éfeso: 2a vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.

I. A IGREJA E O EVANGELHO (1-3,3-21)

Deus salva-nos por Cristo

3Bendito seja o Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que no alto do Céu nos abençoou com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo. 4Foi assim que Ele nos escolheu em Cristo antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis na sua presença, no amor. 5Predestinou-nos para sermos adoptados como seus filhos por meio de Jesus Cristo, de acordo com o beneplácito da sua vontade, 6para que seja prestado louvor à glória da sua graça, que gratuitamente derramou sobre nós, no seu Filho bem-amado. 7É em Cristo, pelo seu sangue, que temos a redenção, o perdão dos pecados, em virtude da riqueza da sua graça, 8que Ele abundantemente derramou  nós, com toda a sabedoria e inteligência. 9Manifestou-nos o da sua vontade, e o plano generoso que tinha estabelecido, 10para conduzir os tempos à sua plenitude: submeter tudo a Cristo, reunindo nele o que há no céu e na terra. 11Foi também em Cristo que fomos escolhidos como sua herança, predestinados de acordo com o desígnio daquele que tudo opera, de acordo com a decisão da sua vontade, 12para que nos entreguemos ao louvor da sua glória, nós, que previamente pusemos a nossa esperança em Cristo. 13Foi nele, ainda, que vós ouvistes a palavra da verdade, o Evangelho que vos salva. Foi nele ainda que acreditastes  e fostes marcados com o selo do Espírito Santo prometido, 14o qual é garantia da nossa herança, para que dela tomemos posse, na redenção, para louvor da sua glória.

Cristo, plenitude do Universo

15Por isso, também eu, desde que ouvi falar da vossa fé no Senhor Jesus e do vosso amor para com todos os santos, 16não cesso de dar graças a Deus por vós, quando vos recordo nas minhas orações. 17Que o Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai a quem pertence a glória, vos dê o Espírito de sabedoria e vo-lo revele, para o conhecerdes; 18sejam iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes que esperança nos vem do seu chamamento, que riqueza de glória contém a herança que Ele nos reserva entre os santos 19e como é extraordinariamente grande o seu poder para connosco, os crentes, de acordo com a eficácia da sua força poderosa, 20que eficazmente exerceu em Cristo: ressuscitou-o dos mortos e sentou-o à sua direita, no alto do Céu, 21muito acima de todo o Poder, Principado, Autoridade, Potestade e Dominação e de qualquer outro nome que seja nomeado, não só neste mundo, mas também no que há-de vir. 22Sim, Ele tudo submeteu a seus pés e deu-o, como cabeça que tudo domina, à Igreja, 23que é o seu Corpo, a plenitude daquele que tudo preenche em todos

Doutrina – 281

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

CAPÍTULO PRIMEIRO CREIO EM DEUS PAI

OS SÍMBOLOS DA FÉ

60. Quem são os anjos?

Os anjos são criaturas puramente espirituais, incorpóreas, invisíveis e imortais, seres pessoais dotados de inteligência e de vontade. Estes, contemplando incessantemente a Deus face a face, glorificam-no, servem-no e são os seus mensageiros no cumprimento da missão de salvação, em prol de todos os homens.


Pequena agenda do cristão

Quarta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)





Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?