04/02/2013

Leitura espiritual para 04 Fev


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.



Evangelho do dia e comentário


   

T. Comum – IV Semana






S. João de Brito


Evangelho: Mc 5, 1-20

1 Chegaram ao outro lado do mar, ao território dos gerasenos. 2 Ao sair Jesus da barca, foi logo ter com Ele, saindo dos sepulcros, um homem possesso de um espírito imundo. 3 Tinha o seu domicílio nos sepulcros, e já ninguém conseguia segurá-lo com cadeias. 4 Tendo sido preso muitas vezes com grilhões e com cadeias, tinha quebrado as cadeias e despedaçado os grilhões e ninguém o podia dominar. 5 E sempre, dia e noite, andava pelos sepulcros e pelos montes, gritando e ferindo-se com pedras. 6 Ao ver de longe Jesus, correu e prostrou-se diante d'Ele 7 e clamou em alta voz: «Que tens Tu comigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Por Deus eu Te conjuro que não me atormentes». 8 Porque Jesus dizia-lhe: «Espírito imundo sai desse homem». 9 Depois perguntou-lhe: «Como te chamas?». Ele respondeu: «O meu nome é Legião, porque somos muitos». 10 E suplicava-Lhe insistentemente que não o expulsasse daquela região. 11 Andava ali, próximo do monte, uma grande vara de porcos a pastar. 12 Os espíritos imundos suplicaram-Lhe: «Manda-nos para os porcos, para nos metermos neles». 13 Jesus consentiu. Então os espíritos imundos saíram e entraram nos porcos, e a vara, que era de cerca de dois mil, precipitou-se por um despenhadeiro no mar onde se afogaram. 14 Os guardadores fugiram e contaram o facto pela cidade e pelos campos. E o povo foi ver o que tinha sucedido. 15 Foram ter com Jesus e viram o que tinha estado possesso do demónio sentado, vestido e são do juízo; ele, que tinha estado possesso de uma legião inteira; e tiveram medo. 16 Os que tinham visto contaram-lhes o que tinha acontecido ao endemoninhado e aos porcos. 17 Então começaram a pedir a Jesus que se retirasse do seu território. 18 Quando Jesus subia para a barca, o que fora possesso do demónio começou a pedir-Lhe que lhe permitisse acompanhá-l'O . 19 Mas Jesus não o permitiu, antes lhe disse: «Vai para tua casa, para os teus, e conta-lhes tudo o que o Senhor te fez, e como teve piedade de ti». 20 Ele retirou-se e começou a proclamar pela Decápole que grandes coisas Jesus lhe tinha feito; e todos se admiravam.

Comentário:

Como se constata a possessão diabólica existiu com grande evidência nos tempos de Jesus. As manifestações do demónio nas criaturas por ele possuídas revelam sempre grande sofrimento e degradação física.
E... hoje? Continua a haver possessos, isto é, há efectivamente pessoas dominadas pelo demónio?
Infelizmente, sim. As manifestações e evidências quase nunca têm o mesmo cariz das outras mas são igualmente visíveis a degradação moral e até física a que chegam essas pessoas.
No fim e ao cabo todo o que comete pecado mortal entrega-se nas mãos do demónio e assim permanecerá enquanto não confessar o seu arrependimento. Parece igualmente constatável que quanto mais tempo permanecer nessa situação piores serão as consequências e mais difícil se torna o arrepiar caminho e, não escamoteemos a verdade: a cedência os vícios particularmente os da droga, sexo, bebida, jogo são, de facto, degradantes e lesam gravemente os que neles caem.
(ama, comentário sobre Mc 5, 1-20, 2012.01.30)

Deus não aceita o que é mal feito


É difícil gritar ao ouvido de cada um, com um trabalho silencioso, através do pleno cumprimento das nossas obrigações de cidadãos, para depois exigir os nossos direitos e colocá-los ao serviço da Igreja e da sociedade. É difícil... mas é muito eficaz. (Sulco, 300)

Começar é de muitos; acabar, de poucos. Nós, que procuramos comportar-nos como filhos de Deus, temos de estar entre os segundos. não o esqueçais: só as tarefas terminadas com amor, bem acabadas, merecem aquele aplauso do Senhor, que se lê na Sagrada Escritura: é melhor o fim de uma obra do que o seu princípio.

Muitos cristãos perderam a convicção de que a integridade de Vida, pedida pelo Senhor aos seus filhos, exige um cuidado autêntico ao realizarem as tarefas pessoais, que têm de santificar, sem descurarem inclusivamente os pormenores mais pequenos.

Não podemos oferecer ao Senhor uma coisa que, dentro das pobres limitações humanas, não seja perfeita, sem defeitos e realizada com toda a atenção, mesmo nos aspectos mais insignificantes, porque Deus não aceita o que é mal feito. Não oferecereis nada que tenha defeito, porque não seria aceite favoravelmente, adverte-nos a Escritura Santa. Por isso, o trabalho de cada um de nós, esse trabalho que ocupa as nossas jornadas e as nossas energias, há-de ser uma oferenda digna do Criador, operatio Dei, trabalho de Deus e para Deus. Numa palavra, uma tarefa bem cumprida e impecável.

Se reparardes, entre os muitos elogios que fizeram de Jesus aqueles que puderam contemplar a sua vida, há um que, de certo modo, compreende todos os outros. Refiro-me àquela exclamação, cheia de sinais de assombro e de entusiasmo, que a multidão repetia espontaneamente ao presenciar, atónita, os seus milagres: bene omnia fecit, tudo tem feito admiravelmente bem: os grandes prodígios e as coisas comezinhas, quotidianas, que não deslumbraram ninguém, mas que Cristo realizou com a plenitude de quem é perfectus Deus, perfectus Homo, perfeito Deus e perfeito homem. (Amigos de Deus, 55–56)

Tratado dos actos humanos 22


Art. 6 ― Se a vontade é movida só por Deus, como princípio exterior.




(I, q. 105, a . 4, q. 106, a . 2, q. 111, a . 2, II Sent., dist. XV, q. 1, a . 3, III Cont. Gent., cap. LXXXVIII, XCI, XCII, De Verit., q. 22, a . 8, 9, De Malo, q. 3, ª 3, q. 6, Compend. Theol, cap. CXXIX).

O sexto discute-se assim. ― Parece que a vontade não é movida só por Deus, como princípio exterior.



Carta do Prelado do Opus Dei por ocasião do Ano da Fé. 46


Cada um no seu lugar

46. Ao fortalecer, com fé firme e perseverante, os fundamentos do nosso diálogo com a Trindade, as ações apostólicas concretas serão eficazes: aproveitemos todas as oportunidades que nos aparecerem, para servir as almas e caminhemos com o grande incentivo de criar outras novas. Procuremos acabar os nossos trabalhos, quaisquer que sejam, com total retidão de intenção, vigiando sobre nós próprios, para que não se infiltre nessas tarefas nenhuma vanglória. A retidão de intenção não se há-de desvanecer nem estar ausente no nosso trabalho diário. Assim, qualquer atividade, bem acabada e oferecida ao Céu, converter-se-á em identificação com Jesus Cristo, e contribuirá poderosamente para a própria unidade de vida.

No coração da nova evangelização da sociedade, cada pessoa tem um lugar preciso, atribuído pela Providência. Mas não devemos comportar-nos passivamente nem contentar-nos com o esforço por sermos fiéis: saiamos ao encontro das almas, para as servir, ali onde estão, nas mil encruzilhadas da organização social, na universidade e nas escolas, nos ambientes de trabalho e de descanso, nas famílias, a fim de lhes oferecer a formação cristã que necessitam. Sintamos a urgência santa de contribuir para o trabalho da Igreja no mundo, imitando os primeiros cristãos. Às vezes os obstáculos aparecerão diante dos nossos olhos, com evidente crueza; e chega então a hora de aplicarmos a nós próprios os parágrafos de uma carta de S. Josemaria, dirigida a todos, sem excepção:

«É lógico, meus filhos, que, algumas vezes, (...) sintais a vossa pequenez e penseis: comigo, todo esse trabalho?, comigo, que sou tão pouca coisa?, comigo, tão cheio de misérias e erros ?

Eu digo-vos que abrais, nesses momentos, o Evangelho de S. João e mediteis devagar aquela passagem que narra a cura do cego de nascença. Vede como Jesus faz lodo, com pó da terra e saliva, e aplica esse lodo nos olhos do cego, para lhe dar luz (cfr. Jo 9, 6). O Senhor usa como colírio um pouco de lodo (...). Com o conhecimento próprio da nossa fraqueza, do nosso nenhum valor, mas com a graça do Senhor e a boa vontade, somos medicina, para dar luz; somos, experimentando a nossa pequenez humana, fortaleza divina para os outros» 85.

Algumas e alguns estareis em condições de colaborar de modo mais imediato na instauração dessa nova cultura, dessa nova legislação, dessa nova moda – a que já me referi várias vezes, que, informadas pelo espírito evangélico, se hão-de promover sem desfalecimentos. Mas a todos, insisto, se nos atribui uma posição concreta nesta «guerra de amor e de paz». Cada uma, cada um, na linha de frente ou na retaguarda, estamos em condições de efetuar um apostolado diretíssimo que, em comunhão com toda a Igreja, incidirá eficazmente na consecução desses objectivos.

Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
Nota: Publicação devidamente autorizada

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Notas:
85 S. Josemaria, Carta 29-IX-1957, n. 16.

Cristo também vive agora


Vive junto de Cristo! Deves ser, no Evangelho, uma personagem mais, convivendo com Pedro, com João, com André..., porque Cristo também vive agora: "Iesus Christus, heri et hodie, ipse et in saecula!" Jesus Cristo vive!, hoje como ontem; é o mesmo, pelos séculos dos séculos. (Forja, 8)


É esse amor de Cristo que cada um de nós deve se esforçar por realizar na sua vida. Mas para ser ipse Christus é preciso mirar-se Nele. Não basta ter-se uma ideia geral do espírito que Jesus viveu; é preciso aprender com Ele pormenores e atitudes. É preciso contemplar a sua vida, sobretudo para daí tirar força, luz, serenidade, paz.

Quando se ama alguém, deseja-se conhecer toda a sua vida, o seu carácter, para nos identificarmos com essa pessoa. Por isso temos de meditar na vida de Jesus, desde o Seu nascimento num presépio até à Sua morte e à Sua Ressurreição. Nos primeiros anos do meu labor sacerdotal costumava oferecer exemplares do Evangelho ou livros onde se narra a vida de Jesus, porque é necessário que a conheçamos bem, que a tenhamos inteira na mente e no coração, de modo que, em qualquer momento, sem necessidade de nenhum livro, cerrando os olhos, possamos contemplá-la como um filme; de forma que, nas mais diversas situações da nossa vida, acudam à memória as palavras e os actos do Senhor.

Sentir-nos-emos assim metidos na sua vida. Na verdade, não se trata apenas de pensar em Jesus e de imaginar aqueles episódios; temos de meter-nos em cheio neles, como actores. (Cristo que passa, 107)