Segunda-Feira
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito: Viver a família.
Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua
Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de
todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o
ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.
Pequeno exame: Cumpri o
propósito que me propus ontem?
Mês de Maio -
Santíssima Virgem
Meditações
de Maio
Salve Rainha, Mãe de
misericórdia, Vida e doçura, Esperança nossa, A vós bradamos, Degredados filhos
de Eva, A vós suspiramos, Gemendo e chorando
Lágrimas e gemidos dos teus
filhos violentados e perseguidos em tantos lugares. Deixa que o teu coração nos
acolha e console.
Santo Rosário - Meditação sobre o Quarto Mistério Luminoso
Instituição do
Sacramento do perdão
Posso julgar - e talvez inconscientemente o
faça - que sei muito bem o que é o perdão. Mas…talvez o que o que me convém ter
claro seja: o que é PERDOAR!?
Sim... digo bem - o que é PERDOAR!?Parece
muito claro que PERDOAR consiste em relevar uma ofensa - intencionalmente
cometida contra a nossa pessoa.
Parece que sim, é uma conclusão aceitável,
mas há algumas "condições" que se impõem, como por exemplo, ter bem
claro: Realmente o que ficou "ferido": A minha personalidade ou a
minha soberba?
Oiço falar de soberba e, talvez, pense numa
atitude despótica e avassaladora, com grande barulho de vozes que aclamam o
triunfador que passa, como um imperador romano, debaixo dos altos arcos,
inclinando a cabeça, pois teme que a sua fronte gloriosa toque o alvo mármore...
Tenho
de ser realista.
Este
tipo de soberba só tem lugar numa fantasia louca.
Teno
de lutar contra outras formas mais subtis, mais frequentes, como:
a -
O orgulho de preferir a própria excelência à do próximo;
b -
A vaidade nas conversas, nos pensamentos e nos gestos;
c -
Uma susceptibilidade quase doentia, que se sente ofendida com palavras ou
acções que não são de forma alguma um agravo...
Tudo
isto, sim, pode ser, é uma tentação corrente.
Tendo a considerar-me a mim mesmo como o sol
e o centro dos que estão ao meu redor.
Tudo
deve girar em torno de mim.
Por
isso, não raramente acontece que recorro, com o meu afã mórbido, à própria
simulação da dor, da tristeza e da doença para que os outros se preocupem comigo
e me mimem.
A maior parte dos conflitos que se apresentam
na minha vida interior, fabrica-os a imaginação: Porquê me disse aquilo? Qual a
verdadeira intenção?
d - A
"ofensa" foi real, concreta, feita directamente, ou por "me ter
constado"?
e - Trata-se
de uma falsidade a meu respeito, ou de uma crítica a alguma faceta do meu
carácter ou comportamento? Qual foi a minha primeira reacção?
A
estas duas últimas perguntas só é possível responder fazendo um exame sério e
“desapaixonado” e justo.
A minha susceptibilidade é muitas vezes
exagerada considerando agravos e ofensas o que, talvez, não passe de uma
manifestação de “correcção fraterna”, ou seja, de amizade.
Mantenho actualizada uma lista de “agravos”
que considero ter sido sofrido.
É
verdade que muitas destas supostas - ou reais – ofensas, já as perdoei mas, não
obstante, mantenho viva a sua lembrança.
Diz-se: Eu perdoo mas não esqueço!
Isto
é um contra-senso, um disparate.
Não
esqueço porquê?
Pensar na simples hipótese que se Deus Nosso
Senhor procedesse assim comigo - perdoasse mas não esquecesse – deve causar-me
um imediato “calafrio”, medo e angústia.
No julgamento a que - todos – seremos
sujeitos logo após a nossa morte terrena, quão extenso seria o volume do meu
“processo” se nele constassem todas as faltas cometidas e não perdoadas!?
Esta “activação da memória” apresenta, ainda,
um outro perigo a ter muito em conta:
A
lembrança dos pecados do meu passado - recente ou não – por vezes com detalhes
que podem levar-me a uma tentação terrível: A tentação da memória!
E, o
tentador não se fica por recordar mas “pinta-o ”com cores vivas” e imagens
reais e promenorizadas.
Sei - experimentei-o muitas vezes - que mesmo
sem o desejar posso repetir o mesmo pecado… lembrando o próprio pecado.
Não há, pois, outro caminho: - Perdoar e
esquecer!
São José Maria textos
Não
me soltes, não me deixes
Recordaremos a Jesus que
somos crianças. E as crianças, as crianças pequenitas e simples, muito sofrem
para subir um degrau! Aparentemente, estão ali a perder tempo. Por fim, sobem.
Agora, outro degrau. Com as mãos e os pés, e com o impulso do corpo todo, conseguem
um novo triunfo: outro degrau. E voltam a começar. Que esforços! Já faltam
poucos..., mas, então, uma escorregadela... e ei-lo!... por aí abaixo. Toda
dorida, num mar de lágrimas, a pobre criança começa, recomeça a subida. – Assim
acontece connosco, Jesus, quando estamos sozinhos. Pega-nos Tu nos teus braços
amáveis, como um Amigo grande e bom da criança simples; não nos deixes enquanto
não chegarmos lá acima; e então – oh então! –, saberemos corresponder ao teu
Amor misericordioso com audácias infantis, dizendo-te, doce Senhor, que, fora
de Maria e de José, não houve nem haverá mortal – e houve-os muito loucos – que
te queira como te quero eu. (Forja, 346)
Eu vou continuando a minha
oração em voz alta e vós, cada um de vós, por dentro, está confessando ao
Senhor: Senhor, que pouco valho! Que cobarde tenho sido tantas vezes! Quantos
erros! Nesta ocasião e naquela... nisto e naquilo... E podemos exclamar também:
ainda bem, Senhor, que me tens sustentado com a tua mão, porque eu sinto-me
capaz de todas as infâmias... Não me largues, não me deixes; trata-me sempre
como um menino. Que eu seja forte, valente, íntegro. Mas ajuda-me, como a uma
criatura inexperiente. Leva-me pela tua mão, Senhor, e faz com que tua Mãe
esteja também a meu lado e me proteja. E assim, possumus!, poderemos, seremos capazes de ter-Te por modelo! Não é
presunção afirmar possumus! Jesus
Cristo ensina-nos este caminho divino e pede-nos que o apreendamos porque Ele o
tornou humano e acessível à nossa fraqueza. Por isso se rebaixou tanto: Este
foi o motivo porque se abateu, tomando a forma de servo aquele Senhor que, como
Deus, era igual ao Pai; mas abateu-se na majestade e na potência; não na
bondade e na misericórdia. A bondade de Deus quer tornar-nos fácil o caminho.
Não rejeitemos o convite de Jesus; não Lhe digamos que não; não nos façamos
surdos ao seu chamamento; pois não existem desculpas, não temos nenhum motivo
para continuar a pensar que não podemos. Ele ensinou-nos com o seu exemplo.
Portanto, peço-vos encarecidamente, meus irmãos, que não permitais que se vos
tenha mostrado em vão exemplo tão precioso, mas que vos conformeis com Ele e
vos renoveis no espírito da vossa alma. (Cristo que passa, 15)