13/02/2021

A verdade de Cristo no coração

 

Os que temos a verdade de Cristo no coração, temos de meter esta verdade no coração, na cabeça e na vida dos outros. O contrário seria comodismo, táctica falsa.

Pensa de novo: Cristo pediu-te licença, a ti, para se meter na tua alma? Deixou-te a liberdade de o seguir, mas procurou-te Ele, porque quis. (Forja, 946)

Com obras de serviço, podemos preparar a Nosso Senhor um triunfo maior que o da sua entrada em Jerusalém... Porque não se repetirão as cenas de Judas, nem a do Jardim das Oliveiras, nem aquela noite cerrada... Conseguiremos que o mundo arda nas chamas do fogo que veio trazer à terra!... E a luz da verdade – o nosso Jesus – iluminará as inteligências num dia sem fim. (Forja, 947)

Leitura espiritual

         


      Novo Testamento ()

Evangelho


Mc XI, 1-26


 

Entrada triunfal em Jerusalém

1 Estando próximos de Jerusalém, perto de Betfagé e de Betânia, junto ao Monte das Oliveiras, Jesus enviou dois dos seus discípulos 2 e disse-lhes: «Ide à povoação que está em frente de vós e, logo que nela entrardes, encontrareis um jumentinho preso, que ainda ninguém montou. Soltai-o e trazei-o. 3 E se alguém vos perguntar: ‘Porque fazeis isso?’ respondei: ‘O Senhor precisa dele;’ e logo o mandará de volta.» 4 Partiram e encontraram um jumentinho preso junto de uma porta, do lado de fora, na rua, e soltaram-no. 5 Alguns que ali se encontravam disseram-lhes: «Que é isso de soltar o jumentinho?» 6 Responderam como Jesus tinha dito e eles deixaram-nos ir. 7 Levaram o jumentinho a Jesus, lançaram-lhe por cima as capas e Jesus montou nele. 8 Muitos estenderam as capas pelo caminho; outros, ramos de verdura que tinham cortado nos campos. 9 E tanto os que iam à frente como os que vinham atrás gritavam: Hossana! Bendito seja o que vem em nome do Senhor! 10 Bendito o Reino do nosso pai David que está a chegar. Hossana nas alturas! 11  Chegou a Jerusalém e entrou no templo. Depois de ter examinado tudo em seu redor, como a hora já ia adiantada, saiu para Betânia com os Doze.

 

A figueira amaldiçoada

12 Na manhã seguinte, ao deixarem Betânia, Jesus sentiu fome. 13 Vendo ao longe uma figueira com folhas, foi ver se nela encontraria alguma coisa; mas, ao chegar junto dela, não encontrou senão folhas, pois não era tempo de figos. 14 Disse então: «Nunca mais ninguém coma fruto de ti.» E os discípulos ouviram isto.

 

Os profanadores do Templo

15 Chegaram a Jerusalém; e, entrando no templo, Jesus começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo; deitou por terra as mesas dos cambistas e os bancos dos vendedores de pombas, 16 e não permitia que se transportasse qualquer objecto através do templo. 17 E ensinava-os, dizendo: «Não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos? Mas vós fizestes dela um covil de ladrões.» 18 Os sacerdotes e os doutores da Lei ouviram isto e procuravam maneira de o matar, mas temiam-no, pois toda a multidão estava maravilhada com o seu ensinamento. 19 Quando se fez tarde, saíram para fora da cidade.

 

A confiança em Deus

20 Ao passarem na manhã seguinte, viram a figueira seca até às raízes. 21 Pedro, recordando-se, disse a Jesus: «Olha, Mestre, a figueira que amaldiçoaste secou!» 22 Jesus disse-lhes: «Tende fé em Deus. 23 Em verdade vos digo, se alguém disser a este monte: ‘Tira-te daí e lança-te ao mar’, e não vacilar em seu coração, mas acreditar que o que diz se vai realizar, assim acontecerá. 24 Por isso, vos digo: tudo quanto pedirdes na oração crede que já o recebestes e haveis de obtê-lo. Quando vos levantais para orar, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe primeiro, 25 para que o vosso Pai que está no céu vos perdoe também as vossas ofensas. 26 Porque, se não perdoardes, também o vosso Pai que está no Céu não perdoará as vossas ofensas.»


Texto:



  Ao atribuir a designação de amor ao simples acto sexual independentemente das circunstâncias ou especificidades envolvidas, comete-se um abuso inaceitável porque se implica que se faz um acto divino ou, por outras palavras, que Deus está pessoalmente envolvido no acto.

  À força de repetir uma mentira esta acaba por se tornar verdade; este foi um dos corolários repetido até à exaustão por Lenine e com que funestos resultados!

  Uma das regras mais repetidamente impostas nesses negros anos do início do comunismo soviético, foi o banimento liminar do conceito da palavra, amor.

  Com razão, deve convir-se, porque são dois conceitos, ou filosofias completamente antagónicas.

  Comunismo e amor situam-se em polos diferentes, aliás, tão diferentes quanto o podem ser duas coisas em si distintas desde a raiz.

  O comunismo - ou marxismo - é uma invenção humana enquanto o amor é uma centelha divina.

Esta é a realidade do sentimento mais nobre que o homem pode cultivar, aquele é a afirmação do mais baixo sentimento de domínio de pessoas, sociedades inteiras, para conseguir fins de controlo e hegemonia sem outra finalidade que a exclusão de todos e tudo que não haja - ou sequer pense - da mesma forma recorrendo se necessário - e quase sempre o foi e continua a ser - à força física, à coacção mais brutal e aviltante.

  Sim, é verdade, caiu o muro que, em Berlim, dividia o mundo, símbolo dessa força, dessa ideologia imposta a milhares de seres humanos durante décadas.

  Mas como foi possível?

Que movimento foi o autor de tamanha convulsão?

  Na verdade, não houve nem força nem organização alguma mas, tão só o amor incomensurável de um homem extraordinário:

  O amor pelos homens - por todos os homens - de João Paulo II!

  Uma vez mais se cumpriu o famoso aviso, já citado, de Gamaliel: as obras dos homens são passageiras, podem combater-se e ser vencidas, as de Deus não há combate que as possa vencer.

  Nunca!

  A queda do muro de Berlim foi obra de Deus?

  Não parece haver grandes dúvidas já que todas as explicações que se possam aduzir para actos de inexplicável alcance e envergadura encontram sempre uma intransponível interrogação e desafio à lógica humana.

  Talvez o comunismo continue a existir em diferentes partes do mundo, tal como existem as perseguições que a intransigência das ideologias promovem, mas há uma evolução visível e mudanças significativas à medida que vão desaparecendo os mentores dessas ideologias e políticas.

  Mas o cristianismo não é uma ideologia nem sequer uma filosofia de vida proposta por homens, é um modo de encarar a vida, a criação, o mundo, as relações dos homens com os outros seres e com o meio ambiente e, este modo de encarar a vida foi proposto por Deus através da Segunda Pessoa, Jesus Cristo.

  Por isso, não há várias formas de viver mas apenas duas:

  Viver como Deus quer que o homem viva para alcançar o seu fim que é a vida eterna, ou viver de outra forma qualquer, não importa qual.

  Viver como Deus quer é a única forma que o homem tem de viver para ser possível alcançar o seu fim último.

Viver de outra forma pode ser agradável, compensador, terrível ou desastroso mas, no fim, não restará absolutamente nada e a alma, não podendo acolher-se junto do Criador, porque O rejeitou em vida, ficará banida para sempre de qualquer compensação ou gozo.

  É este o condicionamento do ser humano.

Um condicionamento real, concreto, positivo, do qual não pode fugir, a que não consegue eximir-se tente o que tentar, faça o que fizer.

  Note-se que se fala de condicionamento e não de dilema que, por definição filosófica, significa exactamente um problema que apresenta duas soluções, nenhuma das quais aceitável.

  Este condicionamento, de facto, tem duas soluções:

Uma é actuar como Deus quer; a outra, fazer o oposto.

  Está bem expresso na Lei Natural o modo de viver que Deus quer e qualquer um dos dez preceitos é fundamental e faz parte inalienável do todo.

O não cumprimento ou desprezo de um deles implica o não cumprimento da Lei no seu todo.

Parece simples de perceber que, por exemplo, o preceito de não furtar, se não for cumprido, arrasta consigo uma série de consequências que colidem com todo o resto:

  A confiança, a fidelidade, a justiça, a lealdade, o respeito, a honra, o amor a Deus e ao próximo.

  Por isso não faz sentido nenhum dizer que fulano é honesto como se fosse uma condição de excepcional virtude quando, simplesmente, se trata de uma obrigação moral de qualquer ser humano.

  O Beato João Paulo II foi o homem providencial de que Deus Se terá servido numa determinada época da história humana, para, de certa forma, ser o mentor da fractura com uma situação insuportável para milhões de Filhos Seus.

A sua frágil pessoa conseguiu aquilo que o poder das armas mais sofisticadas e potentes não conseguira até então.

Como?

Porque tinha razão e foi capaz de chamar à razão os que a não tinham.

  É sem dúvida notável que as suas primeiras palavras, após a sua eleição como Sumo-Pontífice, fossem:

  ‘Não tenhais medo!’

  Ele podia, da janela do Palácio Vaticano, dizer estas palavras ao mundo porque, ele próprio, não tinha medo absolutamente nenhum de nada.

 

Nem a consciência, que decerto tinha, da terrível carga que lhe tinha sido posta nos ombros o impediu de mostrar – urbi et orbi – a todos no mundo, que a sua confiança na providência divina era total e absoluta e que tudo, absolutamente tudo quanto pudesse vir a acontecer, seria para bem.

(1) Sequencial todos os dias do ano

Filosofia e Religião, Vida Humana

 

É necessária outra doutrina, além das disciplinas filosóficas?

QUANTO AO PRIMEIRO ARTIGO, ASSIM SE PROCEDE: Parece desnecessária outra doutrina além das disciplinas filosóficas.

1. – Pois não se deve esforçar o homem por alcançar objetos que ultrapassem a razão, segundo a Escritura (Ecle. 3, 22): Não procures saber coisas mais dificultosas do que as que cabem na tua capacidade. Ora, o que é da alçada racional ensina-se, com suficiência, nas disciplinas filosóficas; logo, parece escusada outra doutrina além das disciplinas filosóficas.

2. – Ademais, não há doutrina senão do ente, pois nada se sabe, senão o verdadeiro, que no ente se converte. Ora, de todas as partes do ser trata a filosofia, inclusive de Deus; por onde, um ramo filosófico se chama teologia ou ciência divina, como está no Filósofo. Logo, não é preciso que haja outra doutrina além das filosóficas.

EM SENTIDO CONTRÁRIO, diz a segunda Carta a Timóteo (II Tm. 3, 16): Toda a Escritura divinamente inspirada é útil para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir na justiça. Porém, a Escritura, divinamente revelada, não pertence às disciplinas filosóficas, adquiridas pela razão humana; por onde, é útil haver outra ciência, divinamente revelada, além das filosóficas.

RESPONDO.

Para a salvação do homem, é necessária uma doutrina conforme à revelação divina, além das filosóficas, pesquisadas pela razão humana. Porque, primeiramente, o homem é por Deus ordenado a um fim que lhe excede a compreensão racional, segundo a Escritura (Is 64, 4): O olho não viu, exceto tu, ó Deus, o que tens preparado para os que te esperam. Ora, o fim deve ser previamente conhecido pelos homens, que para ele têm de ordenar as intenções e atos. De sorte que, para a salvação do homem, foi preciso, por divina revelação, tornarem-se-lhe conhecidas certas verdades superiores à razão.

Mas também naquilo que de Deus pode ser investigado pela razão humana, foi necessário ser o homem instruído pela revelação divina. Porque a verdade sobre Deus, exarada pela razão, chegaria aos homens por meio de poucos, depois de longo tempo e de mistura com muitos erros; se bem do conhecer essa verdade depende toda a salvação humana, que em Deus consiste. Logo, para que mais conveniente e segura adviesse aos homens a salvação, cumpria fossem, por divina revelação, ensinados nas coisas divinas. Donde foi necessária uma doutrina sagrada e revelada, além das filosóficas, racionalmente adquiridas.

QUANTO AO 1º, portanto, deve dizer-seque embora se não possa inquirir pela razão o que sobrepuja a ciência humana, pode-se entretanto recebê-lo por fé divinamente revelada. Por isso, no lugar citado (Ecle. 3, 25), se acrescenta: Muitas coisas te têm sido patenteadas que excedem o entendimento dos homens. E nisto consiste a sagrada doutrina.

QUANTO AO 2º, deve dizer-seque o meio de conhecer diverso induz a diversidade das ciências. Assim, o astrônomo e o físico demonstram a mesma conclusão, p. ex., que a terra é redonda; se bem o astrônomo, por meio matemático, abstrato da matéria; e o físico, considerando a mesma. Portanto, nada impede que os mesmos assuntos, tratados nas disciplinas filosóficas, enquanto cognoscíveis pela razão natural, também sejam objeto de outra ciência, enquanto conhecidos pela revelação divina. Donde a teologia, atinente à sagrada doutrina, difere genericamente daquela teologia que faz parte da filosofia.

 

São Tomás de Aquino, Summa Theológica

Pequena agenda do cristão

    



SÁBADO

Pequena agenda do cristão

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?




Orações sugeridas: