Cartas de São Paulo
1 Cor 11
1Sede meus imitadores, como eu
o sou de Cristo.
IV. A ASSEMBLEIA
LITÚRGICA (11,2-34)
2Felicito-vos porque em tudo
vos lembrais de mim e guardais as tradições, conforme eu vo-las transmiti. 3Mas
quero que saibais que a cabeça de todo o homem é Cristo, a cabeça da mulher é o
homem, e a cabeça de Cristo é Deus.
O véu das mulheres
4Todo o homem que reza ou
profetiza, de cabeça coberta, desonra a sua cabeça. 5Mas toda a mulher que reza
ou profetiza, de cabeça descoberta, desonra a sua cabeça; é como se estivesse
com a cabeça rapada. 6Se a mulher não usa véu, mande cortar os cabelos! Mas se
é vergonhoso para uma mulher cortar os cabelos ou rapar a cabeça, então
cubra-se com um véu.
7O homem não deve cobrir a
cabeça, porque é imagem e glória de Deus; mas a mulher é glória do homem. 8Pois
não foi o homem que foi tirado da mulher, mas a mulher do homem. 9E o homem não
foi criado para a mulher, mas a mulher para o homem. 10Por isso, a mulher deve
trazer sobre a cabeça o sinal da autoridade, por causa dos anjos. 11Todavia,
nem a mulher é separável do homem, nem o homem da mulher, diante do Senhor.
12Pois, se a mulher foi tirada do homem, o homem nasce da mulher, e tudo provém
de Deus.
13Julgai por vós mesmos: será
decoroso que a mulher reze a Deus de cabeça descoberta? 14E não é a própria
natureza que vos ensina que é uma desonra para o homem trazer cabelos
compridos, 15ao passo que, para a mulher, deixá-los crescer é uma glória,
porque a cabeleira lhe foi dada como um véu?
16Mas, se alguém quiser
contestar, nós não temos esse costume, nem tão-pouco as igrejas de Deus.
A Ceia do Senhor
17Feitas estas advertências,
não posso louvar-vos: reunis-vos, não para vosso proveito, mas para vosso dano.
18Em primeiro lugar, ouço dizer que, quando vos reunis em assembleia, há
divisões entre vós, e em parte eu acredito. 19É mesmo necessário que haja
divisões entre vós, para que se tornem conhecidos aqueles que de entre vós
resistem a esta provação.
20Quando, pois, vos reunis,
não é a ceia do Senhor que comeis, 21pois cada um se apressa a tomar a sua
própria ceia; e enquanto um passa fome, outro fica embriagado. 22Porventura não
tendes casas para comer e beber? Ou desprezais a Igreja de Deus e quereis
envergonhar aqueles que nada têm? Que vos direi? Hei-de louvar-vos? Nisto, não
vos louvo.
23Com efeito, eu recebi do
Senhor o que também vos transmiti: o Senhor Jesus na noite em que era entregue,
tomou pão 24e, tendo dado graças, partiu-o e disse: «Isto é o meu corpo, que é
para vós; fazei isto em memória de mim». 25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou
o cálice e disse: «Este cálice é a nova Aliança no meu sangue; fazei isto
sempre que o beberdes, em memória de mim.» 26Porque, todas as vezes que
comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciais a morte do Senhor, até
que Ele venha.
27Assim, todo aquele que comer
o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do
Senhor. 28Portanto, examine-se cada um a si próprio e só então coma deste pão e
beba deste vinho; 29pois aquele que come e bebe, sem distinguir o corpo do
Senhor, come e bebe a própria condenação. 30Por isso, há entre vós muitos
débeis e enfermos e muitos morrem. 31Se nos examinássemos a nós mesmos, não
seríamos julgados; 32mas, quando somos julgados pelo Senhor, Ele corrige-nos,
para não sermos condenados com o mundo.
33Por isso, meus irmãos,
quando vos reunirdes para comer, esperai uns pelos outros. 34Se algum tem fome,
coma em casa, a fim de não vos reunirdes para vossa condenação. Quanto a outros
assuntos, hei-de resolvê-los quando chegar.