24/11/2019

Amor verdadeiro é sair de si mesmo


A alegria cristã não é fisiológica: o seu fundamento é sobrenatural, e está por cima da doença e da contradição. Alegria não é alvoroço de guizos ou de baile popular. A verdadeira alegria é algo mais íntimo: algo que nos faz estar serenos, transbordantes de gozo, mesmo que, às vezes, o rosto permaneça grave. (Forja, 520)

Há quem viva amargurado todo o dia. Tudo lhe causa desassossego. Dorme com uma obsessão física: a de que essa única evasão possível lhe vai durar pouco. Acorda com a impressão hostil e descorçoada de que já tem outra jornada pela frente...
Muitos esqueceram-se de que o Senhor nos colocou neste mundo de passagem para a felicidade eterna; e não pensam que só podem alcançá-la os que caminharem na Terra com a alegria dos filhos de Deus. (Sulco, 305)

Amor verdadeiro é sair de si mesmo, entregar-se. O amor traz consigo a alegria, mas é uma alegria que tem as suas raízes em forma de cruz. Enquanto estivermos na terra e não tivermos chegado à plenitude da vida futura, não pode haver amor verdadeiro sem a experiência do sacrifício, da dor. Uma dor de que se gosta, amável, fonte de íntimo gozo, mas dor real, porque significa vencer o nosso egoísmo e tomar o amor como regra de todas e cada uma das nossas acções (Cristo que passa, 43).


THALITA KUM 18


THALITA KUM 18

(Cfr. Lc 8, 49-56)

Na sequência do Evangelho de S. Mateus, Jesus tinha vindo de Gerasa e, decerto, os acontecimentos extraordinários, os dois mil porcos precipitados no mar como “preço”, da cura do endemoninhado [1], teriam chegado ao seu conhecimento.

Também poderá ter ouvido falar do filho da viúva de Naim, ressuscitado em pleno cortejo fúnebre.

Vai, portanto, ter com Ele à praia, não espera que o chame, adianta-se e decide-se.

A situação é grave, a tormenta violentíssima…

«Cai-lhe aos pés» [2], diz expressamente o Evangelho.
Uma atitude de enorme humildade, de profunda entrega.

Cair aos pés de Jesus é “meio caminho andado” para alcançar a misericórdia que se implora.

Que tem de mais ajoelharmo-nos?
Não é Ele o Criador e Senhor de todas as coisas?

Esta passagem tão linear deve fazer-nos pensar na facilidade com que, por vezes, nos aproximamos de Jesus.
Por exemplo, em frente do Sacrário, onde Ele está presente em Corpo, Alma e Divindade como nos comportamos?

Ajoelhamos reverentemente ou, se não o podemos fazer, detemo-nos sem pressas e fazemos uma vénia conveniente, sentida, própria de quem se sabe servo quem cumprimenta o seu Senhor?

E como O recebemos na Sagrada Comunhão?
Aproximamo-nos com respeito, com profundo recolhimento interior?

Se Ele se nos entrega em Corpo, Alma e Divindade para nosso alimento, não será para nós bastante recebê-lo como alimento? 

(AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)




[1] Cfr. Lc 8, 26-39.
[2] Mc 5, 22.

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM


CRISTO REI

Evangelho: Lc 23, 35-43

Naquele tempo, os chefes dos judeus zombavam de Jesus, dizendo: «Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito». Também os soldados troçavam d’Ele; aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam: «Se és o Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo». Por cima d’Ele havia um letreiro: «Este é o Rei dos judeus». Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-O, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também». Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Não temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo das nossas más acções. Mas Ele nada praticou de condenável». E acrescentou: «Jesus, lembra-Te de Mim, quando vieres com a tua realeza». Jesus respondeu-lhe: «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso».

Comentário:

A realeza de Cristo – mesmo que não fosse essa a verdadeira intenção de Pilatos – ficará para sempre publicamente registada no letreiro que identifica o Crucificado.

Os próprios que promoveram a Sua morte, reconhecem isto e vão junto do Pretor Romano pedir a remoção do letreiro.
A resposta deste – ‘quod scripsi scripsi’[1] – é a confirmação da realidade.

E são os simples e puros de coração – independentemente da sua situação pessoal no momento – que o reconhecem e acreditam.

Com a sua resposta o ladrão arrependido conquistou o Coração de Cristo e obteve o maior prémio a que poderia aspirar: a salvação eterna.

(AMA, comentário sobre Lc 23, 35-43, 19.09.2019)



[1] Cfr Jo 19,22

Leitura espiritual


CARTAS DE SÃO PAULO

2 Cor 5

1 Sabemos, com efeito, que, quando a nossa morada terrestre, a nossa tenda, for destruída, temos uma habitação no Céu, obra de Deus, uma casa eterna, não construída por mãos humanas. 2 E por isso, gememos nesta tenda, ansiando por revestir-nos daquela habitação celeste, 3 contanto que nos encontremos vestidos e não nus. 4Pois, enquanto estamos na tenda gememos oprimidos, porque não queremos ser despidos mas revestidos, a fim de que o que é mortal seja absorvido pela vida. 5 E quem nos preparou para isso mesmo foi Deus, que nos deu o penhor do Espírito. 6 Portanto, estamos sempre confiantes e conscientes de que, permanecendo neste corpo, vivemos exilados, longe do Senhor, 7 pois caminhamos pela fé e não pela visão... 8 Cheios dessa confiança, preferimos exilar-nos do corpo, para irmos morar junto do Senhor. 9 Por isso também, quer permaneçamos na nossa morada, quer a deixemos, esforçamo-nos por lhe agradar. 10 Com efeito, todos havemos de comparecer perante o tribunal de Cristo, a fim de que cada um receba conforme aquilo que fez de bem ou de mal, enquanto estava no corpo.

O ministério da reconciliação –

11 Compenetrados, pois, do temor do Senhor, procuramos persuadir os homens e viver plenamente transparentes diante de Deus. Mas espero ter-me também manifestado plenamente às vossas consciências. 12 Não vamos recomendar-nos, de novo, a vós, mas queremos dar-vos a oportunidade de vos gloriardes por causa de nós, a fim de que saibais como responder aos que se gloriam das aparências e não do que está no coração. 13 Porque, se entramos em exaltação, é por Deus; se somos sensatos, é por vós. 14 Sim, o amor de Cristo nos absorve completamente, ao pensar que um só morreu por todos e, portanto, todos morreram. 15 Ele morreu por todos, a fim de que, os que vivem, não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 16 Por conseguinte, de agora em diante, não conhecemos ninguém à maneira humana. Ainda que tenhamos conhecido a Cristo desse modo, agora já não o conhecemos assim. 17 Por isso, se alguém está em Cristo, é uma nova criação. O que era antigo passou; eis que surgiram coisas novas. 18 Tudo isto vem de Deus, que nos reconciliou consigo por meio de Cristo e nos confiou o ministério da reconciliação. 19 Pois foi Deus quem reconciliou o mundo consigo, em Cristo, não imputando aos homens os seus pecados, e pondo em nós a palavra da reconciliação. 20 É em nome de Cristo, portanto, que exercemos as funções de embaixadores e é Deus quem, por nosso intermédio, vos exorta. Em nome de Cristo suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus. 21 Aquele que não havia conhecido o pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nos tornássemos, nele, justiça de Deus.

Alcalde de Costa de Marfil consagra su ciudad a la Virgen María



Un alcalde de Costa de Marfil consagra su ciudad a la Virgen María acompañado de evangélicos y musulmanes

Pequena agenda do cristão

DOMINGO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?