28/02/2016

Índice de publicações em Fev 28

nunc coepi – Índice de publicações em Fev 28

São Josemaria – Textos

JMA – Quaresma

AMA - Comentários ao Evangelho Lc 13 1-9, Leit Espiritual - Doutrina Social da Igreja

Doutrina – Demónio

AT - Salmos – 118

Alexandre Zabot, Ciência e Igreja, Notícias e outros temas


Agenda Sábado

Pequena agenda do cristão


SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?



Reflexões quaresmais


E a gratidão, Senhor? Como viver a gratidão?

A alegria baila nos Teus olhos quando me dizes:
‘Sabes, meu filho, são mais as reclamações do que os agradecimentos, e não devia ser assim.
Mas quando o coração transborda de amor por perceberes que te foi concedido o que precisavas, a tua boca e todo o teu ser abrem-se para agradecer a graça concedida, e as palavras faltam-te, por isso repetes insistentemente: obrigado, obrigado, obrigado!
E esse sentimento, meu filho, vale para as coisas de Deus, mas vale também para tudo o que de bem te fazem os outros, e que os outros fazem de bem à humanidade.
É que só com o agradecimento, só com a gratidão, se torna completo o bem que é dado.
E não te esqueças nunca de todos aqueles que fazem coisas por ti, que intercedem por ti, e tu nem sequer sabes. A todos esses anónimos, envolve numa oração de intercessão, entregando-os, e pedindo por eles a Deus.
Da reclamação vem amargura à vida. Da gratidão só vem o bem-estar à vida’.

Sabes, Senhor, lembro-me sempre do meu pai me falar da gratidão! Percebo-o ainda melhor, agora.

Peço-Te, Senhor:
Abre o meu coração e a minha vida à gratidão!
Que eu nunca me esqueça de agradecer verdadeiramente a todos aqueles que fazem o bem, a mim e aos outros. Que por eles eu interceda nas minhas orações diárias.
E a Ti, Senhor, que em tudo e sempre dê graças, até mesmo por aquilo que agora possa ainda não entender.

Obrigado, Senhor, obrigado!

Joaquim Mexia Alves, Marinha Grande, 27 de Fevereiro de 2016.




A Igreja valoriza a ciência

Igreja e Ciência – 5

Harmonia entre a Ciência e a Igreja

…/5

Mas muito embora a Igreja valorize a Ciência como um grande e importante empreendimento humano, ela não cansa de alertar para os perigos que a Ciência pode trazer se usada da maneira errada.
Os riscos são vários, mas três se destacam e mereceram muita atenção nos discursos papais mais recentes, inclusive na última encíclica do papa Bento XVI, Caritas in Veritate.
Em primeiro lugar está o risco do conhecimento científico ser usado por grupos de poder para dominar os outros.
Já vimos isso com as bombas atómicas ou então com o monopólio de conhecimentos, como algumas patentes de remédios.
Com o desenvolvimento tecnológico cada vez mais acelerado o risco do conhecimento ser usado efectivamente como arma é muito grande.
É preciso que fiquemos todos muito alertas e que não aceitemos este tipo de uso indevido da ciência, que deve sempre promover o bem de todos.



alexandre zabot 


(revisão da versão portuguesa por ama)

Evangelho, comentário, L. espiritual


Quaresma
Semana III

Evangelho: Lc 13, 1-9

1 Neste mesmo tempo chegaram alguns a dar-Lhe a notícia de certos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com o dos sacrifícios deles. 2 Jesus respondeu-lhes: «Vós julgais que aqueles galileus eram maiores pecadores que todos os outros galileus, por terem sofrido tal sorte? 3 Não, Eu vo-lo digo; mas, se não fizerdes penitência, todos perecereis do mesmo modo. 4 Assim como também aqueles dezoito homens sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou; julgais que eles também foram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? 5 Não, Eu vo-lo digo; mas, se não fizerdes penitência, todos perecereis do mesmo modo». 6 Dizia também esta parábola: «Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi buscar fruto e não o encontrou. 7 Então disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho buscar fruto a esta figueira e não o encontro; corta-a; para que está ela inutilmente a ocupar terreno? 8 Ele, porém, respondeu-lhe: Senhor, deixa-a ainda este ano, enquanto eu a cavo em volta e lhe deito estrume; 9 se com isto der fruto, bem está; senão, cortá-la-ás depois».

Comentário:

O Senhor nunca desiste de nós.
Uma e outra vez procura-nos em busca de frutos e se não encontra o que legitimamente espera dá-nos nova oportunidade.

Ele criou o homem para que viva dando frutos que são o resultado do amor a Deus e aos outros e do cumprimento da Sua Vontade.

(ama, comentário sobre Lc 13, 1-9 2015.10.24)


Leitura espiritual



COMPÊNDIO
DA DOUTRINA SOCIAL
DA IGREJA


PRIMEIRA PARTE



CAPÍTULO I

O DESÍGNIO DE AMOR DE DEUS
A TODA A HUMANIDADE



III. A PESSOA HUMANA NO DESÍGNIO DE AMOR DE DEUS


d) Transcendência da salvação e autonomia das realidades terrestres


48 A pessoa humana não pode e não deve ser instrumentalizada por estruturas sociais, económicas e políticas, pois todo homem tem a liberdade de orientar-se para o seu fim último.
Por outro lado, toda a realização cultural, social, económica e política, em que se actuam historicamente a sociabilidade da pessoa e a sua actividade transformadora do universo, deve sempre ser considerada também no seu aspecto de realidade relativa e provisória, porque «a figura desse mundo passa!» (1 Cor 7, 31).

Trata-se de uma relatividade escatológica, no sentido de que o homem e o mundo vão ao encontro do fim, que é o cumprimento do seu destino em Deus; e de uma relatividade teológica, enquanto o dom de Deus, mediante o qual se cumprirá o destino definitivo da humanidade e da criação, supera infinitamente as possibilidades e as expectativas do homem.
Qualquer visão totalitária da sociedade e do Estado e qualquer ideologia puramente intramundana do progresso são contrárias à verdade integral da pessoa humana e ao desígnio de Deus na história.


IV. DESÍGNIO DE DEUS E MISSÃO DA IGREJA


a) A Igreja, sinal e tutela da transcendência da pessoa humana


49 A Igreja, comunidade daqueles que são convocados pelo Cristo Ressuscitado e se põem no seu seguimento, é o «sinal e a salvaguarda da dignidade da pessoa humana» [54].
Ela «é em Cristo como que sacra to ou sinal, e também instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o género humano» [55].

A missão da Igreja é a de anunciar e comunicar a salvação realizada em Jesus Cristo, que Ele chama «Reino de Deus» (Mc 1, 15), ou seja, a comunhão com Deus e entre os homens. O fim da salvação, o Reino de Deus, abraça todos os homens e se realizará plenamente além da história, em Deus. A Igreja recebeu «a missão de anunciar e estabelecer em todas as gentes o Reino de Cristo e de Deus, e constitui ela própria na terra o germe e o início deste Reino» [56].

50 A Igreja põe-se concretamente ao serviço do Reino de Deus, antes de mais nada, anunciando e comunicando o Evangelho da salvação e constituindo novas comunidades cristãs. Ela, ademais, «serve o Reino, difundindo pelo mundo os “valores evangélicos”, que são a expressão do Reino, e ajudam os homens a acolher o desígnio de Deus. É verdade que a realidade incipiente do Reino se pode encontrar também fora dos confins da Igreja, em toda a humanidade na medida em que ela viva os “valores evangélicos” e se abra à acção do Espírito que sopra onde e como quer (cf. Jo 3, 8); mas é preciso acrescentar, logo a seguir, que esta dimensão temporal do Reino está incompleta, enquanto não se ordenar ao Reino de Cristo, presente na Igreja, em constante tensão para a plenitude escatológica» [57].
 Donde deriva, em particular, que a Igreja não se confunde com a comunidade política e nem está ligada a nenhum sistema político [58].

A comunidade política e a Igreja, no próprio campo, são efectivamente independentes e autónomas uma em relação à outra, e estão ambas, embora a diferentes títulos, «ao serviço da vocação pessoal e social dos mesmos homens» [59].

Pode, antes, afirmar-se que a distinção entre religião e política e o princípio da liberdade religiosa constituem uma aquisição específica do cristianismo, de grande relevo no plano histórico e cultural.

51 À identidade e à missão da Igreja no mundo, segundo o projecto de Deus realizado em Cristo, corresponde «uma finalidade salvífica e escatológica, que só pode ser plenamente alcançada no século futuro» [60].

Justamente por isso, a Igreja oferece um contributo original e insubstituível à comunidade humana com a solicitude que a impele a tornar mais humana a família dos homens e a sua história, e a pôr-se como baluarte contra qualquer tentação totalitarista, indicando ao homem a sua vocação integral e definitiva [61].

Com a pregação do Evangelho, a graça dos sacramentos e a experiência da comunhão fraterna, a Igreja sana e eleva a dignidade da pessoa humana, «firmando a coesão da sociedade e dando à actividade diária dos homens um sentido e um significado mais profundos» [62].

No plano das dinâmicas históricas concretas, não se pode compreender o advento do Reino de Deus na perspectiva de uma organização social, económica e política definida e definitiva.
Ele é antes testemunhado pelo progresso de uma sociabilidade humana que é para os homens fermento de realização integral, de justiça e de solidariedade, na abertura ao Transcendente como termo referencial para a própria definitiva e plena realização pessoal.

b) Igreja, Reino de Deus e renovação das relações sociais

52 Deus, em Cristo, não redime somente a pessoa individual, mas também as relações sociais entre os homens. Como ensina o apóstolo Paulo, a vida em Cristo faz vir à tona de modo pleno e novo a identidade e a sociabilidade da pessoa humana, com as suas concretas consequências no plano histórico e social: «Todos sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo. Todos vós que fostes baptizados em Cristo, vos revestistes de Cristo. Já não há judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um em Cristo Jesus» (Gal 3, 26-28).
Nesta perspectiva, as comunidade eclesiais, convocadas pela mensagem de Jesus Cristo e reunidas no Espírito Santo ao redor do Ressuscitado (cf. Mt 18, 20; 28, 19-20; Lc 24, 46-49), se propõem como lugar de comunhão, de testemunho e de missão e como fermento de redenção e de transformação das relações sociais.

A pregação do Evangelho de Jesus induz os discípulos a antecipar o futuro renovando as relações recíprocas.

53 A transformação social que responde às exigências do Reino de Deus não está estabelecida nas suas determinações concretas uma vez por todas. Trata-se antes de uma tarefa confiada à comunidade cristã, que a deve elaborar e realizar através da reflexão e da praxe inspiradas no Evangelho.

É o próprio Espírito do Senhor que conduz o povo de Deus e, concomitantemente, preenche o universo [63], inspirando, de tempos em tempos, soluções novas e actuais à criatividade responsável dos homens [64], à comunidade dos cristãos inserida nos dinamismos do mundo e da história e, por isso mesmo, aberta ao diálogo com todas as pessoas de boa vontade, na procura comum dos germes de verdade e de liberdade disseminados no vasto campo da humanidade [65].

A dinâmica de uma tal renovação deve estar ancorada nos princípios imutáveis da lei natural, impressa por Deus Criador na Sua criatura (cf. Rm 2, 14-15) e iluminada escatologicamente mediante Jesus Cristo.

54 Jesus Cristo revela-nos que «Deus é amor» (1 Jo 4, 8) e ensina-nos que «a lei fundamental da perfeição humana, e portanto da transformação do mundo, é o mandamento novo do amor. Destarte, aos que creem no amor divino dá-lhes a certeza de que abrir o caminho do amor a todos os homens e instaurar a fraternidade universal não são coisas vãs» [66].

Esta lei è chamada a tornar-se a medida e a norma última de todas as dinâmicas nas quais se desdobram as relações humanas.
Em síntese, é o próprio mistério de Deus, o Amor trinitário, que funda o significado e o valor da pessoa, da sociabilidade e do agir do homem no mundo, na medida em que foi revelado e participado à humanidade, por meio de Cristo, no Seu Espírito.

55 A transformação do mundo se apresenta como uma instância fundamental também do nosso tempo.
A esta exigência o Magistério social da Igreja entende oferecer as respostas que os sinais dos tempos invocam, indicando primeiramente no amor recíproco entre os homens, sob o olhar de Deus, o instrumento mais potente de mudança, no plano pessoal assim como no social.
O amor recíproco, com efeito, na participação no amor infinito de Deus é o autêntico fim, histórico e transcendente, da humanidade. Portanto, «ainda que haja que distinguir cuidadosamente progresso terreno e crescimento do Reino de Cristo, contudo este progresso tem muita importância para o Reino de Deus, na medida em que pode contribuir para uma melhor organização da sociedade humana» [67].

(cont)

Notas:
________________
[54] CONCÍLIO VATICANO II, const. past. Gaudium et Spes, n.º 76, AAS 58, 1966, p. 1099. [55] CONCÍLIO VATICANO II, const. dogm. Lumen Gentium, n.º 1, AAS 57, 1965, p. 5.
[56] CONCÍLIO VATICANO II, const. dogm. Lumen Gentium, n.º 5, AAS 57, 1965, p. 8.
[57] JOÃO PAULO II, carta encícl. Redemptoris Missio, n.º 20, AAS 83, 1991, p. 267.
[58] Cf. CONCÍLIO VATICANO II, const. past. Gaudium et Spes, n.º 76, AAS 58, 1966, p. 1099; Catecismo da Igreja Católica, n.º 2245.
[59] CONCÍLIO VATICANO II, const. past. Gaudium et Spes, n.º 76, AAS 58, 1966, p. 1099.
[60] CONCÍLIO VATICANO II, const. past. Gaudium et Spes, n.º 40, AAS 58, 1966, p. 1058. [61] Cf. Catecismo da Igreja Católica, n.º 2244.
[62] CONCÍLIO VATICANO II, const. past. Gaudium et Spes, n.º 40, AAS 58, 1966, p. 1058.
[63] Cf. CONCÍLIO VATICANO II, const. past. Gaudium et Spes, n.º 11, AAS 58, 1966, p. 1033.
[64] Cf. PAULO VI, carta apost. Octogesima Adveniens, n.º 37, AAS 63, 1971, p. 426-427.
[65] Cf. JOÃO PAULO II, carta encícl. Redemptor Hominis, n.º 11, AAS 71, 1979, p. 276: «Os Padres da Igreja viam justamente nas diversas religiões como que outros tantos reflexos de uma única verdade, como que “germes do Verbo”, os quais testemunham que, embora por caminhos diferentes, está voltada para a mesma direcção a mais profunda aspiração do espírito humano».
[66] CONCÍLIO VATICANO II, const. past. Gaudium et Spes, n.º 38, AAS 58, 1966, p. 1055-1056.
[67] CONCÍLIO VATICANO II, const. past. Gaudium et Spes, n.º 39, AAS 58, 1966, p. 1057.

Antigo testamento / Salmos

Salmo 118








1 Deem graças ao Senhor porque ele é bom; o seu amor dura para sempre.
2 Que Israel diga: "O seu amor dura para sempre!"
3 Os sacerdotes digam: "O seu amor dura para sempre!"
4 Os que temem o Senhor digam: "O seu amor dura para sempre!"
5 Na minha angústia clamei ao Senhor; e o Senhor me respondeu, dando-me ampla liberdade.
6 O Senhor está comigo, não temerei. O que me podem fazer os homens?
7 O Senhor está comigo; ele é o meu ajudador. Verei a derrota dos meus inimigos.
8 É melhor buscar refúgio no Senhor do que confiar nos homens.
9 É melhor buscar refúgio no Senhor do que confiar em príncipes.
10 Todas as nações me cercaram, mas em nome do Senhor eu as derrotei.
11 Cercaram-me por todos os lados, mas em nome do Senhor eu as derrotei.
12 Cercaram-me como um enxame de abelhas, mas logo se extinguiram como espinheiros em chamas. Em nome do Senhor eu as derrotei!
13 Empurraram-me para forçar a minha queda, mas o Senhor me ajudou.
14 O Senhor é a minha força e o meu cântico; ele é a minha salvação.
15 Alegres brados de vitória ressoam nas tendas dos justos: "A mão direita do Senhor age com poder!
16 A mão direita do Senhor é exaltada! A mão direita do Senhor age com poder!"
17 Não morrerei; mas vivo ficarei para anunciar os feitos do Senhor.
18 O Senhor castigou-me com severidade, mas não me entregou à morte.
19 Abram as portas da justiça para mim, pois quero entrar para dar graças ao Senhor.
20 Esta é a porta do Senhor, pela qual entram os justos.
21 Dou-te graças, porque me respondeste e foste a minha salvação.
22 A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular.
23 Isso vem do Senhor, e é algo maravilhoso para nós.
24 Este é o dia em que o Senhor agiu; alegremo-nos e exultemos neste dia.
25 Salva-nos, Senhor! Nós imploramos. Faz-nos prosperar, Senhor! Nós suplicamos.
26 Bendito é o que vem em nome do Senhor. Da casa do Senhor nós os abençoamos.
27 O Senhor é Deus, e ele fez resplandecer sobre nós a sua luz. Juntem-se ao cortejo festivo, levando ramos até as pontas do altar.
28 Tu és o meu Deus; graças te darei! Ó meu Deus, eu te exaltarei!

29 Deem graças ao Senhor, porque ele é bom; o seu amor dura para sempre.

Consummati in unum

Aos que procuram a unidade, temos de colocá-los perante Cristo, que pede que estejamos consummati in unum, consumados na unidade. A fome de justiça deve conduzir-nos à fonte originária da concórdia entre os homens: ser e saber-se filhos do Pai, irmãos. (Cristo que passa, 157)

Pobre ecumenismo o que anda na boca de muitos católicos, que maltratam outros católicos! (Sulco, 643)

Uma vez disse ao Santo Padre João XXIII, movido pelo encanto afável e paterno do seu trato: “Santo Padre, na nossa Obra, todos os homens, católicos ou não, encontraram sempre um ambiente acolhedor: não aprendi o ecumenismo de Vossa Santidade”. Ele riu-se emocionado, porque sabia que, já desde 1950, a Santa Sé tinha autorizado o Opus Dei a receber como associados Cooperadores os não católicos e até os não cristãos.


São muitos, efectivamente – e entre eles contam-se pastores e até bispos das suas respectivas confissões –, os irmãos separados que se sentem atraídos pelo espírito do Opus Dei e colaboram nos nossos apostolados. E são cada vez mais frequentes – à medida que os contactos se intensificam – as manifestações de simpatia e de cordial entendimento, resultantes de os sócios do Opus Dei centrarem a sua espiritualidade no simples propósito de viver com sentido de responsabilidade os compromissos e exigências baptismais do cristão. O desejo de procurar a plenitude da vida cristã e de fazer apostolado, procurando a santificação do trabalho profissional; a vida imersa nas realidades seculares, respeitando a sua própria autonomia, mas tratando-as com espírito e amor de almas contemplativas; a primazia que na organização dos nossos trabalhos concedemos à pessoa, à acção do Espírito nas almas, ao respeito da dignidade e da liberdade que provêm da filiação divina do cristão. (Temas Actuais do Cristianismo, 22)

Doutrina - 69

O demónio realmente existe?

…/5

A Bíblia, particularmente os Evangelhos, bem como o Magistério e a vida dos santos, dão testemunho da existência do demónio.

O Antigo Testamento considera os anjos e os demónios como criaturas de Deus, Criador de tudo o que é visível e invisível.
Mas os textos que falam de Satanás no Antigo Testamento são muito raros.
É depois do exílio da Babilónia que se nota uma evolução: o mal entre os homens vem de Satanás (“satan”, em hebraico, significa “adversário”), devido ao pecado de Adão [i], quando, “pela inveja da serpente, a morte entrou no mundo[ii].
Satanás é o tentador, o acusador, o adversário de Deus [iii].
Quase dois séculos antes de Cristo, a comunidade monástica de Qumran, nas margens do Mar Morto, elaborou uma demonologia estruturada.

(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)



[i] Gn 3
[ii] Sb 2, 24
[iii] Zc 3, 1-7, Jó 1, 11