Dentro
do Evangelho – (cfr:
São Josemaria, Sulco 253)
(Re Mt V… )
Este texto que São Mateus escreve revela bem o
valor, a dignidade da pessoa humana.
Jesus considera bem-aventurados todos os homens sem
excluir nenhum; eu, portanto,sou bem-aventurado o meu Criador deu-me quanto
possa ser necessário para ser feliz, já aqui nesta vida terrena e, depois, na
vida eterna no Céu.
Ao imprimir em mim a Sua Imagem e Semelhança
atribuiu-me a própria Dignidade Divina e, ao dar-me bem conta deste
extraordinário benefício não posso mais que pedir-Lhe, constantemente, que me
ajude a ser digno, a não defraudar as Suas expectativas a meu respeito.
Sei muito bem a “esmagadora” responsabilidade que
se me depara e a minha fraca capacidade para a assumir como devo, mas sei,
tenho absoluta certeza que Ele não me faltará para suprir o muito que me falta.
Só espera que eu Lho peça para alegremente mo conceder; por isso Lhe digo do
fundo do meu coração:
Senhor, ajuda-me a ser, a comportar-me como teu
Filho!
Reflexão
Deixaram tudo e seguiram-No
Pedro e o seu irmão, André «Deixaram tudo»!... diz Mateus.
Como Cristo hão-de entregar também as
suas vidas na cruz.
Ambos se consideraram indignos ser
crucificados como o Rabi por Quem tinham abandonado tudo, naquele dia, nas
margens do mar da Galileia: Pedro quer ser crucificado de cabeça para baixo;
André escolhe uma cruz em X. Quiseram deixar bem claro quem era o
Mestre e quem eram os discípulos. E eu? O que é que eu tenho deixado, ao longo da
minha vida, pelo meu Mestre? Umas poucas coisitas de pouca monta e, mesmo
assim, sempre relutante, a contra-gosto.
Fico-me para aqui, agarrado às minhas
redes, encostado ao meu barco e não avanço mar dentro à pesca com é meu dever.
Ah! Porque o tempo não está favorável; talvez amanhã; porque estou cansado;
porque chove; está frio; faz muito calor; não me apetece; ainda ontem fui e não
apanhei nada! Tantas razões sem razão nenhuma!
Vá! Nunc coepi! Agora...agora
começo. Com o que tenho, com as minhas misérias e pouca coisa, com os meus
enormes defeitos e pequenas virtudes, mas de ouvidos bem atentos à voz de quem
chama: Tu...! Vem e segue-me!
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