04/05/2020

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Santo Rosário com São João Paulo II


Rezar com São João Paulo II: 

SANTO ROSÁRIO Ladainha de Nossa Senhora

PAPA JOÃO PAULO II




Notas: 
1 - Em Latim
2 - Publicação diária durante Maio

LEITURA ESPIRITUAL

COMENTANDO OS EVANGELHOS

São Lucas

Cap. VI



1  E aconteceu que, no sábado segundo-primeiro, passou pelas searas, e os seus discípulos iam arrancando espigas e, esfregando-as com as mãos, as comiam. 2  E alguns dos fariseus lhes disseram: Por que fazeis o que não é lícito fazer nos sábados? 3  E Jesus, respondendo-lhes, disse: Nunca lestes o que fez David quando teve fome, ele e os que com ele estavam? 4  Como entrou na casa de Deus, e tomou os pães da proposição, e os comeu, e deu também aos que estavam com ele, os quais näo é lícito comer senão só aos sacerdotes? 5  E dizia-lhes: O Filho do homem é Senhor até do sábado. 6  E aconteceu também noutro sábado, que entrou na sinagoga, e estava ensinando; e havia ali um homem que tinha a mão direita mirrada. 7  E os escribas e fariseus observavam-no, se o curaria no sábado, para acharem de que o acusar. 8  Mas ele bem conhecia os seus pensamentos; e disse ao homem que tinha a mão mirrada: Levanta-te, e fica em pé no meio. E, levantando-se ele, ficou em pé. 9  Então Jesus lhes disse: Uma coisa vos hei de perguntar: É lícito nos sábados fazer bem, ou fazer mal? salvar a vida, ou matar? 10  E, olhando para todos em redor, disse ao homem: Estende a tua mão. E ele assim o fez, e a mão lhe foi restituída sã como a outra. 11  E ficaram cheios de furor, e uns com os outros conferenciavam sobre o que fariam a Jesus. 12  E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus. 13  E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos: 14  Simão, ao qual também chamou Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; 15  Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelote; 16  E Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que foi o traidor. 17  E, descendo com eles, parou num lugar plano, e também um grande número de seus discípulos, e grande multidão de povo de toda a Judeia, e de Jerusalém, e da costa marítima de Tiro e de Sidom; os quais tinham vindo para o ouvir, e serem curados das suas enfermidades, 18  Como também os atormentados dos espíritos imundos; e eram curados. 19  E toda a multidão procurava tocar-lhe, porque saía dele virtude, e curava a todos. 20  E, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus. 21  Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir. 22  Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem e quando vos separarem, e vos injuriarem, e rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do homem. 23  Folgai nesse dia, exultai; porque eis que é grande o vosso galardão no céu, pois assim faziam os seus pais aos profetas. 24  Mas ai de vós, ricos! porque já tendes a vossa consolação. 25  Ai de vós, os que estais fartos, porque tereis fome. Ai de vós, os que agora rides, porque vos lamentareis e chorareis. 26  Ai de vós quando todos os homens de vós disserem bem, porque assim faziam seus pais aos falsos profetas. 27  Mas a vós, que isto ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam; 28  Bendizei os que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam. 29  Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses; 30  E dá a qualquer que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lho tornes a pedir. 31  E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós, também. 32  E se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam. 33  E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa tereis? Também os pecadores fazem o mesmo. 34  E se emprestardes àqueles de quem esperais tornar a receber, que recompensa tereis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para tornarem a receber outro tanto. 35  Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus. 36  Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. 37  Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; soltai, e soltar-vos-ão. 38  Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo. 39  E dizia-lhes uma parábola: Pode porventura o cego guiar o cego? Não cairão ambos na cova? 40  O discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre. 41  E por que atentas tu no argueiro que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? 42  Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não atentando tu mesmo na trave que está no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão. 43  Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto. 44  Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos. 45  O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca. 46  E por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo? 47  Qualquer que vem a mim e ouve as minhas palavras, e as observa, eu vos mostrarei a quem é semelhante: 48  É semelhante ao homem que edificou uma casa, e cavou, e abriu bem fundo, e pós os alicerces sobre a rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a corrente naquela casa, e não a pode abalar, porque estava fundada sobre a rocha. 49  Mas o que ouve e não pratica é semelhante ao homem que edificou uma casa sobre terra, sem alicerces, na qual bateu com ímpeto a corrente, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa.

Comentários:

6-11 -
     Para praticar o bem não interessam nem o dia nem o local ou circunstâncias. Jesus está sempre ao dispor dos homens para ajudar, assistir, curar. E, nós, também não devemos ter dias "especiais" para estar com Ele, visitá-lo, rezar com toda a nossa alma e capacidades. Coloco-me na pessoa do homem com a mão paralisada e interrogo-me: ‘Como é que o Senhor me manda estender a mão se bem sabe que não posso?’ Eu, de facto, não posso, mas Ele, Jesus Cristo pode tudo e se Ele me mandou estender a mão nada mais tenho a fazer: levanto-me e estendo-a! A confiança no Senhor faz tudo o que eu, por mim, não posso fazer e pobre de mim se não fizer o que Ele me manda! Ficarei com a mão, todo eu, paralisado para sempre! Quando Ele me diz; insinua na minha alma: ‘vá… faz isto…’; eu faço ou fico-me a pensar que talvez não tenha percebido bem, que, talvez, o Senhor quisesse dizer-me outra coisa qualquer? Sim… porque eu… não posso nada…. Estou paralisado, de pés e mãos atados ao pouco – ao nada - que sou! Isto é o que penso na minha pretensão de humildade! Enormíssimo erro, crassa modéstia! O Senhor, que me conhece muito melhor que eu me conheço a mim próprio, se me manda fazer – seja o que for – é porque sabe que, eu, sou capaz e – mais – espera que eu o faça. E, assim, estendo a minha mão absolutamente confiante que, Ele, sabe mais.
      Há sem dúvida alguma, um claríssimo acto de fé por parte deste homem. Sim... ele sabe que o que Jesus lhe manda que faça  -  estender a mão atrofiada - é algo impossível. Mas Jesus vai mais longe quer que o faça publicamente em face de quantos estão na Sinagoga! Assim, além da fé, o homem acredita que Cristo lhe está a dizer - claramente - que pretende que sirva de exemplo aos circunstantes. Acredita e colabora e colabora exactamente porque acredita.

1-5 -
      A Doutrina da Igreja não é um conjunto de regras estáticas e rigorosas que se imponham aos fiéis de forma discricionária. A Igreja é Mãe e como tal não quer impor aos seus filhos nem pesos ou grilhões que condicionem a sua vida. Nem poderia porque segue o seu Chefe e Cabeça que deixou muito claro que não vinha impor sacrifícios, mas sim pedir misericórdia e amor. Mas acima de tudo deve prevalecer o bom senso e são critério.
      As aparências! A crítica fácil! O julgamento impiedoso!
Que terríveis comportamentos dos que se julgam superiores aos outros. Orgulho? Sim, claro, mas mais que isso. Estas pessoas estão tão "cheias de si mesmas" têm-se em tão elevada consideração que nada que os outros façam fica sem se avaliado, aferido, criticado e, a maior parte das vezes, condenado.
     O conflito entre os fariseus e Jesus Cristo a propósito do Sábado é permanente. Para aqueles o cumprimento escrupuloso da Lei chega ao ridículo inconcebível. As pessoas, as suas necessidades, os seus problemas pessoais, não interessam para nada nem, no seu tortuoso entender, interessam a Deus. Jesus Cristo há-de dizer-lhes que não quer ‘sacrifícios, mas misericórdia’ e, isto, era absolutamente incompreensível. Às vezes, parece, que o Mestre os provoca propositadamente, curando pessoas ao Sábado e, julgo, que tenho razão porque, o que Jesus pretende, não é julga-los a eles, mas que se convençam por si próprios o que realmente interessa a Deus: As pessoas e não as regras ou sacrifícios. Quer os Seus filhos felizes, já nesta terra, e não miseráveis acabrunhados e perdidos como «ovelhas sem pastor» como Jesus lhes chamará.
     Porque é que os discípulos de Jesus comiam a espigas da seara por onde passavam? A resposta parece óbvia: porque tinham fome! Umas poucas espigas, parco alimento, torna-se alimento irresistível! E... ficamos admirados? A quem nada tem o pouco parece muito e por aqui se vê as provações a que Jesus e os Seus seguidores se sujeitavam no seu constante deambular pelas terras de Israel para anunciar o Reino de Deus. No fim e ao cabo, - podemos concluir - o apostolado para ser verdadeiramente eficaz tem de apoiar-se no sacrifício pessoal, inclusive privação se tal for necessário. Qualquer apóstolo tem de entregar-se ao serviço que lhe compete sem olhar para trás, comodismo ou conforto, mas, bem ao contrário, estar disposto a tudo fazer para alcançar o objectivo que se propõe: conquistar almas para Deus!
 
12-19 -
       Neste trecho do Evangelho contem-se uma importante lição para todos os cristãos e que pode resumir-se assim: Antes de empreender uma tarefa séria, importante, decisiva, convém pôr nas mãos de Deus o que nos propomos fazer pedindo luz, discernimento e a capacidade necessárias para fazer com bom critério e são espírito o que se nos põe como tarefa a executar. Desta forma actuaremos com a certeza de estarmos a cumprir a Vontade de Deus.
      Antes de tomar uma decisão tão importante como era a escolha dos Apóstolos, o Senhor embrenha-se na oração. A oração é sempre conversa com Deus mas é, também, momento de reflexão interior, talvez de exame, seguramente procura de apoio e guia para o rumo a seguir. É esta a principal ”lição” que podemos colher deste trecho do Evangelho Lc 6, 12-19 em ocasiões importantes – muito importantes ou, até, de escasso relevo – devemos solicitar luz ao Espírito Santo para tomar a decisão certa e mais adequada.
      Quem recebe tem por obrigação agradecer o que rebeu. A gratidão é - deve ser - uma atitude permanente do cristão principalmente porque tem consciência que, por si mesmo, não merece o que for. As graças que Deus lhe dá são inteiramente gratuitas e fruto da Sua Misericórdia sem limites.

27-38 -
       A Liturgia prossegue no capítulo 6 de São Lucas o discurso de Jesus que, como já o apelidámos, é uma catequese muito específica e completa aos Seus discípulos. E, quando lhe chamo “completa”, é porque realmente considero que nada fica por dizer, nenhum aviso ou recomendação fica por dar no que respeita ao comportamento que o Senhor espera daqueles mais próximos que serão os primeiros a espalhar por toda a parte o anúncio do Reino de Deus. Sempre, subjacente a todas as Suas palavras, está bem implícito o AMOR, amor a Deus e amor aos outros. E não restem dúvidas que será o Amor que há-de conduzir todos estes e os levará ao cumprimento cabal da sua missão evangelizadora.
        Este trecho do Evangelho de São Lucas bem poderia ser considerado com uma exposição que Jesus faz aos Seus discípulos sobre as regras de conduta de qualquer pessoa. Resume-se – pode assim dizer-se – a fazer aos outros o que desejamos nos façam a nós. Deixemos de lado as “dificuldades” como, por exemplo amar o inimigo. É difícil? Custa resistir à tentação de retribuir na mesma “moeda”? É verdade, somos assim mesmo, pensamos primeiro em nós e, depois nos outros. Suponhamos que somos nós quem ofende outro: justificamos a sua conduta se também ele nos ofender? Não será muito mais conveniente e sadio pedir perdão, desculpa pela ofensa e tentar reparar? Somos, de verdade, impecáveis nas nossas relações com os outros - quer em obras quer em pensamentos – não emitimos juízos nem “medimos” com critério “curto” o que pedem que lhes façamos? Somos o “centro”, os “credores” das atenções e cuidados dos outros ou também nos interessamos por eles e pelo que possam legitimamente esperar de nós? No fim e ao cabo, o critério que o Senhor propõe é uma regra simples, como já se enunciou: “fazer aos outros o que desejamos nos façam a nós”.

39-42 -
       Continua a catequese sobre o comportamento a ter com o próximo. Parece ser um conjunto de regras algo difícil de cumprir já que se trata de amar sem peso nem medida os outros. A recompensa é “fabulosa” «deitar-vos-ão no regaço uma boa medida, calcada, sacudida, a transbordar». O Senhor nunca Se fica por menos mas, de qualquer forma avisa: «A medida que usardes com os outros será usada também convosco». Atenção, pois, será bem avisado quem proceder com o próximo como indica o Segundo Mandamento, que a própria Lei refere tão importante como o Primeiro.

36-38 -
       Parece que o Senhor não espera de nós outra coisa que actuemos como Ele próprio. A medida a usar para com os outros terá de ser igual à que Ele próprio usa: «Uma medida boa, cheia, recalcada e a transbordar». Generosos a sério, misericordiosos sem medida, perdão sem limites! Este, no fim e ao cabo, é o “padrão” que nos sugere que usemos no nosso relacionamento com o próximo.
      Poderíamos dizer que estas recomendações do Senhor são de uma simplicidade e lógica irrefutáveis. Fazer ao outro o que desejamos para nós próprios. Ninguém deseja para si algo mau ou prejudicial, bem ao contrário, quer o melhor, o que julga mais conveniente e ajustado. Ora bem, é de justiça desejar o mesmo para o outro.
      Ora aqui está uma sentença que deve merecer toda a nossa atenção: «A medida que usardes com os outros será usada convosco.» É uma referência muito específica à Justiça de Deus. Todos somos Seus filhos e a todos quer por igual. Assim, porque razão haveria de ser mais pródigo com uns que com outros? Na verdade, a medida que Deus usar connosco será escolhida por nós.
       Suponhamos que estamos no tribunal e que o Juiz nos pergunta: Que pena hei-de considerar no seu caso, que lhe parece? Teríamos de responder honestamente: 'Algo similar ao que eu considerei em relação aos outros.' E o Juiz responderia: Acho justo! Volto a repetir o que já escrevi:  
Tendo em consideração o que acabamos de ler, a sentença será elaborada por nós. O Senhor a aplicará conforme achar justo. 

20-26 -
       Este trecho de São Lucas parece algo diferente do chamado “Sermão da Montanha ou das Bem-Aventuranças”, porque aqui Jesus dirige-se de modo particular aos Seus discípulos, os que O seguem mais de perto, e não a uma multidão heterogénea. A verdade é que quanto Jesus diz se verificará: as perseguições de toda a ordem, as privações a que serão sujeitos e todo o tipo de inimizade, segregação e ataques à honra e ao bom-nome. E é verdade, também, que, não obstante, a alegria dos cristãos será permanente bem como o gozo de sofrer pelo nome de Cristo.
       Não é absolutamente certo afirmar que este trecho de São Lucas tenha a ver como chamado Sermão da Montanha. Aqui parece que o Senhor Se dirige particularmente aos discípulos, ou seja, aqueles que O acompanhavam mais assiduamente e que, por isso mesmo deveriam ser objecto da Sua particular atenção. Trata-se portanto, de uma autêntica catequese de formação muito clara e específica recorrendo a exemplos e chamando a atenção para os erros que se hão-de tentar difundir – sempre – ao longo dos tempos. Segurança e confiança! Segurança na Fé e confiança em Cristo.

       O Evangelista parece sublinhar que, neste momento, Jesus se dirige principalmente aos discípulos e não tem qualquer dúvida em considerá-los felizes por já pertencerem ao Reino dos Céus. Não obstante as contrariedades, privações, insultos, perseguições e desafios que irão encontrar na vida de todos os dias, principalmente motivados pelo facto de serem Seus discípulos, a sua recompensa está assegurada: «Alegrai-vos e exultai nesse dia, pois a vossa recompensa será grande no Céu». Vale a pena, pois, seguir Jesus com confiança e determinação, Ele nunca os que O seguirem.
       À “primeira vista” pode parecer que Jesus está como que a fazer um vaticínio, a prever um futuro. Não! O Senhor não é um “mago” que lê a sina nem se põe a adivinhar o futuro. Bem ao contrário, quer que quem O escuta compreenda e tenha bem a noção das consequências do seu comportamento na vida corrente. Os actos que praticamos têm sempre uma consequência e, a vida que vivemos, um resultado. Nada do que fazemos fica por “contabilizar” nem sequer com a desculpa: “não sabia”, “foi sem querer”. O cristão não deve fazer nada – absolutamente – por acaso, sem pensar bem se o que faz – ou diz – trará benefícios ou, ao contrário, prejuízos para si próprio e para outros. Isto nunca acontecerá se tentarmos com verdadeiro empenho, fazer, em tudo a Vontade de Deus.

45-49 -
       Pôr em prática as palavras de Cristo equivale a fazer a Vontade de Deus e, esta, só pode ser boa para nós. Porquê? Porque o Deus Nosso Senhor e Criador só pode querer o que é bom para os Seus filhos e dar-lhes-á quanto necessário para poderem pôr em prática o que convém. Todos nós temos bem claras as imagens que Jesus utiliza nestes trechos do Evangelho. Quando se trabalha mal, contra vontade e renitência o que fizermos ficará imperfeito, com deficiências que podem ser graves e, consequentemente, resultados catastróficos. E, se pensarmos bem, o trabalho mal feito cansa tanto como se o fizermos bem ou, por outras palavras, não ganhamos nada e podemos perder muito. As consequências de um trabalho feito apressadamente sem zelo nem critério podem causar enormes prejuízos não só a nós, mas também a outros.

39-45 -
       Jesus profere umas palavras que devemos reter com muita atenção: «Não está o discípulo acima do mestre, mas o discípulo bem formado será como o mestre.» Ninguém pode fazer as vezes de Cristo, mas quando nos dedicamos ao apostolado – que deve ser dever de todo o cristão – só o deveremos fazer se possuirmos conhecimentos correctos e, sobretudo, uma doutrina sólida e bem estruturada. Afinal, o apostolado que fazemos é em nome de Cristo e não deverá ter absolutamente nada da nossa lavra.
       De nada servem as palavras, as intenções, as promessas sem, de facto, não se traduzem em obras. Não seremos avaliados, ou teremos de responder pelo que dissemos, mas sim pelo que fizemos. As obras marcam o homem, conferem-lhe a dignidade que deve ter ou, ao contrário, podem colocar em sério risco a sua salvação. Res non verba, obras e não palavras é o que se nos pede. As pessoas que nos rodeiam podem não escutar o que dizemos ou, até, não compreender o que afirmamos mas, seguramente veem o que fazemos e avaliam-nos por isso mesmo.

Memórias de Fátima


As minhas memórias de Fátima - 4

O que me liga a Fátima - c

A nossa vida em Fátima, no mês de Setembro, era muito cheia.


Umas duas ou três vezes, pelo menos, a pé aos Valinhos onde rezávamos o Terço na “Loca do Anjo”.


Depois, invariavelmente, passávamos por casa dos Pais de Francisco e Jacinta, Manuel Pedro Marto e Olympia de Jesus, que toda a gente tratava por Ti Marto e Ti Olimpia, onde eramos sempre recebidos com um lanche de queijo fresco de ovelha e broa - feita de farinha milho amarelo - acabada de cozer no forno de lenha que existia no quintal.

(AMA, Memórias de Fátima)

Salud de los Enfermos

Ave María, Salud de los Enfermos


Onde há humildade há sabedoria


"Quia respexit humilitatem ancillae suae" – porque olhou para a baixeza da sua escrava... Cada vez me persuado mais de que a humildade autêntica é a base sobrenatural de todas as virtudes. Fala com Nossa Senhora, para que Ela nos ensine a caminhar por esta senda. (Sulco, 289)


Se recorrermos à Sagrada Escritura, veremos como a humildade é um requisito indispensável para nos dispormos a ouvir Deus. Onde há humildade há sabedoria, explica o livro dos Provérbios. A humildade consiste em nos vermos como somos, sem disfarces, com verdade. E ao compreendermos que não valemos quase nada, abrimo-nos à grandeza de Deus. Esta é a nossa grandeza.
Que bem o compreendia Nossa Senhora, a Santa Mãe de Jesus, a criatura mais excelsa de todas as que existiram e hão-de existir sobre a terra! Maria glorifica o poder do Senhor, que depôs do trono os poderosos e elevou os humildes. E canta que n'Ela se realizou uma vez mais esta providência divina: porque olhou para a baixeza da sua escrava; portanto, eis que, de hoje em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada.
Maria manifesta-se santamente transformada, no seu coração puríssimo, em face da humildade de Deus: o Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. E, por isso mesmo, o Santo que há-de nascer de ti será chamado Filho de Deus. A humildade da Virgem é consequência desse abismo insondável de graça, que se opera com a Encarnação da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade nas entranhas da sua Mãe sempre Imaculada. (Amigos de Deus, n. 96)

FILOSOFIA E RELIGIÃO


ORDEM SOBRENATURAL

O conhecimento de Deus haurido nas simples linhas de força da razão natural, só por si, não basta. Poderia bastar , se o homem tivesse ficado em simples natureza. Porém, o facto de haver no coração humano, exigências que a ordem natural não preenche, leva-nos logicamente, a suspeitar de que, para além da ordem da natureza, deve haver uma ordem que a transcende: referimo-nos à ordem sobrenatural. Mas, a existência, e sobretudo a estrutura dessa ordem, ficariam, por definição, fora do nosso alcance, se Deus a não revelasse. Felizmente, Deus revelou-a. É a ordem cristã.

(A. Veloso, Cristo e o destino do homem, Brotéria, Julho 1952, pg. 13)

Doutrina – 530

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
Compêndio



O SACRAMENTO DA UNÇÃO DOS ENFERMOS


313. Como é vivida a doença no Antigo Testamento?


No Antigo Testamento, o homem doente experimenta os seus limites e ao mesmo tempo percebe que a doença está ligada misteriosamente ao pecado. Os profetas intuíram que a doença podia ter também um valor redentor em relação aos próprios pecados e aos dos outros. Assim, a doença era vivida perante Deus, da qual o homem implorava a cura.

Pequena agenda do cristão

SeGUNDa-Feira

PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?







Temas para reflectir e meditar

Deus e o homem


Se o homem não é feito para Deus, porque é que não é feliz senão em Deus? 

Se o homem é feito para Deus porque é que é que é tão contrário a Deus?



(PascalLes Pensées, nr. 438, trad ama)