16/04/2015

2015.04.16








O que pode ver hoje em NUNC COEPI





Encherás o mundo de caridade - São Josemaria – Textos

Evangelho, comentário, L. Espiritual (A beleza de ser cristão) - A beleza de ser cristão (Ernesto Juliá), AMA - Comentários ao Evangelho Jo 3 31-36, Ernesto Juliá Diaz

Reflectindo - 72 - AMA - Reflectindo – Felicidade

Temas para meditar - 419 - Amor ao trabalho, De bono viduiatis (Stº Agostinho), Stº Agostinho

Testemunho - Acções de Graças, João Silveira


Pequena agenda do cristão - Agenda Quinta-Feira

Encherás o mundo de caridade

Não podes destruir, com a tua negligência ou com o teu mau exemplo, as almas dos teus irmãos os homens. – Tens – apesar das tuas paixões! – a responsabilidade da vida cristã dos que te são próximos, da eficácia espiritual de todos, da sua santidade! (Forja, 955)

Longe fisicamente e, contudo, muito perto de todos: muito perto de todos!... – repetias feliz.
Estavas contente, graças a essa comunhão de caridade, de que te falei, que tens de avivar sem cansaço. (Forja, 956)

Perguntas-me o que é que poderias fazer por aquele teu amigo, para que não se encontre sozinho.
Dir-te-ei o que sempre digo, porque temos à nossa disposição uma arma maravilhosa, que resolve tudo: rezar. Primeiro, rezar. E, depois, fazer por ele o que gostarias que fizessem por ti, em circunstâncias semelhantes.
Sem o humilhar, é preciso ajudá-lo de tal maneira que se lhe torne fácil o que lhe é difícil. (Forja, 957)


Põe-te sempre nas circunstâncias do próximo: assim verás os problemas ou as questões serenamente, não terás desgostos, compreenderás, desculparás, corrigirás quando e como for necessário, e encherás o mundo de caridade. (Forja, 958)

Testemunho

Resultado de imagem para ações de graças a deus
No outro dia fui a uma Missa em Lisboa, numa capela cheia de gente nova. No fim da Missa, em vez de ir cada um para seu lado, ficaram todos a rezar em acção de graças durante longos minutos...de tal maneira que só se ouvia o silêncio.
Isto é o contrário do que estamos habituados nas nossas igrejas. O normal é ainda o Padre não beijou o altar já haver correria porta fora. Os que ficam para ver a procissão de saída depressa se apressam a abandonar o local ou ficam dentro da igreja à conversa, como se estivessem na esplanada.
Infelizmente, assim se perdem muitas graças que poderiam receber-se, apenas por não ter ficado uns minutos, no fim da Missa, a pedir ajuda a Nosso Senhor para as lutas do dia-a-dia e a contemplar a maravilha incrível que é receber Deus em nós, no nosso corpo e na nossa alma. E além disso perturba-se os que o querem fazer.


(João SilveiraPublicado no Facebook)

Temas para meditar - 419


Amor



Naquilo que se ama, ou não se sente a dificuldade ou se ama a própria dificuldade (...) 

Os trabalhos dos que amam nunca são penosos.



(santo agostinhoDe bono viduitatis, 21, 26)

Evangelho, comentário, L. Espiritual (A beleza de ser cristão)


Semana II da Páscoa


Evangelho: Jo 3 31-36

31 «Aquele que vem lá de cima é superior a todos. Aquele que vem da terra, é da terra, e terrestre é a sua linguagem. Aquele que vem do céu, é superior a todos. 32 Ele testifica o que viu e ouviu, mas ninguém recebe o Seu testemunho. 33 Quem recebe o Seu testemunho certifica que Deus é verdadeiro. 34 Aquele a Quem Deus enviou fala palavras de Deus, porque Deus não Lhe dá o Espírito por medida. 35 O Pai ama o Filho e pôs todas as coisas na Sua mão. 36 Quem acredita no Filho tem a vida eterna; quem, porém, não acredita no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele».

Comentário:

Jesus Cristo fala de Si próprio e explica repetindo uma vez mais, quase com as mesmas palavras, Quem É e ao que veio!

O mais importante a reter é que Ele mesmo Se afirma como o caminho – o único – para o Pai e, sendo assim, como de facto é, só por Ele, com Ele e nele poderemos alcançar a vida eterna.

(ama, comentário sobre Jo 3, 31-36, 2014.05.01)

Leitura espiritual


a beleza de ser cristão

PRIMEIRA PARTE

O QUE É SER CRISTÃO?

I.            Relações que Deus estabelece com o homem.

…/2


Até aqui o esquema dos desejos de Deus de viver com os homens as relações que Deus Uno e Trino quis estabelecer com cada ser humano, que serão o objecto da primeira parte do nosso estudo. E, como estamos tratando de Deus e dos homens, não mencionaremos a criação e a existência dos anjos, que damos por assente.

Assim como antes sublinhamos que Deus não é um ser que o homem possa «inventar”; parece oportuno recordar agora que esses desejos que Deus manifesta de relacionar-se com o homem – desejos engendrados no arcano mistério do Espírito de Deus e, portanto, também no arcano mistério da liberdade, segundo a afirmação do Apóstolo: «O Senhor é Espírito, e onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade»[i] – hão-de ser recebidos e aceites pelo homem, pelo homem na sua liberdade, para que sejam realmente eficazes e alcancem o seu fim.

Para que a liberdade do homem se encontre em harmonia com a liberdade de Deus, essa harmonia se desenvolva no amor que origina os vínculos e consiga os fins que o amor de Deus pretende alcançar transmitindo ao homem a sua própria vida na graça, o homem necessita de viver livremente umas disposições espirituais de fundo.

Essas disposições, ensinou-no-las Jesus Cristo; e são fundamentalmente: a mansidão, a humildade, a caridade: «Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração».[ii] «Dou-vos um mandato novo: que vos ameis uns aos outros. E nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros».[iii]

Aberto o seu espírito com estas disposições, as relações do homem dom Deus permitem-lhe descobrir que Deus, a criar e vincular desta forma o homem a Ele anseia não só conceder-lhe a condição de filho por adopção, mas também que Deus Pai, Filho e Espírito Santo “sonha” em converter o homem em seu colaborador nas três grandes obras de Deus: na Criação, na Redenção e na Santificação de todo o Universo.

Consciente desses projectos de Deus sobre si, o cristão descobre a sua própria grandeza.

Nessa perspectiva da sua inteligência, da sua vontade, chega a vislumbrar a profunda conversão que se origina na sua pessoa: recebe a vida que Deus lhe oferece, Deus, depois, não o abandona, chama-o a colaborar com Ele, como seu filho em Cristo.

Desta forma, o homem que vive de uma “certa participação na vida de Deus”, vivida na ordem natural e na ordem da graça na unidade do seu eu, converte todo o seu actuar, todo o seu amar, todo o seu ser em Criação, em Redenção, em santificação.

Como é possível esta colaboração do homem com Deus?

ii . a criação

Assinalámos que o homem não pode “criar”, “inventar” Deus. Agora não é difícil entender que o homem é um ser que tampouco está em condições de se ter criado a si próprio.

Não é estranho encontrar-se com frases como «o homem faz-se a si mesmo”; «o homem é o que faz”; «o homem realiza-se a sai próprio segundo o seu projecto de vida”; etc.

São afirmações e desejos que desconhecem, ou que não desejam conhecer, as perguntas sobre a origem e o fim do ser humano; perguntas que, definitivamente, são as verdadeiramente radicais que o homem pode e deve colocar-se a si mesmo; se não mente ou se engana a si mesmo ao dizer que anseia conhecer quem é.

Se nascemos, se vivemos, se morremos, como é evidente, teve de transmitir-nos esta vida, que temos e de que gozamos, mas que não nos demos, Quem não existe não se pode “inventar”.

A doação original da vida que sustém o mundo, e o homem no mundo, é o acto criador de Deus.

Fica no ar a pergunta sobre a realidade de um Criador: quem é? Como é?

Se o mundo tem uma origem, e esta parece ser uma verdade já alcançada. E não digo "cientificamente” alcançada porque a pergunta sobre a origem do mundo não tem uma resposta «científica”. A realidade não se esgota no que é “cientificamente verificável”.

Ou seja, se esta é já uma verdade alcançada para explicar a origem do mundo, conceptualmente só há dois caminhos possíveis para encontrar a resposta: um Criador pessoal, inteligente e livre; ou antes, um ser anónimo, convertível e variável em força amorfa, que necessariamente sustenha em marcha um processo sem começo nem fim e sem nenhum sentido. Não há meios-termos. Deus pessoal ou panteísmo. [iv]

O segundo destes caminhos reduz-se, definitivamente, a um certo “panteísmo”.
Ou seja, ou Deus cria o homem e o homem vive fora de Deus ou o homem e Deus são uma “mesma coisa”, em contínuo movimento, contínuo fazer-se; um deus que nasce e morre continuamente em nós, que somos, portanto, esse mesmo “deus”.

A narração bíblica dos primeiros dias do ser humano, homem e mulher, sobre a terra, apresenta-nos a verdade do facto histórico da criação numa linguagem cheia de imagens, que descreve uma realidade impensável par qualquer ser humano que não tivesse “visto” já a Deus por caminhos para nós desconhecidos.

A consideração que alguns escritores voltam a apresentar de vez em quando e até periodicamente, que Deus não é mais que um produto da mente do homem face aos medos, os temores, e ao tomar consciência da instabilidade, da fragilidade e das limitações que comporta a sua condição de criatura, carece de qualquer fundamento racional.

Simplesmente, porque se dá por adquirido a existência fora do homem do Ser que se pretende objecto da invenção do homem e porque pressupõe que o homem “inventa” um ser com a finalidade de acalmar uns medos e temores que, sem esse ser, o homem não teria jamais nenhuma razão nem motivo para sentir.

Com efeito: que razão há para que o homem tema e fraqueje ante “um algo”, “um alguém”, ou, simplesmente, ante “um nada” se não sabe já que existe?

Porque é que o homem pode encher-se de medo ante “o desconhecido”, se em absoluto não sabe “o que há de verdade no desconhecido”, e tampouco o que “o desconhecido” esconde?

Como pode sequer originar-se no homem o conceito de “desconhecido”, se não descobre no seu próprio ser uns limites que só podem ser realidade na sua condição de criatura?

De que estranho poço de sabedoria pode o homem tomar consciência das suas limitações, dos seus limites, se o seu existir é “pura química”, fruto das «necessidades” da força e da energia evolutiva?

Só se pode negar Deus a partir de um conhecimento prévio de Deus.
E a Deus não é possível, absolutamente, “afirmá-lo” fora dele, a partir do homem.
O homem descobre Deus nele; não o inventa, uma vez mais sublinho.

O homem tomou consciência da existência de Deus a partir do próprio instante da sua criação, ao receber o espírito que o constituía homem.
E esta é a razão pela qual o homem, ao longo de toda a sua história, em qualquer rincão do mundo em que se encontre, em qualquer condição em que estivesse a sua vida, adorou a Deus.

Ainda que, e é necessário admiti-lo: «este conhecimento seja com frequência obscurecido e desfigurado pelo erro».[v]

E com esse acto de adoração deixou um traço da profundidade da inteligência com que foi dotado desde o princípio e rico na sabedoria de a utilizar.

Estando já assente no crente a verdade de um Deus pessoal Criador, o espírito do homem abre-se à compreensão da criação, pondo-se duas interrogações; ainda que possa parecer estranho começar por essas perguntas e não outras; e estranho porque contêm uma palavra que em si mesma parece não necessitar de resposta: criação.

Porquê Deus criou o homem?

Para quê Deus criou o homem?

A primeira pergunta não tem possibilidade de outra resposta que a seguinte: Deus criou o mundo por Amor.

«Assim pois, acerca da questão Porquê Deus criou o mundo? há que dizer o seguinte: Na medida em que esta questão reclama uma resposta por causa da nossa imagem humana de Deus – e só na razão da nossa imagem humana de Deus o problema se pode colocar, não há mais que a resposta de uma confissão esclarecedora: Deus é o amor e, levado por esse amor, cria o mundo para o homem e por causa do homem.
O motivo do seu amor é o seu próprio amor, cujo acto fundamental não é uma resposta a um bem fora de si próprio, mas um dispor criador de todos os bens. [vi]

Uma resposta semelhante corre o perigo de ser entendida num sentido muito redutor; se aplicamos a Deus noções de egoísmo que podemos encontrar em qualquer amor humano.

Deus cria a sua criação por amor; porque anseia transmitir vida e amor. Não para aumentar a sua bem-aventurança nem para adquirir um aumento de perfeição, mas simplesmente para manifestar o seu amor pelos bens que outorga às suas criaturas.
Só o verdadeiro Deus, no seu desígnio libérrimo, criou do nada e ao mesmo tempo uma e outra criatura, a espiritual e a corporal; e. com a criatura, começou o tempo.

(cont)

ernesto juliá, La belleza de ser cristiano, trad. ama)






[i] 2 Co 3, 17
[ii] Mt 11, 29
[iii] Jo 13, 34-35
[iv] juan arana, El Dios sin rostro, Biblioteca Nueva, Madrid 2003
[v] Catecismo n. 286
[vi] johann auer, El mundo, creación de Dios, Herder, Barcelona 1985, Part I, cap. II, pag. 9.

Pequena agenda do cristão

Quinta-Feira

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?

Reflectindo - 72

Sobre a felicidade 11

O que pode inibir a felicidade:

4 – O orgulho

O orgulho inibe, por princípio,

b - Uma saudável relação com os outros.

O orgulho faz com que, tendencialmente, a pessoa se feche em si mesma evitando participar com os outros até as mais pequenas confidências.

Ora bem… é a confidência que torna a amizade sólida porque é uma manifestação de confiança e de respeito. Mas, uma confidência – que não é murmuração – faz-se quando se está realmente disposto a partilhar, a ouvir a opinião do outro e, tal, o orgulhoso, não é capaz de fazer.

(cont.)

(AMA, Reflexões, 2013)