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Tempo de Páscoa
I Semana
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Evangelho: Mc 16, 9-15
9 Jesus,
tendo ressuscitado de manhã, no primeiro dia da semana, apareceu primeiramente
a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demónios. 10 por ela,
não acreditaram. 12 Depois disto, mostrou-Se de outra forma a dois
deles, enquanto iam para a aldeia; 13 os quais foram anunciar aos
outros, que também a estes não deram crédito. 14 Finalmente,
apareceu aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a sua incredulidade e
dureza de coração, por não terem dado crédito aos que O tinham visto
ressuscitado. 15 E disse-lhes: «Ide por todo o mundo, e
pregai o Evangelho a toda a criatura.
Comentário:
Por este trecho de São
Marcos verifica-se algo que, pode, causar-nos estranheza: a falta de confiança
entre os discípulos de Jesus mesmo daqueles que mais assiduamente andavam
juntos.
Precisamente, o Evangelista
que segue as informações e relatos de Pedro, faz constar quanto dele mesmo se
apercebeu e, muito naturalmente, sob as instruções do chefe dos Apóstolos que
deseja fique bem gravado para todo o sempre as fraquezas e debilidades desses
escolhido, a começar, por ele próprio.
Se eles si entre se amassem
verdadeiramente como Jesus os amava…
A confiança conquista-se
com o amor e, sem ela, ele não é possível. Não importam os defeitos e
“particularidades” de carácter do outro, se de facto se ama, acredita-se nele.
(ama, comentário sobre Mc
16, 9-15, 2014.02.10)
Temas para leitura espiritual
Santificação do trabalho quotidiano
O
que é "Santificar o trabalho"? Neste artigo explica-se que é dar-lhe
um motivo, uma razão, um amor a Deus e aos outros por Deus que influi
radicalmente na própria actividade, fazendo com que se realize bem, com
competência e perfeição.
Dizia
São Josemaria que o espírito do Opus Dei recolhe a realidade formosíssima de
que qualquer tarefa digna e humanamente nobre, pode converter-se num trabalho
divino.
"Homens
e mulheres que trabalham apenas com horizontes terrenos, de duas dimensões,
entusiasmam-se ao saber que o seu trabalho profissional pode adquirir uma
dimensão transcendente". A vida de muitas pessoas deu uma volta ao
conhecerem esta doutrina e, por vezes, por ouvirem falar de santificação do
trabalho. Homens e mulheres que trabalham só com horizontes terrenos, de duas
dimensões, entusiasmam-se ao saber que o seu trabalho profissional pode
adquirir uma dimensão transcendente, com relevo de vida eterna. Como não pensar
no gozo daquele personagem do Evangelho que ao encontrar um tesouro escondido
num campo, foi e vendeu tudo o que tinha para comprar aquele campo? [1]
O
Espírito Santo fez descobrir a São Josemaria este tesouro na doutrina do
Evangelho, especialmente nos longos anos da vida de Jesus em Nazaré, anos de
sombra, mas para nós claros como a luz do sol [2], porque esses anos
ocultos do Senhor não são algo sem significado, nem uma simples preparação dos
anos que viriam depois, os da Sua vida pública. Desde 1928 compreendi
claramente que Deus deseja que os cristãos tomem exemplo de toda a vida do Senhor.
Entendi especialmente a Sua vida escondida, a Sua vida de trabalho corrente no
meio dos homens [3].
"O
trabalho é ocasião de desenvolvimento da própria personalidade, vínculo de
união com os outros seres".
Graças
à luz de Deus, o Fundador do Opus Dei ensinou constantemente que o trabalho
profissional é realidade santificável e santificadora. Verdade simples e
grandiosa que o Magistério da Igreja ensinou sobretudo a partir do Concilio
Vaticano II [4] e recolheu depois no Catecismo, assinalando que «o trabalho
pode ser um meio de santificação e de animação das realidades terrenas no
Espírito de Cristo» [5].
«Com
sobrenatural intuição» – afirmou João Paulo II – «o Beato Josemaria pregou
incansavelmente a chamada universal à santidade e ao apostolado. Cristo convoca
todos a santificarem-se na realidade da vida quotidiana; por isso, o trabalho é
também meio de santificação pessoal e de apostolado quando se vive em união com
Jesus Cristo» [6].
O nosso Fundador foi instrumento querido por
Deus para difundir esta doutrina abrindo perspectivas imensas à santidade
pessoal de uma multidão de cristãos e para a santificação da sociedade humana a
partir de dentro, ou seja, a partir da própria malha das relações profissionais
que a configuram.
"O
trabalho acompanha inevitavelmente a vida do homem sobre a terra".
Esta
semente dará os frutos que o Senhor espera, se nós pusermos o empenho
necessário para a meditar na presença de Deus, a pusermos em prática com a Sua
ajuda, porque a santificação do trabalho não é só una ideia que basta explicar
para que se aprenda; é um ideal que se procura e se conquista por amor a Deus,
conduzidos pela Sua graça.
SENTIDO DO TRABALHO
Logo
no início da Sagrada Escritura, no livro do Génesis, se nos revela o sentido do
trabalho. Deus, que fez boas todas as coisas, «quis livremente criar um mundo
"em estado de caminho" para a perfeição última» [7], e
criou o homem ut operaretur [8], para que com o seu trabalho
«prolongasse de certo modo a obra criadora e alcançasse a sua própria perfeição»
[9].
Como
consequência do pecado, o trabalho é acompanhado de fadiga e muitas vezes de
dor [10]. Mas ao assumir a nossa natureza para nos salvar, Jesus
Cristo Nosso Senhor transformou a fadiga e a dor em meios para manifestar o
amor e a obediência à Vontade divina e reparar a desobediência do pecado. Assim
viveu Jesus durante seis lustros: era fabri filius (Mt 13, 55), o filho do
carpinteiro. (...) Era o faber, filius Mariae (Mc 6, 3), o carpinteiro, filho
de Maria. E era Deus e estava a realizar a redenção do género humano, e estava
a atrair a Si todas as coisas (Jo 12, 32) [11].
Para
um cristão "o trabalho aparece como participação na obra criadora de
Deus".
Juntamente
com esta realidade do trabalho de Jesus Cristo, que nos mostra a plenitude do
seu sentido, temos de considerar que, por graça sobrenatural, fomos feitos
filhos de Deus formando uma só coisa com Jesus Cristo, um só corpo. A Sua Vida
sobrenatural é vida nossa e fez-nos participantes do Seu sacerdócio para que
sejamos co-redentores com Ele.
Esta
profunda união do cristão com Cristo ilumina o sentido de todas as nossas
actividades e, em particular, o trabalho. Nos ensinamentos de São Josemaria, o
fundamento da santificação do trabalho, é o sentido da filiação divina, a
consciência de que Cristo quer encarnar nos nossos afazer [12].
Toda
esta visão cristã do sentido do trabalho, se compendia nas palavras seguintes:
O trabalho acompanha necessariamente a vida do homem sobre a terra. Com ele
nascem o esforço, a fadiga, o cansaço, as manifestações de dor e de luta que
fazem parte da nossa existência humana actual e que são sinais da realidade do
pecado e da necessidade da redenção. Mas o trabalho, em si mesmo, não é uma
pena nem uma maldição ou castigo: os que assim falam não leram bem a Sagrada
Escritura.
(...)
O trabalho, todo o trabalho, é testemunho da dignidade do homem, do seu domínio
sobre a criação. É um meio de desenvolvimento da personalidade. É um vínculo de
união com os outros seres; fonte de recursos para sustentar a família; meio de
contribuir para o melhoramento da sociedade em que se vive e para o progresso
de toda a Humanidade.
"O
trabalho santifica-se de facto quando se realiza por amor a Deus".
Para um cristão, essas perspectivas alargam-se
e ampliam-se, porque o trabalho aparece como participação na obra criadora de
Deus que, ao criar o homem, o abençoou dizendo-lhe: Procriai e multiplicai-vos
e enchei a terra e subjugai-a, e dominai sobre todo o animal que se mova à
superfície da terra. Além disso, ao ser assumido por Cristo, o trabalho
apresenta-se-nos como uma realidade redimida e redentora: é, não só o âmbito em
que o homem vive, mas também meio e caminho de santidade, realidade
santificável e santificadora. [13].
SANTIFICAR A ACTIVIDADE DE
TRABALHAR
Uma
expressão de São Josemaria, que saía com frequência dos seus lábios e da sua
caneta, introduz-nos no esplêndido panorama da santidade e do apostolado no
exercício de um trabalho profissional: para a grande maioria dos homens, ser
santo supõe santificar o próprio trabalho, santificar-se no seu trabalho, e
santificar os outros com o trabalho [14].
São
três aspectos de uma mesma realidade, inseparáveis e ordenados entre si.
Primeiro santificar – fazer santo – o trabalho, a actividade de trabalhar [15].
Santificar o trabalho é tornar santa essa actividade, fazer santo o acto da
pessoa que trabalha.
Disto
dependem os outros dois aspectos, porque o trabalho santificado é também
santificador; santifica-nos a nós próprios e é meio para a santificação dos
outros e para empapar a sociedade com o espírito cristão. Convém, portanto, que
nos detenhamos a considerar o primeiro ponto; o que significa tornar santo o
trabalho profissional.
"É
imprescindível procurar de um ou de outro modo a presença de Deus".
Um acto nosso é santo quando é um acto de
amor a Deus e aos outros por Deus, um acto de amor sobrenatural – de caridade –
o que pressupõe, nesta terra, a fé e a esperança. Um acto assim é santo porque
a caridade é participação da infinita Caridade, que é o Espírito Santo [16],
o Amor subsistente do Pai e do Filho, de modo que um acto de caridade é um
tomar parte na Vida sobrenatural da Santíssima Trindade, um tomar parte na
santidade de Deus.
No
caso do trabalho profissional, há que ter em conta que a actividade de
trabalhar tem por objecto as realidades deste mundo – cultivar um campo,
investigar uma ciência, proporcionar serviços, etc. – e que, para ser
humanamente boa e santificável, há-de ser exercício das virtudes humanas. Mas
isto não basta para que seja santa.
O
trabalho santifica-se de facto quando se realiza por amor a Deus, para Lhe dar
glória – e, consequentemente, como Deus quer, cumprindo a Sua Vontade,
praticando as virtudes cristãs informadas pela caridade – para o oferecer a
Deus em união com Cristo, já que «por Ele, com Ele e n’Ele, a Ti, Deus Pai
todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória» [17].
Dá
um motivo sobrenatural à tua actividade profissional de cada dia e terás
santificado o trabalho [18]. Com estas breves palavras o fundador do
Opus Dei mostra a chave da santificação do trabalho. A actividade humana de
trabalhar santifica-se quando se leva a cabo por um motivo sobrenatural.
O
decisivo não é, portanto, que saia bem, mas que trabalhemos por amor a Deus, já
que é isto o que Ele procura em nós: Deus olha o coração [19]. O
decisivo é o motivo sobrenatural, a finalidade última, a rectidão de intenção
da vontade, o realizar o trabalho por amor a Deus e para servir os outros por
Deus. Eleva-se assim o trabalho à ordem da graça, santifica-se, converte-se em
obra de Deus, operatio Dei, opus Dei. [20].
"O
decisivo não é, portanto, que saia bem, mas que trabalhemos por amor a Deus.
Deus olha o coração".
QUALIDADES DO MOTIVO
SOBRENATURAL
O
motivo sobrenatural é sincero se influi eficaz e radicalmente no modo de
trabalhar, levando a cumprir a nossa tarefa com perfeição, como Deus quer,
dentro das limitações pessoais com que Ele conta.
O
motivo sobrenatural que torna santo o trabalho, não é algo que simplesmente se
justapõe à actividade profissional, mas um amor a Deus e aos outros por Deus
que influi radicalmente na própria actividade, impulsionando a que se realize
bem, com competência e perfeição, porque não podemos oferecer ao Senhor uma
coisa que, dentro das pobres limitações humanas, não seja perfeita, sem
defeitos e realizada com toda a atenção mesmo nos aspectos mais
insignificantes, porque Deus não aceita o que é mal feito. Não ofereçais nada
que tenha defeito porque não seria aceite favoravelmente (Lv 22, 20), adverte-nos
a Escritura Santa. Por isso, o trabalho
de cada um de nós, esse trabalho que ocupa as nossas jornadas e as nossas
energias, há-de ser uma oferenda digna do Criador, operatio Dei, trabalho de
Deus e para Deus. Numa palavra, uma tarefa bem cumprida e impecável [20].
Uma
"boa intenção" que não levasse a trabalhar bem, não seria uma boa
intenção, não seria amor a Deus. Seria uma intenção ineficaz e oca, um desejo
débil, que não consegue superar o obstáculo da preguiça ou do comodismo. O
verdadeiro amor plasma-se no trabalho.
"O
amor a Deus torna grandes as coisas pequenas".
Pôr
um motivo sobrenatural não é sequer acrescentar algo santo à actividade de
trabalhar. Para santificar o trabalho não é suficiente rezar enquanto se
trabalha, embora – quando seja possível fazê-lo – seja um sinal de que se
trabalha por amor a Deus e um meio para crescer nesse amor.
Mais
ainda, para santificar o trabalho pondo um motivo sobrenatural, é
imprescindível procurar de um ou de outro modo a presença de Deus e muitas vezes
isto concretiza-se em actos de amor, em orações e jaculatórias, às vezes por
ocasião de uma pausa ou de outras circunstâncias que oferece o ritmo do
trabalho. Para isso são de grande ajuda as indústrias humanas.
Mas
vale a pena insistir em que não há que ficar por aí, porque santificar o
trabalho não consiste essencialmente em realizar algo santo enquanto se
trabalha, mas em tornar santo o próprio trabalho pondo o motivo sobrenatural
que configura essa actividade e a empapa tão profundamente que a converte num
acto de fé, de esperança e de caridade, transformando o trabalho em oração.
"Santificar
o trabalho não consiste essencialmente em realizar algo santo enquanto se
trabalha, mas em tornar santo o próprio trabalho".
Outra
consequência importante de que a raiz da santificação do trabalho se encontra
no motivo sobrenatural, é que todo o trabalho profissional é santificável,
desde o mais brilhante aos olhos humanos até o mais humilde, pois a
santificação não depende do tipo de trabalho mas do amor a Deus com que se
realiza. Basta pensar nos trabalhos de Jesus, Maria e José em Nazaré, tarefas
correntes, habituais, semelhantes às de milhões de pessoas, mas realizadas com
o maior amor.
«A
dignidade do trabalho depende, não tanto do que se faz, mas de quem o executa,
o homem, que é um ser espiritual, inteligente e livre» [22]. A maior
ou menor categoria do trabalho depende da sua bondade enquanto acção espiritual
e livre, quer dizer, do amor electivo do fim, que é acto próprio da liberdade.
Convém
não esquecer, portanto, que esta dignidade do trabalho está fundamentada no
Amor. O grande privilégio do homem é poder amar, transcendendo assim o efémero
e o transitório. O homem pode amar as outras criaturas, dizer um tu e um eu
cheios de sentido. E pode amar a Deus, que nos abre as portas do Céu, que nos
constitui membros da Sua família, que nos autoriza a falar também de tu a Tu,
face a face.
Por
isso, o homem não pode limitar-se a fazer coisas, a construir objectos. O
trabalho nasce do amor, manifesta o amor, ordena-se ao amor [23].
"A
maior ou menor categoria do trabalho depende da sua bondade enquanto acção
espiritual e livre".
O
amor a Deus torna grandes as pequenas coisas; os detalhes de ordem, de
pontualidade, de serviço ou de amabilidade, que contribuem para a perfeição do
trabalho. Fazei tudo por Amor. – Assim não há coisas pequenas: tudo é grande. –
A perseverança nas coisas pequenas, por Amor, é heroísmo [24].
Quem
compreende que o valor santificador do trabalho depende essencialmente do amor a
Deus com que se leva a cabo e não do seu relevo social e humano, aprecia em
muito as coisas pequenas, especialmente as que passam inadvertidas aos olhos
dos outros, porque só Deus as vê.
Pelo
contrário, trabalhar por motivos egoístas, como o afã de auto-afirmação, de
brilhar ou de realizar, acima de tudo, os próprios projectos e gostos, ou a
ambição de prestígio por vaidade, ou de poder ou de dinheiro como meta suprema,
impede radicalmente santificar o trabalho, porque equivale a oferecê-lo ao
ídolo do amor-próprio.
Estes
motivos apresentam-se poucas vezes em estado puro, mas podem conviver com
intenções nobres e inclusive sobrenaturais, permanecendo latentes – quiçá
durante longo tempo – como os sedimentos de lodo no fundo da água límpida.
Seria uma imprudência ignorá-los, porque em qualquer momento – quiçá aquando de
alguma dificuldade, uma humilhação ou um fracasso profissional – podem
agitar-se e turvar toda a conduta. É preciso detectar esses motivos egoístas,
reconhecê-los sinceramente e combatê-los purificando a intenção com oração,
sacrifício, humildade, serviço generoso aos outros, cuidado nas coisas
pequenas...
Voltemos
o olhar uma vez e outra para o trabalho de Jesus nos anos da Sua vida oculta,
para aprender a santificar a nossa actividade. Senhor, concede-nos a Tua graça.
Abre-nos a porta da oficina de Nazaré, para aprendermos a contemplar-Te a Ti,
com a Tua Mãe Santa Maria e com o Santo Patriarca José – a quem tanto amo e
venero – todos três dedicados a uma vida de trabalho santo. Sensibilizar-se-ão
os nossos pobres corações, procurar-Te-emos e encontrar-Te-emos no trabalho
diário, que Tu desejas que convertamos em obra de Deus, obra de Amor [25].
f. j. lópez
díaz
2012/09/20
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Notas:
[1]
Cfr. Mt 13, 44.
[2]
Cristo que passa, n. 14.
[3]
Ibidem, n. 20.
[4]
Cfr. Const. dogm. Lumen gentium, nn. 31-36; Const. past. Gaudium et spes, nn.
33-39; Decr. Apostolicam actuositatem, nn. 1-3, 7.
[5]
Catecismo da Igreja Católica, n. 2427.
[6]
João Paulo II, Homilia, 17-V-1992. Cfr. também, entre outros textos: Discurso,
19-III-1979; Discurso, 12-I-2002, n. 2.
[7]
Catecismo da Igreja Católica, n. 310.
[8]
Gn 2, 15. Cfr. Gn 1, 28.
[9]
Cfr. Catecismo da Igreja Católica, n. 2427. Concílio Vaticano II, Const. past.
Gaudium et spes, nn. 34 e 35.
[10]
Cfr. Gn 3, 18-19.
[11]
Cristo que passa, n. 14.
[12]
Ibidem, n. 174.
[13]
Ibidem, n. 47.
[14]
Temas Actuais do Cristianismo, n. 55. Cfr. Cristo que passa, n. 45; Amigos de
Deus, n. 120.
[15]
Cfr. João Paulo II, Litt. enc. Laborem exercens, 14-IX-1981, n. 6.
[16]
São Tomás de Aquino, S. Th., II-II, q. 24, a. 7 c.
[17]
Missal Romano, Cânon da Missa.
[18]
Caminho, n. 359.
[19]
1 Sam 16, 7.
[20]
Temas Actuais do Cristianismo, n. 10.
[21]
Amigos de Deus, n. 55.
[22]
João Paulo II, Discurso, 3-VII-1986, n. 3.
[23]
Cristo que passa, n. 48.
[24]
Caminho, n. 813.
[25]
Amigos de Deus, n. 72.
Humildade
A
humildade mantém a direção da intencionalidade pessoal de fundo para o valor e
para o amor, sem o qual até o que aparentemente é virtude pode não o ser na
realidade.
1. A humildade como
virtude moral
As
virtudes morais são hábitos que gravam firmemente, na pessoa que as possui, os
critérios reguladores das tendências humanas, de modo que os impulsos e os atos
que procedem delas, nem excedam nem fiquem abaixo da medida requerida para o
bem próprio e o bem dos outros. Como a sobriedade regula a tendência para a
alimentação, e a castidade modera a tendência sexual, a humildade regula duas
importantes tendências do indivíduo: a necessidade de reconhecimento e de
estima dos outros, e o sentimento do próprio valor (autoestima) 1.
São duas tendências que fazem parte da condição humana: existem em todo o ser
humano, e não se podem nem devem suprimir-se, como também não é possível
eliminar a alimentação e a tendência sexual. A sua real educação é extremamente
importante para preservar o equilíbrio e o crescimento moral pessoal e,
indiretamente, a boa ordem das relações interpessoais, pois as injustiças, a
violência, os fracassos matrimoniais e os conflitos no campo profissional, para
citar só alguns exemplos, são frequentemente consequência do orgulho, da
suscetibilidade, ou do rancor. Também nas relações do homem com Deus a
humildade desempenha um papel importante: a vida espiritual pressupõe uma ideia
adequada da posição que o homem tem perante Deus.
A
humildade tem sido muitas vezes mal interpretada e até considerada uma
qualidade negativa e desprezível, própria de moral de escravos, ou o resultado
do ressentimento dos fracos. Que alguém queira fazer passar por humildade
formas falsas de compensar debilidades e desequilíbrios, é de facto
perfeitamente possível, como é possível que se pretendam disfarçar
comportamentos viciosos sob o nome de qualquer outra virtude (a prepotência
pode dissimular-se sob o aspeto da dignidade ou da justiça e a cobardia como
bondade, etc.). Mas isso, nada tem a ver com la humildade que responde à
inegável necessidade de regular e educar duas tendências fundamentais que tem
todo o ser humano.
2. Importância e tarefas
da humildade
É
possível investigar, historicamente e também a partir da análise teórica, qual
tem sido a situação da humildade fora do cristianismo. Na antiguidade pagã a
humildade era mais vista como um vício que como uma virtude, embora haja
algumas exceções. Mas deixando de lado essa questão, é preferível parar para
mostrar quais são as suas raízes antropológicas, antes de ver as formas
próprias da humildade como virtude cristã.
A
regulação ética das duas tendências a que se refere a humildade, consiste em
ajustá-las à realidade de cada pessoa, considerando-a em si mesma ou vista no
seu ambiente familiar, profissional e social, mas também na sua relação com
Deus. Aristóteles assim o vê quando escreve: O que merece e pretende coisas
pequenas, é modesto (...). Aquele que, sendo indigno, se julga a si mesmo digno
de coisas grandes, é vaidoso (...) O que se julga menos digno do que vale, é
pusilânime (fraqueza de ânimo ou cobardia), quer seja muito ou regular o que
mereça, ou pouco e creia que merece ainda menos 2. O importante não
é aspirar a muito ou a pouco, mas em cada caso ao que é razoável segundo uma
apreciação objetiva e serena da realidade, não forçada pela paixão.
A
humildade é importante, não tanto por realizar positivamente alguma das dimensões
do bem humano, mas porque a ela lhe corresponde proteger as realizações do
conhecimento, do amor, do trabalho, etc., de deformações, que podem privá-las
do seu verdadeiro valor. O orgulhoso é egocêntrico e dificilmente é capaz de
amar verdadeiramente; vê o trabalho profissional apenas como uma forma de
autoafirmação, e não como uma modalidade de auto-transcendência que enriquece o
mundo e contribui para o bem dos outros
É
natural no homem a capacidade de olhar para si mesmo, como se olha para alguém
que é portador de um valor. Do ponto de vista evolutivo, a percepção do próprio
valor passa através do julgamento que merecemos ante os nossos semelhantes
(pais, amigos, etc.). O ser humanos precisa de um certo reconhecimento alheio,
e isso reflete a tendência que chamamos necessidade de autoestima. Com o
desenvolvimento psicológico e moral, a pessoa, mesmo sem poder, nem dever, ser
completamente indiferente às reações que o nosso ser ou o nosso comportamento
causam nos outros, adquire uma maturidade de avaliação suficiente para formar
uma imagem realista de si mesma e do próprio valor (autoestima), conhecendo as
qualidades positivas e negativas, o que se é, e o que se pode chegar a ser. Na
medida em que o sentimento do próprio valor depende de um juízo próprio,
objetivo e realista, a pessoa pode representar adequadamente as suas relações
com os outros (dependência - independência, liberdade - autoridade, etc.).
A
deterioração da razoável direção (da humildade) pode afectar as duas tendências
mencionadas: a necessidade de estima, quando a pessoa não adquire um
distanciamento suficientemente equilibrado do julgamento dos outros; a
autoestima quando, mesmo dispondo de suficiente autonomia de julgamento, este
baseia-se sobre uma percepção pouco realista do próprio valor, seja por
excesso, seja por defeito.
A
dependência excessiva do julgamento dos outros dá origem a fenómenos como a
ânsia de notoriedade, vaidade, teimosia e rigidez, isolamento, simulação de
doença, etc. Todos eles implicam sofrimento para quem o padece, e muitas vezes,
também para os outros. O desejo de notoriedade é típico de uma personalidade
frágil e imatura que precisa de sentir-se, constantemente, aprovada e elogiada
por aqueles que estão à sua volta. Busca satisfazer essa necessidade por todos
os meios ao seu alcance: usa os seus bens, e instrumentaliza o seu saber e o
seu trabalho, para conseguir o prestígio e a estima pública; ou quer dar que
falar, mediante condutas chamativas ou mesmo absurdas; ou busca a aprovação do
grupo, aceitando as ideias e os costumes dominantes, embora contrários às suas
próprias convicções profundas. Outras vezes opta pela vaidade, ou seja,
aparenta o que não é, adotando com esse objetivo comportamentos falsos ou pouco
autênticos. Quando tem de trabalhar sob a autoridade de outros, ou em estreita
colaboração com eles, chama a atenção sobre si mesmo mediante a teimosia, a
intransigência ou a rigidez. Em casos extremos, busca a atenção ou o afeto dos
outros, simulando uma doença e estando conscientes da astúcia, ou perdendo até
essa consciência (fenómenos do tipo histérico). Quem sofre estas deformações
acaba por arruinar as suas relações sociais e a sua sensibilidade ante os
valores objetivos. A pessoa está sempre ocupada consigo mesma, porque o seu
desordenado desejo de estima é insaciável. No outro extremo, tão pouco seria
justo que uma pessoa não fosse suficientemente sensível ante as reações que
produz nos outros, o que levaria a contínuas faltas de atenção, de respeito ou
de educação.
O
segundo problema ocorre quando o sentimento de autoestima depende de uma
avaliação autónoma, mas não suficientemente realista. Surgem então os
sentimentos, bastante irracionais de inferioridade e insegurança num extremo,
ou no outro extremo de orgulho e autossuficiência. A personalidade do orgulhoso
é diversa da condicionada pelo afã de notoriedade. Por detrás deste último
fenómeno, apesar das aparências, esconde-se uma personalidade frágil e pobre,
que frequentemente se tortura com comparações e invejas. O orgulhoso tem por
sua vez uma personalidade dura, geradora de conflitos, com frequência agressiva
ou violenta: julga tudo e todos (espírito crítico); pensa que tem sempre razão;
sente-se superior a tudo e a todos; talvez recompense quem se lhe submete, mas
dificilmente ama e se entrega a alguém; e apesar de temido dificilmente pode
ser amado. Apenas se admira e respeita a si mesmo: tende para o narcisismo. O
orgulhoso é muitas vezes susceptível ou arrogante. Tem conflitos com os outros
e com a própria realidade, porque o seu nível de aspirações é superior às suas
verdadeiras capacidades. Às vezes, as suas capacidades são realmente elevadas,
mas falta-lhe a sabedoria para governar e evitar o que lhe vai subindo à
cabeça.
Esta
breve descrição mostra a importância da humildade para o equilíbrio e
desenvolvimento pessoal, e também a sua dificuldade. A humildade mantém a
direção da intencionalidade pessoal de fundo para o valor e para o amor, sem o
qual até o que aparentemente é virtude pode não o ser na realidade. A
dificuldade da humildade está em que as tendências que regula não se podem
suprimir nem dominar com a vontade. Devem ser educadas, ou seja, ajustadas à
realidade e abertas à participação, ao serviço e ao amor. Não é possível
deixar, completamente, de se olhar a si mesmo, mas pode aprender-se a fazê-lo
com uma mistura de realismo e sentido de humor, sobretudo sem que se oculte a
percepção do que está fora e do que está por cima de nós, pois nessa dimensão
adquire sentido tanto o que somos como o que não somos.
3. A virtude cristã da
humildade
Não
é possível deter-se no estudo dos muitos aspetos em que a humildade aparece no
Antigo Testamento. A ideia predominante está ligada à profissão da fé em Deus,
que nas suas intervenções na história dos homens abate os soberbos, enquanto escolhe
e resgata os humildes e os que foram humilhados. É a ideia que reaparece no
cântico de la Mãe de Jesus: o Senhor olhou para sua pobre serva, manifestou o
poder do seu braço, desconcertou os corações dos soberbos. Derrubou do trono os
poderosos e exaltou os humildes 3, assim como na Primeira Carta de
S. Pedro e na de S. Tiago 4. Mas a razão de fundo dos ensinamentos
do Novo Testamento sobre a humildade está em que Jesus Cristo andou pelos
caminhos da humildade; que Ele mesmo Se propõe como exemplo quando diz: recebei
a minha doutrina, porque Eu sou manso e humilde de coração 5, e que
S. Pablo ilustra no hino de la Carta aos Filipenses 6. Esta dinâmica
de humilhação e exaltação inspira os ensinamentos do Senhor quando convida a
não escolher para si os primeiros lugares 7, na parábola do fariseu
e do publicano 8, na exortação para sermos como meninos9, em
diversos discursos polémicos contra os chefes do povo 10, e na
recomendação de servir aos demais e não se deixar servir por eles 11.
O
critério, segundo o qual a virtude cristã da humildade regula as tendências
humanas de que vimos falando, continua a ser o da verdade. A humildade não
tolera a falsidade acerca das próprias qualidades positivas ou negativas. Mas à
luz dos ensinamentos do Senhor é possível compreender com maior exactidão qual
é a nossa verdadeira posição ante Deus e ante os demais. O cristão está bem
consciente de que tudo recebeu gratuitamente de Deus, tanto o ser e a vida,
como a justiça e a graça. Com a sua doutrina acerca da justificação, S. Paulo
põe em evidência que, vendo as coisas em toda a sua profundidade, não existe em
nós nenhuma verdadeira justiça, senão aquela pela qual Deus mesmo nos faz
justos por meio de Jesus Cristo. Nada temos que não tenhamos recebido 12.
Somente nos podemos gloriar da Cruz de Cristo 13. Quaisquer que
sejam as nossas obras, corresponde-nos assumir diante de Deus uma atitude, de
profunda adoração e de amorosa gratidão, porque só em virtude da sua gratuita
ação salvífica em Cristo podemos ser por Ele aceites. Qualquer atitude
presumida e de autossuficiência nos privaria da sua graça e deixar-nos-ia
encerrados na nossa pobre miséria. A humildade vem a ser assim a outra face do
amor de Deus, a da caridade. O orgulhoso nem ama a Deus, nem consegue receber o
amor que Deus lhe dá. Deo omnis gloria: para Deus toda a glória; isso significa
que nada temos de bom que não venha de Deus, Verdade e Amor subsistente.
A
humildade ensinada pelo Senhor é também o outro lado da caridade para com o
próximo. Quem está consciente de ser nada diante da majestade de Deus, evita o
orgulho e o desprezo dos outros, sabe compreender os outros, incluindo os seus
erros. Somente alguém que pensa que nunca se equivocou, se horroriza com os
erros dos outros (se os outros fossem como eu, as coisas não iriam tão mal). A
humildade é em todo o caso verdade, verdadeiro conhecimento de si mesmo, e por
isso não impede reconhecer as boas qualidades que se possuem, mas leva a não
esquecer que foram recebidas de Deus como dons para pôr generosamente ao
serviço dos outros. O Senhor condena a falsa humildade de quem esconde o
talento recebido 14, que se devia ter feito frutificar ao serviço de
Deus e dos demais. Essa fecundidade chega através da direção espiritual, onde o
Espirito Santo modela a alma: sicut lutum in manus figuli 15 (como o
barro nas mãos do oleiro). Os ensinamentos de S. Paulo acerca dos fortes e dos
débeis na fé e na ciência 16 mostram, eloquentemente, que as
próprias qualidades e até o bem precioso da legítima liberdade cristã, não se hão-de
ver como barreira que nos protege das exigências dos demais, mas como um
recurso que se põe gostosamente ao seu serviço. Cristo carregou sobre si o peso
dos nossos pecados, entregando a sua vida por nós, e também assim nos deu o
exemplo da humildade de coração.
Em
termos práticos a humildade tem múltiplas manifestações, que não é possível
tratar aqui em detalhe. Sobre elas escreveram coisas de grande valor os Padres
da Igreja, os Santos e os que se têm ocupado ao longo da história da teologia
espiritual. Para concluir estas reflexões, limitar-nos-emos a reproduzir uma
página de S. Josemaria Escrivá, cuja eloquência torna inútil quaisquer
comentário. Deixa-me que te recorde, entre outros, alguns sinais evidentes de
falta de humildade:
-
pensar que o que fazes ou dizes está mais bem feito ou mais bem dito do que o
que os outros fazem ou dizem;
-
querer levar sempre a tua avante;
-
discutir sem razão ou, quando a tens, insistir com teimosia e de maus modos;
-
dar a tua opinião sem ta pedirem ou sem a caridade o exigir;
-
desprezar o ponto de vista dos outros;
-
não encarar todos os teus dons e qualidades como emprestados;
-
não reconhecer que és indigno de toda a honra e estima, inclusive da terra que
pisas e das coisas que possuis;
-
citar-te a ti mesmo como exemplo nas conversas;
-
falar mal de ti mesmo, para fazerem bom juízo de ti ou te contradizerem;
-
desculpar-te quando te repreendem;
-
ocultar ao Director algumas faltas humilhantes, para que não perca o conceito
que faz de ti;
-
ouvir com complacência quem te louva, ou alegrar-te por terem falado bem de ti;
-
doer-te que outros sejam mais estimados do que tu;
-
negar-te a desempenhar ofícios inferiores;
-
procurar ou desejar singularizar-te;
- insinuar na conversa palavras de louvor próprio,
ou que dão a entender a tua honradez, o teu engenho ou destreza, o teu
prestígio profissional...;
- envergonhar-te por careceres de certos
bens... 17.
a. rodríguez
luño
2012/03/16
Bibliografia
básica:
Gioacchino
Pecci (León XIII), A prática da humildade, Nebli, Madrid 2007.
S.
Josemaria, Amigos de Deus, nn. 94-109.
S.
Josemaria, Caminho, capítulo sobre a humildade (nn. 589-613).
Angel
Rodríguez Luño, Ética General, 4ª ed., Eunsa, Pamplona 2001, pp. 163-164 (sobre
as tendências reguladas pela humildade) e 250-253 (sobre a virtude da
humildade) estas páginas não existem nas edições anteriores.
Enrique
Colom - Angel Rodríguez Luño, Scelti in Cristo per essere santi. I. Morale
fondamentale, 1ª ristampa della 3ª edizione, Edizioni Università della Santa
Croce, Roma 2008, pp. 153-154 (sobre as tendências reguladas pela humildade;
essas páginas não existem na 1ª e na 2ª edição italianas nem na edição em
língua espanhola).
Angel
Rodríguez Luño, Scelti in Cristo per essere santi. III. Morale speciale, Edizioni
Università della Santa Croce, Roma 2008, pp. 333-337 (sobre a virtude da
humildade).
Joseph
Pieper, As virtudes fundamentais, Rialp, Madrid 1980, pp. 276-281
© ISSRA, 2009 (original em espanhol
publicado em www.collationes.org)
Nota: Revisão gráfica e da
tradução por ama.
________________________________
Notas:
1
Era clássica a definição de humildade, como virtude que tem como objeto moderar
o apetite (o desejo, a tendência) da própria excelência. Não é distinto do que
se diz no texto, porque a própria excelência, refletida no juízo dos demais ou
no próprio é o objeto das duas tendências mencionadas. S. Tomás de Aquino
considera que a humildade está ligada à temperança, porque os desejos
suscitados pela própria excelência têm necessidade sobretudo de freio e
moderação, que é o formalmente caraterístico da temperança e das demais
virtudes relacionadas com ela. Cfr. S. Tomás de Aquino, Suma Teológica, II-II,
q. 161.
2
Aristóteles, Ética a Nicómaco, IV, 3:1123 b 5 ss.
3
Lc 1, 48;51-52.
4
Cfr. 1Pe 5, 5 e Tg 4, 6.
5
Mt 11,29.
6
(Fl 2, 5-11): Dedicai-vos mutuamente a estima que se deve em Cristo Jesus.
Sendo Ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas
aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos
homens. E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais,
tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso Deus o exaltou
soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes, para que
ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda
língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor.
7
Cfr. Lc 14, 7-11.
8
Cfr. Lc 18, 9-14.
9
Cfr. Lc 18, 16-17.
10
Cfr. Mt 23.
11
Cfr. Mt 20, 24-28.
12
Cfr. 1 Cor 4, 4 e Rm 3, 27-28.
13
Cfr. Gl 6, 14.
14
Cfr. Mt 25, 24-28.
15
Jr 18, 6; cfr. 18, 1, 1-6.
16
Cfr. Rm 14 e 1 Co 8.
17
S. Josemaria, Sulco, n. 263.