A
questão séria e importantíssima é conseguir chegar ao ponto em que se considere
fazer a pergunta necessária: ‘O que é, para mim, a felicidade?’
Surpreendentemente,
ou talvez não, as respostas serão inúmeras e, nenhuma delas satisfatórias.
Poderá até acontecer chegar-se a uma resposta aparentemente definitiva: “Eu sou
feliz!”. Dura pouco, pouquíssimo, esta conclusão porque quase simultaneamente
aparece no horizonte algo que está por atingir, por satisfazer, por alcançar e,
então, essa tal resposta aparentemente definitiva: ‘Eu sou feliz!’ verá
acrescentado, inevitavelmente um porém…
Isto
porquê?
Porque
a felicidade não é exclusiva, própria, particular mas, sempre colectiva; eu não
posso, verdadeiramente, ser feliz se houver outros seres humanos que o não são.
Mas, mais… o objectivo nunca é atingido na sua totalidade, há sempre algo que
ainda faltará fazer e sucede que a insatisfação, pequena ou grande, que tal
sentimento gera, impede a felicidade de se completar.
Tal
não quer dizer que se seja infeliz. Não considero que a infelicidade não tenha
que ver directamente com a felicidade porque, como acabei de dizer, quem se
considera feliz porque atingiu um patamar de satisfação pessoal que assim o
leva a considerar-se, tendo, como também disse, ânsias de ‘crescer’ na
felicidade, não se considera infeliz por isso, bem pelo contrário, um pouco da
sua felicidade reside directamente nesse sentimento, nesse reconhecimento,
melhor dizendo, que poderá, talvez, fazer mais e melhor. Assim, o contrário de
felicidade não é senão o egoísmo pessoal que impede ver a felicidade por
atingir por outros e o que pessoalmente podemos fazer para os ajudar nesse
sentido.
(cont.)
ama, 2013
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