18/10/2019

Quantos comerciantes terão sido santos?


Está a ajudar-te muito, dizes-me, este pensamento: desde os primeiros cristãos, quantos comerciantes terão sido santos? E queres demonstrar que também agora isso é possível... O Senhor não te abandonará nesse empenho. (Sulco, 490)

O único objectivo do Opus Dei sempre foi este: contribuir para que, no meio do mundo, das realidades e afãs seculares, homens e mulheres de todas as raças e de todas as condições sociais procurem amar e servir a Deus e a todos os outros, no seu trabalho ordinário e através dele. (...).
Se alguma comparação se quer fazer, a maneira mais fácil de entender o Opus Dei é pensar na vida dos primeiros cristãos. Eles viviam profundamente a sua vocação cristã; procuravam muito a sério a perfeição a que eram chamados, pelo facto, ao mesmo tempo simples e sublime, do Baptismo. Não se distinguem exteriormente dos outros cidadãos. Os membros do Opus Dei são como toda a gente: realizam um trabalho corrente; vivem no meio do mundo conforme aquilo que são – cidadãos cristãos que querem responder inteiramente às exigências da sua fé. (Temas Actuais do Cristianismo, 10 e 24)

Temas para reflectir e meditar

CRUZ



Os homens são quase sempre os carpinteiros das suas próprias cruzes.





(S. FILIPE DE NÉRI, The Maxims of St Philip Neri, F.W.Faber, Cromwell Press SN12 8PH, nr. 17 – 37, trad AMA)

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM


São Lucas – Evangelista

Evangelho: Lc 10, 1-9

Naquele tempo, designou o Senhor setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir. E dizia-lhes: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara. Ide: Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa nem alforge nem sandálias, nem vos demoreis a saudar alguém pelo caminho. Quando entrardes nalguma casa, dizei primeiro: ‘Paz a esta casa’. E se lá houver gente de paz, a vossa paz repousará sobre eles; senão, ficará convosco. Ficai nessa casa, comei e bebei do que tiverem, que o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa. Quando entrardes nalguma cidade e vos receberem, comei do que vos servirem, curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: ‘Está perto de vós o reino de Deus’»

Comentário:

O Príncipe da Paz envia mensageiros a todo o lado a levar a Sua Paz.

A Paz de Cristo!

Em muitos lugares da terra estes mensageiros da Paz são recebidos em clima de guerra aberta e declarada, sujeitos aos maiores vexames e ultrajes, muitas vezes, dando a sua própria vida em defesa da Paz de Cristo.

Sim... a paz gera a guerra porque os espíritos retorcidos e maquiavélicos obedecem às instruções do demónio que só consegue dominar os homens - o mundo - com a guerra, o ódio e a intolerância.                    
Temos o dever - sagrado dever - todos os cristãos, de rezar ao Príncipe da Paz que proteja esses Seus enviados e lhes dê, como prometeu, a força, a coragem e o ânimo para seguirem indómitos e corajosos no caminho que o Senhor lhes indicou.

 (AMA, comentário sobre Lc 10, 1-9, 14.02.2017)


Leitura espiritual


Cartas de São Paulo

Rm 1

INTRODUÇÃO (1,1-17)

Apresentação e saudação

1 Paulo, servo de Cristo Jesus, chamado a ser Apóstolo, escolhido para anunciar o Evangelho de Deus, 2 que Ele de antemão prometera por meio dos seus profetas, nas santas Escrituras, 3 acerca do seu Filho, nascido da descendência de David segundo a carne, 4 constituído Filho de Deus em poder, segundo o Espírito santificador pela ressurreição de entre os mortos, Jesus Cristo Senhor nosso; 5 por Ele recebemos a graça de sermos Apóstolos, a fim de, em honra do seu nome, levarmos à obediência da fé todos os gentios, 6 entre os quais estais também vós, chamados a ser de Cristo Jesus; 7 a todos os amados de Deus que estão em Roma, chamados a ser santos: graça e paz a vós, da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo!

Oração pelos cristãos de Roma

8 Antes de mais, dou graças ao meu Deus por todos vós, por meio de Jesus Cristo, pois a vossa fé é proclamada em todo o mundo. 9 Pois Deus - a quem presto culto no meu espírito, anunciando o Evangelho do seu Filho - me é testemunha de como constantemente me lembro de vós, 10 pedindo sempre nas minhas orações que tenha, finalmente, ocasião de ir ter convosco; assim Deus o queira. 11 É que eu anseio por vos ver, para vos comunicar algum dom espiritual e assim vos fortalecer, 12 ou antes, para, estando convosco, ser reconfortado pela fé que nos é comum, a vós e a mim. 13 Não quero que ignoreis, irmãos, que muitas vezes me propus ir ter convosco - do que tenho sido impedido até agora - a fim de também entre vós obter algum fruto, do mesmo modo que entre os restantes gentios. 14 Tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes eu sou devedor. 15 Daí o propósito que tenho de também vos anunciar o Evangelho, a vós que estais em Roma.

O Evangelho, tema da Carta

16 Eu não me envergonho do Evangelho, pois ele é poder de Deus para a salvação de todo o crente, primeiro o judeu e depois o grego. 17 Pois nele a justiça de Deus revela-se através da fé, para a fé, conforme está escrito: O justo viverá da fé.

I. O EVANGELHO QUE NOS DÁ A SALVAÇÃO (1,18-11,36)

Pecado dos pagãos

18 De facto, a ira de Deus, vinda do céu, revela-se contra toda a impiedade e injustiça dos homens que, com a injustiça, reprimem a verdade. 19 Porquanto, o que de Deus se pode conhecer está à vista deles, já que Deus lho manifestou. 20 Com efeito, o que é invisível nele - o seu eterno poder e divindade - tornou-se visível à inteligência, desde a criação do mundo, nas suas obras. Por isso, não se podem desculpar. 21 Pois, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram nem lhe deram graças, como a Deus é devido. Pelo contrário: tornaram-se vazios nos seus pensamentos e obscureceu-se o seu coração insensato. 22 Afirmando-se como sábios, tornaram-se loucos 23 e trocaram a glória do Deus incorruptível por figuras representativas do homem corruptível, de aves, de quadrúpedes e de répteis. 24 Por isso é que Deus, de acordo com os apetites dos seus corações, os entregou à impureza, de tal modo que os seus próprios corpos se degradaram. 25 Foram esses que trocaram a verdade de Deus pela mentira, e que veneraram as criaturas e lhes prestaram culto, em vez de o fazerem ao Criador, que é bendito pelos séculos! Ámen. 26 Foi por isso que Deus os entregou a paixões degradantes. Assim, as suas mulheres trocaram as relações naturais por outras que são contra a natureza. 27 E o mesmo acontece com os homens: deixando as relações naturais com a mulher, inflamaram-se em desejos de uns pelos outros, praticando, homens com homens, o que é vergonhoso, e recebendo em si mesmos a paga devida ao seu desregramento. 28 E como não julgaram por bem manter o conhecimento de Deus, entregou-os Deus a uma inteligência sem discernimento. E é assim que fazem o que não devem: 29 estão repletos de toda a espécie de injustiça, perversidade, ambição, maldade; cheios de inveja, homicídios, discórdia, falsidade, malícia; são difamadores, 30 maldizentes, inimigos de Deus, insolentes, orgulhosos, arrogantes, engenhosos para o mal, rebeldes para com os pais, 31 estúpidos, desleais, inclementes, impiedosos. 32 Esses, muito embora conheçam o veredicto de Deus - de que são dignos de morte os que tais coisas praticam - não só as fazem, como até aprovam os que as praticam.

Pequena agenda do cristão

Sexta-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?