Santíssima Virgem Glória e Graça
Santíssima Virgem - Santo Rosário - Mistérios do Evangelho
Cura de enfermos
A
exemplo de tantos Santos, tambem eu gosto de chamar a Jesus O MÉDICO DIVINO!
Qualquer
médico consciente da sua profissão e observante do compromisso que assumiu,
consagra toda a sua vida a tratar dos feridos, curar as suas doenças, minimizar
os seus sofrimentos.
Evidentemente
que, sendo esta a sua vida de trabalho terá de ser compensado pelo mesmo mas
sempre deverá ter em conta a situação económica dos que atende. Recusar-se a
prestar serviços porque não espera receber por eles será algo impensável porque
contrário à justiça mais elementar.
O
Médico Divino nunca Se recusa a cuidar os que dEle precisam nem Se detém a
pensar na “paga” que poderia legítimamente esperar.
Essa
“paga” é a alegria da cura operada e o exemplo de caridade que os circunstantes
deverão guardar e, sem dúvida, o reconhecimento que Ele pode tudo.
Mas…
O Médico Divino faz muito mais que curarar males do corpo, vai ao ponto de
fazer algo surpreendente para os que O rodeiam: Toca o doente, como tocou o
leproso postado à beira do caminho.
Muito
pior que a lepra do corpo é a lepra do pecado e também aqui O Médico Divino
acrescenta algo que só Ele pode acrescentar: «Vai em paz, os teus pecados
estão perdoados» e para confirmar o que digo antes, por vezes acrescenta: «Vê
lá… não voltes a pecar para que não te aconteça algo muito pior».
O
Evangelho refere que era costume do povo levar até Jesus os familiares ou
amigos doentes, muitas vezes amontoando-se à porta da casa onde estaria, outras
vezes pondo as enxergas dos doentes nas praças ou caminhos por onde havia de
passar e, a Sua sombra curava-os.
Quem
acredita neste MÉDICO DIVINO tem sempre a Quem agarrar-se nas aflições da vida
corrente com a certeza que Ele actuará como for mais conveniente. Mesmo que não
considere curar a doença dará sempre a força e o ânimo para a suportar e,
sobretudo, para merecer graças incontáveis para o doente e para muitíssimos
outros.
É,
de facto, o que vemos com surpreza em muitos hospitais: a serenidade e até
alegria de muitos doentes em situações graves de doenças prolongadas que os
médicos não conseguem debelar.
Tenho
pessoalmente experiências de internamento prolongado em hospitais e pude
constatar quanto disse atrás. Para mim foram lições inesquecíveis que muito me
servem quando os incómodos, dores e mal-estar me assolam para que não me
queixe… antes agradeça a oportunidade de ter algum merecimento.
De
facto muitos andam pela vida fora queixando-se por tudo e por nada, uma dor de
cabeça ou de dentes, um incómodo próprio da idade como seja a locomoção, aos
ais e esgares de sofrimento. São pessoas que nos incomodam imenso que em vez de
suscitarem a nossa solidaridedade próxima nos afastam para longe.
Pessoalmente
tenho problemas sérios de locumoção que a idade vai agravando mas não será por
me queixar que esses problemas desaparecem, por isso mesmo faço o possível – ás
vezes sem o conseguir – em vez de um “AI!” dizer antes: Ofereço-Te Senhor! E, a
verdade, é que quase sempre é suficiente e bastante para que o incómodo
desapareça.
E,
então eu sei, tenho a certeza absoluta que o MÉDICO DIVINO actuou.
Atrevo-me
adizer que quem não tem confiança neste MÉDICO DIVINO tem muito poucos ou
ningém que o salve em caso de necessidade. Devo fazer como cristão o que me
compete fazer: anunciar a todos os que se cruzem conmigo nos caminhos da vida
esta verdade: que há um MÉDICO DIVINO sempre pronto, diponível e solicícito
para nos atender e assistir.
Bastará
chamá-Lo e Ele não deixará de vir em nosso auxílio.
Para
recorrer a este Médico os cristãos costumam usar a Intermediadora por
excelência: a Santíssima Virgem.
Como
Mãe Extremosa ela está sempre atenta e disponível para pedir por nós a seu
Filho.
Coisas
grandes ou pequenas, doenças graves ou não, ela não se esquece – nunca – de nós.
Chamamos
a Fátima ALTAR DO MUNDO porque, de
facto, a humanidade inteira ali vai rezar; eu atrevo-me a acrescentar também
CONSULTÓRIO DA HUMANIDADE porque ali ocorrem milhões de pessoas como a um
consultório médico em busca de remédio, cura, lenitivo para os males que os
achacam.
Em
criança lembro-me de ver no travejamento do tecto da Capelinha muletas,
próteses, ex-votos que muitos peregrinos agradecidos quiseram deixar como
testemunho de curas alcançadas em respodta ás suas súplicas à Mãe dos aflitos.
Nos
arquivos do Santuário existem milhares de relatos autenticados com estes
relatos.
Uns
destes dizem-me directamente respeito como este:
História
verdadeira
Com
4/5 anos de idade, o sexto filho de uma família nessa altura com 7 irmãos, mais
tarde seriam 10, apareceu com uma doença, na época, pelos anos 1944/45,
estranha ou, pelo menos, pouco divulgada: Leucemia.
Não
havia, então, grandes meios, nem de diagnóstico e, muito menos de tratamento.
As análises semanais eram feitas e enviadas para Alemanha, em Portugal, não
havia recursos para tal. Os resultados revelavam sempre o agravamento da
doença.
Os
Pais, não desistiam de aplicar todos os meios, embora escassos, para lutar pela
saúde do seu filho e, sobretudo, todos os dias 13 de cada mês, levavam-no a
Fátima onde participava na Missa dos peregrinos e recebia a bênção dos doentes.
O
miúdo olhava para a Mãe ao seu lado, vestida de servita e via nos seus olhos
doces, fixando a Custódia, um brilho de lágrimas incontidas.
Passados
talvez 2 anos e meio, num dia 13 de Maio, mais uma vez ali estiveram.
No dia
seguinte mais uma análise, desta vez com colheita de gânglios linfáticos que se
avolumavam no pescoço do rapazinho. Uns dias depois, talvez uma semana, vieram
os resultados do laboratório alemão: Não havia vestígios de Leucemia!
As
análises continuaram, cada vez mais espaçadas e, os resultados mantinham-se.
O
rapazinho recuperou totalmente a saúde, foi para o colégio e fazia,
normalmente, a vida que todos os rapazes da sua idade faziam.
Passados
3 anos, em Fevereiro, nova e terrível doença: Meningite no seu estado mais
grave!
Não
havia ainda medicamentos apropriados (como a Estreptomicina que só apareceria
no mercado em Abril desse ano e por um preço astronómico). As punções lombares
cada dois dias eram um tormento indescritível e as dores de cabeça eram tais
que o Pai do menino pediu ao porteiro do prédio que desse uma moeda a cada
tocador de guitarra, acordeão etc., que então abundavam nas ruas de Lisboa, com
a recomendação de se afastarem do local.
Não
havia possibilidades de o levar a Fátima, tal a prostração e debilidade
crescentes, mas, a sua Mãe colocou-lhe debaixo da almofada da sua cama de quase
moribundo, um cravo que tinha colhido do andor de Nossa Senhora, em Fátima,
depois da “procissão do adeus” num dia 13 também de Maio.
Passadas
poucas semanas, voltou para o colégio, são e salvo!
Naquela
família existiu – existe – sempre a convicção profunda que Jesus, por
intercessão da Sua Santíssima Mãe, tinha, mais uma vez, operado um milagre.
O
rapazinho viveu.
Tem,
hoje 82 anos!
A Deus
nada é impossível… e atende sempre a Sua Santíssima Mãe!