30/05/2021

NUNC COEPI: Publicações em Maio 30

 



DOMINGO

 

PLANO DE VIDA;  (Coisas muito simples, curtas, objectivas)

Propósito: Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Lembrar-me: Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?

Propósito: Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?

 


Mês de Maio - Santíssima Virgem

 

Salve Rainha, Mãe de misericórdia, Vida e doçura, Esperança nossa, A vós bradamos, Degredados filhos de Eva, A vós suspiramos, Gemendo e chorando, Neste vale de lágrimas.

Eia pois advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei,

 

O olhar de Mãe da Misericórdia!

Não há outro no qual possamos confiar tão plenamente.

Tu compreendes; tu desculpas; tu encontras os nossos pequenos méritos nas muitíssimas misérias que temos.

Santo Rosário - Meditação sobre o Décimo Mistério do Evangelho

 

 

Jesus e a Lei

 

  «Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição ».

  Esta afirmação “categórica” de Jesus, faz, podería dizer, todo o sentido.

  Ele nunca poderia revogar um Lei dada por Seu Pai, directamente, a Moisés no monte Sinai.

  Só que, com o passar dos séculos, esta mesma Lei - que deveria ser intocável na sua essência – foi sendo alterada pelos escribas e chefes do povo de Israel, que foram acrescentando regras e obrigações da sua lavra, num autêntico amontoado legislativo que constituia um pesado fardo para o povo.

  Compreendo que, este povo era rude e iletrado e, naqueles recuados tempos, quase bárbaro, o que, de certa forma, pode ter levado os chefes a “apertarem” o jugo que, na sua opinião, era fundamental para a unidade da nação.

  Ao longo do Capítulo V do Evangelho escrito por São Mateus, Jesus Cristo vai explicando, com meridiana clareza, o verdadeiro sentido do enunciado na Lei Divina.

  Posso – claramente – perceber que a Sua intenção é centrar definitivamente a Lei dada a Moisés nos dois primeiros Mandamentos: «Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo».

  De certa forma, colocar a “intenção” de Deus Pai centrada no AMOR, AMOR, este que tinha sido esquecido, posto de lado.

  Por isso mesmo acaba o Seu “discurso”  com a declaração do MANDAMENTO DO AMOR: «sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste» o que, na verdade quer dizer: Amai como Vosso Pai e Eu vos amo.

  Mandamento impossível de cumprir?

  Posso pensar que, talvez, sim… dadas as nossas limitações e fragilidades, mas, Cristo não pode – nunca o fará – pedir algo impossível de cumprir porque sabe e conhece muito melhor que nós, essas limitações e fragilidades, e, portanto, o que na verdade nos diz é que nos esforcemos com ânimo e confiança em consegui-lo.

  Ân  imo para perseverar, confiança nEle que nunca me faltará com o que me possa faltar.

Daí que, nos será muito conveniente pedir com insistência humilde mas confiada: Senhor, ajuda-me a ser perfeito, a ser santo, a fazer quanto posso para Te seguir e levar a cabo os Teus desejos e Amabílissima Vontade.

  E… Senhor: Que eu saiba ordenar bem o meu amor. Em primeiro lugar… Tu, Senhor do Céu e da Terra, Criador de todas as coisas. Todos os outros amores, por limpos, honestos, verdadeiros que sejam, ou possam parecer, devem ordenar-se a este. De Ti me vem tudo, a própria vida. Tudo, absolutamente, quanto tenho, Te pertence. Para Ti caminho, de Ti recebo a força, a inspiração, o alento para a caminhada e ainda o perdão das minhas numerosas faltas. Não guardando agravos, demonstras, a cada instante, a Tua Omnipotente Misericórdia. Peço-te, Senhor, que recebas o meu amor como se fosse o único amor que tens na terra. Assim não notarás como é pequeno, miserável... Serei feliz porque mesmo sabendo o pouco que é, como to dou todo... fico disponível para me “encher” do Teu.

 


São José Maria textos

      

Fé do povo cristão

 

Sempre foi esta a doutrina certa da fé. Contra os que a negaram, o Concílio de Éfeso proclamou que se alguém não confessa que o Emanuel é verdadeiramente Deus e que, por isso, a Santíssima Virgem é Mãe de Deus, visto que gerou segundo a carne o Verbo de Deus encarnado, seja anátema.

A história conservou-nos testemunhos da alegria dos cristãos perante estas decisões claras, nítidas, que reafirmavam aquilo em que todos já acreditavam: Todo o povo da cidade de Éfeso, desde as primeiras horas da manhã até à noite, permaneceu ansioso à espera da resolução... Quando se soube que o autor das blasfémias tinha sido deposto, todos a uma voz começaram a glorificar a Deus e a aclamar o Sínodo, porque tinha caído o inimigo da fé. Logo que saímos da igreja fomos acompanhados com archotes a nossas casas. Era de noite: toda a cidade estava alegre e iluminada.

Assim escreve S. Cirilo e não posso negar que, mesmo passados dezasseis séculos, aquela reacção de piedade me impressiona profundamente.

Queira Deus Nosso Senhor que esta mesma fé arda nos nossos corações e que se erga dos nossos lábios um cântico de acção de graças, porque a Trindade Santíssima, ao escolher Maria para Mãe de Cristo, homem como nós, pôs cada um de nós sob o seu manto maternal. É Mãe de Deus e nossa Mãe. (Amigos de Deus, 275)

 

 

 

 

 

29/05/2021

NUNC COEPI: Publicações em Maio 29

 


Sábado 

 

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

 

Propósito: Honrar a Santíssima Virgem.

 

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

 

Lembrar-me: Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

 

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.

Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

 

Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?

 

 


Ano de São José

Paternidade de José

Eis o paradoxo, e São Josemaria bem o sabe: quem é Sabedoria "aprende" do homem as coisas mais básicas, como o trabalho de carpinteiro. A "sublimidade do mistério" da Encarnação e a verdade da paternidade de José se manifestam neste paradoxo. Com a sua Mãe, o Senhor aprendeu a falar e a andar; Com a convivência com São José, aprendeu lições de diligência e honestidade. O seu afecto mútuo tornou José e Jesus semelhantes de muitas maneiras: Não é possível ignorar a sublimidade do mistério. Aquele Jesus que é homem, que fala com o sotaque de uma certa região de Israel, que se parece com um artesão chamado José, esse é o Filho de Deus. E quem pode ensinar alguma coisa a Deus? Mas Ele é realmente um homem e vive normalmente: primeiro como uma criança, depois como um menino, que ajuda na oficina do José; finalmente como um homem maduro, no auge da Sua idade. Jesus cresceu em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens (Lc  2:52).

 


Mês de Maio - Santíssima Virgem

Meditações de Maio

 

Salve Rainha, Mãe de misericórdia, Vida e doçura, Esperança nossa, A vós bradamos, Degredados filhos de Eva, A vós suspiramos, Gemendo e chorando, Neste vale de lágrimas.

Eia pois advogada nossa,

Não temos outra nem melhor, mais sábia ou disponível.

Advogada pro bono porque nada cobras ou exiges.

 

Santo Rosário - Meditação sobre o Nono Mistério do Evangelho

 

Cura de enfermos

 

  Jesus Cristo É o Taumaturgo por excelência!

  Dos milagres que operou na Sua vida pública, os Evangelhos relatam com maior frequência as curas de enfermos de toda a ordem e gravidade – desde a cura da lepra a uma simples febre (Cfr. Sogra de Simão Pedro, Mc 1, 30) - porque, para Jesus, a pessoa que sofre move o Seu Coração Amantíssimo e como que O impele a prestar-lhe assistência.

  Lembro-me em criança participar na chamada Missa dos Doentes, nos dias treze de cada mês de Maio a Outubro, em Fátima.

Eu era, de facto doente, portador de uma leucemia grave para a qual na época havia poucos ou nenhuns recursos.

Olhava à minha volta e via as dezenas de pessoas de várias idades e padecendo de vários males, desde os paralíticos aos cegos e outros tolhidos por doenças graves e prolongadas.

Todos aguardavam o momento em que, no fim da Santa Missa, o celebrante se aproximava com a Custódia para abençoar todos, enquanto pelos altifalantes ecoavam preces.

Lembro particularmente uma que me ficou gravada para sempre: “Senhor, se quiseres, podes curar-me!”. Uma “repetição” da súplica que um leproso Lhe dirigiu. (Cfr. Mat 8, 2)

Uma das caracteristicas principais desta súplica do leproso, é a confiança total e absoluta que deposita no Senhor: «se quiseres…».

  A expressão: «se quiseres…», infere mais que confiança, vai mais longe.

É uma afirmação da total dependencia do homem em relação a Jesus. Da sua vontade à Vontade do Salvador.

Poderia, talvez, dizer: ‘Senhor, eu quero que me cures, que me devolvas a saúde, que restabeleças o meu corpo doente. Mas, eu sei que Tu sabes muito melhor que eu o que me convém e, portanto, submeto-me completamente à Tua Vontade’.

  Mas… então…

  Ah! Sim! Então comparo-me a Jesus Cristo em Getsamini, numa angústia indízível, suando sangue: «Pai, se possível afasta este cálice mas não se faça o que Eu quero, senão o que Tu queres». (Mat 14, 36)

  Não se podem estabelecer comparações dos milagres de Jesus que os Evangelhos nos relatam.

Os “espectaculares”, como as multiplicações de pães e peixes, as pescarias assombrosas, as “ordens” ao mar e ao vento, ou, as mais discretas como a cura de uma simples febre como a da sogra de Pedro.

Mas, todos estes milagres - que não são todos quantos Jesus operou, São João confessa que não caberiam no mundo os livros necessários para os relatar - ficarão, porém, sempre muito atrás do número e “importância” de outros: Os operados no espírito, na alma, como o perdão dos pecados.

  De facto, o pecado é o maior mal, a doença mais grave que pode acontecer-me.

Separa-me de Deus, afasta-nos de Cristo, impede a minha salvação eterna.

  Haverá maior mal?

E, no entanto, o Senhor perdoa-me sempre que, arrependido e contrito, Lhe peço perdão.

  Haverá maior Perdão?

 

 


São José Maria textos

 

Um olhar pelo mundo, um olhar sobre o Povo de Deus neste mês de Maio que começa, faz-nos contemplar o espectáculo da devoção mariana manifestada em tantos costumes, antigos ou novos, mas sempre vividos com um mesmo espírito de amor. Dá alegria verificar que a devoção à Virgem está sempre viva, despertando nas almas cristãs um impulso sobrenatural para se comportarem como domestici Dei, como membros da família de Deus. Nestes dias, vendo como tantos cristãos exprimem dos mais diversos modos o seu carinho à Virgem Santa Maria, também vós certamente vos sentis mais dentro da Igreja, mais irmãos de todos esses vossos irmãos. É uma espécie de reunião de família, como quando os irmãos que a vida separou voltam a encontrar-se junto da Mãe, por ocasião de alguma festa. Ainda que alguma vez tenham discutido uns com os outros e se tenham tratado mal, naquele dia não; naquele dia sentem-se unidos, reencontram-se unidos, reencontram-se todos no afecto comum. Maria, na verdade, edifica continuamente a Igreja, reúne-a, mantém-na coesa. É difícil ter autêntica devoção à Virgem sem nos sentirmos mais vinculados aos outros membros do Corpo Místico e também mais unidos à sua cabeça visível, o Papa. Por isso me agrada repetir: Omnes cum Petro ad Iesum per Mariam! - todos, com Pedro, a Jesus, por Maria! E assim, ao reconhecer-nos como parte da Igreja e convidados a sentir-nos irmãos na Fé, descobrimos mais profundamente a fraternidade que nos une à Humanidade inteira, porque a Igreja foi enviada por Cristo a todos os homens e a todos os povos. O que acabo de dizer, todos nós o experimentamos, pois não nos têm faltado ocasiões de comprovar os efeitos sobrenaturais de uma sincera devoção à Virgem. Cada um de vós podia contar muitas coisas a esse propósito. E eu também. Vem-me agora à memória uma romaria que fiz em 1935 a uma ermida da Virgem em terra castelhana - a Sonsoles. Não era uma romaria no sentido habitual. Não era ruidosa nem multitudinária. Íamos apenas três. Respeito e estimo essas outras manifestações públicas de piedade, mas, pessoalmente, prefiro tentar oferecer a Maria o mesmo carinho e o mesmo entusiasmo por meio de visitas pessoais, ou em pequenos grupos, com intimidade. Naquela romaria a Sonsoles, conheci a origem desta invocação da Virgem - pormenor sem grande importância, mas que é uma manifestação filial da gente daquela terra. A imagem de Nossa Senhora que se venera naquele lugar esteve escondida durante algum tempo, na época das lutas entre cristãos e muçulmanos em Espanha. Ao cabo de alguns anos, a imagem foi encontrada por uns pastores, que, segundo conta a tradição, exclamaram, ao vê-la: Que lindos olhos! São sóis! (Cristo que Passa, 139)

28/05/2021

NUNC COEPI: Publicações em Maio 28

 



Sexta-Feira

 

PLANO DE VIDA:  (Coisas muito simples, curtas, objectivas)


Propósito: Contenção; alguma privação; ser humilde.

Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

 

Lembrar-me: Filiação divina.

 

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

 

PEQUENO EXAME: Cumpri o propósito que me propus ontem?

 

 



 

História das Aparições de Fátima - 4

 

Primeira aparição de Nossa Senhora

 

Local: Cova da Iria

Data: 13 de Maio de 1917

«– Não tenhais medo! Eu não vos faço mal!

– De onde é Vossemecê? – perguntei-lhe.

– Sou do Céu.

– E que é que Vossemecê me quer?

– Vim para vos pedir que venhais aqui, seis meses seguidos, no dia 13 a esta mesma hora. Depois direi quem sou e o que quero. Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez.

– Vossemecê sabe-me dizer se a guerra ainda dura muito tempo ou se acaba breve?

– Não te posso dizer ainda enquanto não te disser também o que quero.]

– E eu também vou para o Céu?

– Sim, vais.

– E a Jacinta?

– Também.

– E o Francisco?

– Também, mas tem que rezar muitos Terços.

– E a Maria das Neves já está no Céu?

– Sim, está.

– E a Amélia?

– Estará no purgatório até ao fim do mundo.

– Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?

– Sim, queremos!

– Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.

Foi ao pronunciar estas últimas palavras (a graça de Deus, etc.) que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que penetrando-nos no peito e no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos. Então por um impulso íntimo também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente: – Ó Santíssima Trindade, eu vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento.

Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou: – Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.»

 

Notas:

Memórias da Irmã Lúcia I. 14.ª ed. Fátima: Secretariado dos Pastorinhos, 2010, p. 172-173 (IV Memória); a secção entre parênteses retos pertence ao interrogatório do pároco aos videntes, em 27 de maio de 1917, em Documentação Crítica de Fátima, vol. I. Fátima: Santuário de Fátima, 1992, p. 9.

 



Mês de Maio - Santíssima Virgem

 

Meditações de Maio

Confiança

 

Tantas coisas que se entrechocam no meu espírito como que num vendaval que não consigo controlar.

E, sem querer, deixo-me ir, assim, meio tonto, nas asas desse vento impetuoso que me impele não sei para onde.

Quero deter-me e pensar, de facto, no que posso fazer, melhor, no que devo fazer.

Chego à conclusão que não me resta outra coisa que abandonar-me, serena e confiadamente, nos braços dulcíssimos da minha Mãe do Céu.

Ela me levará para onde devo estar, Ela me dirá o que devo fazer.

 

Santo Rosário - Meditação sobre o Oitavoo Mistério do Evangelho

 

Não tenhais medo

 

  Logo após a sua eleição como Papa, São João Paulo II assomou à loggia do Vaticano para se dirigir à multidão que enchia a Praça aguardando com ansiedade saber – e ver – o “novo” Papa. As suas primeiras palavras foram: ‘Non abbiate paura’ (Não tenhais medo). E foi dizendo que – possivelmente – houvesse alguma inquietação por estar ali um novo Papa não italiano mas, talvez, ainda mais por ser oriundo de um País do Leste Europeu, dominado pela Rússia Soviética.

  Naqueles momentos, eu, também me deixei envolver por considerações pessoais como, por exemplo, o que seria o futuro imediato da Igreja com este homem eleito sucessor de Pedro.

  Recordei então um livro – depois convertido em filme – que há muito lera e que ficara gravado na minha memória: As sandálias do pescador(The Shoes of the Fisherman, Morris West, 1963) O filme aborda a – na altura hipotética – eleição de um Papa oriundo do Leste Europeu. O interessante é que o Papa eleito une toda a Igreja à sua volta com um governo pastoral sólido, coeerente com a Fé Cristã e com um verdadeiro sentido universal.

  Tudo isso “já lá vai”, mas, no caso concreto da eleição de São João Paulo II, arrependo-me de ter cedido a essa tentação terrível que é fazer juízos – quando não críticas – sobre a santidade da Igreja a que pertenço como baptizado e, sobretudo, de dar ouvidos aos “profetas da desgraça” que tão frequentemente opinam sobre o que chamam “Crises da Igreja”.

  Crise na Igreja?

A Santa Igreja – que somos todos os cristãos – tem como Cabeça Jesus Cristo seu Fundador. Só Ele pode alterar seja o que for na sua essência. Nenhum homem seja qual for o cargo que ocupe ou o ministério que desempenhe, tem esse poder.

  Confiemos, pois, com a certeza que quanto maior a provação maior será o Seu cuidado. Fujamos da tentação de fazer juízos – mesmo íntimos – porque tal não nos compete. Rezemos com perseverança pedindo Luz, Sabedoria e Justiça para todos, principalmente os que mais responsabilidades possam ter na condução do Povo de Deus.

  Por vezes – talvez muitas – encontro-me perante um dilema: Onde está Jesus, que parece estar “ausente” nas vicissitudes da minha vida, nas “desgraças” no mundo que me rodeia e que, quase a diário, me chegam pelas notícias, pela televisão, como… Inundações, cataclismos, violências bárbaras dos mais elementares direitos humanos, pessoas sem abrigo, com fome, sem quaisquer recursos…?

  Está, de facto, ausente, desinteressado, “tem mais que fazer”!?

  Sinto-me, talvez, confuso e sem saber muito bem que pensar. Mas, logo caio em mim e reconsidero: Esta realidade que me atinge como um raio, deixa-me sem palavras: Jesus é meu amigo! Sendo eu como sou, sendo eu o que sou! É extraordinário! Durante os anos, e não são poucos, quantas conversas, quantos desabafos, queixas e pedidos não Lhe fiz!

  Meu amigo! Jesus é meu amigo. Com esta certeza, com este AMIGO que mais posso precisar? Que posso temer!  E, quase instantaneamente, oiço-Te: «Sou Eu, não tenhas medo!» (Cfr. Lc 6, 20)

  Termino com uma oração que todos os cristãos deveríamos rezar diariamente: “Ad Beatissimum Papam nostrum ...:  Dominus conservat eum, vivicet eum e beatum faecit in terra et non tradat eum in animam inimicorum eius.” (Pelo Santo Padre (nome): O Senhor o conserve, lhe dê vida, o faça santo na terra, e não permita que os seus inimigos prevaleçam. (Trad. Livre de AMA)(Cfr. São Josemaria, Preces)

  E… fico em paz!

 



São José Maria textos

Bendita monotonia de Ave-Marias!

Eu entendo que cada Ave-Maria, cada saudação a Nossa Senhora, é um novo bater de um coração apaixonado. (Forja, 615)

"Virgem Imaculada, bem sei que sou um pobre miserável, que não faço senão aumentar todos os dias o número dos meus pecados..." Disseste-me noutro dia que falavas assim com a nossa Mãe. E aconselhei-te, convicto, a rezar o Terço: bendita monotonia a das Ave-Marias que purifica a monotonia dos teus pecados! (Sulco, 475)

O Terço não se pronuncia só com os lábios, mastigando as Ave-Marias umas atrás das outras. Assim cochicham as beatas e os beatos. Para um cristão, a oração vocal há-de enraizar-se no coração, de modo que, durante a recitação do Terço, a mente possa penetrar na contemplação de cada um dos mistérios. (Sulco, 477)

Deixas sempre o Terço para depois, e acabas por omiti-lo por causa do sono. Se não dispões doutro tempo, reza-o pela rua, e sem que ninguém o note. Além disso, ajudar-te-á a ter presença de Deus. (Sulco, 478)

 

 

 

 

 

 

 

27/05/2021

NUNC COEPI: Publicações Maio 27

 


Quinta-Feira

PLANO DE VIDA: (Coisas muito simples, curtas, objectivas)

 

Propósito: Participar na Santa Missa.

Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.

O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.

Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?



 

 

História das Aparições de Fátima

Terceira aparição do Anjo

História das Aparições de Fátima - 3

 

Terceira aparição do Anjo

 

Local: Loca do Cabeço

Data: Outono de 1916

 

“trazendo na mão um cálice e sobre ele uma Hóstia, da qual caíam, dentro do cálice, algumas gotas de sangue. Deixando o cálice e a Hóstia suspensos no ar, prostrou-se em terra e repetiu três vezes a oração: Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os Sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-vos a conversão dos pobres pecadores. Depois, levantando-se, tomou de novo na mão o cálice e a Hóstia e deu-me a Hóstia a mim e o que continha o cálice deu-o a beber à Jacinta e ao Francisco, dizendo ao mesmo tempo: – Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus. De novo se prostrou em terra e repetiu connosco mais três vezes a mesma oração: “– Santíssima Trindade… etc. ”

Notas:

Memórias da Irmã Lúcia I.

 



Mês de Maio - Santíssima Virgem

 

Meditações de Maio

Salve Rainha, Mãe de misericórdia, Vida e doçura,

Esperança nossa, A vós bradamos, Degredados filhos de Eva, A vós suspiramos, Gemendo e chorando, Neste vale de lágrimas.

 

Lágrimas de tantas dores pessoais e colectivas de tanto mal que grassa neste mundo por vezes tão agreste e implacável.

 

Santo Rosário - Meditação sobre o Sétimo Mistério do Evangelho

 

Jesus não faz acepção de pessoas

 

  Fazer como que uma escolha, considerar ou não alguém, segundo um qualquer critério pessoal é um erro, uma falta - por vezes grave - que deve evitar-se. Eu, muitas vezes, elejo ou considero alguém, conforme esse alguém me é simpático ou não. Claro que nem penso que posso “sofrer” o mesmo por parte de outros e, nesse caso, se o pensasse, não ficaria triste, desiludido, talvez magoado? E, tenho de concluir que teria razão. Todos somos filhos de Deus que nos criou.

  Todos, sem excepção, somos irmãos de Jesus Cristo que deu a Sua Vida na Cruz por todos mesmo aqueles que nem sequer O conhecem ou não acreditam n’Ele. Portanto, o que nos diferencia uns dos outros? Não a cor da pele, a estatura, a idiossincrasia pessoal. Apenas e só o que fazemos, as nossas obras mesmo as privadas que ninguém conhece.

  Jesus Cristo deu-nos exemplos que temos de ter em conta quando lemos no Evangelho que falava com todos, respondia a todos - mesmo quando as perguntas ou argumentos não eram nem sérios nem honestos - aceitava convites para visitar, tomar uma refeição, conviver um pouco com quem quer que fosse.

  «Estando Jesus em Betânia, em casa de Simão o leproso…» [1]; «Tendo entrado, a um sábado, em casa de um dos principais fariseus para comer uma refeição…» [2]; «(…) Porque comeis e bebeis com os publicanos e os pecadores?» [3]

  Também no Evangelho consta que só uma única vez permaneceu em silêncio sem dar nem resposta nem manter diálogo: tal aconteceu quando na presença de Herodes. [4]. «Durante o simulacro do processo, o Senhor cala-se. Jesus autem tacebat [5]. Com Herodes, volúvel e impuro, nem uma palavra (…).» [6]; «Concedei a todos a mais absoluta confiança; sede muito nobres. Para mim, vale mais a palavra de um cristão, de um homem leal - fio-me inteiramente de cada um - do que a assinatura autêntica de cem notários unânimes, apesar de me terem talvez enganado nalguma ocasião por seguir este critério. Prefiro expor-me a que um irresponsável abuse desta confiança, a retirar a quem quer que seja o crédito que merece como pessoa e como filho de Deus. Garanto-vos que nunca me senti defraudado com os resultados desta atitude.» [7]

  Finalizo com um propósito e um pedido:

  Propósito: Não me deixar guiar pelos meus critérios na avaliação dos outros. Não tenho nem o direito nem ganho nada em fazê-lo. Para mim, todos me devem merecer respeito e consideração.

  Pedido: Ajuda-me, Senhor, a cumprir o que acima me proponho. Que tenha sempre presente o Teu exemplo na consideração e respeito que demonstraste – sempre – por todos os que se cruzavam contigo nos caminhos da Palestina. Que compreenda e actue como Tu nas relações com os demais não fazendo acepção de pessoas seja pelo que for.

  Senhor ajuda-me a pensar nos outros. Os que conheço, de quem sou amigo ou familiar e aqueles que me são desconhecidos. Todos são Teus filhos como eu, logo, todos são meus irmãos. Se somos irmãos, somos também herdeiros, convém portanto que me preocupe com aqueles que vão partilhar a herança comigo.




São José Maria textos

Pede a verdadeira humildade

A humildade nasce como fruto do conhecimento de Deus e do conhecimento de si próprio. (Forja, 184)

Essas depressões por veres ou por outros descobrirem os teus defeitos, não têm fundamento... Pede a verdadeira humildade. (Sulco, 262)

Fujamos dessa falsa humildade que se chama comodismo. (Sulco, 265)

- Senhor, peço-te um presente: Amor..., um Amor que me deixe limpo. E mais outro presente: conhecimento próprio, para me encher de humildade. (Forja, 185)

São santos os que lutam até ao final da sua vida: os que se sabem levantar sempre depois de cada tropeção, de cada queda, para prosseguir valentemente o caminho com humildade, com amor, com esperança. (Forja, 186)

Se os teus erros te fazem mais humilde, se te levam a procurar agarrar com mais força a mão divina, são caminho de santidade: "felix culpa!", bendita culpa!, canta a Igreja. (Forja, 187)

A humildade leva cada alma a não desanimar ante os próprios erros. A verdadeira humildade leva... a pedir perdão! (Forja, 189)

 


Oração pelos Sacerdotes

Meu Senhor Jesus Cristo:

Dai à Vossa Igreja Sacerdotes Santos que se entreguem ao serviço exclusivo da Igreja e das almas, ao anúncio fiel da palavra de Deus, à administração dos Sacramentos, em especial da Eucaristia e da Penitência, obedientes ao Magistério da Igreja e observando amorosamente a Sagrada Liturgia, para exemplo e guia seguro do Povo de Deus. (AMA, 2009)

Com autorização eclesiástica

 

 

 

 

 



[1] Cfr. Mc 14, 3

[2] Cfr. Lc 14, 1

[3] Cfr. Lc 2, 27-32

[4] Cfr. Lc 23, 8-9

[5] Mt 26, 63

[6] São Josemaria, Via Sacra - Primeira estação.

[7] Cfr. São Josemaria, Amigos de Deus, 159