13/10/2018

El reto del amor






por El Reto Del Amor

Temas para reflectir e meditar

Formação humana e cristã – 79 

Percebi agora, que talvez me esteja a deixar conduzir por um desejo latente de exposição pessoal.
Sim, talvez que haja em mim um desejo de demonstrar – ou mostrar – algo que me vai dentro da alma e que eu não consigo transformar em realidade consistente e minimamente credível.
Sinto – para dizer com palavras humanas – algo superior a mim mesmo, que me cede e ultrapassa a minha capacidade de compreensão. Acredito, sei, que posso – não por mim, evidentemente, mas por Ele – “fazer coisas maiores que estas”, mas tolhe-me um medo, um receio ou, talvez, mais seguramente, falsa modéstia de me atirar para frente e fazer o tenho de fazer.

Como Paulo – ‘que queres de mim, Senhor’, poderia, e até me convém, refugiar-me nesta pergunta, só que, eu sei, que não é honesto da minha parte recorrer a tal refúgio.
Eu sei o que o Senhor quer de mim! E, este é o meu grande “drama” o meu magno problema.
Parece-me “tanto”! e tão vasto o que Ele me pede que me acobardo e refugiu na tentação de não entender, não perceber.
Mas, Ele, insiste, e diz-me claramente: Vai… faz!
E, eu, pergunto, como?
E, evidentemente, Ele dá-me a resposta que já esperava: com a Minha ajuda!

E, eu, num último grito de medo, angústia ou temor, digo-lhe: Mas sabes quem eu sou? O que valho? O que sou capaz?
E, a resposta, é simples e breve: “Claro que sei”!

AMA, reflexões.

Pequena agenda do cristão

SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?





Leitura espiritual


São Josemaria Escrivá

Cristo que passa 183 a 185

183
        
Cristo no cume das actividades humanas

Isto é realizável, não é um sonho inútil.
Se nós, homens, nos decidíssemos a albergar nos nossos corações o amor de Deus!
Cristo, Senhor Nosso, foi crucificado e, do alto da Cruz, redimiu o mundo, restabelecendo a paz entre Deus e os homens. Jesus Cristo lembra a todos: et ego, si exaltatus fuero a terra, omnia traham ad meipsum, se vós Me puserdes no cume de todas as actividades da Terra, cumprindo o dever de cada momento, sendo meu testemunho naquilo que parece grande e naquilo que parece pequeno, omnia traham ad meipsum, tudo atrairei a Mim.
O meu reino entre vós será uma realidade!

Cristo, Nosso Senhor, continua empenhado nesta sementeira de salvação dos homens e de toda a Criação, deste nosso mundo, que é bom, porque saiu bom das mãos de Deus.
Foi a ofensa de Adão, o pecado do orgulho humano, que quebrou a harmonia divina da criação.

Mas Deus Pai, quando, chegou a plenitude dos tempos, enviou o seu Filho Unigénito, que por obra do Espírito Santo encarnou em Maria sempre Virgem, para restabelecer a paz; para que, redimindo o homem do pecado, adoptionem filiorum reciperemus fôssemos constituídos filhos de Deus, capazes de participar na intimidade divina, e assim fosse concedido a este homem novo, a esta nova estirpe dos filhos de Deus a libertação de todo o universo da desordem, restaurando todas as coisas em Cristo, que as reconciliou com Deus.

A isto fomos chamados, nós, os cristãos; esta é a nossa tarefa apostólica e a ânsia que nos deve queimar a alma: conseguir que seja realidade o reino de Cristo, que não haja mais ódios nem mais crueldades, que difundamos na Terra o bálsamo forte e pacífico do amor. Peçamos hoje ao nosso Rei que nos faça colaborar humilde e fervorosamente no divino propósito de unir o que está quebrado, de salvar o que está perdido, de ordenar o que o homem desordenou, de levar ao seu fim aquilo que se desencaminha, de reconstruir a concórdia de tudo o que foi criado.

Abraçar a fé cristã é comprometer-se a continuar entre as criaturas a missão de Jesus.
Temos de ser, cada um de nós, altar Christus, ipse Christus, outro Cristo, o próprio Cristo.
Só assim poderemos realizar esse empreendimento grande, imenso, interminável: santificar a partir de dentro todas as estruturas temporais, levando até elas o fermento da Redenção.

Nunca falo de política.
Não penso na tarefa dos cristãos na terra como o nascer duma corrente político-religiosa - seria uma loucura - nem mesmo com o bom propósito de difundir o espírito de Cristo em todas as actividades dos homens.
O que é preciso pôr em Deus é o coração de cada um, seja ele quem for.
Procuremos falar a todos os cristãos, para que no lugar onde estiverem - em circunstâncias que não dependem apenas da sua posição na Igreja ou na vida civil, mas do resultado das mutáveis situações históricas - saibam dar testemunho, com o exemplo e com a palavra, da fé que professam.

O cristão vive no mundo com pleno direito, por ser homem.
Se aceita que no seu coração habite Cristo, que reine Cristo, em todo o seu trabalho humano encontrará - bem forte - a eficácia Senhor.
Não tem qualquer importância que essa ocupação seja, como costuma dizer-se, alta ou baixa, porque um máximo humano pode ser, aos olhos de Deus, uma baixeza, e o que chamamos baixo ou modesto pode ser um máximo cristão de santidade e de serviço.

184
         
A liberdade pessoal

O cristão, quando trabalha, como é sua obrigação, não deve marginar nem iludir as exigências próprias do que é natural.
Se com a expressão abençoar as actividades humanas se entendesse anular ou escamotear a sua dinâmica própria, negar-me-ia a usar essas palavras.
Pessoalmente, nunca me consegui convencer que as actividades correntes dos homens precisassem de ostentar, como um letreiro postiço, um qualificativo confessional, porque me parece, embora respeite a opinião contrária, que se corre o perigo de usar em vão o santo nome da nossa fé e, além disso, porque em certas ocasiões, a etiqueta católica se utilizou até para justificar atitudes e actuações que não são às vezes sequer honradamente humanas.

Se o mundo e tudo o que nele há - menos o pecado - é bom, porque é obra de Deus Nosso Senhor, o cristão, lutando continuamente por evitar as ofensas a Deus - uma luta positiva de amor - há-de dedicar-se a tudo aquilo que é terreno, ombro a ombro com os outros cidadãos, e tem obrigação de defender todos os bens derivados da dignidade da pessoa.

Existe um bem que deverá sempre procurar dum modo especial - o da liberdade pessoal.
Só se defende a liberdade individual dos outros com a correspondente responsabilidade pessoal, poderá, com honradez humana e cristã, defender da mesma maneira a sua.
Repito e repetirei sem cessar que o Senhor nos deu gratuitamente uma grande dádiva sobrenatural, a graça divina, e outra maravilhosa dádiva humana, a liberdade pessoal, que exige de nós - para que não se corrompa, convertendo-se em libertinagem - integridade, empenho sério por desenvolver a nossa conduta dentro da lei divina, porque onde está o Espírito de Deus, aí há liberdade.

O Reino de Cristo é de liberdade: nele não existem outros servos além daqueles que livremente se deixaram prender por Amor a Deus. Bendita escravidão de amor, que nos faz livres!
Sem liberdade, não podemos corresponder à graça; sem liberdade, não podemos entregar-nos livremente ao Senhor pela razão mais sobrenatural: porque nos apetece.

Alguns daqueles que me escutam já me conhecem há muitos anos. Podeis testemunhar que durante toda a minha vida preguei a liberdade pessoal, com pessoal responsabilidade.
Procurei-a e procuro-a, por toda a terra, como Diógenes procurava um homem.
E amo-a cada vez mais, amo-a sobre todas as coisas terrenas: é um tesoiro que nunca saberemos apreciar suficientemente.

Quando falo de liberdade pessoal, não me refiro com esta desculpa a outros problemas talvez muito legítimos, que não correspondem ao meu ofício de sacerdote.
Sei que não me corresponde tratar de temas seculares e transitórios, que pertencem à esfera do temporal e civil, matérias que o Senhor deixou à livre e serena controvérsia dos homens.
Sei também que os lábios do sacerdote, evitando a todo o transe parcialidades humanas, hão-de abrir-se apenas para conduzir as almas a Deus, à sua doutrina espiritual salvadora, aos sacramentos que Jesus Cristo instituiu, à vida interior que nos aproxima do Senhor por nos sabermos seus filhos e, portanto, irmãos de todos os homens sem excepção.

Celebramos hoje a festa de Cristo Rei.
E não saio do meu ofício de sacerdote quando digo que, se alguma pessoa entendesse o reino de Cristo como um programa político, não teria aprofundado como devia na finalidade da Fé e estaria a um passo de sobrecarregar as consciências com pesos que não são os de Jesus porque o seu jugo é suave e o seu peso é leve.
Amemos de verdade todos os homens, amemos a Cristo acima de tudo e então não teremos outro remédio senão amar a legítima liberdade dos outros, numa pacífica e justa convivência.

185
         
Serenos, filhos de Deus

Talvez me façais a seguinte sugestão: mas poucos querem ouvir isto e, menos ainda, pô-lo em prática.
Consta-me que a liberdade é uma planta forte e sã, que se aclimata mal entre as pedras, espinhos ou nos caminhos calcados pelas pessoas. Isto já nos tinha sido anunciado, mesmo antes de Cristo vir à terra.

Recordai o Salmo número dois: porque razão se amotinam as nações e os povos maquinam planos vãos?
Os reis da terra sublevam-se e os príncipes coligam-se contra o Senhor e contra o seu Messias.
Vedes?
Nada de novo.
Opunham-se a Cristo antes de que este nascesse; opuseram-se-lhe enquanto os seus pés pacíficos percorriam os caminhos da Palestina; perseguiram-nO depois e agora, atacando os membros do seu Corpo Místico e real.
Porquê tanto ódio, porquê este encarniçar-se contra a cândida simplicidade, porquê este universal esmagamento da liberdade de cada consciência?

Quebremos as suas cadeias, e sacudamos de nós o seu jugo.
Quebram o jugo suave, lançam fora a sua carga, maravilhosa carga de santidade e de justiça, de graça, de amor e de paz.
Enfurecem-se perante o amor, riem-se da bondade inerme dum Deus que renuncia ao uso das suas legiões de anjos para se defender.
Se o Senhor admitisse um arranjo, se sacrificasse uns poucos de inocentes para satisfazer a maioria de culpados, ainda poderiam tentar algum entendimento com Ele.
Mas não é esta a lógica de Deus.
O nosso Pai é verdadeiramente pai, e está disposto a perdoar a inumeráveis fautores do mal, contanto que haja só dez justos.
Os que se movem pelo ódio, não podem entender esta misericórdia, e afincam-se na sua aparente impunidade terrena, alimentando-se da injustiça.

Aquele que habita nos céus ri-se, o Senhor zomba eles.
Ele lhes fala então na sua ira, e os aterroriza no seu furor. Que legítima é a ira de Deus e que justo o seu furor!
E que grande também a sua clemência!

Eu, porém, fui por Ele constituído Rei sobre Sião, seu monte santo, para anunciar os seus preceitos.
O Senhor disse-me: Tu és meu filho, eu gerei-te hoje.
A misericórdia de Deus Pai deu-nos como Rei o seu Filho. Quando ameaça, enternece-Se; anuncia a sua ira e entrega-nos o seu amor. Tu és meu filho: dirige-se a Cristo e dirige-se a ti e a mim, se nos decidimos a ser alter Christus, ipse Christus.

As palavras não podem seguir o coração, que se emociona diante da bondade de Deus: tu és meu filho.
Não um estranho, não um servo benevolamente tratado, não um amigo, que já seria muito.
Filho!
Concede-nos via livre para que vivamos com Ele a piedade do filho e, atrever-me-ia a afirmar, também a desvergonha do filho dum Pai que é incapaz de lhe negar o que quer que seja.

(cont)


O Grande Amigo, que nunca atraiçoa


Procuras a companhia de amigos que, com a sua conversa e o seu afecto, com o seu convívio, te tornam mais tolerável o desterro deste mundo..., embora os amigos às vezes atraiçoem. – Não me parece mal. Mas... como é possível que não frequentes cada dia com maior intensidade a companhia, a conversa com o Grande Amigo, que nunca atraiçoa? (Caminho, 88)

A nossa vida é de Deus. Temos de gastá-la ao seu serviço, preocupando-nos generosamente com as almas e demonstrando, com a palavra e com o exemplo, a profundidade das exigências cristãs.

Jesus espera que alimentemos o desejo de adquirir essa ciência, para nos repetir: se alguém tem sede, venha a Mim e beba. E respondemos: ensina-nos a esquecermo-nos de nós mesmos, para pensarmos em Ti e em todas as almas. Deste modo, o Senhor far-nos-á progredir com a sua graça, como quando começávamos a escrever (lembrais-vos daqueles traços que fazíamos, guiados pela mão do professor?) e assim começaremos a saborear a dita de manifestar a nossa fé, que é já de si outra dádiva de Deus, também com traços inequívocos de uma conduta cristã, onde todos possam descobrir as maravilhas divinas.

É Amigo, o Amigo: vos autem dixi amicos, diz-nos Ele. Chama-nos amigos e foi Ele quem deu o primeiro passo, pois amou-nos primeiro. Contudo, não impõe o seu carinho: oferece-o. E prova-o com o sinal mais evidente da amizade: ninguém tem maior amor que o daquele que dá a vida pelos seus amigos. Era amigo de Lázaro e chorou por ele quando o viu morto. E ressuscitou-o. Por isso, se nos vir frios, desalentados, talvez com a rigidez de uma vida interior que se está a extinguir, o seu pranto será vida para nós: Eu te ordeno, meu amigo, levanta-te e anda, deixa essa vida mesquinha, que não é vida! (Cristo que passa, 93)

Evangelho e comentário


Tempo comum


Evangelho: Lc 11, 27-28

27 Enquanto Ele falava, uma mulher, levantando a voz do meio da multidão, disse: «Felizes as entranhas que te trouxeram e os seios que te amamentaram!» 28 Ele, porém, retorquiu: «Felizes, antes, os que escutam a Palavra de Deus e a põem em prática.»

Comentário:

Que extraordinária resposta do Senhor!

Coloca-nos a todos os homens no mesmo nível, posição e categoria da Sua Santíssima Mãe!

Além da honra excepcional que nos concede - sem qualquer mérito da nossa parte - atribui-nos a responsabilidade dessa mesma honra:

pôr em prática as Suas palavras.

Não o esqueçamos!


(AMA, comentário sobre Evangelho: Lc 11, 27-28, 10.07.2017)