por El Reto del amor
Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
28/03/2019
Temas para reflectir e meditar
Evangelho e comentário
TEMPO DA QUARESMA
Evangelho: Lc 11, 14-23
14 Jesus estava a expulsar um demónio
mudo. Quando o demónio saiu, o mudo falou e a multidão ficou admirada. 15 Mas
alguns dentre eles disseram: «É por Belzebu, chefe dos demónios, que Ele
expulsa os demónios.» 16 Outros, para o experimentarem, reclamavam um sinal do
Céu. 17 Mas Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse-lhes: «Todo o reino,
dividido contra si mesmo, será devastado e cairá casa sobre casa. 18 Se Satanás
também está dividido contra si mesmo, como há-de manter-se o seu reino? Pois
vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios. 19 Se é por Belzebu
que Eu expulso os demónios, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por
isso, eles mesmos serão os vossos juízes. 20 Mas se Eu expulso os demónios pela
mão de Deus, então o Reino de Deus já chegou até vós. 21 Quando um homem forte
e bem armado guarda a sua casa, os seus bens estão em segurança; 22 mas se
aparece um mais forte e o vence, tira-lhe as armas em que confiava e distribui
os seus despojos. 23 Quem não está comigo está contra mim, e quem não junta
comigo, dispersa.»
Comentário:
Podemos
dizer que todos temos por obrigação saber quanto respeita à nossa Santa
Religião e, principalmente, à Figura e Pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Não
necessitamos de formação especial – por exemplo em teologia – mas tão só a
vontade e determinação de tudo fazer para estarmos absolutamente seguros da Fé
que praticamos.
A
mim… parece-me…
Eu…
acho que talvez…
Estas
são atitudes que não cabem, não têm lugar num cristão autêntico e coerente.
Tenhamos
sempre presente que a Religião Católica, a Igreja fundada por Jesus Cristo não
é uma democracia onde cada um pode ter a sua opinião ou interpretar os factos
como melhor lhe convier.
Não!
A
Igreja é uma Hierarquia encabeçada por Jesus Cristo sua cabeça, representada na
terra pelo Papa Seu Vigário.
E,
sendo assim, fica claro que o que o Magistério define como prática da verdade é
o único critério válido e, tal como Jesus diz, «Quem não junta comigo dispersa», ou se aceita na totalidade ou não.
(AMA,
comentário sobre LC 11, 14-23, 08.03.2018)
Primeira condição: trabalhar, e trabalhar bem!
Se
queremos de verdade santificar o trabalho, é preciso cumprir iniludivelmente a
primeira condição: trabalhar, e trabalhar bem!, com seriedade humana e
sobrenatural. (Forja, 698)
Na
vossa ocupação profissional, corrente e ordinária, encontrareis a matéria –
real, consciente, valiosa – para realizar toda a vida cristã, para corresponder
à graça que nos vem de Cristo.
Nas
vossas ocupações profissionais, realizadas face a Deus, pôr-se-ão em jogo a Fé,
a Esperança e a Caridade. Os incidentes, as relações e os problemas que o vosso
trabalho traz consigo alimentarão a vossa oração. O esforço por cumprirdes os
vossos deveres correntes será o modo de viverdes a Cruz, que é essencial para o
Cristão. A experiência da vossa debilidade e os fracassos que existem sempre em
todo o esforço humano dar-vos-ão mais realismo, mais humildade, mais
compreensão com os outros. Os êxitos e as alegrias convidar-vos-ão a dar graças
e a pensar que não viveis para vós mesmos, mas para o serviço dos outros e de
Deus.
Para
viver assim, para santificar a profissão, é necessário, primeiro que tudo,
trabalhar bem, com seriedade humana e sobrenatural. (…) O milagre que o Senhor
vos pede é a perseverança na nossa vocação cristã e divina, a santificação do
trabalho de cada dia: o milagre de converter a prosa diária em decassílabos, em
verso heróico, pelo amor com que realizais a vossa ocupação habitual. Aí vos
espera Deus para que sejais almas com sentido de responsabilidade, com zelo
apostólico, com competência profissional. (Cristo
que passa, nn. 49–50)
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Participar na Santa Missa.
Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.
Lembrar-me:
Comunhões espirituais.
Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
Leitura espiitual
AMORIS LÆTITIA
DO SANTO PADRE FRANCISCO
AOS BISPOS AOS PRESBÍTEROS E AOS DIÁCONOS
ÀS PESSOAS CONSAGRADAS AOS ESPOSOS CRISTÃOS E A TODOS OS FIÉIS LEIGOS SOBRE O AMOR NA FAMÍLIA
CAPÍTULO VI
ALGUMAS PERSPECTIVAS PASTORAIS.
Guiar os noivos no caminho de preparação para o matrimónio.
2
Há várias maneiras
legítimas de organizar a preparação próxima para o matrimónio e cada Igreja
local discernirá a que for melhor, procurando uma formação adequada que, ao
mesmo tempo, não afaste os jovens do sacramento. Não se trata de lhes ministrar
o Catecismo inteiro nem de os saturar com demasiados temas, sendo válido também
aqui que «não é o muito saber que enche e
satisfaz a alma, mas o sentir e saborear interiormente as coisas».
Interessa mais a qualidade
do que a quantidade, devendo dar-se prioridade – juntamente com um renovado
anúncio do querigma – àqueles conteúdos que, comunicados de forma atraente e cordial,
os ajudem a comprometer-se num percurso da vida toda «com ânimo grande e liberalidade»[i].
Trata-se duma espécie de «iniciação» ao sacramento do matrimónio,
que lhes forneça os elementos necessários para poderem recebê-lo com as melhores
disposições e iniciar com uma certa solidez a vida familiar.
Além disso, convém
encontrar os modos – através das famílias missionárias, das próprias famílias
dos noivos e de vários recursos pastorais – para oferecer uma preparação remota
que faça amadurecer o amor deles com um acompanhamento rico de proximidade e testemunho.
Habitualmente, são muito úteis os grupos de noivos e a oferta de palestras opcionais
sobre uma variedade de temas que realmente interessam aos jovens. Entretanto
são indispensáveis alguns momentos personalizados, dado que o objectivo
principal é ajudar cada um a aprender a amar esta pessoa concreta com quem pretende
partilhar a vida inteira. Aprender a amar alguém não é algo que se improvisa,
nem pode ser o objectivo dum breve curso antes da celebração do matrimónio.
Na realidade, cada pessoa
prepara-se para o matrimónio, desde o seu nascimento. Tudo o que a família lhe
deu, deveria permitir-lhe aprender da própria história e torná-la capaz dum compromisso
pleno e definitivo.
Provavelmente os que chegam
melhor preparados ao casamento são aqueles que aprenderam dos seus próprios
pais o que é um matrimónio cristão, onde se escolheram um ao outro sem condições
e continuam a renovar esta decisão. Neste sentido todas as actividades
pastorais, que tendem a ajudar os cônjuges a crescer no amor e a viver o
Evangelho na família, são uma ajuda inestimável a fim de que os seus filhos se
preparem para a sua futura vida matrimonial. Também não devemos esquecer os valiosos
recursos da pastoral popular. Só para dar um exemplo simples, lembro o Dia de
São Valentim, que, em alguns países, é melhor aproveitado pelos comerciantes do
que pela criatividade dos pastores.
A preparação dos que já
formalizaram o noivado, quando a comunidade paroquial consegue acompanhá-los
com bom período de antecipação, deve dar-lhes também a possibilidade de individuar
incompatibilidades e riscos. Assim é possível chegarem a dar-se conta de que
não é razoável apostar naquela relação, para não se expor a um previsível
fracasso que terá consequências muito dolorosas.
O problema é que o deslumbramento
inicial leva a procurar esconder ou relativizar muitas coisas, evitam-se as divergências,
limitando-se assim a adiar as dificuldades para depois.
Os noivos deveriam ser
incentivados e ajudados a poderem expressar o que cada um espera dum eventual
matrimónio, a sua maneira de entender o que é o amor e o compromisso, aquilo
que se deseja do outro, o tipo de vida em comum que se quer projectar.
Estes diálogos podem
ajudar a ver que, na realidade, os pontos de contacto são escassos e que a mera
atracção mútua não será suficiente para sustentar a união.
Não há nada de mais volúvel,
precário e imprevisível que o desejo, e nunca se deve encorajar uma decisão de
contrair matrimónio se não se aprofundaram outras motivações que confiram a
este pacto reais possibilidades de estabilidade.
No caso de se reconhecer
com clareza os pontos fracos do outro, é preciso que exista uma efectiva confiança
na possibilidade de ajudá-lo a desenvolver o melhor da sua personalidade para
contrabalançar o peso das suas fragilidades, com um decidido interesse em promovê-lo
como ser humano. Isto implica aceitar com vontade firme a possibilidade de
enfrentar algumas renúncias, momentos difíceis e situações de conflito, e a
sólida decisão de preparar-se para isso.
Deve ser possível detectar
os sinais de perigo que poderá apresentar a relação, para se encontrar, antes
do matrimónio, os meios que permitam enfrentá-los com bom êxito.
Infelizmente, muitos chegam
às núpcias sem se conhecer. Limitaram-se a divertir-se juntos, a fazer experiências
juntos, mas não enfrentaram o desafio de se manifestar a si mesmos e apreender
quem é realmente o outro.
Tanto a preparação próxima
como o acompanhamento mais prolongado devem procurar que os noivos não considerem
o matrimónio como o fim do caminho, mas o assumam como uma vocação que os lança
para diante, com a decisão firme e realista de atravessarem juntos todas as
provações e momentos difíceis. Tanto a pastoral pré-matrimonial como a matrimonial
devem ser, antes de mais nada, uma pastoral do vínculo, na qual se ofereçam
elementos que ajudem quer a amadurecer o amor quer a superar os momentos duros.
Estas contribuições não
são apenas convicções doutrinais, nem se podem reduzir aos preciosos recursos
espirituais que a Igreja sempre oferece, mas devem ser também percursos práticos,
conselhos bem encarnados, estratégias tomadas da experiência, orientações
psicológicas. Tudo isto cria uma pedagogia do amor, que não pode ignorar a sensibilidade
actual dos jovens, para conseguir mobilizá-los interiormente.
Ao mesmo tempo, na preparação
dos noivos, deve ser possível indicar-lhes lugares e pessoas, consultórios ou
famílias prontas a ajudar, aonde poderão dirigir-se em busca de ajuda se surgirem
dificuldades.
Mas nunca se deve esquecer
de lhes propor a Reconciliação sacramental, que permite colocar os pecados e os
erros da vida passada e da própria relação sob o influxo do perdão misericordioso
de Deus e da sua força sanadora.
(cont)
(revisão da versão
portuguesa por AMA)
[i] Conferência
Episcopal Italiana. Comissão episcopal para a família e a vida, Orientamenti
pastorali sulla preparazione al matrimonio e alla famiglia (22 de Outubro de
2012), 1. 240 Inácio de Loyola, Exercícios espirituais, anotação 2.
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