02/03/2012

Leitura Espiritual para 02 Mar 2012


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.


Para ver, clicar SFF.

Sobre o casamento 2

S. Josemaria responde a dez perguntas sobre o matrimónio, o amor, o namoro, a fidelidade, a educação dos filhos, os principais valores para conseguir a unidade familiar, o que acontece quando não se têm filhos…


Padre, que conselhos daria a um casal recém-casado que procura a santidade?

Primeiro, que se amem muito, segundo a lei de Deus. Depois, que não tenham medo à vida, que amem todos os defeitos de um e de outro quando não sejam ofensa a Deus; e depois ainda que procures não te descuidar, porque não te pertences. Já to disseram, e tu sabes isso muito bem, que pertences ao teu marido e ele a ti. Não deixes que to roubem! É uma alma que tem de ir para o Céu contigo e, além disso, dará qualidade chilena – o mesmo é dizer cristã -, e graça humana também, aos filhos que o Senhor lhes enviar. Rezem um pouco juntos. Não muito, mas um bocadinho todos os dias. Quando tu te esqueceres, que seja ele a dizer-to, e quando seja ele a esquecer-se, és tu que lho lembras. Não lhe atires nada em cara, não o aborreças com picuinhices.

(s. josemaria, Chile, Julho de 1974, no Colégio de Tabancura)

Olha-me com os Seus Olhos! 3

Sou consciente da minha pequenez e da minha fragilidade. Também, leitor, da tua pequenez e da tua fragilidade. Essa descoberta mudou o meu olhar. Não esqueço de pedir ao Pai que me permita ver através dos Seus olhos, sobretudo quando alguém me produz uma especial antipatia. Não falha. Consigo sempre ver mais além e, ainda que me custe, termino por olhar essa pessoa de forma mais amorosa. Quando não o consigo, sei que o problema é meu e não do outro. Então, observo-me, analiso-me, até encontrar a causa que me impede olhar com olhos limpos. O importante é a atitude.

Querido leitor, olhemos os outros com esse olhar divino, peçamos a Jesus que nos permita olhar, como Ele, para essa pessoa que tanta rejeição ou antipatia nos produz. Pratiquemos pois esse olhar. Ele nos ajudará. Fá-lo sempre.

guillermo urbizu, [1], trad ama


[1] O escritor e poeta Guillermo Urbizu, é um leigo comprometido, estudou Letras na Universidad de Zaragoza e é membro supranumerário da prelatura do Opus Dei. Trabalha no Colegio Mayor Universitario Miraflores de Zaragoza. Entre as suas obras literárias destacam-se: «Almateria», «Ser algo más» e «Entre dos infinitos», assim como «Vía crucis para niños (e non tan niños)».

Pensamentos inspirados à procura de Deus

À procura de Deus

Mais do que abrires os ouvidos 

para escutares a Palavra, 

abre o teu coração 

para A viveres no dia-a-dia.

jma

Flauta Mágica

Die Zauberflöte, K.620, Overture J.Levine/MET


selecção ALS

Tratado sobre a Obra dos Seis Dias 34

Questão 47: Da distinção das coisas em comum.

Depois da produção do ser das criaturas, deve-se considerar a distinção das coisas. E esta consideração será tripartida. Pois, primeiro, consideraremos a distinção das coisas em comum. Segundo, a distinção do bem e do mal. Terceiro, a distinção da criatura espiritual e da corporal.

Sobre o primeiro ponto quatro artigos se discutem:

Art. 1 – Se a multidão e a distinção das coisas vêm de Deus.
Art. 2 – Se a desigualdade das coisas provém de Deus.
Art. 3 – Se nas criaturas há uma ordem dos agentes.
Art. 4 – Se há um mundo só ou vários.

Art. 1 – Se a multidão e a distinção das coisas vêm de Deus.

(II Cont. Gent., cap. XXXIX usque XLV inclus.: III, cap. XCVII; De Pot., q. 3, a. 1, ad 9; art. 16; Compend. Theol., cap. LXXI, LXXII, CII, XII Metaphys., lect. II: De Causis, lect. XXIV).

O primeiro discute-se assim. – Parece que a multidão e a distinção das coisas não vêm de Deus.

1. – É natural à unidade produzir a unidade. Ora, Deus é maximamente um, como resulta do já provado [1]. Logo, não produz senão um efeito.

2. Demais. – O exemplado assemelha-se ao seu exemplar. Ora, Deus é a causa exemplar do seu efeito, como já antes se disse [2]. Logo, Deus, sendo único, também um só é o seu efeito e não vários.

3. Demais. – O que depende do fim ao fim se proporciona. Ora, o fim da criatura é só um, a saber, a divina bondade, como antes se demonstrou [3]. Logo, o efeito de Deus não é mais de um.

Mas, em contrário, diz a Escritura (Gn 1) que Deus separou a luz das trevas e dividiu as águas das águas. Logo, a distinção e a multidão das coisas vêm de Deus.

Para ver a solução, clicar:

Evangelho do dia e comentário


Quaresma -  I Semana

Evangelho: Mt 5, 20-26

20 Porque Eu vos digo que, se a vossa justiça não superar a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos Céus. 21 «Ouvistes que foi dito aos antigos: “Não matarás”, e quem matar será submetido ao juízo do tribunal. 22 Porém, Eu digo-vos que todo aquele que se irar contra o seu irmão, será submetido ao juízo do tribunal. E quem chamar cretino a seu irmão será condenado pelo sinédrio. E quem lhe chamar louco será condenado ao fogo da Geena. 23 Portanto, se estás para fazer a tua oferta diante do altar, e te lembrares ali que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24 deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem fazer a tua oferta. 25 Concilia-te sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele no caminho, para que não suceda que esse adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao guarda, e sejas metido na prisão. 26 Em verdade te digo: Não sairás de lá antes de ter pago o último centavo.

Comentário:

Não há nada mais importante que assegurar a tranquilidade de espírito antes da oração.
Como podemos estar na presença de Deus - que toda a oração implica - com algum "peso" na consciência que nos provoque intranquilidade fruto de algo que fizemos e não devíamos ter feito ou uma reparação que vimos adiando?
O Senhor dificilmente nos ouvirá na confusão de sentimentos que interiormente nos assalta.

Resolva-se o que há que resolver e que é nossa obrigação solucionar e, depois, entreguemo-nos tranquilamente à conversa com o Senhor.

(ama, comentário sobre Mt 5, 20-26, 2011.0.03)