02/07/2019

Pequena agenda do cristão


TeRÇa-Feira


(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Aplicação no trabalho.

Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.

Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.

Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?





Evangelho e comentário


TEMPO COMUM

Evangelho 

Evangelho: Mt 8, 23-27

23 Naquele tempo, Jesus subiu para o barco e os discípulos acompanharam-n’O. 24 Entretanto, levantou-se no mar tão grande tormenta que as ondas cobriam o barco. Jesus dormia. 25 Aproximaram-se os discípulos e acordaram-n’O, dizendo: «Salva-nos, Senhor, que estamos perdidos». 26 Disse-lhes Jesus: «Porque temeis, homens de pouca fé?». Então levantou-Se, falou imperiosamente ao vento e ao mar e fez-se grande bonança. 27 Os homens ficaram admirados e disseram: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?».

Comentário:

Perante situações extremas - guerras, cataclismos da natureza, perseguições e violências de toda a ordem, somos, por vezes, levados a exclamar:
Senhor, onde estás? Dormes? Não Te importas?

Este “grito” explica-se, é natural. Somos humanos e reconhecemos a nossa impotência.

Mas, Ele, não, pode tudo, é o Senhor de tudo.

Não Se enfadará com o nosso “grito”, bem ao contrário, actuará com a urgência que julgar conveniente.


(AMA, comentário sobre Mt 8, 23-27, 04.07.2017)




Leitura espiritual


AS INDULGÊNCIAS

C. INDULGÊNCIAS PARCIAIS

1. Condições para conseguir uma indulgência parcial.

- Todos os dias se podem ganhar muitas indulgências parciais cumprindo apenas três condições: estar na graça de Deus, fazer o que a Igreja indica para ganhar essa indulgência e ter intenção de pelo menos ganhar a indulgência.

2. A que prémios se referem as indulgências parciais? 


As indulgências parciais proporcionam uma remissão da pena no mesmo valor que tem a acção praticada. 
Dito de outro modo: nas indulgências parciais, a Igreja duplica o mérito dessas acções.

3. Orações premiadas com indulgência parcial.

- Digamos umas quantas (todas elas devem rezar-se piedosamente, como é lógico):

O Angelus, o Magnificat, a Salve Rainha, o Lembrai-vos, as Ladainhas ou outras orações marianas aprovadas. 
O mesmo em relação a São José ou ao próprio anjo da guarda. 
O mesmo acontece com o Credo.
Rezar, com devoção filial, pelo Papa uma oração aprovada.
Rezar, agradecido, a oração pelos benfeitores.
Rezar, antes e depois, das refeições, uma oração aprovada de súplica e de acção de graças. 
Da mesma forma, ao começar e ao terminar o dia de trabalho.
Visitar o Santíssimo Sacramento adorando-o; rezar uma comunhão espiritual; recitar uma das orações aprovadas de acção de graças depois da comunhão (ex.: Alma de Cristo, Olhai-me o meu amado e bom Jesus).
Fazer exame de consciência com propósito de emendar-se; 
rezar o Confesso a Deus ou outro acto de contrição aprovado.
Fazer o sinal da cruz dizendo Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

4. Outros exemplos de indulgências parciais.

- Se falta algum requisito a uma indulgência plenária, costuma ganhar-se uma indulgência parcial. 

Além disto, há muitas acções premiadas com a indulgência parcial. 
Digamos umas quantas:

Dizer mentalmente uma oração breve ao trabalhar ou ao suportar os sofrimentos da vida.
Dedicar-se pessoalmente ou gastar bens ao serviço dos outros por amor a Deus.
Privar-se livremente de algo grato e correcto, com espírito de penitência.
Dar testemunho da própria fé: trabalhar no ensino ou transmissão da doutrina cristã.
Usar piedosamente um objecto de piedade benzido (crucifixo, terço, escapulário ou medalha).
Dedicar um tempo à oração.
Assistir devotamente a qualquer pregação da palavra de Deus.
Assistir piedosamente a una novena pública (ex.: Novena da Imaculada).


5.Porque não se mencionou a missa? 

Segundo a tradição, não se inclui a participação na missa nem nos sacramentos entre as indulgências pois já têm em si mesmos uma grande eficácia santificadora e de purificação.

Temas para reflectir e meditar

Confissão Frequente

Precisamente, um dos motivos principais para o alto apreço de uma confissão frequente é que, se bem praticada, é inteiramente impossível um estado de tibieza. 

Esta convicção pode ser o fundamente para que a Santa Igreja recomende tão insistentemente (...) a Confissão frequente ou Confissão semanal.

(BENEDICKT BAURLa confesión frecuente, Herder, Barcelona 1974, pgs. 106-107, trad ama)

Anda, voa!


Vejo-me como um pobre passarinho que, acostumado a voar apenas de árvore em árvore ou, quando muito, até à varanda de um terceiro andar..., um dia, na sua vida, meteu-se em brios para chegar até ao telhado de certa casa modesta, que não era propriamente um arranha-céus... Mas eis que o nosso pássaro é arrebatado por uma águia – que o julgou erradamente uma cria da sua raça – e, entre as suas garras poderosas, o passarinho sobe, sobe muito alto, por cima das montanhas da terra e dos cumes nevados..., por cima das nuvens brancas e azuis e cor-de-rosa, mais acima ainda, até olhar o sol de frente... E então a águia, soltando o passarinho, diz-lhe: anda, voa!... – Senhor, que eu não volte a voar pegado à terra, que esteja sempre iluminado pelos raios do divino Sol – Cristo – na Eucaristia, que o meu voo não se interrompa até encontrar o descanso do teu Coração! (Forja, 39)

O coração sente então a necessidade de distinguir e adorar cada uma das pessoas divinas. De certo modo, é uma descoberta que a alma faz na vida sobrenatural, como as de uma criancinha que vai abrindo os olhos à existência. E entretém-se amorosamente com o Pai e com o Filho e com o Espírito Santo; e submete-se facilmente à actividade do Paráclito vivificador, que se nos entrega sem o merecermos: os dons e as virtudes sobrenaturais!

Corremos como o veado que anseia pelas fontes da água; com sede, a boca gretada pela secura. Queremos beber nesse manancial de água viva. Sem atitudes extravagantes, mergulhamos ao longo do dia nesse caudal abundante e claro de águas frescas que saltam até à vida eterna. As palavras tornam-se supérfluas, porque a língua não consegue expressar-se; o entendimento aquieta-se. Não se discorre, olha-se! E a alma rompe outra vez a cantar um cântico novo, porque se sente e se sabe também olhada amorosamente por Deus a toda a hora.

Não me refiro a situações extraordinárias. São, podem muito bem ser, fenómenos ordinários da nossa alma: uma loucura de amor que, sem espectáculo, sem extravagâncias, nos ensina a sofrer e a viver, porque Deus nos concede a Sabedoria. Que serenidade, que paz então, metidos no caminho estreito que conduz à vida! (Amigos de Deus, nn. 306–307)