Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
24/02/2020
Querer a todos, compreender, desculpar
O
amor às almas, por Deus, faz-nos querer a todos, compreender, desculpar,
perdoar... Devemos ter um amor que cubra a multidão das deficiências das
misérias humanas. Devemos ter uma caridade maravilhosa, "veritatem facientes in caritate",
defendendo a verdade, sem ferir. (Forja, 559)
Se
vos examinardes com valentia na presença de Deus, vós, tal como eu, sentir-vos-eis
diariamente carregados de muitos erros. Quando lutamos por arrancá-los com a
ajuda divina, carecem de verdadeira importância e podem ser superados, embora
pareça que nunca conseguimos desarraigá-los totalmente. Além disso,
independentemente dessas fraquezas, tu contribuirás para remediar as grandes
deficiências dos outros, sempre que te empenhares em corresponder à graça de
Deus. Reconhecendo-te tão fraco como eles – capaz de todos os erros e de todos
os horrores – serás mais compreensivo, mais delicado e, ao mesmo tempo, mais
exigente, para que todos nos decidamos a amar a Deus com o coração inteiro.
Nós,
os cristãos, os filhos de Deus, temos de prestar assistência aos outros, pondo
em prática honradamente o que aqueles hipócritas retorcidamente elogiavam ao
Mestre: Não olhas à condição das pessoas. Isto é, havemos de rejeitar por
completo a acepção de pessoas – interessam-nos todas as almas! – embora,
logicamente, devamos começar por ocupar-nos daquelas que, por esta ou aquela
circunstância, e até só por motivos aparentemente humanos, Deus colocou ao
nosso lado. (Amigos de Deus, 162)
THALITA KUM 111
(Cfr. Lc 8, 49-56)
Coração Amantíssimo de
Jesus
Chamá-lo
de “amantíssimo” é até uma redundância, porque, em se tratando de Jesus, o
Coração é, evidentemente, pleno de amor, de misericórdia e de bondade. Estas
inesgotáveis riquezas, conforme a expressão de São Paulo [1],
como que transbordam, jorram sobre toda a humanidade. Este é o tema da nossa
reflexão.
Ao
considerarmos o Coração de Cristo, não estamos a referir-nos ao órgão físico,
embora ele o tenha também, enquanto integrante de sua natureza humana. A
propósito, considero melhores as imagens que não retractam esse Coração
saliente sobre o peito, mas só o insinuam, através do Lado perfurado pela
lança. Aqui, tomamos o coração como centro explicativo da pessoa. Quando se diz
que uma pessoa “tem bom coração”, isto traduz a essência do que ela é.
Portanto, aprofundar o conhecimento sobre o Coração de Jesus significa adentrar
a sua própria “personalidade”.
É
interessante notar que essa devoção nasce no momento em que o Coração de Jesus
é trespassado, no alto do Calvário, segundo nos narra o evangelista São João. [2]
Mais
tarde, chega às primitivas comunidades, é aprofundada pelos antigos Santos
Padres e estende-se ao longo da Idade Média. Quando os Cruzados foram à Terra
Santa, onde tiveram maior contacto com a humanidade de Cristo e com os detalhes
da Sua vida, aproximaram-se mais directamente ao Seu Coração. Sobre Ele deixaram-nos
reflexões lindas e profundas, tanto teológicas, quanto exegéticas e espirituais.
Nos séculos posteriores, foram surgindo
Congregações, Associações e Movimentos inspirados, exactamente, no mistério
central do amor de Cristo, que é o Seu Coração. Além disso, centenas e centenas
de obras sociais pautaram as suas iniciativas, segundo o modelo da misericórdia
que emana desse Coração.
(AMA, reflexões).
Evangelho e comentário
Evangelho: Mc 9, 14-29
14 Ia ter com os seus discípulos,
quando viu em torno deles uma grande multidão e uns doutores da Lei a
discutirem com eles. 15 Assim que viu Jesus, toda a multidão ficou surpreendida
e acorreu a saudá-lo. 16 Ele perguntou: «Que estais a discutir uns com os outros?»
17 Alguém de entre a multidão disse-lhe: «Mestre, trouxe-te o meu filho que tem
um espírito mudo. 18 Quando se apodera dele, atira-o ao chão, e ele põe-se a
espumar, a ranger os dentes e fica rígido. Pedi aos teus discípulos que o
expulsassem, mas eles não conseguiram.» 19 Disse Jesus: «Ó geração incrédula,
até quando estarei convosco? Até quando vos hei-de suportar? Trazei-mo cá.» 20
E levaram-lho. Ao ver Jesus, logo o espírito sacudiu violentamente o jovem, e
este, caindo por terra, começou a estrebuchar, deitando espuma pela boca. 21 Jesus
perguntou ao pai: «Há quanto tempo lhe sucede isto?» Respondeu: «Desde a
infância; 22 e muitas vezes o tem lançado ao fogo e à água, para o matar. Mas,
se podes alguma coisa, socorre-nos, tem compaixão de nós.» 23 «Se podes...!
Tudo é possível a quem crê», disse-lhe Jesus. 24 Imediatamente o pai do jovem
disse em altos brados: «Eu creio! Ajuda a minha pouca fé!» 25 Vendo, Jesus, que
acorria muita gente, ameaçou o espírito maligno, dizendo: «Espírito mudo e
surdo, ordeno-te: sai do jovem e não voltes a entrar nele.» 26 Dando um grande
grito e sacudindo-o violentamente, saiu. O jovem ficou como morto, a ponto de a
maioria dizer que tinha morrido. 27 Mas, tomando-o pela mão, Jesus levantou-o,
e ele pôs-se de pé. 28 Quando Jesus entrou em casa, os discípulos perguntaram-lhe
em particular: «Porque é que nós não pudemos expulsá-lo?» 29 Respondeu: «Esta
casta de espíritos só pode ser expulsa à força de oração.»
Comentário:
O demónio não tem maior
temor que da oração.
Percebe-se porquê.
A oração põe o homem em
contacto estreito com Deus e quanto mais intensa e profunda mais forte é esse
contacto.
O diálogo que se
estabelece entre o orante e Deus torna-se assim íntimo e o demónio não ousa
interferir nem o Senhor lho permite.
O Senhor aconselha a
oração persistente e perseverante não para Sua satisfação mas exactamente para que
a nossa relação com Ele se fortaleça cada vez mais e a união se torne real,
constante, inquebrantável.
(ama,
comentário sobre Mc 9, 14-29, Malta,
16.05.2016
Leitura espiritual
Cartas Católicas
Há um grupo de sete
escritos do Novo Testamento que tem este título muito antigo: Cartas Católicas.
A partir do séc. IV, esta designação genérica foi reservada para as sete Cartas
canónicas: Tiago, 1.ª e 2.ª de Pedro, 1.ª, 2.ª e 3.ª de João e Judas.
“Católico” significa
universal, e tal deve ser a origem do nome destas Cartas: eram dirigidas a toda
a Igreja, e não a comunidades ou pessoas concretas (excepto 2 e 3 Jo, anexas a
1 Jo). Mas nem todas estas Cartas foram, desde os primeiros tempos,
universalmente reconhecidas como escritos inspirados; por isso, o historiador
Eusébio colocou as Cartas de Tiago, 2.ª de Pedro, 2.ª e 3.ª de João e Judas (assim
como o Apocalipse) entre os “livros discutidos, embora admitidos pela maioria”,
aos quais chamamos Deuterocanónicos.
O acordo universal só se
deu no Ocidente pelos fins do séc. IV e no Oriente nos séc. VI-VII. Nem os
autores, nem os destinatários, nem os temas tratados ou a sua forma literária
justificam que estas Cartas formem um conjunto. Agruparam-se pelo simples facto
de não serem escritos paulinos. Mas não têm um destinatário concreto, como acontece
com as Cartas de Paulo.
Nos manuscritos antigos do
Oriente apareciam depois de Actos e antes das Cartas de Paulo, pela ordem em
que hoje as temos, o que deixa ver o grande valor em que já eram tidas; nos
códices, liam-se no lugar que agora ocupam no conjunto dos livros do Novo Testamento,
depois da Carta aos Hebreus e antes do Apocalipse de João.
CONTEÚDO
O que estas Cartas têm de
comum é a temática:
1. Cuidados a ter com os
falsos mestres: 2 Pe 2,1-3.10-22; 2 Pe 3,3-4.16-17; 1 Jo 2,18-23.26; 1 Jo
4,1-6; 2 Jo 7-11; Jd 4-19.
2. Necessidade de guardar
a integridade da fé: Tg 2,14-26; Tg 3,13; Tg 4,3-12; Tg 5,7-11; 1 Pe 2,11-12.13-17;
1 Pe 4,1-4; 2 Pe 3,1-7.14-18; 1 Jo 2,18-29; 1 Jo 4,1-6; 2 Jo 7-11.
3. Exortação à fidelidade
na perseguição: Tg 1,2-4.12; Tg 4,7; 1 Pe 1,6-7; 1 Pe 2,11-17; 1 Pe 3,13-17; 1
Pe 4,12-19; 1 Pe 5,6-10; 1 Jo 2,24-28.
4. Proximidade do fim dos
tempos: Tg 5,3.7-9; 1 Pe 1,5; 1 Pe 4,7; 2 Pe 3,3-4.8-10; 1 Jo 2,18-19; Jd 18.
Tal temática denuncia uma
época relativamente tardia, em que esses problemas eram os mais prementes,
devido ao aparecimento das primeiras heresias cristológicas e a algumas
perseguições. Mas estas podem ter vindo do poder político exterior ou do
interior da própria comunidade – ou seja, dos falsos mestres.
Cartas Católicas
Carta de Tiago
1ª Carta de Pedro
2ª Carta de Pedro
1ª Carta de João
2ª Carta de João
3ª Carta de João
Carta de Judas
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.
Senhor que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.
Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.
Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.
Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.
Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.
Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
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