Absolutamente
por acaso caminhava por uma movimentada rua.
Como
se verificava então, inúmeras pessoas estavam sentadas na borda, pedindo ajuda
a quem passava, algumas ostentando chagas, deficiências físicas, males de toda
a ordem.
Uma
destas pessoas era bem conhecida por quase todos os habitantes da cidade. Chamava-se
Bartimeu e era completamente cego e dependente da generosidade de outros.
Naquele
dia, tinha no trapo imundo a seu lado umas duas ou três moedas de escasso
valor.
Começou
a ouvir um burburinho inusitado e perguntou-me a mim, que tinha colocado uma
moedinha no trapo, o que se passava e, eu respondi que era Jesus de Nazareth
que aí vinha seguido, como sempre, por uma multidão.
Como
resposta, Bartimeu rompeu aos gritos:'Jesus tem piedade de mim'.
Não
havia quem o calasse, nem eu que resolvi afastar-me um pouco sempre com o
receio que tenho, de me acharem conivente com algum "arranjo". Mas...
Jesus parou e depois de informado pelos mais próximos, mandou chamar Bartimeu.
Quando
lho disseram, Bartimeu levantou-se de um salto e ficou em frente de Jesus que,
simplesmente lhe perguntou o que queria. Bartimeu respondeu: Senhor, quero
ver... se Tu quiseres...
A
resposta todos a conhecemos: "Quero... vê!" E, Bartimeu viu, pela
primeira vez na sua vida os seus olhos conseguiam enxergar o ambiente e, a
primeiríssima coisa que viu foi a Face amável de Jesus que lhe sorria.
Fiquei-me
a pensar que quando se pede algo a Jesus não são necessários discursos nem
explicações mas, tão só, dizer o que se quer. Ele decidirá sempre como for
melhor para nós.
Estar
dentro do Evangelho é estar dentro da vida.
Esta
afirmação tem toda a razão de ser se considero que o Evangelho é a Palavra da
Vida que é Jesus Cristo.Ele Próprio o afirmou: "Eu Sou a Vida". Portanto
tenho como absolutamente certo que ao introduzir-me no Evangelho estou a viver
de facto.
A
vida não pára de nos apresentar a cada momento coisas novas. Nenhum novo dia é
igual aos que já passaram.
Assim
no Evangelho, cada vez que me detenho concentradamente numa passagem do
Evangelho, qual for, encontro sempre algo novo e surpreendente.
É
verdade... posso conhecer o Evangelho quase de intimamente e, por isso, na
leitura diária, ser levado a como que limitar-me a ler, talvez apressadamente,
o Evangelho que se me apresenta.
Valor?
Sim... terá algum, mas não colho quanto poderia colher.
Ninguém
lê uma história que lhe foi insistentemente recomendado que lesse,
apressadamente sem preocupação de compreender plenamente o que o autor escreve.
Pois
bem... o Evangelho é, de facto uma história mas, além de ser verdadeira e absolutamente
credível, é uma história escrita por homens mas inspirada pelo Espírito Santo. É,
nem mais, que a HISTÓRIA DA SALVAÇÃO HUMANA, da minha salvação.
Ao
considerar tal, como não me limitar a ler mas a considerar, viver, sentir-me
por dentro?
Uma
história Cujo Autor É Deus!
Como
não considerá-la como a história mais importante para a minha vida?
Quero
saber, desejo conhecer em detalhe porquê e como fui salvo e, mais, que posso e
devo desejar fazer para merecer tão extraordinário benefício. E, a verdade é que
no Evangelho vou encontrando, sempre, as respostas ás minhas perguntas.
Não
tenho "estatuto" nem categoria para dar conselhos, mas posso com a
liberdade que Deus me deu fazer sugestões e, por isso sugiro aos que têm como
múnus aconselhar que dêm este conselho aos que os procuram: 'Lê diariamente o
Evangelho, vivendo e meditando o que lês. Da meditação hás-de extraír
conclusões e destas, propósitos. Aconselho-te portanto que antes de
começares te ponhas na presença de Deus e peças ao Divino Espírito Santo que te
assista e guie. Assim colherás o que te faz falta'.
Tenho
absolutamente como garantido que para qualquer cristão a leitura diária,
concentrada e meditada, do Evangelho é fundamental e imperiosa.
Talvez,
se possível, nos primeiros momentos de cada dia porque ficaremos com como que
um "guião" para enfrentar e resolver qualquer situação que ocorra.
Reflectindo
Nas grandes
superfícies comerciais é costume haver campanhas de benefícios especiais na
aquisição a partir de um montante mínimo de determinados produtos. Penso
que se aplicar esta "técnica" comercial à minha oração pessoal é
muito possível que venha a colher o mesmo resultado.
Acredito que a
oração tem sempre um mérito e, sendo assim quanto mais oração... mais mérito.
Eu preciso de
acumular méritos para ir equilibrando o saldo do "deve-haver" nas
contas que terei de prestar quando for presente ao Julgamento logo após a minha
morte, daí que considere importante e muitíssimo conveniente rezar mais e mais
e melhor.
Interesseiro?
Sem dúvida que sim,
mas tenho uma justificação: o que mais me interessa e convém é a minha salvação
eterna e não sei de outra forma de o conseguir que não seja rezando por ela.
'Mas... diz-me o
tentador... já rezas tanto... são as "Orações Diárias" que tens no
Plano de Vida, são as invocações permanentes, um Pai-Nosso por alguém de quem
te lembras pelo que for, até por alguém que passa na rua e nem sequer
conheces... não te parece bastante?'
Por norma e
conselho de quem sabe muito mais que eu, não dialogo com o tentador e,
portanto... fico-me na convicção que se a ele o incomoda é porque procedo bem.
Assim... o que faço
logo após acordar de manhã é pedir aos meus Protectores, em especial à minha
Mãe do Céu, que me ajudem na oferta que faço do dia que vai começar ao meu Criador
e Senhor praticando e vivendo quanto Ele legítimamente espera que eu faça.
Fico tranquilo, a
Sua assistência não me faltará.
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