20/04/2017

Fátima: Centenário - Poemas

VASO INSIGNE DE DEVOÇÃO


Maria, escrínio de virtude e graça
– joias lindas que o Eterno quis dispor,
é obra-prima da mais rica traça,
é vaso insigne e do maior valor.

Tudo fenece e morre, mas não passa
sua beleza e seu ideal candor
que na alma extingue, qual celeste taça,
a sede imensa da ventura e amor.

Do Sol divino à luz fulgente e bela
brilha uma face desse vaso ingente,
do mundo inteiro enlevo e admiração.

É o dom total de tão formosa estrela
a Deus e aos homens em obséquio ardente,
- Vaso insigne, sem par, de devoção!

Visconde de Montelo, Paráfrase da Ladainha Lauretana, 1956 [i]



[i] Cónego Manuel Nunes Formigão
1883 - Manuel Nunes Formigão nasce em Tomar, a 1 de Janeiro. 1908 - É ordenado presbítero a 4 de Abril em Roma. 1909 - É laureado em Teologia e Direito Canónico pela Universidade Gregoriana de Roma. 1909 - No Santuário de Lourdes, compromete-se a divulgar a devoção mariana em Portugal. 1917 - Nossa Senhora aceita o seu compromisso e ele entrega-se à causa de Fátima. 1917 / 1919 - Interroga, acompanha e apoia com carinho os Pastorinhos. - Jacinta deixa-lhe uma mensagem de Nossa senhora, ao morrer. 1921 - Escreve o livro: "Os Episódios Maravilhosos de Fátima". 1922 - Integra a comissão do processo canónico de investigação às aparições. 1922 - Colabora e põe de pé o periódico "Voz de Fátima". 1924 - A sua experiência de servita de Nossa Senhora em Lurdes, leva-o a implementar idêntica actividade em Fátima. 1928 - Escreve a obra mais importante: "As Grandes Maravilhas de Fátima". 1928 - Assiste à primeira profissão religiosa da Irmã Lúcia, em Tuy. Ela comunica-lhe a devoção dos primeiros sábados e pede-lhe que a divulgue. 1930 - Escreve "Fátima, o Paraíso na Terra". 1931 - Escreve "A Pérola de Portugal". 1936 - Escreve " Fé e Pátria". 1937 - Funda a revista "Stella". 1940 - Funda o jornal "Mensageiro de Bragança". 1943 - Funda o Almanaque de Nossa Senhora de Fátima. 1954 – Muda-se para Fátima a pedido do bispo de Leiria-Fátima 1956 - Escreve sonetos compilados na "Ladainha Lauretana". 1958 – Morre em Fátima. 06/01/1926 - Funda a congregação das Religiosas Reparadoras de Nossa Senhora das Dores de Fátima. 11/04/1949 – A congregação por ele fundada é reconhecida por direito diocesano. 22/08/1949 – Primeiras profissões canónicas das Religiosas. 16/11/2000 - A Conferência Episcopal Portuguesa concede a anuência por unanimidade, para a introdução da causa de beatificação e canonização deste apóstolo de Fátima. 15/09/2001 - Festa de Nossa Senhora das Dores, padroeira da congregação - É oficialmente aberto o processo de canonização do padre Formigão. 16/04/2005 – É oficialmente encerrado e lacrado o processso de canonização do padre Formigão.
Fátima, 28 Jan 2017 (Ecclesia) – Decorreu hoje a cerimónia de trasladação dos restos mortais do padre Manuel Nunes Formigão, conhecido como 'o apóstolo de Fátima, do cemitério local para um mausoléu construído na Casa de Nossa Senhora das Dores.
A celebração de trasladação deste sacerdote e servo de Deus começou com uma concentração, rua Francisco Marto, 203, com centenas de pessoas, seguida de saída para o cemitério da Freguesia de Fátima.
Na eucaristia inserida neste evento, na Basílica da Santíssima Trindade, do Santuário de Fátima, D. António Marto destacou uma figura que "se rendeu ao mistério e à revelação do amor de Deus, da beleza da sua santidade tal como brilhou aos pastorinhos de Fátima".
O bispo de Leiria-Fátima recordou ainda o padre Manuel Formigão como alguém que "captou de uma maneira admirável para o seu tempo, a dimensão reparadora da vivência da fé tão sublinhada na mensagem de Fátima".

Nota de AMA:
Este livro de Sonetos foi por sua expressa vontade, depois da sua morte, devidamente autografado, entregue a meu Pai. Guardo o exemplar como autêntica relíquia.

Fátima: Centenário - Oração diária


Senhora de Fátima:

Neste ano do Centenário da tua vinda ao nosso País, cheios de confiança vimos pedir-te que continues a olhar com maternal cuidado por todos os portugueses.
No íntimo dos nossos corações instala-se alguma apreensão e incerteza em relação a este nosso País.

Sabes bem que nos referimos às diferenças de opinião que se transformam em desavenças, desunião e afastamento; aos casais desfeitos com todas as graves consequências; à falta de fé e de prática da fé; ao excessivo apego a coisas passageiras deixando de lado o essencial; aos respeitos humanos que se traduzem em indiferença e falta de coragem para arrepiar caminho; às doenças graves que se arrastam e causam tanto sofrimento.
Faz com que todos, sem excepção, nos comportemos como autênticos filhos teus e com a sinceridade, o espírito de compreensão e a humildade necessárias para, com respeito de uns pelos outros, sermos, de facto, unidos na Fé, santos e exemplo para o mundo.

Que nenhum de nós se perca para a salvação eterna.

Como Paulo VI, aqui mesmo em 1967, te repetimos:

Monstra te esse Matrem”, Mostra que és Mãe.

Isto te pedimos, invocando, uma vez mais, ao teu Dulcíssimo Coração, a tua protecção e amparo.


AMA, Fevereiro, 2017

Fátima: Centenário - Oração Jubilar de Consagração


Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.

Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas que o Pai revela aos pequeninos.

Mostra-nos a força do teu manto protector.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.

Unido/a aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a ti me entrego.
Unido/a aos meus irmãos, por ti, a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.

E, enfim, envolvido/a na Luz que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor pelos séculos dos séculos.


Ámen.

Hoy el reto del amor es pedirle al Señor poder ser su instrumento

PROTAGONISTA RELATIVO

Ayer estuvimos hablando de lo fácil que es aplicarse a uno mismo las cosas buenas, y mirar a los demás cuando los asuntos no van tan bien.

-Sí, sí, -corroboró Israel- Eso es como cuando llegan las notas de los exámenes: "¡He aprobado!" (es decir, yo, qué genial soy) o "Me han suspendido" (es decir, ellos, qué malos son).

Todas nos reímos con su ejemplo porque... ¡es verdad! ¿Quién no ha usado esas frases alguna vez?

Y, ahora, en la oración, me he dado cuenta de que, muchas veces, con Cristo hacemos lo mismo. Si nos va bien, no es difícil colgarse las medallas... pero, si algo falla, ¿a que es sencillo mirar al cielo preguntando el por qué?

Cristo es tan bueno que nunca se queja: ni por que le echen la culpa, ni por que le quiten el mérito. Todo lo hace por amor, para nuestro bien. Nuestra felicidad es su alegría.

Sin embargo, un amor que se entrega siempre desea ser acogido. ¿Y cómo? Con la confianza en las situaciones que no entendemos, y con el agradecimiento en las cosas buenas que nos regala. Es decir, pase lo que pase, "¡creo en Ti, creo en tu amor!"

Hoy el reto del amor es pedirle al Señor poder ser su instrumento, llevar su amor a una persona a lo largo de la jornada. Pídele que te muestre quién lo está necesitando más: puede que sea tu hijo, tu madre... ¡o tal vez la cajera o el conductor de autobús! Pregunta a Cristo cómo tocar su corazón y, ¡adelante! Eso sí, al final del día, recuerda darle las gracias: tú eres portavoz... ¡pero el Mensaje es Suyo! ¡Feliz día!


VIVE DE CRISTO

Leitura espiritual

A Cidade Deus
A CIDADE DE DEUS


Vol. 2

LIVRO XI

CAPÍTULO XXXIII

Duas sociedades angélicas distintas e opostas que, com razão, se podem chamar luz e trevas.

Que alguns anjos pecaram e foram precipitados nos abismos deste mundo que para eles se tornou como que um cárcere até à sua derradeira condenação no dia do juízo — é o que clarissimamente mostra o apóstolo Pedro quando diz que Deus não poupou os anjos pecadores e os encerrou nos tenebrosos cárceres do Inferno, conservando-os para serem castigados no dia do juízo. Quem pode duvidar de que entre estes anjos pecadores e os outros estabeleceu Deus, na sua presciência, ou de facto, a separação e que, com justiça, aos outros chamou luz? Mesmo nós, que vivem os ainda na fé e na esperança de nos tornarmos a eles iguais, sem ainda o termos conseguido, somos já apelidados de luz pelo Apóstolo ao dizer:

Houve tempo em que fostes trevas, mas agora sois luz
no Senhor.
[i]

Mas que os anjos desertores têm sido com toda a clareza chamados trevas, sem dúvida que o notam todos os que crêem ou sabem que eles são piores que os homens infiéis.

E por isso que, ainda que fosse preciso ver uma outra luz nesta passagem desse livro onde se lê:

Deus disse: Faça-se a luz e a luz fez-se [ii]

e outras trevas onde está escrito:

Deus separou a luz das trevas [iii]


— para nós, todavia, há duas cidades de anjos:
uma que goza de Deus, e outra que intumesce de
orgulho;

uma à qual se diz:

Adorai-o todos vós seus anjos [iv]

e outra cujo chefe diz:

Tudo isto te darei se prostrado me adorares;[v]

uma abrasada no santo amor de Deus, e outra ardendo num amor impuro da sua própria grandeza. E porque, segundo está escrito:

Deus resiste aos soberbos e concede a sua graça aoshumildes,[vi]

uma habita no mais alto dos Céus 

— a outra foi de lá expulsa e anda a causar a desordem nas regiões inferiores do céu aéreo;

uma é tranquila na piedade luminosa 

— a outra turbulenta nas suas tenebrosas paixões;

uma, atenta aos sinais de Deus, socorre com clemência e executa com justiça 

— a outra, sob o aguilhão do orgulho, ferve em desejo de dominar e de prejudicar;

uma, por todo o bem que pretende fazer, põe-se ao serviço da bondade de Deus

 — a outra, com medo de não fazer todo o mal que pretende, é retida pelo freio do poder de Deus;

uma faz troça da segunda quando, com pesar desta, tira proveito das suas perseguições — esta inveja a primeira ao vê-la recolher os seus peregrinos.

Portanto, para nós estas duas cidades de anjos, desiguais e contrárias, uma boa por sua natureza e vontade, a outra boa por sua natureza e má por sua vontade, cremos, segundo outros testemunhos mais claros das Sagradas Escrituras, que, ainda nesse livro chamado Génesis, elas são designadas pelas palavras luz e trevas. Mesmo que quem isto escreveu lhes tenha dado nesta passagem outra significação, não creio que tenha sido inútil ter sondado a obscuridade do seu pensamento: se não penetrámos na intenção do autor desse livro, pelo menos não nos afastámos da regra de fé que é tão bem conhecida dos fiéis através de outras passagens das Sagradas Escrituras com a mesma autoridade. Embora, na verdade, as obras de Deus aqui mencionadas sejam corpóreas, não há dúvida de que têm certa semelhança com as realidades espirituais conforme disse o Apóstolo:

Vós sois todos filhos da luz, filhos do dia; nós não somos filhos da noite nem das trevas.[vii]

Se é assim que também pensa quem isto escreveu, a nossa intenção alcançou o perfeito fim da disputa; na verdade, não é de crer que um homem de Deus, penetrado de sabedoria divina, ou melhor, o Espírito de Deus nele, ao enumerar as obras de Deus até ao seu completo acabamento no sexto dia, tenha deixado de mencionar os anjos, qualquer que seja o sentido da passagem:

No princípio fez Deus o Céu e a Terra.[viii]

quer «no princípio» (in principio) queira dizer que foram os primeiros a serem criados — quer «no princípio» queira dizer (o que é mais provável) que Deus os tenha feito no Verbo, seu Filho único. Estas palavras «o Céu e a Terra»

— designam a criação universal não só do espiritual mas

também do corpóreo, ou então (o que é mais provável) designam as duas grandes partes do mundo que englobam todos os seres criados: de modo que a Escritura, primeiro, apresenta-nos o conjunto e, logo a seguir, as partes do mundo segundo o número místico dos seis dias.


(cont)

(Revisão da versão portuguesa por ama)





[i] Efes.V,8.
[ii] Gen I, 3.
[iii] Ibid.
[iv] Salmo XCVI, 8.
[v] Mt IV, 9.
[vi] Tiago IV, 6.
[vii] Tess.V, 5.
[viii] Gen. I, 1.

Evangelho e comentário

Tempo de Páscoa


Evangelho: Lc 24, 35-48

35 E eles contaram também o que lhes tinha acontecido no caminho, e como O tinham reconhecido ao partir o pão. 36 Enquanto falavam nisto, apresentou-Se Jesus no meio deles e disse-lhes: «A paz seja convosco!».37 Mas eles, turbados e espantados, julgavam ver algum espírito.38 Jesus disse-lhes: «Porque estais turbados, e porque se levantaram dúvidas nos vossos corações?39 Olhai para as Minhas mãos e os Meus pés, porque sou Eu mesmo; apalpai e vede, porque um espírito não tem carne, nem ossos, como vós vedes que Eu tenho».40 Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.41 Mas, estando eles, por causa da alegria, ainda sem querer acreditar e estupefactos, disse-lhes: «Tendes aqui alguma coisa que se coma?».42 Eles apresentaram-Lhe uma posta de peixe assado.43 Tendo-o tomado comeu-o à vista deles.44 Depois disse-lhes: «Isto é o que Eu vos dizia quando ainda estava convosco; que era necessário que se cumprisse tudo o que de Mim estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos».45 Então abriu-lhes o entendimento, para compreenderem as Escrituras,46 e disse-lhes: «Assim está escrito que o Cristo devia padecer e ressuscitar dos mortos ao terceiro dia,47 e que em Seu nome havia de ser pregado o arrependimento e a remissão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.48 Vós sois as testemunhas destas coisas.

Comentário:

Quando a dúvida, apreensão ou qualquer outro estado de alma menos positivo nos domina o Príncipe da Paz aparece-nos com a Sua Paz!

Sugere-nos a tranquilidade e confiança nele, Supremo Bem e refúgio seguro.

Estejamos sempre disponíveis para O receber como Ele está para Se nos dar.

(ama, comentário sobre Lc 24 35-48 2015.04.19)






Temas para meditar - 702

Piedade


A piedade – tal como o amor – não se cansa de repetir com frequência as mesmas palavras, porque o fogo da caridade que as inflama faz com que sempre contenham algo de novo.


PIO I, Enc. Igravescentibus malis 1937.09.29)



Quero entregar-me a Ti sem reservas!

Pedro diz-Lhe: "Senhor, Tu lavares-me os pés, a mim?!". Responde Jesus: "O que Eu faço, não o compreendes agora; entendê-lo-ás depois". Insiste Pedro: "Tu nunca me lavarás os pés!". Replicou Jesus: "Se Eu não te lavar, não terás parte coMigo". Simão Pedro rende-se: "Senhor, não só os pés, mas também as mãos e a cabeça!". Ao chamamento a uma entrega total, completa, sem vacilações, muitas vezes opomos uma falsa modéstia como a de Pedro... Oxalá fôssemos também homens de coração, como o Apóstolo! Pedro não admite que ninguém ame Jesus mais do que ele. Esse amor leva-o a reagir assim: – Aqui estou! Lava-me as mãos, a cabeça, os pés! Purifica-me de todo, que eu quero entregar-me a Ti sem reservas! (Sulco, 266)

– Está completo o tempo, e aproxima-se o Reino de Deus; fazei penitência, e crede no Evangelho (Mc 1, 15).

– E vinha a Ele todo o povo, e ensinava-o (Mc 2, 13).

Jesus vê aquelas barcas na margem, e sobe para uma delas. Com que naturalidade se mete Jesus na barca de cada um de nós!

Quando te aproximares do Senhor, lembra-te de que Ele está sempre muito perto de ti, dentro de ti: Regnum Dei intra vos est (Lc 17, 21). No teu coração O encontrarás.

Cristo deve reinar, em primeiro lugar, na nossa alma. Para que Ele reine em mim, preciso da sua graça abundante, pois só assim é que o mais imperceptível pulsar do meu coração, a menor respiração, o olhar menos intenso, a palavra mais corrente, a sensação mais elementar se traduzirão num hossana ao meu Cristo Rei.

Duc in altum – Ao largo! – Repele o pessimismo que te torna cobarde. Et laxate retia vestra in capturam – e lança as redes para pescar.

Devemos, confiar nessas palavras do Senhor: meter-se na barca, pegar nos remos, içar as velas e lançar-nos a esse mar do mundo que Cristo nos deixa em herança.

Et regni ejus non erit finis. – O Seu Reino não terá fim!


Não te dá alegria trabalhar por um reinado assim? (Santo Rosário, mistérios Luminosos: ‘O anúncio do Reino de Deus’).

Epístolas de São Paulo – 51

Carta aos Gálatas

Capítulo 2

Reconhecimento do Evangelho em Jerusalém

1A seguir, catorze anos depois, subi outra vez a Jerusalém, com Barnabé, levando comigo também Tito. 2Mas subi devido a uma revelação. E pus à apreciação deles - e, em privado, à dos mais considerados - o Evangelho que prego entre os gentios, não esteja eu a correr ou tenha corrido em vão. 3Contudo, nem sequer Tito, que estava comigo, sendo grego, foi forçado a circuncidar-se.4Ora, por causa de uns intrusos, falsos irmãos, esses que furtivamente se intrometeram a espiar a nossa liberdade, aquela que temos em Cristo Jesus, a fim de nos reduzirem à escravidão… 5A esses nem sequer uma hora cedemos nem nos sujeitámos, para que a verdade do Evangelho se mantivesse para vós.
6Mas, quanto àqueles que eram considerados como autoridades - o que eles eram outrora de nada me interessa, já que Deus não faz acepção de pessoas - a mim, com efeito, nada mais me impuseram. 7Antes pelo contrário: tendo visto que me tinha sido confiada a evangelização dos incircuncisos, como a Pedro a dos circuncisos - 8pois aquele que operou em Pedro, para o apostolado dos circuncisos, operou também em mim, em favor dos gentios - 9e tendo reconhecido a graça que me havia sido dada, Tiago, Cefas e João, que eram considerados as colunas, deram-nos a mão direita, a mim e a Barnabé, em sinal de comunhão, para irmos, nós aos gentios e eles aos circuncisos. 10Só nos disseram que nos devíamos lembrar dos pobres - o que procurei fazer com o maior empenho.

Conflito com Pedro em Antioquia

11Mas, quando Cefas veio para Antioquia, opus-me frontalmente a ele, porque estava a comportar-se de modo condenável. 12Com efeito, antes de terem chegado umas pessoas da parte de Tiago, ele comia juntamente com os gentios. Mas, quando elas chegaram, Pedro retirava-se e separava-se, com medo dos partidários da circuncisão. 13E com ele também os outros judeus agiram hipocritamente, de tal modo que até Barnabé foi arrastado pela hipocrisia deles.
14Mas, quando vi que não procediam correctamente, de acordo com a verdade do Evangelho, disse a Cefas diante de todos: «Se tu, sendo judeu, vives segundo os costumes gentios e não judaicos, como te atreves a forçar os gentios a viver como judeus?»

A salvação pela fé

15Nós, por nascimento, somos judeus, e não pecadores de entre os gentios. 16Sabemos, porém, que o homem não é justificado pelas obras da Lei, mas unicamente pela fé em Jesus Cristo; por isso, também nós acreditámos em Cristo Jesus, para sermos justificados pela fé em Cristo e não pelas obras da Lei; porque pelas obras da Lei nenhuma criatura será justificada. 17Mas se, ao procurarmos ser justificados pela fé em Cristo, fomos também nós achados como pecadores, não será Cristo um servidor do pecado? De maneira nenhuma! 18Se, com efeito, aquilo que eu tinha destruído, o volto a construir, sou eu que a mim próprio me apresento como transgressor. 19É que eu pela Lei morri para a Lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo. 20Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. E a vida que agora tenho na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus que me amou e a si mesmo se entregou por mim. 21Não rejeito a graça de Deus; porque, se a justiça viesse pela Lei, então teria sido inútil a morte de Cristo.

Doutrina – 275

 CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

Compêndio


PRIMEIRA PARTE: A PROFISSÃO DA FÉ

SEGUNDA SECÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ

CAPÍTULO PRIMEIRO CREIO EM DEUS PAI

OS SÍMBOLOS DA FÉ

54. Como é que Deus criou o universo?

Deus criou o universo livremente, com sabedoria e amor. O mundo não é o produto duma necessidade, dum destino cego ou do acaso. Deus criou «do nada» [1] um mundo ordenado e bom, que Ele transcende infinitamente. Deus conserva no ser a sua criação e sustenta-a, dando-lhe a capacidade de agir, e conduzindo-a à sua realização, por meio do seu Filho e do Espírito Santo.







[1] ex nihilo: 2Mac 7,28

Pequena agenda do cristão

Quinta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Participar na Santa Missa.


Senhor, vendo-me tal como sou, nada, absolutamente, tenho esta percepção da grandeza que me está reservada dentro de momentos: Receber o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do Rei e Senhor do Universo.
O meu coração palpita de alegria, confiança e amor. Alegria por ser convidado, confiança em que saberei esforçar-me por merecer o convite e amor sem limites pela caridade que me fazes. Aqui me tens, tal como sou e não como gostaria e deveria ser.
Não sou digno, não sou digno, não sou digno! Sei porém, que a uma palavra Tua a minha dignidade de filho e irmão me dará o direito a receber-te tal como Tu mesmo quiseste que fosse. Aqui me tens, Senhor. Convidaste-me e eu vim.


Lembrar-me:
Comunhões espirituais.


Senhor, eu quisera receber-vos com aquela pureza, humildade e devoção com que Vos recebeu Vossa Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos Santos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?